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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 22 de novembro de 2022 às 13:50


Em reunião com funcionários, Mark Zuckerberg que WhatsApp e Messenger impulsionarão a próxima onda de crescimento de receita da empresa.

O presidente-executivo da Meta (M1TA34), Mark Zuckerberg, disse a funcionários na quinta-feira que WhatsApp e Messenger impulsionarão a próxima onda de crescimento de receita da empresa, em um momento em que a primeira demissão em massa da companhia criou preocupações sobre a saúde financeira da controladora do Facebook e do Instagram.

Zuckerberg, abordando questões pontuais em uma reunião com toda a empresa uma semana depois que a Meta anunciou a demissão de 11 mil funcionários, disse que a dupla de apps de mensagens ainda está em fase inicial de monetização em comparação com Facebook e Instagram, de acordo com comentários ouvidos pela Reuters.

“Falamos muito sobre as oportunidades de longo prazo, como o metaverso, mas a realidade é que as mensagens comerciais provavelmente serão o próximo grande pilar de nossos negócios, à medida que trabalhamos para monetizar mais o WhatsApp e o Messenger”.

A Meta permite que alguns consumidores falem e façam transações com empresas por meio de aplicativos de bate-papo, incluindo um novo recurso anunciado quinta-feira no Brasil.

Meta testará uma ferramenta de pagamentos no Brasil, apostando nas mensagens comerciais como uma nova potencial fonte de receita
A maior despesa da empresa foi com pessoal, seguida por investimentos, a grande maioria em infraestrutura para suportar seu conjunto de aplicativos de mídia social, disse Zuckerberg. Cerca de 20% do orçamento da Meta estava indo para a Reality Labs, responsável pelas operações na área de metaverso.

Zuckerberg disse que a Reality Labs está gastando mais da metade de seu orçamento em realidade aumentada, com produtos que incluem óculos inteligentes continuando a surgir “ao longo dos próximos anos” e alguns óculos “verdadeiramente ótimos” no final da década.

Cerca de 40% do orçamento do Reality Labs foi para a realidade virtual, enquanto os 105 restantes foram gastos em plataformas sociais futuristas, como o mundo virtual chamado pela empresas de Horizon.

O diretor de tecnologia Andrew Bosworth, que dirige a Reality Labs, disse que os óculos de realidade aumentada precisam ser mais úteis do que os telefones celulares para atrair clientes em potencial.

Bosworth disse que estava preocupado em desenvolver “aplicativos industriais” para os dispositivos, descrevendo isso como “nicho”, e que quer manter o foco no desenvolvimento do dispositivo voltado para um público mais amplo.

Fonte: Infomoney
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 22 de novembro de 2022 às 13:46


Além das estratégias alinhadas a omnicanalidade, geração Y exige atendimento humanizado e posicionamento de marcas em temáticas polêmicas.

Filhos dos baby boomers tardios, os millennials – também conhecidos como geração Y – compõem 34% da população brasileira e são metade da força de trabalho contabilizada atualmente, conforme indica a pesquisa Millennials – Unravelling the Habits of Generation Y in Brazil. Com seu poder de compra crescente e sua ocupação de boa parte dos postos de serviços, muitas marcas não têm medido esforços para elaborar estratégias de atendimento que atraiam este perfil, considerando que, até 2030, a renda global desta categoria deve ultrapassar a marca de US$ 4 trilhões.

Visando promover boas experiências e conquistar este perfil, empresas dos mais variados segmentos vêm apostando em técnicas de atendimento ao cliente que se valem do respeito, da humanização e da personalização para iniciar o processo de encantamento durante a jornada de compras e convencer este público de que suas marcas são melhores que a concorrência.


Geração Y é flexível, aberta a mudanças e não se apega a marcas

Caracterizada pela vivência entre a transposição do mundo analógico para o digital, a geração Y é bem flexível às mudanças, o que gera ainda mais trabalho para fidelizá-la, uma vez que, além das opiniões de pessoas próximas, este grupo considera a reputação digital da marca para adquirir um produto e, ao menor sinal de desagrado, abandona a empresa e busca por outra que lhe ofereça mais benefícios.

Nesse sentido, Patricia Gravalos, publicitária com especialização em planejamento estratégico em comunicação pela Escola Superior de Propaganda em Marketing (ESPM), explica que esta parcela da população exige um atendimento ético e transparente, uma vez que está integralmente ligada às plataformas digitais fazendo pesquisas não só sobre a procedência e a qualidade dos bens, como também sobre a trajetória e os ideais defendidos pela empresa com relação às causas sociais, políticas e ambientais.

“A transparência e a honestidade são cruciais, sem dúvida. Mas mais do que isso, ter a capacidade de surpreender e tratar o cliente com sua individualidade são diferenciais quando pensamos em construir uma marca de respeito. Abraçar e entender as causas, tratar todos com equidade e buscar de forma ativa respeitar as pessoas e o meio ambiente também são fatores cada vez mais importantes. E isso se dá na prática, nas ações e atitudes que todo canal, físico ou digital, tem com seus clientes".

Millennials cobram posicionamento de marca perante temas que afetam a sociedade

Seguindo esta mesma linha de raciocínio, o consultor especializado em varejo e franquias e ex-professor do MBA em Varejo e Serviços da Faculdade Cândido Mendes/UNIVAR, André Luis Soares Pereira, explica que um bom atendimento aos millennials se faz com empatia para compreender seus reais anseios: “com as mudanças recentes ocasionadas pela pandemia, é preciso entender que os consumidores estão repensando os aspectos e as prioridades da vida, que estão estudando as redes e que querem, inclusive, saber se as empresas mudaram seu modelo de negócio, principalmente quando este impacta a sociedade”.

De acordo com o consultor, o intuito do novo consumidor é saber se as marcas estão alinhadas às suas novas demandas e a um propósito, além de como se relacionam com suas necessidades.

“O consumidor está cada vez mais exigente, por isso, um bom atendimento não é mais um diferencial para empresas e sim, uma necessidade. Dessa maneira, as empresas precisam se preparar para entender toda a trajetória antes e após a venda, levando em conta todos os fatores que influenciam a experiência do seu público, como a existência de multicanais de vendas, a objetividade na hora do atendimento e, principalmente, as soluções que possam trazer benefícios para si”.


Multi-canais e integração do físico e do digital são pré-requisitos para esta geração

Para além das questões alinhadas as noções políticas, ideológicas e sociais, os millennials também procuram por marcas que ofereçam comunicação online e off-line, além da integração entre as lojas físicas e digitais. O fato é que, por serem uma geração que já nasceu conectada, a ideia de não contar com uma solução online é “inadmissível”, mesmo que uma compra esteja sendo feita em uma loja física. O consumidor jovem se sente bem atendido quando pode, por exemplo, ter suas dúvidas sanadas em um chat online eficiente, humanizado.

André Luis Soares Pereira resume a noção de atendimento respeitoso a geração Y em uma única expressão: a experiência do cliente. “Com o efeito da pandemia em 2020, as empresas precisaram mudar as suas estratégias, alterando inclusive a forma como se relacionam com o cliente. Sendo assim, precisaram se preocupar com Customer Experience (CX), que hoje é essencial para a performance de uma marca de varejo. Muito além do Business, lucrar não é só o foco imediato. Pessoas são o foco. As marcas terão que seguir o emocional do cliente e da comunidade, já que vender, simplesmente por vender, já não é mais o suficiente”.

A ideia é reforçada pelos especialistas Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan no livro Marketing 5.0: Tecnologia para Humanidade. Segundo os autores, a experiência do cliente que une digital e físico para satisfazer as necessidades do consumidor é o futuro. “Essa jornada híbrida do cliente demanda uma abordagem ‘onipresente’ para a CX: high-tech, mas ao mesmo tempo high-touch”.
Ou seja, a vivência física (touch significa toque em português) conta e só tecnologia não basta, até porque os millennials, mais do que outras gerações, valorizam mais a experiência do que a posse, lembram os especialistas.

Fonte: Consumidor Moderno