Notícias


Gestão & Liderança Postado em quarta-feira, 28 de junho de 2017 às 12:52
Ter o seu próprio Dream Team é um objetivo para a maior parte dos líderes. Especialmente nos dias atuais, voláteis, repletos de incertezas, complexos e dinâmicos. Ter uma equipe diferenciada e focada em resultados faz a diferença entre conquistar – ou não – o sucesso nos negócios.

Seria lugar relativamente comum falar sobre equipes de alta performance não fossem elas a chave para esta diferenciação e o maior calcanhar de Aquiles dos líderes e das organizações.

Mas o que é afinal uma equipe de alta performance?

Uma equipe de alta performance se destaca por apresentar elevada competência – técnica, atitudinal e comportamental. É capaz de reagir rapidamente aos cenários mais adversos e de se desenvolver em conjunto, com velocidade. É composta por membros alinhados com a missão, a visão e os valores da empresa e que possuem elevado engajamento e comprometimento para atingirem um objetivo comum, claramente definido.

Sabemos não ser tarefa fácil formar um time assim. São etapas sensíveis, parte delas previstas e conhecidas, mas a maior bastante intangível. E não há nenhuma dúvida de que o líder é o verdadeiro maestro dessa orquestra. No final do dia estamos lidando com PESSOAS, em um turbilhão de diferentes características, habilidades, experiências, histórias e, principalmente, objetivos.

Vejamos algumas poderosas dicas neste processo de formação de uma equipe de alta performance:

1 – Encontre as pessoas certas

Invista tempo, energia, dinheiro e sensibilidade no processo de recrutamento e seleção de pessoas. Este é um processo que não deve ser terceirizado e que cabe exclusivamente ao líder. E não entenda por pessoas certas, pessoas perfeitas. Encontrá-las passa pelo profundo conhecimento dos objetivos, cenário e valores empresariais e, principalmente, clareza de onde se quer chegar. A pessoa certa também precisa ser desenvolvida para o lugar certo que deve ocupar. Pessoa certa no lugar certo é de fato uma combinação decisiva.

2 – Desenvolva as pessoas certas

Se encontrar as pessoas certas é um desafio, desenvolve-las é uma tarefa diária. Capacitação e treinamento são delegáveis, podem ser adquiridos em escolas, programas, livros e cursos.  Direcionamento e feedback não. Estas talvez sejam duas das funções mais sensíveis neste processo de liderança e desenvolvimento: só se pode direcionar quando se tem clareza sobre onde se quer chegar, além de muita sensibilidade e percepção para conhecer cada membro do time, suas dificuldades, limitações e potenciais. Desenvolver é doar tempo, energia e confiança.

3 – Tenha coragem de eliminar as pessoas erradas

Entenda por “pessoas erradas” aquelas que não compartilham dos valores da organização e do time. Aquelas que se recusam a se desenvolver e a se comprometer. O pior que se pode fazer pela sua equipe é manter estas pessoas “erradas” por perto. Elas minam a motivação, fazem questionar os valores, desintegram a força, estão sempre criticando e quase sempre buscando nada.

4 – Desafie as pessoas

Os desafios motivam, amadurecem e extraem o melhor das pessoas. Desafiar constantemente e inteligentemente sua equipe faz com que elas subam o próximo degrau. “Não é possível resolver um problema no mesmo nível em que ele foi criado”, pensamento conhecido atribuído a Albert Einstein. Desafios inteligentes fazem as pessoas buscarem em si novas formas de resolução e novos patamares de atuação. Ideias criativas e inovadoras nascem a partir daí. Elas são forçadas a reinventarem o negócio, os produtos, a atuação e elas mesmas. E como bônus, certamente lhe serão eternamente gratas por isso.

5 – Avalie as pessoas

É imprescindível reconhecer a diferença de desempenho dos indivíduos de um time. Mais importante ainda é identificar as razões para um desempenho bom e ruim em diferentes pessoas ou em diferentes momentos das mesmas pessoas. Essa habilidade é uma arte e é com ela que se trabalha ora motivação, ora pressão, ora feedback e correção, ora desenvolvimento. Ter um processo formal de avaliação e feedback é importante, mas nada substitui o interesse genuíno diário do líder pelas pessoas do seu time.

6 – Reconheça, Recompense e Comemore com as pessoas

Reconhecimento é prova de atenção do líder. Ele está ligado nos esforços, nas entregas e também na falta delas. Ele é justo e claro ao recompensar e comemorar as conquistas do time. As comemorações são rituais importantes e marcos que personalizam os indivíduos e mostram que seus esforços valeram a pena. Esse tempo é um grande e importante investimento que um líder pode fazer.

7 – Lidere as pessoas pelo exemplo

Um líder só pode ser respeitado e seguido quando ele vive o que diz e reflete o que prega. Liderar é também um exercício contínuo de autoconhecimento e autocontrole. No âmbito pessoal ou profissional, aquele que exerce uma posição de liderança (informal ou estabelecida) será sempre observado pela sua conduta. Não é uma necessidade de se mostrar perfeito – isso é um erro. É mais sobre como você se comporta ao errar do que o erro em si. Reconhecer e demonstrar humildade, além de dignidade, é um ato fundamental para o relacionamento com a sua equipe.

8 – Questione as pessoas

Um ambiente transparente e seguro permite a comunicação direta e aberta entre líder e liderado. Escutar é uma palavra chave, denota interesse, abertura e abre as portas para a colaboração. As provocações e questionamentos estimulam, fazem com que você possa conhecer o time e, principalmente, engaja. Quem pergunta quer resposta, por isso, esteja preparado para ouvi-las. Perguntas e respostas apenas podem ser promovidas em ambientes confiáveis.

9 – Promova a autonomia das pessoas

As pessoas diariamente tomam decisões dentro de uma organização. Para que estejam seguras e preparadas para tais decisões, elas precisam de autonomia e espaço para assumir riscos (mais ou menos calculados dependendo do quão é arrojada a empresa, cenário, contexto e cultura). Autonomia remove barreiras, agiliza e cria responsabilidades. Tenha uma equipe munida de informações e conhecimento em forma de processos e atitudes.

10 – Forneça direcionamento às pessoas

No papel de bússola, dê um norte para a equipe. De forma simples e clara, transmita os objetivos da empresa e aonde ela quer chegar, caminhos e meios, evitando dúvidas. Principalmente desdobre as metas macro para o cenário de cada colaborador, fazendo com que ele entenda seu papel no processo. Saiba o que foi comandado a cada um para que tenha a chance de acompanhar, cobrar ou mudar a rota.

 11 – Cuide das pessoas

Já não se discute mais que mente sã é sinônimo de corpo são. Saúde e bem-estar devem ser lemas do líder para si e para sua equipe. Um ambiente saudável é promovido pelas pessoas que o integram. É possível ter um entorno positivo apesar da competitividade diária.

12 – Respeite todas as pessoas

Não existe cor, sexo e raça entre times. A diversidade deve ser mais que aceita, deve ser estimulada. Um time formado por pessoas diferentes, com características diversas é sinônimo de complementariedade, desde que esteja presente um componente primordial: respeito. Ao líder, fica a tarefa de respeitar cada indivíduo em sua essência e, além do exemplo, cabe a ele a exigência de que este é um assunto inegociável.

Fonte: Fabiana Mendes - Gouvêa de Souza
Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 28 de junho de 2017 às 12:51
Após três anos de crise, os brasileiros apresentam um nova disposição para comprar calçados. As classes A e B aumentaram o ritmo de compras neste ano e as marcas com coleções mais sofisticadas tendem a se sair melhor à medida que houver recuperação no cenário macroeconômico se recupera.

Estudo elaborado pela consultoria Iemi Inteligência de Mercado com 1.252 consumidores indica que, em um período de 12 meses encerrado no primeiro trimestre de 2017, a frequência de desembolsos está em 3,8 compras de calçados em um ano, contra 3,6 compras em 2014. Já o valor gasto por compra aumentou 12%, para R$ 215,84, ante uma média por compra de R$ 191,87 há três anos. Entre 2014 e o início deste ano, o preço médio dos calçados subiu 10%.

“O que causou aumento no gasto foi principalmente a ampliação das compras por consumidores das classe A e B. Os consumidores das classes C e D ficaram mais fora do mercado nos últimos três anos. O produto que girou mais foi o calçado de preço médio mais alto”, afirma Marcelo Prado, diretor da Iemi Inteligência de Mercado.

Ele observa que a média de compra de consumidores das classes C e D foi de 3 pares nos últimos 12 meses até março, contra 3,4 pares em 2014. Entre as classes A e B, o consumo foi de 4,7 pares até 2017, contra 4,2 pares em 2014.

Lojas de departamentos
De acordo com a pesquisa, os consumidores preferem trocar de lojas em busca de descontos a trocar o tipo de calçado. Com isso, as lojas de departamentos passaram a representar 38% das vendas da categoria no país, ante 14% em 2014. As lojas multimarcas reduziram a participação para 38%, ante 62% em 2014. As lojas monomarcas reduziram participação em 7 pontos percentuais, para 18%.

Na avaliação do analista, as empresas que investiram mais em inovações e qualidade podem se sair melhor nesta fase de início de recuperação do consumo.

De acordo com dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas de calçados cresceram 4,7% no primeiro trimestre de 2017. A produção no acumulado de janeiro a abril deste ano cresceu 1,5% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado.

No primeiro trimestre, entre as companhias abertas do setor apenas a Alpargatas registrou queda em vendas no mercado interno, de 32% no volume de sandálias e de 16,8% na receita líquida no Brasil, para R$ 466,1 milhões. A Grendene obteve um crescimento de 13% no volume de vendas do mercado interno, com ganho de 23,6% na receita no Brasil, para R$ 470,7 milhões. A Arezzo elevou em 8,6% o volume de pares vendidos no país, com alta de 15,5% na receita local. A Vulcabras Azaleia teve avanço de 17,7% em receita no trimestre, para R$ 295,9 milhões, e 85% da receita provém de vendas no país.

Fonte: Valor Econômico