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Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 08 de agosto de 2022 às 16:07


A importância da transformação digital de um negócio de moda, independentemente do seu tamanho, só tem crescido, e contar com as redes sociais para essa jornada é praticamente obrigatório. As plataformas estão cheias de ferramentas para fazer seu negócio aparecer para milhões de clientes através da criação de conteúdo.

Números:
No Brasil, segundo o relatório da Hootsuite e WeAreSocial, do final de 2021, a distribuição de usuários em cada plataforma é a seguinte:
1. Facebook (130 milhões)
2. YouTube (127 milhões)
3. WhatsApp (120 milhões)
4. Instagram (110 milhões)
5. Facebook Messenger (77 milhões)
6. LinkedIn (51 milhões)
7. Pinterest (46 milhões)
8. Twitter (17 milhões
9. TikTok (16 milhões)
10. Snapchat (8,8 milhões)

O relatório também divulgou o tempo gasto em cada plataforma: o WhatsApp segue na liderança, com uma média de 30 horas por mês gastas em conversas no aplicativo. O Facebook fica em segunda posição, com 15 horas por mês, e o Instagram e o TikTok empatam em terceiro lugar, com 14 horas por mês.

Moda on-line
É preciso levar em consideração as particularidades do consumo do produto de moda, diretamente ligadas ao processo de escolha das peças, da montagem das vitrines, do toque e do encantamento em experimentar cada item antes de comprar. O desafio é usar as ferramentas disponíveis para que o consumidor tenha entendimento do produto, crie desejo e sinta-se seguro no processo.

Você não precisa investir tempo e recurso para estruturar uma loja virtual, especialmente se estiver começando! Existem algumas opções que podem te dar velocidade, garantir sua presença digital e alavancar suas vendas.

Assim, adequar o seu negócio, com rapidez e agilidade, acompanhando de perto cada mudança e cuidando do relacionamento com seus clientes, é sua tarefa para a transformação digital da sua empresa, mesmo sem um site personalizado.

O conteúdo sobre vendas on-line é tão amplo que foi dividido em duas partes pra você! Acompanhe as ideias abaixo e transforme as vendas digitais na grande oportunidade dessa crise! E não deixe de conferir a Parte 2: Como vender on-line sem ter um e-commerce: marketplace.


Redes sociais: Instagram, WhatsApp e Telegram

A venda por meio das redes sociais não é novidade: mesmo antes da crise, elas já eram o principal canal de vendas para muitas marcas. É possível utilizar várias delas de forma comercial, mas, para negócios de moda, a mais indicada hoje é o Instagram. Além de ser uma rede social com forte apelo visual, tem grande audiência, conteúdos e consumidores de moda. Combinada com o WhatsApp, é uma ferramenta poderosa de presença, relacionamento e vendas para marcas e empresários.  

Se você é uma marca e já está no mercado, provavelmente já possui uma conta no Instagram. Se ainda não, crie a sua já! Com a sua conta criada, considere que ela é sua loja e que seu perfil é sua marca. Parabéns: você acaba de criar um canal de vendas on-line! Para começar a movimentar sua marca via Instagram, siga as dicas abaixo:

Instagram

Dica 1: transforme seu perfil em “perfil comercial”
Muita gente não sabe, mas em 2016 a rede social permitiu a criação de contas comerciais com a finalidade de diferenciar um perfil pessoal do perfil de uma empresa, oferecendo também outras funcionalidades que podem te ajudar na gestão do seu negócio. Além disso, um perfil comercial já mostra para o público que sua empresa tem uma postura profissional e busca oferecer o melhor tipo de atendimento, com todos os recursos disponíveis na ferramenta. Se você ainda não tem um perfil comercial, pode criá-lo agora! Estes sites dão o passo a passo de como fazer isso:

Dica 2: tenha uma bio inteligente
A bio é aquele espacinho no topo do aplicativo que traz informações sobre o seu perfil e a sua marca, comunicando ao visitante qual é o seu negócio e quais são os seus diferenciais. Ela deve ser interessante a ponto de convertê-los em seguidores e em futuros clientes. Como a bio é o primeiro ponto de contato do seu visitante antes do seu feed, é super importante você dizer claramente quem você é. Quer saber como construir uma bio de sucesso? Veja esse vídeo da Camila Renaux, que fala sobre esse assunto.

Dica 3: seu feed é sua vitrine!
No mundo da moda, a vitrine é uma das principais ferramentas de atração de clientes para dentro das lojas. No Instagram não é diferente. Se sua conta é sua loja e seu perfil é sua marca, o seu feed é sua vitrine. É importante que os negócios de moda que desejam investir no Instagram mantenham seu feed com fotos de qualidade dos seus produtos, além de outros conteúdos que possam apoiar as vendas.

Dicas quentes:
1. Exiba fotos das araras e do seu espaço físico, para que o/a cliente perceba que o seu negócio é estabelecido além das redes sociais. E, se ele desejar, ofereça o atendimento presencial também.

2. Mostre fotos de looks completos, mostrando que sua loja tem uma curadoria de estilo, e busque alavancar o ticket médio, ou seja, o número de peças vendidas por cliente. Faça parcerias com consultoras de imagem que possam te ajudar a montar os looks e ofereça conteúdo no seu perfil em troca da divulgação do seu trabalho.

Use modelos reais nas suas fotos e evite pegar fotos de modelos na internet usando as mesmas roupas. Por mais que seus fornecedores possam ter fotos super elaboradas com roupas que você também vende, em geral, elas não representam a identidade da sua marca. Utilizar fotos de fornecedores pode deixar o seu feed sem identidade e desconectado do que você oferece.

Não é necessário contratar modelos, mas é interessante que suas clientes conheçam a modelagem, o caimento e o comprimento das peças. Lembrem-se: elas não estão tocando nas roupas, por isso é ideal passar o máximo de informações por meio da foto. Esse é o momento de você entrar na frente das câmeras ou convidar uma amiga, tia ou sobrinha para ser sua garota propaganda!

Dica 4: produza conteúdo
Essa é a dica do milhão! A finalidade das redes sociais é a conversa, o bate-papo, a troca de informações e a interação entre as pessoas. Por isso, só a venda de produtos não é suficiente para manter seu canal interessante e acessado. A criação de bons conteúdos se tornou algo muito importante e, hoje, é uma estratégia indispensável para ter sucesso na internet.

Trazer dicas úteis para seus clientes é uma boa forma de produzir conteúdo complementar no seu canal. Seu perfil está disponível para os seus seguidores 24 horas por dia, 7 dias na semana, então nem sempre eles vão acessar o seu espaço para comprar. Ter informações interessantes e de qualidade é fundamental para manter um cliente que se lembrará da sua marca no momento da compra.

Que tipo de conteúdo você pode oferecer no seu canal de moda?
1. Tendências, cores e modelos da temporada.
2. Dicas sobre organização de guarda-roupas e closets.
3. Dicas sobre lavagem e armazenagem de peças delicadas.
4. Dicas de montagem de looks para diversas ocasiões.
5. Notícias do mundo da moda.
6. Dicas sobre o universo feminino, infantil, praia, fitness, masculino, de acordo com os produtos que você oferece. 

Um ponto importante é que nem sempre você será o gerador de todo esse conteúdo, até porque alguns deles exigem a presença de um profissional qualificado para entregar informação de qualidade. Por isso, faça parcerias! Personal stylists, maquiadores, produtores de moda, personal organizers e muitos outros podem ser parceiros na construção dos temas. Enquanto eles ganham visibilidade e autoridade no Instagram, você tem um conteúdo de qualidade e ganha mais seguidores.

Também é válido saber que o modelo de textos no Instagram são textos curtos. Se você gosta e quer escrever mais, direcione seus seguidores para outros canais, como blog, site, LinkedIn ou outros.

Dica 5: abuse dos Stories, vídeos, lives e destaques para apresentar os seus produtos 
Uma das grandes ferramentas de engajamento no Instagram são os Stories, então a produção de conteúdo não deve ser explorada só no feed. Por ser de rápido consumo e ter um apelo visual incrível, os Stories te ajudam a captar rapidamente a atenção do público e a opinião dele sobre determinado assunto.  Além disso, disseminar conteúdos por meio de vídeos faz muito sentido no Instagram. Você pode utilizá-los tanto no feed, com no máximo um minuto, nos Stories ou no Reels. Hoje, os vídeos são a maneira mais eficiente de trazer engajamento e atenção para a sua marca. Como seus clientes se identificam primeiro com o que você fala e depois com o que você vende, não deixe de explorar essa ferramenta!  

WhatsApp ou Telegram

Dica 6: melhor que e-mail
Além de utilizar seu Instagram como vitrine para os seus produtos e como ponto de contato com os seus clientes, outra forma de potencializar esse canal de vendas é utilizar o WhatsApp ou o Telegram para estreitar ainda mais esse relacionamento. Você pode distribuir seus conteúdos por meio de listas de transmissão e grupos no WhatsApp ou criar um grupo da sua marca no Telegram.

A vantagem do Telegram em relação ao WhatsApp é que ele permite grupos para um número maior de pessoas. Enquanto um grupo de WhatsApp tem o limite de 256 membros, no Telegram são permitidos até 200 mil integrantes. Via Telegram é possível que você utilize as famosas enquetes, também presentes no Instagram. A venda por esses canais deve ser a mais direta e facilitada possível, por isso é importante que suas peças mantenham os valores e as formas de pagamento. Promoções devem ser anunciadas logo de início, para chamar a atenção de seus clientes para explorar o seu conteúdo.

Fonte: SEBRAE
Gestão & Liderança Postado em segunda-feira, 08 de agosto de 2022 às 16:00


Métricas podem ser aliadas na aplicação de limites da jornada laboral a fim de prevenir o adoecimento da mente.


É sabido que a síndrome de burnout resulta de um estresse crônico no local de trabalho que não foi administrado com sucesso, como define a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas como medir esse dano à saúde mental? Quais atividades mais impactam nesse resultado? Questões aparentemente subjetivas encontram respostas nos dados, por meio de estudos e análises que apontam fatores e limites da jornada laboral a fim de prevenir o adoecimento da mente.

A startup Fhinck, por exemplo, que desenvolveu um software com foco em gestão do trabalho, notou que poderia extrair informações valiosas sobre excessos que comprometem a saúde dos profissionais. O recurso foi desenvolvido para rotinas de escritório e coleta de dados da interação das pessoas com o computador.

O CEO e cofundador da empresa, Paulo Castello, explica que, com base em estudos científicos sobre saúde mental no trabalho, a empresa busca traduzir os fatores de risco em números. “Na questão do burnout, a gente pega elementos dos estudos e desenvolve um algoritmo para identificar variáveis que os estudos apontam”.

Ele exemplifica: “uma das últimas etapas de uma pessoa entrando em burnout é ficar isolada, ela se comunica menos. Quando a gente faz análise de rede de pessoas que se conectam no dia a dia, o algoritmo identifica se a pessoa fica isolada dos demais.” O executivo ressalta que essa informação só acende o alerta de potencial burnout quando se repete ao longo do tempo e é associada a outras variáveis. Sozinha, ela não representa muito.

Outras questões analisadas pela inteligência artificial são: jornada semanal superior a 60 horas, atividade digital acima de 85% da jornada semanal, tempo gasto com comunicação escrita maior que 20% e reuniões representando mais de 20% da jornada. Esses valores limites também são estabelecidos com base em estudos, como mostra um artigo da Harvard Business Review.

“Os dados criam uma pontuação que não significa que a pessoa está em burnout, mas separa entre ‘isso é normal’ e ‘isso é anormal’. Quanto mais pontos vai ganhando, maior a tendência de entrar em burnout”, observa Castello. Ele explica que os pontos só começam a ser contabilizados quando há um desvio do padrão estabelecido (as porcentagens), que pode mudar ao longo do tempo conforme novos estudos são divulgados.

O CEO também destaca a importância de análises como essa para que as empresas implementem ações antecipadas de proteção à saúde mental dos funcionários. É usar a tecnologia, a inteligência artificial e uma grande base de dados para “prever o futuro”. “Antes, metodologias muito baseadas em entrevistas não conseguiam coletar dados em escala. Com a entrada dessa nova área, você usa dados em tempo real e consegue olhar o todo”.

Nessa evolução, o software da Fhinck também foi atualizado durante a pandemia. “Antes, o software ficava instalado na máquina do colaborador e, embora ele soubesse, não precisava ter interação. Durante a pandemia, transformamos o software em assistente virtual, que agora conversa com o colaborador”.

Conforme a inteligência artificial entende os padrões da jornada do trabalhador, consegue enviar mensagens de alerta, como sugerir uma pausa ou uma conversa com o gestor, caso identifique que a pessoa está há dois dias fazendo hora extra ou sem realizar o intervalo para almoço. “O software vai lendo diferenças na jornada e traz insights para a pessoa equilibrar.”


Novos tempos, mesma intensidade

De forma intensa, todas essas atividades provocam um acúmulo de estresse no cérebro, que pode levar a um esgotamento progressivo se não for gerenciado. Pesquisadores do Laboratório de Fatores Humanos da Microsoft já demonstraram que reuniões em sequência podem diminuir a capacidade de se concentrar e se engajar com o trabalho. Além disso, mostram que é essencial fazer pausas, pois elas permitem que o cérebro “reinicie”, com redução do acúmulo de estresse.

Um levantamento feito pela Fhinck, entre junho de 2020 e maio de 2022 com base em dados de mais de 8 mil trabalhadores, observou mudanças significativas. Houve um acréscimo de 6,7% no tempo médio da jornada de trabalho semanal durante a pandemia em relação ao período anterior à crise sanitária. E, desde fevereiro, a jornada ainda se mantém 3,9% maior do que a média registrada em 2019.

Nesse período mais recente, mesmo com o retorno total ou parcial aos escritórios, as reuniões online seguem em alta. Até o começo deste ano, 83,3% dos profissionais dedicavam tempo a essa atividade e agora são 71,6%. Uma das justificativas é que o modelo híbrido ainda exige certa conexão. Quando uma pessoa da equipe não pode estar presencialmente, ela participa virtualmente, fazendo com que os demais também se conectem à chamada.

A empresa também analisou o foco digital, ou seja, o tempo médio que o colaborador passa concentrado e interagindo com o computador. Essa variável aumentou 27,1% no período pandêmico e 21,2% desde fevereiro deste ano.

“Se você sai de uma reunião para outra sem pausa, essa atividade digital mostra a intensidade que a pessoa está no computador. Mesmo voltando aos escritórios, continua num nível muito mais alto (do que antes da pandemia)”, observa Paulo Castello.

Fonte: Infomoney