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Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 09 de agosto de 2017 às 20:43
Se a estrutura organizacional é reflexo da visão de mundo do empreendedor, como mudar o próprio mindset para estruturar uma empresa pronta para crescer?


É interessante como somos iludidos a pensar que mudar a estrutura organizacional pode resolver todos os nossos problemas. Lembro-me de quando um empreendedor me procurou com a tradicional demanda:

“Preciso crescer e a forma como estou estruturado hoje não me permite fazer isso.”

No fundo, ele estava certo: a forma como ele estava estruturado nunca permitiria à sua empresa crescer como gostaria. Até porque, diferentemente dos tradicionais “amigogramas” ou “personogramas” de empreendedores que estava acostumado a ver, a empresa dele estava até que bem organizada. As estruturas de suporte — como Finanças, RH e Jurídico — eram bem definidas, assim como Vendas, Marketing, Logística e Produção.

Mas no final, segundo ele, nada funcionava.

Logo após as primeiras perguntas ficou claro que o que ele estava procurando era alguém — no caso eu — que validasse o que estava na sua mente, um novo “personograma”. Ele aceitou a dica de outro empreendedor e acabou estruturando sua empresa de acordo com as tradicionais práticas de gestão, sem olhar para a transformação pessoal que seria necessária para ele mesmo aceitar as mudanças.

O que aconteceu? A empresa quase parou de funcionar.

A cultura de empresas geridas por empreendedores é um reflexo de suas personalidades e visão de mundo. E as estruturas organizacionais, normalmente, também são consequências dessa visão.

Nas mentorias que participo, sempre peço para visitar a empresa e conversar com as pessoas para entender a estrutura in loco.

Para mim, essa sempre foi a melhor forma de compreender não só o negócio, mas de mergulhar no mundo interior do empreendedor.

O que eu via, geralmente, era uma projeção de como o empreendedor via o mundo, enxergava o seu negócio e se organizava para dar certo. Até então, tudo o que era prioridade, os detalhes e “insights” que transformavam as empresas em algo único, levavam esses empreendedores a chegar onde estão, porém, não os ajudariam a partir para um novo estágio de crescimento.

Entender essa realidade é o ponto-chave para pensar a estrutura desse tipo de organização.

Como sua personalidade e maneira de ver o mundo estão intrinsecamente associadas à forma como a empresa funciona, rompê-la significa romper com a estrutura psicológica do empreendedor que se vê na sua criação.

Como no caso acima, mover uma organização para uma estrutura padrão de mercado traz consigo o risco de quebrar a lógica do empreendedor e, mais do que isso, põe em risco elementos que trazem diferenciação para a empresa — que foram definidos e organizados de acordo com o processo interior do empreendedor e não estão explícitos em processos, como no caso de uma empresa estabelecida e mais madura.

Estabelecer uma estrutura organizacional, nesse caso, significa compreender como seu criador a organizou ao longo do tempo, agregando conceitos de gestão já provados, mas que respeitem ou melhorem a intenção do que foi criado .

Não é uma tarefa tão simples e requer alguma experiência com organizações. Mas seguem algumas dicas que podem ser úteis quando você estiver enfrentando um desafio parecido:

Primeiro, compreenda o negócio sob a ótica do empreendedor.Se você é o empreendedor, peça ajuda a profissionais e consultores para gastarem um tempo entendendo seu negócio e depois o explicando para você.  Empreendedores sabem intuitivamente detalhes relevantes de como operam, mas têm dificuldade de explicitá-los. Por isso, pessoas não próximas podem ajudá-los bastante a explicar e enxergar suas próprias criações.

Desenhe o que existe hoje.Ou peça para desenharem, se você é o empreendedor, a estrutura organizacional que está atualmente funcionando e que explica a lógica de como a organização opera. Não se preocupe com o que virá, usualmente é uma loucura.

Conte essa história.Ou peça para contarem, se você for o empreendedor, como se fosse uma estória, a lógica do negócio, usando o organograma que foi desenhado. Esse geralmente é um momento de revelações em que, muitas vezes, o próprio empreendedor percebe falhas e equívocos e tem insights, favorecendo o resto do trabalho.

Se a explicação fizer sentido para todos, estamos no caminho certo.

Comece, então, a mapear:

Os pontos críticos: aqueles que merecem atenção para manter os diferenciais da empresa e que fizeram ela ser o que é; ou que são gargalos de crescimento e que estejam subdimensionados no sistema;

Áreas convergentes: áreas que requerem habilidades semelhantes ou que lidam com um mesmo público e que, normalmente, operam de forma diferente.

Comece a desenhar uma nova estrutura que :

* Contenha o roteiro definido acima * Inclua os insights já acolhidos pelos empreendedores que estão à frente do negócio: * Inclua práticas de gestão bem-sucedidas e que possam impulsionar os diferenciais e reduzir gargalos; * E que possa ser convertido em processos, com claras definições de responsabilidade e indicadores de performance. * Fique atento para entender que partes da estrutura terão uma transição mais difícil e quais são os pontos que exigirão mudanças de hábitos do empreendedor (e da turma operando atualmente que também lutará para manter o status quo).

No final, a estrutura organizacional deve fazer sentido para o empreendedor. Ele tem que sentir que a estória original está ali e ter consciência do que requer mudança de seus hábitos e dos da sua equipe. Uma outra conversa é como fazer essa estrutura funcionar da forma como elaborada. Mudanças são bem conhecidas pela resistência que trazem para aceitá-las. Papo para um outro artigo. Até a próxima!

Fonte: Endeavor
Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 09 de agosto de 2017 às 20:38
Muitas empresas, grandes e pequenas, caminham para e extinção. Algumas se dão conta e outras não. O que há em comum entre elas? A velocidade da obsolescência: que é enorme!

Desenvolver um produto e/ou serviço bem sucedido e parar por aí não é uma atitude aceitável para as empresas que desejam sobreviver, e até se destacar, no mercado pelos próximos anos. O que é novidade hoje torna-se ultrapassado em pouquíssimo tempo. O fato do tema “inovação” ocupar tanto espaço em textos, manchetes e das prioridades das empresas e seus CEOs, não é casual ou modismo.

A inovação é imprescindível para as companhias de todos os tamanhos, desenvolvida como cultura e com processos dedicados. E engana-se quem acredita que apenas grandes organizações, que possuem recursos para investir, podem ser inovadoras. Ter a mente aberta para o novo e para o diverso (até divergente!) é o principal ingrediente para se reinventar e realizar projetos arrojados - que nem sempre estão baseados em tecnologias totalmente inéditas pois em muitos casos, aprimorar algo que já existe ou recombinar elementos já conhecidos pode ser a grande sacada.

Por isso, compartilho dicas que são fundamentais para os que desejam cultivar a inovação nos negócios - independente do porte ou área de atuação - ou até mesmo ousar na carreira:

Mude a perspectiva: veja o mundo por outros ângulos
Pode parecer óbvio, mas é o principal erro cometido. Fala-se muito e pratica-se pouco e isso acontece porque acreditamos que inovação requer dinheiro e grandes laboratórios de pesquisa. Isto pode ser necessário, mas será excessivamente dispendioso se não criarmos um ambiente disruptivo por algo simples: evitar a convergência fácil de ideias e cultivar o “pensamento divergente”. Precisamos olhar as mesmas coisas de outra forma: comece vendo sua empresa pelos olhos dos clientes. Saia da defensiva e do lugar comum.

Tempo dedicado: nada muda sem esforço focado
Comece utilizando os recursos disponíveis e sob sua gestão: o seu tempo e do seu “capital humano” – sua equipe. Ofereça tempo e espaço para que as pessoas debatam, divirjam, tragam novas ideias. A criatividade precisa ser alimentada, ela não surge apenas do desejo, mas do cultivo. Reserve horários e salas para brainstorms e reuniões nas quais o propósito seja a troca de conhecimentos e a busca de soluções para problemas conhecidos e perenes. Instrua e peça a “divergência construtiva” : ela testa a consistência do que fazemos e permite novos ângulos. Abra espaço para o novo.

Processos: inovação requer novas competências que são locomotivas novas em trilhos antigos – processos não revistos
Você está olhando por outras perspectivas, cultivando o pensamento divergente e agora precisa mudar o “dia-a-dia”. De outro modo, a novas e possíveis boas ideias morrerão nas salas de brainstorming. Só será possível partir para a implementação, se você revisar e ajustar seus processos, senão, o novo será “reconformado” pelo velho e, adivinhe? Nada mudará! Mude o jeito e o “como” as coisas são feitas. Sem mudança de cultura e de processos a inovação sera menos que uma onda passageira. Abra novos trilhos e caminhos.

Ouça e Compartilhe: a solidão pode ser uma armadilha
Você está implementando soluções novas, mas na verdade, apenas debateu o desenho e o protótipo com você mesmo. O receio de perder uma boa ideia ou tê-la copiada, cria muitas vezes, um excessivo isolamento para seu protagonista ou para o líder de uma organização. Escolha pessoas em em quem confia e dê um jeito de testar o conceito com seus clientes: você testará a solidez e a viabilidade antes de lançar algo que parecia ótimo, e poderá representar um fracasso. Olhar por outros ângulos, significar também, com outros olhos.

Erre: não só é humano como é uma forma de chegar mais rápido ao sucesso
Não tenha medo das falhas, sempre que foram produzidas com esforço focado - busca de uma nova solução ou produto. Produzir algo novo é em geral fruto de uma séria de boas ideias que fracassaram e deram espaço para ideias ainda melhores. Por isto, quando o erro ou fracasso ocorre, será essencial aprender com rapidez e mudar a rota, somando a experiência. Daí a importância de compartilhar e estar aberto para ouvir: são aceleradores do aperfeiçoamento que levará a inovação. Aprendizado: Descubra com a ContaAzul como fugir de prejuízos causados pela estagnação de um produto ou serviço Patrocinado

Se perguntarmos para diferentes empreendedores inovadores como eles alcançaram o sucesso, certamente as trajetórias serão diferentes, mas muitos trilharam grande parte destes caminhos - mesmo que inconscientemente.

Fonte: Administradores