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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 31 de janeiro de 2023 às 11:01


Segundo Andrea Bell, VP de Insights do Consumidor da WGSN, a cultura digital descentralizada e a criatividade sintética serão alguns dos pilares do mercado no futuro.

A polarização política, as incertezas econômicas, a crescente desigualdade e as mudanças climáticas vão continuar avançando no mundo, que será dominado pela “policrise” em 2025. Essa é apenas uma das forças motrizes que vão moldar o cenário macroeconômico e de negócios nos próximos anos.

Esse foi o tema da palestra liderada por Andrea Bell, vice-presidente de Insights para o Consumidor da WGSN, na 13ª edição do Retail’s Big Show, um dos mais importantes eventos do mundo voltados para o varejo, que acontece até terça-feira, 17 de janeiro, em Nova York.

“A pandemia elevou o nível de estresse, deixando as pessoas perto da ira. Estamos mais ansiosos do que nunca. A inflação vai tirar o sono da população em 2023. A confiança do consumidor caiu e isso é um alerta, pois vai piorar antes de melhorar”, diz.

Segundo ela, as empresas precisarão repensar os modelos de negócios tradicionais, tornando a natureza e suas necessidades parte da estrutura operacional central.

“A sustentabilidade tem que fazer parte da cultura das companhias. Sustentabilidade na cadeia de produção. Sustentabilidade na cadeia colaborativa. Sustentabilidade no dia a dia da empresa. Essa tendência na verdade cria oportunidades, como unidades ecológicas e um tipo de revolução de energia solar. As empresas podem aproveitar e se adequarem neste sentido”, revela Andrea.


A grande migração

Outro ponto impactado diretamente pela pandemia foi o que Andrea chama de ‘A Grande Migração’. Quem trabalhava nos escritórios passou a fazer home office. E mesmo com o fim da pandemia, muitas empresas mantiveram a opção do trabalho remoto. Essa mudança tornou possível os chamamos de nômades digitais, que são aquelas pessoas que podem viver onde quiserem por ter um trabalho 100% remoto.

“As pessoas estão migrando de um lugar para o outro e foram incentivadas pela pandemia. Isso não tem a ver apenas com trabalho. As pessoas estão saindo de lugares onde não se sentem à vontade. Lugares onde sofrem preconceito. Saindo de grandes centros e voltando para suas cidades de origem. São inúmeras situações. E as empresas têm que saber lidar com isso”, garante.


Cultura digital descentralizada

Andrea destacou outras duas importantes forças globais para os próximos anos: a descentralização da cultura digital e a criatividade sintética.

“Hoje a digitalização não está apenas em um lugar. Temos aplicativos para diferentes usos, para diferentes pessoas. Um jovem utiliza a internet de um jeito diferente de alguém que é 20 anos mais velho. E temos até a geração que já passou pelo digital e que agora está saindo dele, como os millenials. As empresas têm que entender as oportunidades criadas por isso. Cada uma se adequa ao seu público. E do melhor jeito possível”, alerta.


Criatividade sintética

E falando sobre a tal criatividade sintética, a inteligência artificial já é uma realidade. “Inúmeras empresas já estão utilizando a IA, de maneiras distintas. Desde o atendimento personalizado à produção em escala. Hoje em dia, os quadros já são pintados por inteligência artificial. Obras de artes podem constar na parede de lojas a cada semana sem a dedicação de um renomado pintor. E as pessoas se identificam. E até gostam disso. Hoje em dia preferem até um influenciador digital feito por uma IA a uma pessoa real”, revela Andrea.

E a VP de Insights do Consumidor da WGSN finalizou o painel com um alerta: “as empresas que quiserem estar prontas para o futuro devem se modernizar e seguir adiante com iniciativas dentro desses cinco pilares (policrise, natureza, migração, descentralização da cultura digital e criatividade sintética). Se adaptar às mudanças da sociedade é fundamental para a sobrevivência”.

Fonte: Mercado & Consumo
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 31 de janeiro de 2023 às 10:58


Dedicar algum tempo dentro de sua semana para estudar conceitos essenciais de mercado financeiro será muito útil para os seus investimentos.

Desde a divulgação de fato relevante pela Americanas (AMER3), revelando um rombo inicialmente de R$ 20 bilhões e depois, corrigindo para R$ 41,2 bilhões no pedido de recuperação judicial, o valor das ações chegou a cair mais de 90%.

É provavelmente o maior caso dessa natureza na história do mercado financeiro brasileiro e certamente serão enormes os prejuízos dos investidores que possuem ações, debêntures ou daqueles que aplicam através de fundos de investimentos com algum percentual do patrimônio alocado em ativos da companhia. Até mesmo alguns fundos imobiliários estão expostos ao risco Americanas por possuírem imóveis locados à empresa.

Ainda é difícil saber a extensão dos danos que este rombo contábil e a recuperação judicial (RJ) da Americanas S.A irá impor aos investidores e ao mercado financeiro como um todo, mas, já é possível tirarmos algumas lições importantes deste acontecimento.


A diversificação é sua melhor proteção

Mesmo que você possua um bom entendimento do mercado de ações e tenha clareza quanto aos riscos existentes, não é recomendável ter mais do que 10% a 15% do seu patrimônio em renda variável investido em uma única empresa. .

Ao se tornar sócio de uma empresa mediante a compra de ações, você terá participação nos seus resultados sejam eles o lucro ou o prejuízo. É claro que casos como o da Americanas são a exceção e não a regra, contudo, a insolvência da empresa é um dos riscos que você assume ao se tornar acionista.


Entenda as características dos setores da economia

A B3 possui uma classificação setorial das empresas listadas, com base no segmento em que atuam. Para montar uma estratégia de alocação diversificada e em linha com suas metas, é importante conhecer esses setores e entender a dinâmica da economia à qual estão mais ou menos suscetíveis.

O varejo, por exemplo, que é o segmento de atuação de lojas Americanas, é um setor cíclico, ou seja, tem a performance atrelada fortemente aos ciclos econômicos, sendo positiva ou negativamente impactados por inflação, câmbio, taxa Selic, entre outros. Dessa forma, tende a apresentar maior volatilidade e incerteza.

Para investir em ativos com estas características é necessário compreender muito bem os riscos macroeconômicos que podem influenciar em suas perspectivas de ganho, de forma a definir um percentual de exposição que o deixe confortável mesmo em meio à alternância dos ciclos econômicos.

Se você ainda não consegue estabelecer correlações risco x retorno, mas ainda assim quer investir em bolsa, dê preferência a setores mais perenes, como energia, saneamento, bancos.


Renda fixa também tem riscos

Mesmo quem não deseja lidar com os riscos da bolsa de valores, e opta por investir em renda fixa, está sujeito a oscilações e riscos inerentes aos títulos que adquire.

Ao investir, por exemplo, em debêntures, você está emprestando dinheiro a uma empresa em troca do recebimento de juros sobre o capital investido. Neste caso, está assumindo o risco de crédito ou seja, se a empresa entra em recuperação judicial ou tem sua falência decretada, não há garantias de que os credores recebam a dívida.

Antes de adquirir títulos de dívida de qualquer empresa, convém consultar os resultados contábeis e entender o grau de endividamento e a capacidade de saldar as dívidas.


É preciso entender a composição de um fundo antes de investir

Para entregar rentabilidade acima do CDI, vários fundos de renda fixa, de acordo com seu regulamento, podem investir um percentual do patrimônio em títulos de crédito privado como debêntures, CRIS, CRAS, além de ações, derivativos e etc, dentro do que seria a parcela de exposição a risco de cada fundo.

Ler atentamente a lâmina do fundo para entender o grau de exposição a que o patrimônio está exposto é fundamental para que você entenda os riscos envolvidos e dessa forma, escolha fundos cuja gestão e composição de patrimônio esteja alinhada com seus objetivos de rentabilidade e perfil de risco.


Crie o hábito de acessar a área de RI no site das empresas em que você investe

Acessar no site das empresas a área de Relação com Investidores e ler os relatórios contábeis, acompanhar a divulgação de resultados e interpretar pelo menos os dados básicos do balanço é algo que todo investidor deveria fazer periodicamente para entender os fundamentos da empresa na qual investe e, assim, poder decidir quanto à manter ou não um determinado ativo em carteira.


Estudar é um dos seus maiores investimentos

Certamente não é necessário que você se torne um especialista em investimentos, no entanto, dedicar algum tempo dentro de sua semana para estudar conceitos essenciais de mercado financeiro será muito útil na escolha de seus investimentos e, especialmente, para mitigar riscos da carteira.

Todo investimento envolve riscos
Seja em renda variável ou renda física sempre haverá um grau de risco envolvido. Obviamente os riscos são diferentes conforme as características de cada ativo e, invariavelmente, o risco é proporcional ao retorno oferecido.

Sendo assim, sua estratégia de investimentos precisa incluir o gerenciamento de riscos, mediante a montagem de uma carteira diversificada entre várias classes de ativos e compatível com os prazos e metas de cada um de seus recursos aplicados.

Entender os tipos de riscos inerentes ao mercado financeiro é tão determinante para o êxito dos seus investimentos quanto a sua capacidade de fazer aportes, portanto, não negligencie esse estudo sempre que for fazer um novo investimento.

Fonte: Forbes