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Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 26 de julho de 2017 às 12:35
A Lojas Renner, maior varejista de moda do Brasil, teve alta de 10,7 por cento no lucro líquido do segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado, em resultado que mostrou avanço na área de produtos financeiros, mas queda na margem de varejo.

A companhia teve lucro líquido de 193,6 milhões de reais de abril a junho, com o resultado da área de produtos financeiros subindo 45,6 por cento no período, para 79 milhões de reais.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização (Ebitda) ajustada da operação de varejo da empresa subiu 0,6 por cento sobre o segundo trimestre de 2016, para 303,7 milhões de reais. Mas a margem da área caiu 2 pontos percentuais, para 18,6 por cento.

No total, incluindo os produtos financeiros, a margem Ebitda ajustada da Lojas Renner no segundo trimestre foi de 23,5 por cento, queda de 0,8 ponto percentual sobre um ano antes.

No balanço, a Lojas Renner citou como fatores para o recuo da margem temperaturas acima da média em maio, o que costuma atingir a venda peças de coleção de inverno. Além disso, a empresa mencionou que a estratégia comercial adotada no período considerou um "mercado mais sensível a preço" e efeitos de câmbio contratado para os produtos importados.

A Lojas Renner teve alta de 11,3 por cento na receita líquida de vendas de mercadorias no período, a 1,63 bilhão de reais. As vendas em mesmas lojas subiram 6,4 por cento, acima do ritmo de 2,9 por cento de um ano antes.

A Lojas Renner terminou junho com 310 lojas Renner ante 284 um ano antes. A bandeira Camicado passou de 72 para 93 pontos de venda e a Youcom ampliou o número de lojas de 52 para 70.

Apesar da expansão no número de lojas, as despesas operacionais como percentual da receita líquida ficaram praticamente estáveis, a 35,9 por cento.

Fonte: Reuters
Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 26 de julho de 2017 às 12:35
Novas tecnologias, mudanças constantes no comportamento do consumidor, crises econômicas, novos canais de comunicação e vendas… O setor de varejo e bens de consumo sofreu inúmeras transformações ao longo dos anos, com impactos significativos que afetaram empresas em todos os segmentos. E tem mais: não há nenhum sinal de desaceleração! Na verdade, o ritmo das mudanças provavelmente aumentará.

Entretanto, isso não é uma má notícia para aqueles que se preparam para as oportunidades. As novas tecnologias, as reformas regulatórias e um ambiente econômico transformado, combinado com a mudança das necessidades, expectativas e dados demográficos dos consumidores, criaram oportunidades incomparáveis para os varejistas com modelos de negócios disruptivos que irão mudar fundamentalmente a maneira de vender e comprar.

Diante desse cenário, os CEOs do setor de varejo e bens de consumo estão enxergando a necessidade de inovar. De acordo com a pesquisa CEO Outlook 2017, realizada pela KPMG, os presidentes de companhias do setor priorizam as novas tecnologias (16% em comparação com 10% do resultado dos outros setores que fazem parte do estudo) e novos concorrentes/ disruptores (11%) como principais fatores para o impacto do crescimento nos próximos três anos.

Além disso, os participantes concordam que são efetivos na detecção de sinais de mercado (80% em comparação com 64% da amostra geral), entretanto, eles estão preocupados com o fato de a organização não possuir competências e processos inovadores para responder a uma rápida disrupção (80% em comparação com 50%). Outro item de preocupação para o segmento é que apenas 46% dos participantes do setor de varejo e bens de consumo da pesquisa realizada pela KPMG afirmam que a organização que preside está buscando acompanhar a taxa de inovação tecnológica na área.

Quando falamos sobre consumidores, 31% dos CEOs do varejo e bens de consumo indicam a incapacidade de identificar os Millennials como o principal desafio para relacionamentos com os clientes, seguido da incapacidade de segmentar setores de crescimento/ grupos demográficos nos mercados domésticos (18%). Esses dados se tornam mais expressivos quando comparados com a Top of Mind, outra pesquisa realizada pela KPMG, essa com o apoio da Consumer Goods Forum.

De acordo com esse levantamento, que ouviu cerca de 550 executivos do setor de varejo e bens de consumo, 36% dos participantes disseram que a confiança e a fidelidade do cliente são as principais prioridades para próximos dois anos. Além disso, 74% disseram que a confiança e a fidelidade do cliente são de importância “grande a decisiva” para o sucesso a curto prazo. Por outro lado, 39% deles admitem que, com relação à personalização da experiência do cliente, os recursos de suas empresas variam de insatisfatórios a razoáveis.

Esses dados se apresentam como um sinal de alerta para o setor, já que os consumidores de hoje estão exigindo maior conveniência, valor e uma experiência incrível. Essas três tendências-chave estão causando disrupções em uma escala sem precedentes nos mercados e modelos de negócios existentes.

As empresas que respondem a essa nova realidade estão sendo recompensadas – muitas vezes generosamente. Já quem ainda não se adaptou está ficando para trás e correndo sérios riscos.

Fonte: Novarejo