Notícias


Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 02 de maio de 2023 às 11:23


No mundo dos negócios, o franchising é considerado uma alternativa mais segura para empreender, e nós fomos ouvir diversos consultores especializados para saber como vão estar as franquias 2023 e saber as novidades do mercado.
Assim, você que quer abrir um negócio próprio este ano vai saber os caminhos para realizar esse sonho e encontrar a franquia ideal.


 Quais franquias investir em 2023?

De acordo com Rodolfo Olivo, professor da FIA Business School, a economia em geral deve ficar mais movimentada no Brasil em 2023:

“Neste contexto, as franquias de serviços e novos produtos podem ser uma boa aposta, pois os consumidores cada vez mais buscam comodidade, conveniência, experiências personalizadas e novos produtos.
Essa busca é impulsionada por um possível cenário de mais renda disponível dos consumidores e menos incertezas políticas”, salienta Olivo, sobre o  cenário para investimento em franquias para 2023.”

O início de um novo ano marca o início de novos projetos, 2023 começa com a entrada de um novo governo, gerando expectativas do mercado.
“Essas expectativas são reforçadas por um discurso de incentivo ao aumento real do salário-mínimo, do PIB e da renda da população”, explica Olivo a respeito do cenário para investimento em franquias para 2023.”

De acordo com Olivo, além de levar em consideração sua disponibilidade financeira, deve também ver a solidez e suporte que os franqueadores oferecem, além de suas expectativas de retorno e perfil enquanto franqueado.

Ao se preparar para o passo a passo para planejar a comprar de uma franquia, você deve ter sempre em mente que deve pensar em longo prazo.“Por exemplo, um potencial franqueado que considera um imenso sacrifício trabalhar à noite e aos domingos não deveria considerar franquias de alimentação, cujo maior movimento é justamente neste horário”.


 Microfranquias 2023

No franchising há inúmeras opções de investimento e também tipos de negócios, começando com as  franquias com valores mais baixos de investimento inicial e com retorno muito rápido.

Isso pode vir a ser um bom negócio para aqueles que estão com dinheiro querendo investir e ainda estão com algumas dúvidas sobre o que fazer, recomenda Fernando Marchesini, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“É importante sempre acompanhar as notícias da economia em relação ao cenário para investimento em franquias para 2023, pois algumas mudanças podem, no futuro, gerar impactos para todos os setores”. É o que explica também Nadia Nogueira, sócia-diretora da Acasa Gestão e Franquias.

“Nesse sentido, olhamos a fotografia do momento atual da economia no Brasil e no mundo, mas também avaliamos as tendências para os próximos anos.

Hoje temos um cenário de inflação em queda e juros ainda altos no Brasil, mas há a perspectiva de crescimento econômico e possibilidade de redução desses indicadores em 2023 e nos anos seguintes”.

“Em se tratando de abertura de novos negócios, recomeçamos a olhar oportunidades além das necessidades”, considera a consultora Nadia.


Qual a melhor franquia para 2023?

Veja as recomendações para encontrar a franquia ideal:
Estudar o segmento no qual pretende ingressar para avaliar a atratividade desse nicho e quais serviços e produtos se destacam para receber o seu investimento;

Saber sua disponibilidade financeira para investir, a solidez e suporte que os franqueadores oferecem, além de suas expectativas de retorno e perfil enquanto franqueado;

Detalhar essa capacidade de investimento ao ponto de ela ser necessariamente sem endividamento (o crédito ainda tem taxas muito elevadas);

Em se tratando de investimentos, conhecer o perfil é parte importante no planejamento, por isso certifique-se de que tem o perfil para atuar nesse sistema.

Ele exige bastante dedicação ao dia a dia do negócio, contato com clientes e colaboradores, atualização e treinamento constante;

Converse com outros franqueados e procure entender bem o dia a dia e os desafios desse tipo de empreendimento.
Entenda como franquias de sucesso se destacam;

Ter capital de giro suficiente para aguardar o ponto de equilíbrio do novo negócio.
O começo é mais difícil, leva um tempo até ter lucro, então você precisa de uma reserva pessoal;
Na sua análise sobre o cenário para investimento em franquias para 2023, avalie o valor do investimento e como funciona o cálculo e o prazo de retorno

Busca por investimentos que gerem uma relação entre o capital investido e os benefícios de se ter o próprio negócio.
Essa decisão pode passar pela escolha de franquias que participem de um mercado com demanda aquecida, mas que o produto ou serviço não seja mera onda a se dissipar em pouco tempo na praia.
E, principalmente, por redes bem estruturadas, inovadoras e que acompanhem as principais tendências do mercado, com investimento em tecnologia e diversificação de canais de comercialização;
A forma de divulgação das marcas, produtos e serviços têm sido cada vez mais decisivos para bons resultados em vendas.


 Investindo no franchising em 2023

Ao se preparar para o cenário para investimento em franquias para 2023, é importante esteja atento ao marketing e como investir da melhor forma para retorno positivo. Para você ter sucesso em franquias deve ter entusiasmo e um sonho em mente.

Ao mesmo tempo deve manter os pés no chão e entender que todo um esforço prático e diário é necessário para a continuidade bem-sucedida do negócio.

Parcerias com outros franqueados, o cumprimento de normas da empresa franqueadora, atendimento a clientes, e lidar da melhor forma possível com os desafios do dia a dia, são essenciais, porque nada é fácil.

De acordo com Nuno Manoel Martins Dias Fouto, Professor Doutor da FEA-USP,  todo setor de serviços é interessante, desde que se saiba correr o seu risco específico e se tenha boa experiência em gestão de negócios.

Fonte: ABF Franchising Expo
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 25 de abril de 2023 às 15:17


“É verdade que capacita um novo entrante com poder de fogo, mas também nivela o jogo no mercado interno”, aponta o Itaú BBA em análise.

No final da semana passada, a Shein anunciou seus planos de acelerar suas operações no Brasil nos próximos anos, com um investimento inicial de R$ 750 milhões, de forma a aumentar a quantidade de produtos de origem local. O anúncio ocorre no contexto de uma discussão sobre uma maior tributação (e fiscalização) pelas autoridades brasileiras sobre remessas internacionais de empresas estrangeiras de comércio eletrônico para consumidores locais.

O investimento será usado para estabelecer um moderno centro de produção têxtil no país, gerando até 100 mil novos empregos nos próximos três anos, segundo a companhia.

Como comparação, o Itaú BBA observa que a Lojas Renner (LREN3) investiu R$ 1 bilhão em capex em 2022, enquanto a Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo,  investiu R$ 600 milhões.

A Shein também assinou um Memorando de Investimentos (MoU) com a têxtil Coteminas (CTNM4), descrevendo um esforço conjunto para cerca de 2 mil de seus clientes fabricantes de roupas para se tornarem fornecedores da Shein para os mercados doméstico e latino-americano. Inclui também financiamento para capital de giro e contrato para exportação de produtos domésticos. Além disso, a Shein reiterou sua ambição de ter 85% de suas vendas locais, 1P (estoque próprio) ou 3P (marketplace), até o final de 2026.

Para o BBA, este tópico traz diversas interpretações dado a sua complexidade. “É verdade que capacita um novo entrante com poder de fogo, mas também nivela o jogo no mercado interno”.

Isso pode ser um pouco negativo para os players domésticos de vestuário, no sentido de que o ambiente competitivo se torna mais desafiador. No entanto, o jogo agora será nivelado internamente; a Shein estará sujeita às mesmas leis brasileiras e estrutura regulatória.

“Acreditamos que os players domésticos de vestuário estarão mais bem posicionados para competir localmente com a Shein”, avalia o BBA.

O banco também observa que o mercado brasileiro de vestuário também é altamente fragmentado (os analistas da casa estimam que os três principais players tenham aproximadamente 20% de participação de mercado, com o líder de mercado apresentando uma participação de um dígito alto até o final de 2021) e pode haver espaço para grandes players coexistirem daqui para frente.

Na mesma linha, o Goldman Sachs ressalta que, embora os planos de investimento da Shein possam significar maior concorrência direta para empresas locais como a Lojas Renner, dada uma certa sobreposição de públicos-alvo (e possivelmente também fornecedores), a construção de cadeias de suprimentos locais robustas, confiáveis e rápidas é um processo de vários anos.

O varejo de vestuário do mercado de massa é dominado por players locais no Brasil, com fornecimento predominantemente local, ilustrando os desafios dos concorrentes estrangeiros para integrar o mercado em suas cadeias de suprimentos globais existentes ou construir cadeias de suprimentos locais com sucesso.

Ainda não está claro quanta vantagem de preço a Shein poderia reter se o fornecimento fosse transferido predominantemente para fornecedores locais. Para contextualizar,  hoje a Renner conta com cerca de 75% dos fornecedores do Brasil e o restante do exterior (principalmente da Ásia; com tributação total).

“Acreditamos que desenvolver uma rede forte e confiável de fornecedores locais (como a que a Lojas Renner possui) levará tempo e esforço. O mercado de varejo de vestuário do Brasil é dominado por empresas locais, com exceção notável da C&A (CEAB3), que entrou no Brasil há quase cinquenta anos”.

Os analistas também apontam que outras empresas como a Inditex, dona da rede de lojas Zara, construíram algum fornecimento local, mas enfrentaram desafios no processo e nunca escalaram totalmente a operação (o Goldman entende que a Inditex vende predominantemente produtos importados no Brasil).

Dito isso, embora tenham informações limitadas sobre o modelo de negócios da Shein, reconhecem que a empresa oferece uma abordagem diferenciada para fast fashion, aproveitando intensamente a tecnologia para identificar novas tendências de produtos, com estoques disponíveis limitados e prazos de entrega menores que a média. Os investimentos que a Shein está planejando no Brasil visam transformar a cadeia de suprimentos local para digitalizar mais processos e treinar a força de trabalho.

Já para a Genial Investimentos, com a maior concorrência, empresas de varejo como Marisa (AMAR3), C&A e Renner podem precisar comprometer margens para lidar com a nacionalização da Shein.

Fonte: Infomoney