Notícias


Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 06 de maio de 2025 às 15:31


Você já planejou o seu calendário de vendas para este ano? Muitas empresas dependem de “promoções” de última hora para atingir as metas nos últimos dias do mês, mas existe uma maneira mais eficaz de se fazer isso: o que chamo de planejamento de “eventos de venda”.

Esse tipo de estratégia permite que você tenha mais controle sobre o fluxo de caixa, crie ações mais assertivas e fuja da correria constante do improviso. Planejar eventos com antecedência traz previsibilidade e abre espaço para inovação e criatividade, o que, no fim do dia, gera mais vendas e mais conexão com seu público.

O que são eventos de venda?

Esses eventos podem ser simples promoções, mas o diferencial está em planejar eventos temáticos com antecedência. Gosto de organizar esses eventos da seguinte maneira:
– 2 eventos maiores: um no 1º semestre e outro no 2º semestre
– 4 eventos médios
– 6 eventos pequenos: completando um ciclo anual

Esse tipo de estrutura permite criar um ritmo comercial saudável. Ao longo do ano, sua audiência vai se acostumando com esses movimentos, o que aumenta o senso de expectativa e engajamento. A lógica aqui não é só vender, mas vender com intenção e com estratégia.

Eventos pequenos

Os eventos pequenos são promoções específicas de algum produto, algo em que uma grande parte do seu público já tenha mostrado interesse, mas que ainda precisa de um ‘empurrãozinho’, ou seja, um incentivo financeiro para tomar a decisão de compra.

Esses incentivos podem vir na forma de:
– um lançamento;
– um cupom exclusivo;
– um bônus adicional;
– uma condição especial válida por tempo limitado.

Aqui, o foco está em girar estoque e manter um fluxo constante de vendas. E tem mais: você não precisa das redes sociais para vender (mesmo que muita gente diga o contrário). Muitas dessas ações funcionam muito bem apenas com a sua base de WhatsApp, e-mail e até atendimento direto com os clientes.

Se quiser ir além, use esses momentos também para conversar diretamente com seus clientes. Falando pessoalmente com os seus clientes, você consegue escutá-los mais e observá-los melhor.

Eventos médios

Os eventos médios têm uma duração maior de preparação e divulgação. Para esses eventos, você pode gerar conteúdos voltados para esse fim, por uma ou duas semanas.

Você pode trabalhar com temas específicos, storytelling, vídeos mostrando bastidores ou até lives para aquecer o público. Particularmente, gosto de restringir o período de vendas a apenas uma semana, ou até menos, mas você pode testar outras abordagens se quiser. Essa estratégia gera engajamento, e você pode realizar lives não necessariamente vendendo algo com desconto, mas oferecendo produtos ou serviços diferenciados que ainda não são seu “carro-chefe”.

Nesses momentos, você deverá ter pessoas e histórias ao seu redor para ajudar a criar mais conexão e conversão. E lembre-se: 90% do processo de vendas é emocional. Nesse tipo de evento, conseguimos incrementar essas emoções, usando isso para que a nossa mensagem seja mais aderente.

Eventos maiores

E por último, os eventos realizados apenas duas vezes ao ano (muitas vezes, já fiz apenas uma vez). São aqueles eventos em que você busca atingir um público ainda maior, além da sua base atual de leads e seguidores.

Esses eventos, frequentemente, visam à venda de produtos e serviços de maior valor. É a hora de apresentar uma transformação maior, uma nova fase do seu negócio ou uma proposta que represente um salto para o cliente. Para isso, você precisa de um tempo maior de divulgação, gerar mais conteúdo, investir em anúncios, fazer mais lives… tudo isso para você “romper a bolha” em que se encontra, e mostrar para seu público que você é capaz de guiá-lo a algo ainda maior e melhor na vida deles.

E aqui vale a dica de ouro: fuja da concorrência. Seja o seu próprio nicho e faça os eventos centrados em você, na sua marca e na sua empresa. Nem só de Natal, Black Friday e Dia das Mães vive o empreendedor. Você pode – e deve – criar as suas próprias datas, seus próprios marcos.

Estratégias alternativas

Você também pode aplicar essa estratégia a produtos de menor valor e focar no volume de vendas. Conheço pessoas que fizeram essa estratégia de “megaevento” e, quando todos esperavam um produto de alto valor, foi oferecido, na verdade, um produto de R$ 47. O engajamento gerado foi tão grande, que faturaram quase R$ 2 milhões em poucas horas.

Isso só acontece porque a preparação foi bem feita. O público estava aquecido, o conteúdo fez sentido, o valor percebido era alto. E quando tudo isso se encaixa, o resultado é surpreendente. Mesmo produtos simples podem se tornar extremamente lucrativos quando inseridos em um bom evento.

Claro, nenhuma estratégia é isenta de riscos, mas agora você possui um mapa com ideias para implementar em sua empresa. Ao planejar seus eventos de venda, você cria oportunidades estratégicas para impulsionar suas vendas e fortalecer o relacionamento com seus clientes. Lembre-se: vendas não são apenas transações. São experiências, conexões e jornadas que você pode construir com propósito.

Fonte: Ecommerce Brasil
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 06 de maio de 2025 às 15:26


Mesmo diante da dominância de gigantes como Walmart e Amazon, cinco empresas brasileiras conquistaram espaço entre as 250 maiores varejistas do mundo, segundo a edição mais recente do relatório Global Powers of Retailing, da Deloitte. O estudo, que classifica as 250 maiores varejistas do mundo com base na receita anual, destaca a atuação global e a resiliência de marcas brasileiras em um cenário competitivo e marcado por transformações no comportamento de consumo.

O levantamento analisou o desempenho de empresas de diversos segmentos do varejo, como supermercados, eletrônicos, vestuário e e-commerce. Entre os destaques do estudo, está a capacidade das companhias que integram o ranking em manter relevância mesmo diante de desafios econômicos globais, mudanças tecnológicas e novas exigências dos consumidores.

As brasileiras que integram o ranking são Assaí (92º lugar), Magazine Luiza (156º), Raia Drogasil (169º), Casas Bahia (205º) e Natura (214º). Todas adotaram estratégias voltadas a bens essenciais, digitalização de canais e competitividade nos preços — fatores considerados determinantes para o desempenho no período analisado.

Participação inédita e foco em eficiência

O Assaí aparece com a melhor colocação já alcançada por uma empresa brasileira no ranking, reflexo do modelo de atacarejo, da rápida expansão de lojas e do foco em preços acessíveis. Em 2024, a empresa reportou lucro líquido de R$ 769 milhões e receita de R$ 73 bilhões — avanços de 8,3% e 11%, respectivamente, na comparação com o ano anterior.

A Raia Drogasil também se destacou pelos resultados. A companhia registrou lucro ajustado de R$ 1,3 bilhão e receita de R$ 38 bilhões, com crescimentos de 16% e 14%. A estratégia baseada em capilaridade, conveniência e digitalização contribuiu para o bom desempenho.

No caso do Magalu, a presença no ranking é resultado de mais de uma década de investimentos em inovação. Desde a criação do Luiza Labs, em 2012, a companhia vem integrando tecnologia, logística, marketplace e serviços financeiros, com forte atuação via aplicativo e uso intensivo de dados para melhorar a jornada do consumidor.

A Casas Bahia retorna ao ranking mesmo após o pedido de recuperação judicial em 2023. A empresa iniciou um processo de reestruturação e conseguiu reduzir o prejuízo em 54,8% no último trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, sinalizando um início de recuperação operacional.

Já a Natura se mantém entre as maiores varejistas do mundo com uma proposta de valor voltada à sustentabilidade e inovação. Mesmo enfrentando desafios nas operações internacionais da Avon, a companhia preserva seu posicionamento como marca de propósito, um diferencial relevante no cenário atual.

Varejo brasileiro amplia presença global

Segundo Paulo de Tarso, sócio da Deloitte, o aumento no número de representantes do Brasil — que no ano anterior era de apenas três empresas — reflete um movimento estratégico das companhias nacionais. “Essas empresas conseguiram aliar eficiência operacional com responsabilidade social e sustentabilidade, fatores cada vez mais valorizados globalmente”, afirmou.

O relatório aponta ainda que 65,5% da receita das 250 empresas listadas vieram de categorias consideradas essenciais, como alimentação, saúde e higiene. Embora América do Norte e Europa ainda concentrem 83% das companhias presentes no ranking, países como Brasil, Índia e Indonésia começam a ganhar espaço, sinalizando uma crescente diversificação geográfica na liderança do varejo global.

Fonte: Ecommerce Brasil