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Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 17 de outubro de 2023 às 10:37


Desenvolvimento de gestores, gestão da cultura e adoção de tecnologias são alguns dos desafios que Recursos Humanos terão que lidar.
Assim como outras áreas, o setor de Recursos Humanos (RH) passa por uma profunda transformação já há alguns anos devido à crescente influência da digitalização, da inteligência artificial e de inovações tecnológicas. De fato, essas mudanças revolucionaram a forma como as empresas têm gerenciado seus funcionários e estão contribuindo para um RH mais ágil, eficiente e orientado para o futuro. Mas, quais serão as tendências, prioridades e desafios que esperam o setor?

Com a chegada de 2024, as empresas estão se preparando para enfrentar uma série de desafios e abraçar oportunidades na gestão de recursos humanos. Uma pesquisa do Gartner ouviu 500 líderes de RH em 40 países, de diversos setores. O desenvolvimento de líderes e gestores lidera a lista, seguido por cultura organizacional, tecnologia, gestão de mudanças e gestão de carreira e mobilidade interna logo atrás como algumas das tendências e oportunidades para o RH em 2024.


O futuro do RH

Não é novidade que o mundo enfrenta incertezas econômicas e geopolíticas, pressões de custos crescentes e uma força de trabalho que está constantemente se adaptando a novos modelos de trabalho. De fato, os profissionais de RH se encontram no centro de uma mudança disruptiva e o foco desses profissionais no futuro se concentrará principalmente em quatro pontos, que são:

- Revigorar a confiança entre empregadores e seus líderes para otimizar a adaptação às novas normas de trabalho;
- Repensar a cultura organizacional para estabelecer um fluxo de trabalho eficiente e adequado ao novo mundo do trabalho;
- Investir na adoção e preparação para o impacto das tecnologias emergentes de RH;
- Repensar o recrutamento externo e as abordagens internas de plano de carreira para atrair e reter talentos críticos.

5 prioridades para líderes em RH


Embora o desenvolvimento de líderes e gestores seja uma das principais preocupações, não se pode ignorar o papel fundamental da cultura organizacional, da tecnologia de RH, da gestão da mudança e da mobilidade interna no progresso das empresas.


Líder e Gerente de Desenvolvimento

A pesquisa mostrou que 75% dos líderes de RH dizem que seus gerentes ficam sobrecarregados com o crescimento de suas responsabilidades profissionais. Além disso, 73% dos líderes de RH confirmaram que os líderes e gerentes da organização não estão preparados para liderar mudanças.

Isso porque a maioria das organizações tenta apoiar os gestores fornecendo melhores programas de desenvolvimento de competências, novas ferramentas e tecnologias para aumentar a produtividade e programas de bem-estar mais robustos. Apesar destes investimentos consideráveis, metade dos colaboradores não se mostraram confiantes na capacidade do gestor para conduzir a sua equipa ao sucesso nos próximos dois anos.


Cultura Organizacional

A cultura organizacional é a espinha dorsal de qualquer empresa. Ela é a responsável por definir valores, as normas e as expectativas que moldam o comportamento dos funcionários. Os líderes de RH constataram que os funcionários têm a cultura comprometida impulsionada pelo trabalho híbrido. Além disso, não sabem como impulsionar a mudança para alcançar a cultura desejada.

Um ponto interessante da pesquisa é que cada vez mais estão acontecendo menos interações pessoais, redução do tempo nos escritórios e a diminuição de colaboradores, o que têm impactado na experiência da cultura tradicional.

De acordo com os analistas da Gartner, para que uma cultura seja bem-sucedida em um mundo híbrido, é preciso que os líderes trabalhem de forma deliberada para alinhar e conectar os funcionários a ela.


RH e Tecnologia

A tecnologia está sendo crucial na gestão de pessoas, como por exemplo, sistemas de gerenciamento de recursos humanos, softwares de recrutamento e análise de dados estão se tornando ferramentas indispensáveis ​​para automatizar tarefas operacionais, melhorar a tomada de decisões baseadas em dados e aprimorar a experiência dos funcionários.

No entanto, o estudo revelou que os líderes de tecnologia de RH não têm certeza sobre quais tecnologias adotar. Pouco mais da metade dos líderes se mostraram bastantes inseguros sobre o impacto das tendências tecnológicas, como por exemplo a IA Generativa. Porém para 76% dos líderes de RH concordam que ficarão atrás no sucesso organizacional se não adotarem e implementarem IA generativa nos próximos 12 a 24 meses. Nesse sentido, os especialistas da Gartner recomendam que os líderes de RH precisam de uma estrutura de avaliação para avaliar qual tecnologia de RH adotar.


Gestão da Mudança

Em um ambiente de negócios em constante mudança, a habilidade de gerenciar e adaptar-se às mudanças é fundamental para qualquer área se manter competitiva.

Contudo, a rapidez e o volume das mudanças podem levar à fadiga da mudança, o que é prejudicial tanto para o bem-estar quanto para a produtividade dos trabalhadores. Muitos funcionários se sentem sobrecarregados, ansiosos e certos sobre o futuro. O estudo mostrou que apenas 8% dos funcionários se sentem confiantes em um plano para gerenciamento ativo dessa fadiga.

O que podemos perceber é que a maioria das organizações ainda não está fazendo o suficiente para apoiar seus colaboradores nesse cenário de mudanças incessantes. Os especialistas indicam que as organizações devem planejar com antecedência os riscos de fadiga das mudanças e incluir o gerenciamento da fadiga em seus planos para impulsionar uma transformação bem-sucedida.


Gestão de Carreira e Mobilidade Interna

Tradicionalmente, o plano de carreira costumava ser visto como um roteiro rígido, onde os funcionários seguiam um caminho pré-definido em direção à progressão profissional. No entanto, esta abordagem está rapidamente a tornar-se ultrapassada, à medida que as organizações reforçam a importância de se adaptarem no mundo dos negócios em constante mudança. No entanto, foi constatado que as rápidas mudanças no ambiente de negócios estão tornando esses modelos inadequados.

Segundo os especialistas da Gartner, e fundamental projetar carreiras interativas que facilitem o crescimento, alinhando as necessidades do negócio com os objetivos, interesses e habilidades maiores dos funcionários, além de enquadrar as jornadas profissionais dos funcionários para promover facilidade de movimentação e construir funções baseadas em experiências que permitem aos funcionários expandirem a variedade de conhecimentos.

Diante de todas essas perspectivas, o futuro do RH envolve abraçar mudanças, desenvolver líderes, alinhar a cultura organizacional, adotar tecnologias abrangentes, gerenciar mudanças de forma eficaz e promover carreiras flexíveis e adaptáveis. Esses desafios e prioridades são essenciais para que o RH se torne mais ágil, eficiente e orientado para o futuro em um cenário de negócios em constante transformação.

Fonte: Novarejo
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 17 de outubro de 2023 às 10:34


Cerca de 80% dos consumidores dessa geração compra e vende itens usados. Entre os que apoiam a economia circular, a maioria faz doações de roupas.

A Geração Z está remodelando o cenário da moda, desafiando normas e direcionando o mercado em direção a práticas mais sustentáveis, inclusivas e autênticas. Consequentemente, as marcas que desejam cativar essa geração devem se adaptar a seus valores e preferências únicas, que definem um comportamento de consumo muito diferente das gerações anteriores. A moda para a Geração Z é muito mais do que apenas usar roupas. É uma extensão de sua identidade.

Segundo uma pesquisa da OLX, plataformas de compra e venda online de itens usados e seminovos, concluiu que 89% deles enxergam a moda como um fator crucial para sua autoestima. Além disso, entre as categorias de consumo, os itens de vestuário estão entre os mais vendidos, com 67% dos entrevistados indicando que investem neles. 

Essa geração, movida pela busca de autenticidade, exclusividade e sustentabilidade, está impulsionando também o crescimento do mercado de brechós. Até 2027, esse mercado deve atingir a impressionante marca de US$ 350 bilhões, graças ao impacto da Geração Z. Mas seus hábitos de consumo não se limitam apenas as eles, influenciam as escolhas de suas famílias. Como resultado, eles alteram o panorama do comportamento de consumo em larga escala.

Para a pesquisa, foram entrevistados jovens de todas as regiões do país, com idades entre 18 e 30 anos, sem qualquer discriminação com base em classe social ou gênero. Adicionalmente, uma cota de 28% da base foi alocada para participantes que se identificam como LGBTQIA+. Além de analisar as preferências de consumo, o estudo quantificou os valores relacionados à sustentabilidade.


Sustentabilidade e Inclusão – pilares da Geração Z

Na moda, a sustentabilidade e a inclusão são conceitos intrínsecos para a Geração Z. Eles buscam marcas que representem seus valores e ofereçam produtos sem gênero, subvertendo a tradicional dicotomia masculino/feminino. O mercado de “resale”, que é a compra de itens de segunda mão, é uma tendência forte, com 83% dos jovens da Geração Z já aderindo a essa prática.

Mas sua jornada de compra começa muito antes da transação. Envolve pesquisas online, interações nas redes sociais e avaliações de outros consumidores. As marcas que desejam conquistar essa geração devem criar estratégias que ofereçam uma experiência envolvente em todos os pontos de contato.


Posicionamento e responsabilidade social

Os Zs não se prendem apenas ao nome da marca, mas valorizam o posicionamento e a responsabilidade social. Eles não compram desenfreadamente, frequentemente pesquisam produtos antes da compra e valorizam a experiência sensorial obtida nas lojas físicas, principalmente aquelas que oferecem serviços omnichannel.


Impactos no mercado da moda

A Geração Z acredita em um estilo autêntico, inclusivo e inspirado por pessoas reais. Peças customizadas, de segunda mão ou com aspecto vintage estão ganhando espaço e ressignificando a indústria da moda. O “slow fashion” surge como um movimento que repensa a produção em massa. Ele se concentra na qualidade em vez da quantidade, valorizando peças duradouras e atemporais que são projetadas para resistir ao teste do tempo. 

Coleções de roupas para todos os tipos de corpo estão entre as principais demandas, incluindo a moda plus size e a tendência “genderless”, que oferece opções estilosas, confortáveis e livres de rótulos de gênero. A presença digital também é indispensável. Marcas que desejam conquistar a Geração Z devem cultivar uma relação próxima e contínua, com representações realistas que reforcem os valores defendidos pela empresa. 

Parcerias com influenciadores digitais e histórias genuínas de pessoas envolvidas no processo de produção, por exemplo, envolvem mais do que anúncios diretos. Ou seja, o comportamento da Geração Z na moda é pautado em um olhar mais sustentável, realista e que celebra a diversidade de formas de expressão.


Comportamento de consumo envolve valores

Mais de 80% dos respondentes da Geração Z já compraram produtos usados, enquanto 83% já venderam itens desse tipo. Uma parte significativa prefere a experiência das lojas físicas, mas entre a comunidade LGBTQIA+, a preferência é pelo ambiente online. A pesquisa da OLX também revela a associação crescente entre compras e sustentabilidade.

A maioria dos respondentes considera que a compra de produtos usados é benéfica para o meio ambiente. Além disso, a economia circular começa a fazer parte do vocabulário da Geração Z, com 52% deles tendo ouvido falar sobre o conceito. Entre os que estão familiarizados com o conceito, em relação às ações relacionadas, 76% dos jovens entrevistados têm o hábito de doar roupas e calçados.

A pesquisa da OLX foi feita em colaboração com a MindMiners e entrevistou 300 participantes. A amostra é diversificada, incluindo 52% de mulheres e 48% de homens, todos com idades entre 18 e 30 anos. As respostas refletem as perspectivas de todas as cinco regiões do país, com 48% provenientes do Sudeste, 23% do Nordeste, 15% do Sul, 6% do Centro-Oeste e 8% do Norte.


Fonte: Consumidor Moderno