Notícias


Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 28 de março de 2023 às 11:07


A Web3 está abrindo novos caminhos para as marcas renovarem seus programas de fidelidade e gerarem engajamento entre os fãs das marcas. Graças a ascensão da Web3, o blockchain e os aplicativos descentralizados permitem a propriedade de NFTs e a possibilidade dos usuários, ou seja, os clientes se beneficiarem economicamente desses tokens.

Os tokens digitais, também conhecidos como tokens não fungíveis, ou NFTs, são extremamente flexíveis, ou seja, podem ser adaptados para atender às necessidades específicas de uma marca e de seus clientes. Dessa forma, a tokenização abre grandes oportunidades para as marcas aumentarem o engajamento e as recompensas usadas nos programas de fidelidade.

Os tokens podem ser usados para gamificar as interações, rastrear o envolvimento do cliente e recompensa-lo de maneira tangível com vantagens do mundo real. Veja como destacamos a Nike e a Starbucks estão usando NFTs em seus programas de fidelidade Web3:


Nike

De acordo com a GDRUK, a plataforma .Swoosh, baseada em Web3 da Nike está procurando construir uma comunidade virtual para os fãs se reunirem e interagirem com a marca de uma forma significativa.

Na plataforma, atualmente em versão beta, os usuários têm acesso a colecionáveis virtuais da Nike, incluindo sapatos e roupas que podem ser usados em jogos e experiências digitais. Esses ativos também concedem aos titulares acesso a eventos e experiências exclusivas e podem ser negociados com outros usuários.

A plataforma será focada na cocriação à medida que se expande em 2023. Os membros da comunidade poderão entrar em desafios para co-projetar produtos virtuais com a Nike, com royalties concedidos aos designers das inscrições vencedoras.

A Nike está usando a plataforma para estabelecer vínculos com as comunidades e criadores locais, realizando eventos em lojas afiliadas, buscando construir uma comunidade o mais diversa e equitativa possível, alinhada às iniciativas de diversidade mais amplas da marca. Em fevereiro de 2023, um evento Swoosh no café e loja de roupas Somewhere em Washington DC atraiu artistas locais, fãs de tênis, colecionadores de NFT e outros criadores.


Starbucks

Também de acordo com a GDRUK, a Starbucks está lançando um programa de fidelidade baseado na Web3 que integra a tecnologia blockchain em seu esquema de membros existente.

Lançada pela primeira vez em setembro de 2022 para um pequeno número de membros e funcionários existentes nos EUA, a iniciativa foi aberta para mais usuários em janeiro de 2023 e continuará a se expandir este ano. A plataforma foi criada em conjunto com a plataforma de fidelidade Web3 Forum3.

Os membros são convidados a participar de ‘jornadas’ interativas, coletando NFTs e pontos que podem ser usados para desbloquear benefícios e experiências. As atividades incluem um tour virtual por uma fazenda de café, curiosidades sobre a herança da marca e minijogos interativos. À medida que os usuários ganham mais pontos, eles podem aproveitar níveis mais altos de recompensas, com o nível mais alto oferecendo acesso a eventos exclusivos e uma viagem IRL para a fazenda de café da Costa Rica.

Como resultado, os programas de fidelidade incorporados pela Nike e pela Starbucks serão acompanhados de perto por outras marcas, seus níveis de sucesso e envolvimento servirão como indicador para marcas que desejem executar programas semelhantes.

Fonte: GDRUK e Ponto de Referencia
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 28 de março de 2023 às 11:03


Mais brasileiros pretendem viajar este ano, graças ao crescimento da demanda de viajantes entre Geração Z e classes C, D e E.
O turismo do pós-pandemia no Brasil está em ritmo de expansão. Passadas as restrições dos últimos anos, grupos de pessoas que, até 2020, não tinham o hábito de viajar agora estão mais dispostos a fazer as malas: uma pesquisa da Offerwise encomendada pelo Google mostra que o número de pessoas que querem viajar cresceu 10% em relação ao período pré-pandemia. E os viajante de 2023 têm um novo perfil, majoritariamente das gerações Z e Baby Boomers, das classes C, D e E e, em sua maioria, moradoras das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

A pesquisa entrevistou 1 mil brasileiros a partir de 18 anos, que são viajantes habituais ou pretendem viajar neste ano. Além disso, a análise também recebeu o complemento de insights coletados a partir das pesquisas feitas por brasileiros na busca do Google no Brasil.


Mais jovens e mais diversos

O aumento do interesse em viagens é puxado por brasileiros que, há três anos, não tinham o hábito de viajar, mas alimentaram essa vontade durante a pandemia e, neste ano, planejam pegar a estrada (+14%). A maior parte desse público é composta pela Geração Z (28%), faixa etária que representa uma fração bem menor entre o grupo de viajantes habituais (15%). Os maiores de 65 anos — representados principalmente pela geração dos Baby Boomers, também se destacam: 7% dos novos viajantes são dessa faixa etária que, por outro lado, representa apenas 3% dos turistas recorrentes.

No recorte socioeconômico, o estudo revela a importância das classes C, D e E no reaquecimento do turismo brasileiro. Quatro em cada cinco novos viajantes (82%) pertencem a esses grupos. Entre os viajantes recorrentes, as pessoas com esse perfil socioeconômico compõem menos da metade (41%). Boa parte dos novos turistas são moradores das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.


Menos mochileiros, mais destinos nacionais

Ao mesmo tempo em que um público de novos viajantes desponta no pós-pandemia, o número de mochileiros habituais que planejam viajar neste ano caiu 4% comparado a 2019. Essa queda, porém, é compensada por uma maior disposição entre os remanescentes desse grupo: 79% dos que pretendem viajar querem fazer com mais frequência do que antes da pandemia. A frequência das viagens em família também deve crescer, em especial aquelas compostas por crianças de até 12 anos.

Comparando os destinos de maior desejo pré e pós-pandemia, o estudo aponta uma tendência de interesse pelo Nordeste brasileiro, que teve um crescimento de 9 pontos percentuais em relação a 2019; resorts e hotéis fazendas, com um crescimentos de 6 pontos; cidades brasileiras com ecoturismo e países da Europa (+4 pontos percentuais), e Ásia, África ou Oceania, com uma alta de 3 pontos percentuais em relação ao último ano antes da pandemia da Covid-19.

“A perda de poder aquisitivo e o aumento de custos fez com que alguns viajantes habituais pré-pandemia deixassem de viajar daqui pra frente”, afirma Aline Prado, líder de insights para o segmento de Viagens no Google Brasil. “Por outro lado, a vontade de explorar novos lugares após o confinamento imposto pela pandemia criou uma nova oportunidade para empresas do setor, com uma demanda superior aos níveis pré-pandemia.”


Buscas por hospedagem disparam

O Google também apresentou outras tendências do turismo com base em dados de busca na plataforma. O brasileiro saiu da pandemia mais preocupado com a hospedagem. O número de consultas por hotéis no Google quase dobrou (+97%) no Brasil no período de janeiro e fevereiro de 2022 em relação ao mesmo período de 2019.

Neste contexto, as buscas apontam tendências como o maior cuidado com a localização – as pesquisas por ‘bem localizado’ já cresceram 238% neste ano em relação a 2022 – e decisões mais impulsivas – consultas por ‘hotéis perto de mim’ cresceram 412% no mesmo período. Na contramão, o interesse por aluguéis de alta temporada e Airbnb estão menores do que em 2019.

A análise dos dados de busca revela ainda que o brasileiro está à procura de viagens mais curtas e a distâncias menores. Nos primeiros meses de 2023, as consultas por viagens de 3 dias cresceram 130% em relação ao mesmo período de 2022. No mesmo período, também cresceram 156% as buscas por rotas de até 250 km — por outro lado, rotas com mais de 3.500 km caíram 77%.

Distâncias curtas levam a uma maior procura por transportes terrestres. Isso é comprovado pelo aumento das pesquisas por viagens de ônibus (+26%) e aluguéis de carros (+44%), na comparação com 2019. Por outro lado, as pesquisas por passagens aéreas, apesar de registrarem queda de 3% no período analisado, estão chegando aos mesmos patamares do período pré-pandemia pela primeira vez.

“As viagens terrestres são a bola da vez”, afirma Débora Bonazzi, head de negócios para o segmento de Viagens do Google Brasil. “Mais do que mostrar que a demanda por viagens está aquecida no Brasil, os dados deixam claro que há uma oportunidade de diversificação de negócios para as empresas do setor”, destaca.

Fonte: Novarejo