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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 13 de setembro de 2022 às 10:13


Segundo pesquisa da Superdigital, consumo das classes C e D cresceu em relação ao mês anterior.

O consumo das classes C e D no Brasil aumentou 8% em julho em comparação com o mês anterior. Os dados são da Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander. O levantamento, realizado mensalmente, usca traçar o perfil do consumidor das classes C e D do Brasil.

Na pesquisa, todas as regiões do Brasil mostraram aumento no consumo, com o Norte tendo o maior crescimento, 11,5%. O Centro-Oeste fechou com alta de 9,4% no consumo, seguido do Sudeste (8,4%), Sul (8,3%) e Nordeste (6,6%).

Luciana Godoy, CEO da Superdigital Brasil, afirma que “o consumo das famílias mostrou uma melhora em julho e esperamos que permaneça nos próximos meses, já que a inflação tem mostrado algum recuo e o pagamento do novo auxílio começou a ser feito em agosto”.


Supermercados se destacam na alta do consumo das Classes C e D

Os setores que se destacaram com as altas mais significativas foram Supermercados (12%), Restaurantes (12%), Prestadores de Serviços (6%), Transportes (4%) e Lojas de Artigos Diversos (45). Já os setores que mostraram quedas no consumo foram de Rede Online (-12%) e Roupas (-4%).

levantamento mostrou também que o principal gasto no orçamento continua sendo com Supermercado (38,8%), seguido de Restaurante (13,7%), Lojas de Artigos Diversos (10,2%), e Combustível (6,8%).

Outro dado do levantamento mostra que 87% dos gastos totais foram feitos presencialmente, mantendo o indicador de junho. Companhias aéreas, transporte e telecomunicações lideraram as compras online. Por outro lado, Supermercados, Drogarias e Farmácias e Restaurantes tiveram mais de 90% das compras realizadas offline.

Em relação ao ticket médio, houve aumento nos setores de Companhias Aéreas (8%), Restaurante (6%), Supermercado (5%), Transporte (1%), Prestadores de Serviços (1%) e Telecomunicação (1%). Contudo, caiu o ticket médio gasto com Rede Online (-12%), Diversão e Entretenimento (-6%), Lojas de Roupas (-5%), Hotéis e Motéis (-5%), Automóveis e Veículos (-5%), Combustível (-3%), Lojas de Artigos Diversos (-2%) e Serviços (1%).


SUDESTE

Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, o consumo seguiu os dados nacionais com um avanço 9,7% ante junho. O resultado foi puxado principalmente pelo setor de Companhias Aéreas com expressiva alta de 92%, seguido por Restaurante (17%), Automóveis e Veículos (15%), Supermercado (11%), Prestadores de Serviços (11%) e Lojas de Artigos Diversos (9%). As quedas foram observadas nos setores Rede Online (-14%), Hotéis e Motéis (-9%), Lojas de Roupas (-2%) e Telecomunicação (-1%).

São Paulo
Em São Paulo, o consumo teve uma alta de 11,3% em relação ao mês anterior. As maiores altas foram nos setores de Supermercado (12%), Restaurante (11%), Transporte (8%), Lojas de Artigos Diversos (3%), Prestadores de Serviços (2%) e Serviços (2%). No entanto, houve queda de gastos com Companhias Aéreas (-10%), Rede Online (-7%), Lojas de Roupas (-6%), Combustível (-3%), Diversão e Entretenimento (-2%) e Hotéis e Motéis (-2%).

Minas Gerais
Em Minas Gerais, o consumo fechou o mês com baixa de 4,1%. Os principais setores que contribuíram com a queda foram Hotéis e Motéis (-14%), Companhias Aéreas (-10%), Diversão e Entretenimento (-9%), Combustível (-8%), Serviços (-7%), Transporte (-6%) e Rede Online (-3%). Os setores que apresentaram crescimento foram Supermercado (11%), Restaurante (9%), Lojas de Artigos Diversos (8%) e Telecomunicação (4%).

Espírito Santo
No Espírito Santo, o consumo em julho teve um aumento de 20,9% em comparação ao mês anterior. O destaque é o setor Companhias Aéreas, com expressiva alta de 111%, seguido por Prestadores de Serviços (68%), Hotéis e Motéis (32%), Rede Online (30%), Supermercado (18%), Serviços (18%) e Restaurante (17%). Os setores que apresentaram queda no período foram Telecomunicação (-53%), Diversão e Entretenimento (-36%), Automóveis e Veículos (-16%), Lojas de Roupas (-15%), Combustível (-14%), Drogaria/Farmácia (-9%), Lojas de Artigos Diversos (-6%) e Transporte (-6%).

SUL

Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul foi observada alta de 1,8% no consumo em julho ante junho. Houve aumento nos setores Hotéis e Motéis (24%), Restaurante (14%), Drogaria/Farmácia (11%), Diversão e Entretenimento (11%), Lojas de Artigos Diversos (10%) e Supermercado (6%). As maiores baixas foram em Companhias Aéreas (-40%), Serviços (-18%), Rede Online (-12%), Lojas de Roupas (-11%), Combustível (-8%), Prestadores de Serviços (-7%), Telecomunicação (-5%), Automóveis e Veículos (-4%) e Transporte (-2%).
Paraná

No Paraná, julho apresentou aumento no consumo de 10,1% ante junho, impulsionada pelos setores Supermercado (17%), Restaurante (11%), Rede Online (8%), Drogaria/Farmácia (7%), Hotéis e Motéis (5%), Lojas de Artigos Diversos (5%), Prestadores de Serviços (3%) e Diversão e Entretenimento (1%). As baixas foram observadas nos setores de Companhias Aéreas (-17%), Lojas de Roupas (-14%), Transporte (-8%), Automóveis e Veículos (-7%) e Combustível (-3%).

CENTRO-OESTE

Goiás
Em Goiás, foi observada uma alta de 7,8% em julho ante junho. Houve aumento de consumo nos setores de Hotéis e Motéis (56%), Prestadores de Serviços (18%), Restaurante (15%), Serviços (15%), Transporte (14%) e Supermercado (11%). No entanto, foram observados diminuição de gastos nos setores Companhias Aéreas (-65%), Rede Online (-39%), Diversão e Entretenimento (-16%), Automóveis e Veículos (-11%) e Drogaria/Farmácia (-10%).

Mato Grosso
No Mato Grosso, o consumo fechou em alta de 19,6% ante junho. As maiores altas foram nos setores Serviços (31%), Lojas de Roupas (27%), Rede Online (23%), Supermercado (22%), Transporte (20%), Telecomunicação (19%), Prestadores de Serviços (17%), Restaurante (14%), Drogaria/Farmácia (10%) e Diversão e Entretenimento (5%). Por outro lado, houve queda nos setores Companhias Aéreas (-45%), Hotéis e Motéis (-34%), Automóveis e Veículos (-24%), Lojas de Artigos Diversos (-6%) e Combustível (-5%).

NORTE

Amazonas
No Amazonas, o consumo aumentou 19,2% em julho. Os destaques de alta foram nos setores Hotéis e Motéis (89%), Restaurantes (27%), Automóveis e Veículos (24%), Lojas de Artigos Diversos (21%), Supermercado (19%), Prestadores de Serviços (15%) e Lojas de Roupas (8%). Já as quedas foram observadas nos setores de Companhias Aéreas (-12%), Combustível (-5%), Transporte (-2%) e Diversão e Entretenimento (-1%).

Pará
No Pará, o mês de julho apresentou alta no consumo de 8,6% sobre o mês anterior. Os setores com maiores altas foram Rede Online (41%), Restaurante (30%), Diversão e Entretenimento (30%), Hotéis e Motéis (25%), Prestadores de Serviços (24%), Automóveis e Veículos (10%), Supermercado (6%), Telecomunicação (4%), Transporte (4%), Drogaria/Farmácia (3%), Lojas de Artigos Diversos (3%). Já as quedas foram vistas em Companhias Aéreas (-63%), Combustível (-6%), Serviços (-5%) e Lojas de Roupas (-3%).

NORDESTE
Bahia
Na Bahia, o consumo teve uma alta de 6,4% em julho ante junho. Houve uma expressiva alta no setor de Companhias Aéreas (151%) seguido por Hotéis e Motéis (37%), Automóveis e Veículos (24%), Serviços (14%), Supermercado (11%), Lojas de Artigos Diversos (10%), Restaurante (8%), Drogaria/Farmácia (6%), Telecomunicação (4%), Prestadores de Serviços (2%) e Combustível (1%). Recuaram os gastos com Diversão e Entretenimento (-22%), Lojas de Roupas (-18%), Rede Online (-8%) e Transporte (-1%).

Ceará
O consumo no Ceará aumentou em 9,5 % em relação ao mês anterior. No período, os setores que se destacaram com alta foram Automóveis e Veículos (21%), Prestadores de Serviços (21%), Hotéis e Motéis (19%), Transporte (18%), Diversão e Entretenimento (17%), Supermercado (13%), Lojas de Roupas (9%), Telecomunicação (8%), Combustível (8%), Serviços (6%) e Restaurante (4%). Entretanto, recuaram os gastos com Companhias Aéreas (-61%), Rede Online (-7%), Lojas de Artigos Diversos (-6%) e Drogaria/Farmácia (-4%).

Pernambuco
Em Pernambuco, o consumo apresentou alta de 14% em julho em comparação com junho. Houve expressivo aumento no setor Companhias Aéreas de 228%, seguido por Prestadores de Serviços (41%), Serviços (17%), Supermercado (16%), Restaurante (12%), Lojas de Artigos Diversos (3%) e Telecomunicação (2%). Por outro lado, as classes C e D em Pernambuco gastaram menos com Automóveis e Veículos (-31%), Rede Online (-17%), Hotéis e Motéis (-13%), Lojas de Roupas (-9%), Transporte (-6%), Combustível (-5%) e Drogaria/Farmácia (-1%).

Fonte: Novarejo
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 13 de setembro de 2022 às 09:50


Relatório apresenta os quatro novos sentimentos do consumidor do futuro e os pontos de ação das marcas para conquistar engajamento.

Aceleração digital, sobrecarga de dados, excesso de estímulos nas redes sociais, pressão constante pelo auto-aprimoramento. Estes são alguns dos fatores que se impuseram a nós diante de transformações radicais experimentadas nos últimos anos em âmbito global. Mas de que forma o consumidor do pós-Covid lida com esse impacto diário em suas vidas?

A WGSN, autoridade global em previsão de tendências, publicou em seu aguardado book “Future Consumer 2024” dados que norteiam as empresas para se adaptarem às mudanças contínuas e traçarem estratégias de engajamento do consumidor para os próximos anos.

O relatório apresenta os quatro novos sentimentos do consumidor do futuro e os pontos de ação das marcas para conquistar engajamento e aumentar sua fatia no mercado. É quase um estudo de psicologia. Vamos a eles.


1 – O choque com o futuro

No passado, você tomava uma decisão e pronto. Agora, você toma uma decisão e pensa: o que vai acontecer depois?
Agora tem sempre um depois!

A pandemia exacerbou nossas emoções e a guerra na Ucrânia, juntamente com a alta do custo de vida, vieram para somar ainda mais pressão a esses sentimentos. Novas rotinas, isolamento social e mais foco na busca pelo equilíbrio entre as vidas pessoal e profissional abriram espaço para uma mentalidade multitarefa constante, principalmente para quem trabalha a distância.

Aliás, uma curiosidade: estudos revelam que somente 2,5% das pessoas são, de fato, eficientes sendo multitarefa. Quando pensamos que estamos executando várias tarefas ao mesmo tempo, na verdade realizamos ações individuais em rápida sucessão.

Em 2024, a nossa percepção do tempo será mais acelerada – isso não tem volta. A compressão do tempo – efeito cognitivo em que o tempo passa mais rápido do que pensamos – já está começando a afetar aqueles que frequentam metaversos e realidades virtuais.


2 – Excesso de estímulos

Com o boom da digitalização, redes sociais, e-commerce, entretenimento, games e tecnologias de streaming por vídeo, as pessoas estão mais conectadas do que jamais estiveram.

Pesquisa global realizada em 2019 pela Universidade Técnica da Dinamarca identificou um dos efeitos colaterais dessa transformação digital: uma profunda queda no nível de atenção de pessoas de todo o planeta ao longo do tempo.

Elas disseram que antes era comum assistirem a vídeos entre 10 e 30 minutos, mas que agora perdiam o interesse em questão de minutos.

E os vídeos curtos vieram mesmo para ficar – vide o crescimento do Kwai. Em 2021, o TikTok superou o Google como o site mais visitado e o Facebook como a rede social mais popular, de acordo com a Cloudfare.

Vivemos em um mundo de incertezas e mudanças. A verdade é que o excesso de estímulos impacta fortemente os nossos sentidos.

O equilíbrio sensorial será, em 2024, conforme o white paper da WGSN, um antídoto ao excesso de estímulos. Utilizado por terapeutas ocupacionais há anos, o equilíbrio sensorial serve, na era digital, para reconhecer e impedir o surgimento de gatilhos sensoriais que causam sobrecarga.

Pode ser útil, por exemplo, adotar um ritual de “slow-technology” pela manhã – o que significa utilizar apenas um dispositivo eletrônico por vez – ou procurar trabalhar sem nenhum som, desativando todas as notificações e ícones. Você já tentou?


3 – Otimismo realista

Pesquisas apontam que pessoas que tendem a lidar melhor com a crise não focam em momentos de felicidade ou distração – elas aceitam o sofrimento, mas não são esmagadas por ele. É a cultura da superação, que traz um olhar da maturidade sobre isso.

Talvez seja mais interessante imaginar um mundo melhor em vez de simplesmente tentar consertar o que está quebrado.
Isso me chama muito a atenção: um mundo para além da superação, onde a depressão e ansiedade não estejam sempre à espreita.

Até pouco tempo atrás falávamos do termo “FOMO” – sigla em inglês para “Fear Of Missing Out”, que na tradução livre seria algo como “medo de ficar de fora” – ou aquele medo de estar perdendo alguma coisa importante.

O termo está diretamente relacionado ao universo da internet e das redes sociais, que trouxe para as pessoas um senso de urgência que pode se tornar algo grave financeira e psicologicamente.

A bola da vez é o “FoNo” (do inglês Fear of Normal). Pessoas do mundo todo passaram a sofrer com o “medo do normal”.

Segundo levantamento do Instituto Ipsos e do Fórum Econômico Mundial com mais de 21 mil adultos de 27 países, 72% dos entrevistados prefeririam que suas vidas mudassem significativamente em vez de voltarem ao que era antes da Covid-19.

Isso muda a perspectiva porque oferece a possibilidade de pensar diferente, de criar um “novo eu”, em vez de tentar arrumar e voltar a ser o que você era. Chega! Vamos recomeçar.


4- Encantamento

Trata-se de um sentimento de fascinação que se manteve em segundo plano nos últimos anos.
Afinal, quantas vezes, recentemente, a gente conseguiu se encantar com alguma coisa?
Estamos vivendo não um sentimento só, mas múltiplos sentimentos, o que gera uma humanização exacerbada.

Mudanças rápidas na sociedade e na tecnologia causam um sentimento cada vez mais intenso de apreensão. Por exemplo: acabei de concluir um curso e quando estou me formando já surgiu algo novo e acabo me sentindo obsoleta. É o clássico e inevitável “quem nunca?”

Estamos vivendo uma era da criatividade zero: parece que tudo o que a gente vê, já viu. Isso, na verdade, é consequência de um excesso de estímulos.

Antes, havia “a” grande inovação do ano. Hoje, você não consegue mais se encantar com nenhuma inovação. Não dá tempo porque logo vem outra. E outra. E outra…

Porque o excesso não gera encantamento. O encantamento está no exclusivo, no surpreendente. É quase paradoxal. Além de tornar as pessoas mais empáticas, o encantamento reduz a ansiedade.

De acordo com um estudo conduzido por psicólogos das universidades de Stanford e Minnesota (EUA), a experiência de encantamento desacelera a percepção do tempo das pessoas. É frequente a sensação de que o tempo para em momentos de arrebatamento.

Para Melanie Rudd, coautora da pesquisa, experimentar o encantamento amplia o foco da pessoa no momento presente: “Quando você está mais consciente do agora, você tem experiências mais ricas e acredita que mais coisas podem ocorrer ou ser alcançadas em um determinado período de tempo.” O encantamento permite, enfim, que a pessoa ajuste o foco e seja mais eficiente.


Perfis dos consumidores

A segunda parte do relatório WGSN Insight define quatro perfis de consumidores que vão pautar as estratégias das empresas e devem ser priorizados pelas marcas por meio de uma análise dos propulsores de comportamentos, desejos e necessidades das pessoas.

Reguladores
Depois de anos de incertezas e mudanças impactantes, esse grupo se baseia na consistência como mecanismo de sobrevivência;ConectoresSão contrários à cultura da pressa, mas longe de serem preguiçosos. Eles estão determinados a reescrever as regras do empreendedorismo e do compartilhamento;

Construtores de memórias
Os sentimentos pós-lockdown de culpa e remorso estão sendo transformados em vidas mais enxutas e novos conceitos de família;

Neo-sensorialistas
Não se engane porque eles adoram tecnologia. Só não querem enxergar a vida por um headset de realidade virtual. Aliás, muito pelo contrário.

Os reguladores são, portanto, traumatizados com mudanças; os conectores buscam uma vida mais leve e com menos agito e aglomeração; os criadores de memórias estão focados em viver o presente; e os neo-sensorialistas abraçam com tudo e se mostram bem otimistas em relação às novas tecnologias.

Todos têm um ponto em comum: uma necessidade compartilhada de realinhamento – seja consigo mesmo, seja com o mundo de cada um ou com o planeta como um todo.

Fonte: Consumidor Moderno