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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 23 de agosto de 2022 às 14:17


Pesquisa sobre Geração Z em 2022, do Snapchat, revela tendências e impactos em cultura e comércio para essa galera.

O que pensam, como vivem, do que se alimentam as pessoas que fazem parte da Geração Z. Esse foi o objetivo do levantamento realizado pela rede social Snapchat para identificar tendências de consumo e comportamento para os nascidos a partir de 2000.

A primeira conclusão é que a Geração Z está muito mais aberta a experiências imersivas. Pelo menos 96% dos entrevistados gostariam de usar a realidade aumentada para fazer compras e 9 em cada 10 para experimentar maquiagem ou roupas. Para a Gen Z, as experiências com realidade aumentada parecem mais pessoais.


Consumo para a Geração Z

O Snapchat também procurou entender quais os desejos e necessidades da Geração Z e quais são os aspectos que definem o engajamento com marcas e publicidade. Para 44% dos entrevistados, é importante que as marcas se conectem com eles.

Mais da metade dos quase 5 mil entrevistados da Geração Z confirmaram que se conectaram com outros usuários através de gosto em comum por marcas. Para Max Rivera, porta-voz de Expansão de Negócios Globais na Snap, quem focar em ocupar os espaços que a Geração Z está criando, com experiências personalizadas e imersivas vão sair na frente.

“A Geração Z está criando espaços de positividade e individualidade, quem oferecer experiências mais personalizadas e imersivas estará na vanguarda do mercado”.
pandemia acelerou a digitalização das relações de consumo, com o crescimento das compras online. E a tecnologia de realidade aumentada é o recurso favorito da Geração Z, de nativos digitais. O levantamento do Snapchat revelou que 72% da Geração Z prefere interagir digitalmente com as marcas.

Uma das formas mais eficientes de fazer isso é precisamente com a realidade aumentada. Para 71% é mais fácil prestar atenção em anúncios que usem o recurso. Segundo a consultoria Deloitte, mais de 100 milhões de pessoas já fazem compras usando realidade aumentada em todo o mundo.


Imersão para se conectar com a Geração Z

O Snapchat, que tem cerca de 8 milhões de usuários no Brasil, começou como uma rede social de comunicação e compartilhamento, mas para Rivera, a realidade aumentada tem o poder de mudar a maneira como o experimentamos. “Ela se tornou uma das ferramentas mais inovadoras que as marcas têm hoje à sua disposição para se conectar com seus públicos. É um novo mercado para negócios”.

No Brasil, Adidas, Calzedonia, L’Oreal, Magazine Luiza, Natura e Renner já usam recursos de realidade aumentada para melhorar a experiência do cliente.


Dicas para se conectar com a Geração Z
Junto com o estudo, o Snapchat deu dicas para as empresas e marcas que querem conquistar seu espaço entre a Geração Z:

Explore a Realidade Aumentada: Como já foi dito antes, a realidade aumentada é um recurso valioso para criar uma relação direta com o consumidor. É como ter um provador ao alcance da mão para testar produtos que vão de maquiagem a móveis em um ambiente.
O uso da tecnologia cria uma experiência mais personalizada para cada cliente, e pode ser o diferencial entre uma compra efetuada ou um carrinho abandonado.

Invista na Gamificação: Não se trata necessariamente de criar jogos, mas engajar os clientes por meio de desafios e curiosidade para manter a atenção por mais tempo. A gamificação já é muito familiar para a Geração Z e pode ser uma ferramenta importante de retenção ao criar uma jornada que faça sentido para a marca e para esse jovem consumidor.

Fonte: Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 23 de agosto de 2022 às 14:11

Metaverso, conveniência, proximidade, autoatendimento, Internet das Coisas. Palavras como essas têm permeado o tema “futuro do varejo” nos últimos anos. Mas como elas devem, na prática, moldar esse futuro? Essa aplicabilidade foi analisada por Christian Rempel, gerente de Consultoria para Varejo da Logicalis, em entrevista à Mercado&Consumo.

“Quando falamos de tendências, existem coisas muito práticas e outras que são ‘hype’. Mas o Brasil não está atrás quando se fala, por exemplo, em testar novas tecnologias”, destaca o executivo.

Proximidade
Uma das tendências mais fortes hoje no varejo é a proximidade, afirma Christian Rempel. Ele cita o exemplo da rede Oxxo, que se notabilizado pela expansão acelerada no Brasil, com um grande volume de inaugurações por mês. “São lojas de bairro, mais próximas do consumidor e menores, com um mix enxuto de produtos. Ela cobra mais e pode cobrar mais, porque o cliente está ali trocando facilidade por preço.”

O gerente de Consultoria para Varejo da Logicalis destaca que o sucesso do modelo tem a ver com a mudança no comportamento do consumidor. “Vinte anos atrás, ele fazia compras grandes e super e hipermercados. Hoje, tanto na Europa quanto aqui, existe a maior recorrência, a frequência semanal.” Na prática, essa mudança se vê também no exemplo do Grupo Pão de Açúcar, que está fechando as lojas da marca Extra e as transformado em atacarejos Assaí.

Autoatendimento
Os totens de autoatendimento das lanchonetes de fast-food são outro exemplo prático de como o que até pouco tempo era uma aposta virou parte do cotidiano do cliente. Além do sucesso a implementação por parte de marcas como McDonald’s, Christian Rempel destaca o modelo da curitibana The Coffee.

“É um modelo baseado num espaço pequeno, com um ou dois funcionários, e produtos de altíssima qualidade. O preço é menor do que o de grandes marcas e proposta de marca está na implementação de tecnologia. O cliente tem um tablet para fazer o pedido, que pode ser customizado, ele insere seu nome, diz como vai pagar e é direcionado para a maquininha. A experiência é muito boa, a quantidade de cliques é mínima, é muito ‘user friendly‘”.


Conveniência
O gerente de Consultoria para Varejo da Logicalis destaca também como a conveniência passou a ser importante para o consumidor, o que resultou no renascimento de redes como BR Mania e AmPm, que andavam quase esquecidas nos últimos anos. Esse cenário mudou completamente. A AmPm tem planos de chegar a 5 mil unidades em cinco anos. A BR Mania fez uma joint-venture com a Americanas.

“Nesse sentido, o modelo de mercado de condomínio é uma super sacada. Ele começou a ganhar espaço na pandemia, mas independe dela, e quem está dominando esse modelo são pequenos e médios varejistas, além de novos entrantes.”

Internet das Coisas
Uma tendência que tem conexão direta com a da conveniência é, de acordo com Christian Rempel, a da Internet das Coisas (ou IoT, na sigla em inglês). Ele cita o exemplo da Ame Go, da Americanas, uma loja autônoma que funciona sem funcionários ou caixa e que funciona totalmente à base de Inteligência Artificial.

“É a IoT no varejo físico. Esse conceito tem um apelo muito forte à jornada do consumidor, porque uma das principais dores da loja física é a fila. Nessa loja, todas as gôndolas têm balanças embarcadas, existem sensores no teto, câmeras de proximidade e pagamento por aproximação. Um dos desejos do varejista é ter controle do estoque em tempo real, e a loja autônoma permite uma  gestão muito mais controlada. A tecnologia conversa muito bem com o tema da conveniência.”

Metaverso
Para o gerente de Consultoria para Varejo da Logicalis, o metaverso é uma tendência forte, mas ainda restrita a alguns setores, como o de moda e de games. “No metaverso, a experiência tem de valer muito a pena. Senão, entro num e-commerce e faço mais a compra mais fácil. É preciso gerar valor no ambiente digital”.

Da mesma forma, a ida da indústria diretamente até o consumidor final (DTC, Directo to Consumer) não é para todo tipo de empresa, na análise de Christian Rempel. “É uma operação com ticket pequeno para uma complexidade muito alta. Não que o DTC não seja, para o varejo seja, uma grande oportunidade. Ele é. Mas, quanto todo mundo está fazendo, existe o impulso de que se deveria fazer também.”

Fonte: Mercado e Consumo