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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 06 de junho de 2023 às 10:16


As 23 varejistas sob cobertura apresentaram redução de 26% no lucro líquido em 2022, R$ 2,5 bilhões no total, enquanto houve queda de R$ 1 bilhão somente no primeiro trimestre desse ano.

 Os lucros das empresas do setor de varejo ainda devem ficar pressionados no curto prazo por conta dos juros elevados, deixando despesas financeiras e alavancagem de algumas companhias em patamares alarmantes, mas com perspectiva de alívio a partir do segundo trimestre, diz o BTG Pactual.


Os analistas Luiz Guanais e Gabriel Disselli escrevem que 23 empresas do setor sob sua cobertura apresentaram redução de 26% no lucro líquido em 2022, R$ 2,5 bilhões no total, enquanto que somente no primeiro trimestre desse ano já houve queda de R$ 1 bilhão.

“Olhando na nossa amostra, as conclusões diferem dependendo da companhia, segmento, profundidade da crise, o que é essencial para diferenciar empresas pequenas que são líquidas, mas queimam caixa consistentemente, de empresas discricionárias que estão sofrendo com pressões na demanda”.

O banco destaca que essas companhias vêm reforçando seus balanços desde a pandemia, deixando suas situações financeiras mais robustas do que em crises passadas. Essas companhias ainda podem descontar recebíveis para gerar liquidez no curto prazo, mas com o lado negativo do alto custo de capital envolvido.

Os analistas preferem manter uma exposição limitada a companhias com maior poder de precificação e momento operacional positivo, como Mercado Livre, SmartFit, Grupo Soma e Grupo Mateus, esperando o início do ciclo de corte nos juros para voltar a se posicionar com maior força no setor.

Fonte: Valor Econômico
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 06 de junho de 2023 às 10:14


O desempenho superou até o período pré-pandemia. Em relação aos três primeiros meses de 2019, a alta de faturamento foi de 22,6%.

As franquias no Brasil cresceram 17,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). O faturamento nominal avançou para R$ 50,85 bilhões. O desempenho superou até o período pré-pandemia. Em relação aos três primeiros meses de 2019, a alta de faturamento foi de 22,6%. Segundo a associação, este é o quinto trimestre consecutivo de crescimento.


De acordo com a ABF, as doze categorias acompanhadas registraram aumento. O líder de faturamento foi o setor de Hotelaria e Turismo, com alta de 37,5% no comparativo anual. Em segundo lugar, com alta de 27% no faturamento, ficou o setor de Saúde, Beleza e Bem-Estar. Já a Alimentação Food Service (refeições fora do lar), viu a receita crescer 21,2% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

A ABF afirma que o crescimento de receita no comparativo anual reflete uma recuperação prolongada do turismo, com maior tíquete médio e retomada da demanda reprimida, além da maior demanda por serviços, após o arrefecimento da pandemia de covid.

Entre janeiro e março houve alta de 5% na abertura de unidades, enquanto os fechamentos foram de 2,6%, resultando em saldo positivo de 2,4% nas redes. No primeiro trimestre de 2022, o saldo havia ficado positivo em 0,8%. Ao final de março, as operações de franchising somavam 184,4 mil unidades.

A ABF aponta que pouco mais da metade das operações é representada por franquias em lojas de ruas, com participação de 52%, ante 51,7% no primeiro trimestre de 2022.

Por outro lado, o setor ainda lida com fatores negativos como a pressão de custos, os compromissos financeiros firmados durante a pandemia e a cautela dos consumidores.

Fonte: Valor Econômico