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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 11 de julho de 2023 às 10:44


Com base na atual expectativa de alta do PIB em apenas 1,2%, as famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 6,7 trilhões ao longo deste ano, o que representa um aumento real de 1,5% em relação a 2022. Essa é a conclusão da pesquisa IPC Maps 2023, especializada há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, de acordo com fontes oficiais.

Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, a movimentação ainda é baixa em comparação ao incremento de 4,3% verificado no ano passado, quando a economia se reergueu dos reflexos negativos da pandemia, somado aos repasses de valores significativos, por meio de programas sociais à população mais carente. “As vantagens do então Governo Federal deixaram um saldo negativo ao atual, que não tem condições financeiras, pelo menos por enquanto, de puxar o progresso econômico por meio do consumo das famílias, principalmente aquelas de baixa renda”, avalia.

Por outro lado, o levantamento indica a ampliação em 5% do perfil empresarial no País, resultando em mais de 1 milhão de novas unidades nos setores de indústria, serviços, comércio e agribusiness.

Outro destaque é a Região Sul que, devido ao processo de migração social positiva, com uma quantidade maior de domicílios nas classes mais altas, recupera sua tradicional vice-liderança e ultrapassa o Nordeste no ranking de consumo entre as regiões brasileiras. “Enquanto a média nacional da evolução nominal do potencial de consumo é de 7,5%, no Sul esse número é de 9,4%, graças ao desempenho das classes A, B1 e B2 que apresentam uma elevação de, respectivamente, 19,7%, 13,6% e 20,4%”.

O trabalho mostra, ainda, uma ligeira alta na participação das 27 capitais no mercado consumidor (de 29,07% para 29,08%), após anos de quedas consecutivas. Em ascensão, também, estão as regiões metropolitanas, que passam a responder por 16,92%, enquanto o interior reduz sua presença para 54% no cenário nacional. Pazzini lembra que, de 2022 para 2023, a quantidade de empresas subiu 3,5% no interior e 6,7% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 5% da média nacional. “Esse cenário pode ser explicado pelo home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios. Aliado a isso, há uma oferta maior de imóveis corporativos para locação, com preços inferiores aos praticados antes da pandemia”, afirma.

Já, quanto aos hábitos de consumo, esta edição da IPC Maps confirma a elevada despesa com veículo próprio, superando diversos setores, inclusive o de alimentação e bebidas no domicílio, em função, sobretudo, da crescente demanda por transportes via aplicativos e deliveries, tanto pelo consumidor, quanto pelos trabalhadores.

Fonte: SuperVarejo.com
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 11 de julho de 2023 às 10:32


Sistema que recompensa consumidor com parte do valor gasto de volta já movimentou R$ 10 bilhões no paíse tendências é se diversificar.

O cashback conquistou o coração dos brasileiros e é por isso que cada vez mais empresas apostam na estratégia para fidelizar seus clientes. Dados do Sebrae mostram que quase 6,5 milhões de empresas já oferecem o programa. Só em 2021, o cashback movimentou R$ 10 bilhões no país, segundo um levantamento do Cuponomia.

Até o Governo Federal estuda um modelo de devolução de impostos para pessoas de baixa renda, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). A tradução da palavra cashback resume a dinâmica da estratégia: “dinheiro de volta”.

O modelo, criado nos Estados Unidos na década de 1980 em uma operadora de cartão de crédito, se popularizou no Brasil há menos de 10 anos. Na prática, funciona assim: ao fazer uma compra, você recebe de volta uma parte do valor gasto. Esse ‘bônus’ pode ser usado em outras compras ou como desconto em uma transação.

A estratégia que movimenta pequenos e grandes negócios, bancos e varejistas também é uma forma de garantir clientes comprometidos com a marca por um longo período. “A modalidade é popular no Brasil pela facilidade na troca e recebimento do dinheiro de volta. Vale a pena o consumidor verificar as empresas que verdadeiramente se comprometem a recompensar o valor. A prática realmente tem muito para continuar em crescimento”, comenta Aluísio Diniz Cirino, CEO da Lecupon.


Recompensa no bolso e no caixa

O percentual dado como recompensa pela compra varia de empresa para empresa e, neste sentido, o cenário é bastante amplo e criativo. Programas de milhas e de pontos são exemplos de modalidades que apostam no cashback. Nestes casos, o consumidor acumula pontos que são revertidos em benefícios futuros.

Já o cashback oferecido por bancos também permite solicitar um cartão de crédito que tenha o programa incluído para aproveitar os benefícios das compras, inclusive no formato de investback – em que parte do valor gasto é reinvestido em uma conta à parte com rendimento incluso. É possível receber cashback ao fazer compras no débito, pagar contas ou comprar em uma loja on-line.

Outra maneira de recompensa é o uso de selos e de cartelas, bastante usado por marcas e supermercados, além de nos pequenos varejistas. Basta juntar certa quantidade de selos e buscar o “prêmio”. Em média, a devolução pode chegar até 5% do valor das compras, mas, em algumas ocasiões de grande movimento no comércio, as oportunidades se agigantam.


Quem lucra com o cashback?

Primeiro, os consumidores, que têm em mãos mais uma ferramenta de benefício e que pode se tornar um critério de decisão entre um produto e outro. E a concorrência gerada por quem procura a modalidade de cashback para se diferenciar é um bom estímulo aos negócios.

Vale destacar que o cashback não é como um cupom, que é aplicado diretamente em forma de desconto sobre o serviço ou produto. Na estratégia, é preciso dar o primeiro passo – ou seja, comprar – e receber a “recompensa” na próxima negociação.

“As vantagens de usar este modelo não se limitam apenas ao usuário final. Empresas parceiras que escolhem o formato também são contempladas. Além disso, existe uma rede credenciada bem extensa para oferecer o benefício”, destaca Cirino.

A Lecupon, por exemplo, vem ampliando seu modelo de negócio, e desenvolveu um formato que permite às empresas criarem seus próprios clubes com cupons de vantagens, acessos vip e uma gama ampla de possibilidades para conquistar o consumidor. Apenas em 2022, a empresa cresceu 150% e distribuiu R$ 3 milhões aos usuários do aplicativo. Até a subseção OAB mineira economizou R$ 2,5 milhões em 2022 com a criação de seu próprio clube de vantagens tendo o cashback como protagonista.

“As empresas entenderam que, para se diferenciarem no mercado e premiarem aqueles clientes mais fidelizados, o cashback é uma ótima ferramenta, pois, além de não ‘forçar’ um benefício que não possa ser do interesse do cliente, permite uma liberdade maior na escolha de como usar o benefício”.

Fonte: Consumidor Moderno