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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 06 de dezembro de 2022 às 10:37


Inteligência Artificial e Mobile Commerce seguem em alta para o próximo ano.

O ano de 2022 foi marcado pela digitalização acelerada do mercado de varejo, o que representou o crescimento de 75% no e-commerce brasileiro. Além disso, os últimos anos foram impulsionados pelas vendas online por conta de todo o cenário e novo modo de consumir da sociedade.

Porém, para 2023 a expectativa é de consolidação de novos modelos de negócios, relacionamento econômico e meios de pagamento, mantendo a tecnologia como direcionadora de tendências para o e-commerce e competitividade do mercado.

Diante desse contexto, a ESHOPPER, ferramenta comparativa de mercado, que analisa a jornada de compra online (desktop e mobile), preparou um ebook com 7 tendências para o e-commerce no próximo ano.

Omnichannel

Estratégias omnichannel são responsáveis por melhorar a experiência e relacionamento com o cliente nos diferentes pontos de contato, tipo de e-commerce e canais de vendas. Segundo pesquisa realizada pela All iN e Social Miner, em parceria com a Opinion Box, 60% dos brasileiros passaram a consumir de forma híbrida, utilizando o varejo online e o físico. E um estudo divulgado pela Harvard Business Review confirma que 73% das pessoas combinam o ambiente físico e digital na hora de comprar.

É importante esclarecer que faz parte da estratégia omnichannel não só oferecer múltiplos canais de compra, mas também garantir que eles conversem bem entre si e que sejam integrados.


Big Data

Usado para definir um grande volume de dados que analisados e interpretados podem prever ou responder algo, o conceito Big data recolhe informações que podem ser obtidas internamente ou externamente de fontes diversas, como cadastro de clientes, redes sociais, pesquisa externa, análises de mercado, etc.

O uso correto e estratégico dos dados, servem para otimizar diversas ações de escalabilidade do e-commerce como aumento do retorno sobre investimento (ROI), redução do custo de aquisição de cliente (CAC), mais tráfego de consumidores em seu e-commerce e maior taxa de conversão de vendas. Dentre as implementações de frontend de maior destaque que podem contar com o auxílio de Big Data estão as estratégias de cross-sell, em que vitrines de recomendações de produto baseadas em dados de histórico de busca do usuário são dispostas durante a navegação.


Inteligência artificial

A ferramenta que aterrissou no e-commerce e que veio pra ficar está tão em alta que às vezes, as utilizamos sem nem perceber. Existem comandos que funcionam para detectar spam, excluir comentários falsos e recomendar produtos ou postagens para aumentar o envolvimento do consumidor. Dentre os diversos tipos de inteligência artificial para e-commerce a pluralidade se baseia no objetivo de trazer resultados com muito mais agilidade e praticidade para o cliente e para a loja. São fatores facilitadores tanto para quem vende quanto para quem compra. A IA lê dados e os repassa, conforme programado.

Recomendação inteligente, pop ups de retenção e experiência personalizada são exemplos funcionais da revolução digital causada pela entrada da inteligência artificial no e-commerce.


Mobile commerce

Uma pesquisa realizada pela StartSe em parceria com o instituto Pesquisa na Hora, mostra que nove em cada dez brasileiros já têm o hábito de fazer compras ou pagamentos online. Os dados apontaram que cerca de 57% dos consumidores têm costume de fazer compras ou pagamentos online com frequência. O número cresce para 86,3% quando se soma aqueles que usam meios digitais ‘às vezes’.

Quando se fala em mobile commerce, é preciso ter uma atenção especial sobre a performance do site que, em diversos casos, tende a ser menor na utilização do mobile quando comparada ao desktop. Com isso, é importante ressaltar que olhar para métricas que envolvam tempo de carregamento da página e para uma boa execução de implementações que podem afetar a performance são ações que podem garantir vantagem competitiva.


Marketplaces

Em linhas gerais, o marketplace funciona como um ‘shopping virtual’, onde os interessados podem comparar preços, materiais e avaliações de vários profissionais. Já os vendedores podem divulgar seus produtos e serviços neste grande e-commerce.

Quem é dono do marketplace consegue intermediar negócios e lucrar com as conexões estabelecidas. Outra super vantagem é que o administrador de marketplace não precisa se preocupar com fornecedores, estoque, fabricação ou entregas de produtos.

Vale lembrar que normalmente, o dono do marketplace cobra uma comissão em cima das vendas realizadas ou uma mensalidade dos vendedores. Por outro lado, o administrador do ‘shopping online’ cuida do marketing e garante a visibilidade estratégica do seu negócio. Entre as vantagens da modalidade estão mais visibilidade, boom de vendas e escalabilidade


Social commerce

Social commerce nada mais é que uma estratégia de vendas que utiliza as redes sociais para se aproximar do consumidor e vender mais. Seja através de conteúdos, anúncios pagos, ações com influenciadores, o importante é chegar no objetivo final: converter o consumidor ativo nas redes sociais. É importante lembrar que além de vendas, a rede social é uma excelente ferramenta para fidelizar sua clientela.

Entre as redes sociais, o Instagram é responsável por 87% das vendas, validando seu potencial para social commerce. Isso porque, grande parte do público consumidor economicamente ativo marca presença nesta plataforma.


Personalização

A personalização é uma estratégia que aposta na exclusividade e na individualidade de cada consumidor, oferecendo produtos, serviços ou experiências verdadeiramente impactantes na vida do lead interessado. Mas para isso acontecer, é preciso identificar traços, características e necessidades, e só assim, oferecer soluções para cada pessoa ou grupos pequenos e específicos de pessoas. Entre os tipos de personalização disponíveis para o e-commerce estão de produtos, conteúdo, navegação e atendimento.

O mercado do comércio digital está se encaminhando para a geração de experiências cada vez mais personalizadas, não pensando apenas na personalização por segmento, mas na personalização por usuário visitante. Isso tudo traz o grande desafio para o varejo de se atualizar rapidamente na fortificação de suas equipes técnicas para acompanhar essas tendências, que variam de complexidades simples a complexidades altas no que diz respeito aos métodos de implementação.

Fonte: Mercado & Consumo
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 06 de dezembro de 2022 às 10:32


Sugestões vão desde tocar o negócio ao estilo ‘arroz com feijão’, preservando o caixa, até colher e transformar dados de clientes em ações para conduzir o negócio.

Na era de pandemia, expansão do e-commerce e revolução digital, quais são os principais desafios para o varejo brasileiro em 2023?

A pergunta foi feita pelo Diário do Comércio para quatro consultores de varejo com a missão de identificar tendências e contribuir para melhorar a performance do setor.

Evidentemente, Inflação e juros altos precisam estar na conta das empresas no ano que vem, assim como a perspectiva de uma economia com baixo crescimento.

Deixando um pouco de lado as condições macroeconômicas do país, agora nas mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no que mais os comerciantes precisam prestar a atenção?

Para os consultores, mais uma vez, a omnicanalidade, isto é, a integração de todos os canais de contato com o cliente, aparece como essencial para o sucesso de uma loja.

“O varejo, para ser competitivo, tem de ser eficiente no on-line e no off-line”, afirma Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls.

As lojas não podem mais, de acordo com ele, se dar ao luxo de só vender produtos. “Elas têm de oferecer serviços e ainda funcionar como mini centros de distribuição.” Para ele, programas de fidelidade também devem fazer parte do dia-a-dia do comerciante.

É a partir desses programas, de acordo com Marinho, que se forma uma base de dados para conhecer e interagir com a clientela, tornando o negócio promissor.

As marcas estarão mais presentes no mundo digital, com e-commerce, lives, programas de compra em redes sociais, buscando interferir na jornada do consumidor.

“A loja tem de ir até o consumidor, onde ele estiver, e não esperar por ele.”

Grandes marcas devem continuar se juntando, diz ele, em um movimento que deve tornar os lojistas independentes mais frágeis, com mais dificuldade para competir.

Um exemplo é o grupo Soma, que reúne as marcas Farm, Fabula, Animale, Cris Barros, Foxton, NV, Maria Filó, Off Premium, Hering, que já demonstrou apetite para mais aquisições em 2023.

É fato também, de acordo com Marinho, que os comerciantes em geral têm hoje mais oportunidades de negócios, podendo ir para ruas, shoppings, aeroportos, strip malls.


DADOS DOS CLIENTES


Maurício Morgado, líder do FGVcev - Centro de Excelência em Varejo da FGV, destaca a ‘leitura’ de dados de clientes como grande desafio dos comerciantes nos próximos anos.

“A grande dificuldade será transformar toda essa parafernália de dados dos consumidores em informações úteis para o negócio. Não adianta ter dados e não saber usá-los.”

Será que um consumidor que compra mais produtos na linha de comida italiana, como massas, molhos, diz ele, precisa receber ofertas de produtos para preparo de feijoada?

“O profissional de marketing hoje tem de entender de estatística, matemática, TI, o que é raro no universo, transformar informação do consumidor em ação de comunicação”, diz Morgado.

Os lojistas vão ter também de descobrir novo jeito de fazer marketing, de se comunicar com os clientes. O Instagram e o Facebook, diz ele, estão perdendo interesse por conta do TikTok.


AMBIENTAL E SOCIAL

A agenda ESG, sigla, em inglês, para ambiental, social e governança, também precisa estar cada vez mais presente nos negócios do varejo, de acordo com Morgado.

“Em relação a esses três temas, os lojistas, especialmente os pequenos, estão perdidos. Alguns até têm algumas ações sociais, mas são mínimas”, afirma.

Os pequenos até conseguem empregar de maneira correta, de acordo com Morgado, mas, em relação ao meio ambiente, são mais seguidores do que executores.


‘FEIJÃO COM ARROZ’

Marcos Hirai, fundador do Núcleo de Desenvolvimento de Expansões Varejistas (NDEV), diz que especialistas em varejo gostam de falar de inovação, omnicanalidade, experiência.

“Mas o fato é que tem mais consultor falando o que precisa ser feito para ser competitivo do que varejista adotando. Vejo ainda muito o ‘feijão com arroz’ no varejo brasileiro”.

Os desafios para os lojistas brasileiros, de acordo com Hirai, continuam os mesmos dos últimos anos, até porque a integração entre os canais físico e digital sequer é uma realidade no Brasil.

“O país saiu de uma crise brava, que deixou cicatrizes, e o empresário, em sua maioria, não tem dinheiro para investir em projetos dos sonhos. O importante ainda é sobreviver.”

Hirai faz uma analogia: “Vejo muito varejista que realmente deseja ter um carro elétrico, mas acaba ficando mesmo com o tradicional por falta de recursos.”

Muitas redes, de acordo com ele, investem em loja uma moderna, bem equipada, para mostrar que estão antenadas com as novas tecnológicas, e tudo acaba por aí.
“As outras lojas da rede continuam do mesmo jeito.”


Para Hirai, em 2023, o varejista deve continuar a busca pela melhoria de processos, reduzir custos e, depois, buscar inovação. “Ainda estamos voltando aos patamares de 2018, 2019.”


PRESERVAR O CAIXA

Sandro Benelli, consultor que participa de conselhos de grupos de varejo, afirma que não é hora de grandes investimentos, correr atrás de experiências, e, sim, de preservar o caixa.

“É o momento de investir no que tem retorno garantido, ficar atento à produtividade para reduzir custos, repassando os ganhos para o cliente, para se tornar relevante.”

Benelli vê a omnicanalidade, assim como programas de fidelidade, como ferramentas capacitadoras. “Meu conselho para o lojista é: seja espartano no começo de 2023.”

Para ele, o comerciante deve investir na clientela que já tem. “Não é o momento de procurar brinquedo novo e, sim, de tirar o máximo de brincadeira dos brinquedos que já tem.”

Ferramentas de CRM (Customer Relationship Management), diz ele, ajudam os lojistas a ter uma gestão mais eficiente a partir do relacionamento com os clientes.

“Os varejistas passam a ter o domínio do perfil dos consumidores e, portanto, conseguem propor ações para torná-los fieis.”

Várias empresas oferecerem esses softwares, com preços que variam de acordo com o uso ou do pacote de alternativas.

Fonte: Diário do Comércio