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Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 03 de junho de 2024 às 14:48


Com a crescente adoção de tecnologias de realidade aumentada (AR), as marcas estão explorando amplamente as oportunidades oferecidas por esse mercado em expansão. Tudo em busca de solucionar problemas, melhorar a experiência do consumidor e fortalecer sua narrativa.

Enquanto o ano passado testemunhou um boom na inteligência artificial (IA), 2024 se configura para ser o ano da realidade aumentada (AR).

O setor de luxo, em particular, abraçou amplamente essa tecnologia no ano anterior, integrando sobreposições virtuais ao mundo físico.

Dados da realidade aumentada no mundo

Os números corroboram essa tendência. Segundo a Precedence Research, o mercado global de AR alcançou US$56,3 bilhões em 2023. Espera-se que a indústria atinja US$1,46 trilhão até 2033, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 38,33% de 2024 a 2033.

Embora a AR possa não ter recebido tanta atenção quanto a IA, seu potencial está desencadeando uma revolução significativa no varejo.

A ativação via lentes da Snap, empresa por trás do app Snapchat, é uma das maneiras mais acessíveis e eficazes de atingir a Geração Z. Esse público representa cerca de 51,1% da base de público do aplicativo, com mais de 800 milhões de usuários ativos mensais em todo o mundo.


Há, ainda, um teste virtual (VTO) que tem ganhado espaço no comércio eletrônico. Marcas como a Farfetch, por exemplo, têm investindo em plataformas de AR para aprimorar a experiência do usuário.

Hologramas e headsets

Embora os hologramas ainda estejam em sua infância, marcas de luxo como Hugo Boss e o Metropolitan Museum of Art estão explorando o potencial dessa tecnologia para engajar os consumidores de maneiras inovadoras.

O mercado de headsets AR também está em ascensão, com marcas como MyTheresa, Gucci e Taobao aproveitando os recursos de AR desses dispositivos para oferecer experiências imersivas aos clientes.

De acordo com a pesquisadora GlobalData, espera-se que o mercado de headsets AR se expanda a um CAGR de 56,3% até 2030, à medida que novos dispositivos são introduzidos, como por exemplo, o Vision Pro, da Apple.

Fonte: Ecommerce Brasil
Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 03 de junho de 2024 às 14:46


A pesquisa “The Empowered Consumer”, realizada pela Accenture, revela um cenário preocupante para as marcas: a publicidade excessiva está afastando os consumidores e gerando um efeito oposto ao desejado.

75% dos entrevistados em 12 países, incluindo o Brasil, reclamam do excesso de anúncios nas telas. Demasia de anúncios leva à desistência de compras em 74% dos casos, com um impacto ainda maior entre millennials (79%) e geração Z (89%).
Silvio Barboza, diretor da área de produtos da Accenture Brasil, explica: “é natural que as gerações mais recentes sejam mais digitais, assim, o grau de acesso a outras experiências é maior e portanto, o nível de paciência e resiliência para não desistir de uma compra é menor para os mais jovens”.

O estudo indica que as marcas falham em comunicar seus propósitos e produtos de forma eficaz. 73% dos consumidores se sentem inundados por opções de compra, sem clareza sobre o valor real dos produtos, e 71% ainda afirmam que não veem ganhos para tomar uma decisão de compra. 

Por conta da proliferação dos canais de comunicação – redes sociais, aplicativos e streaming – a sensação de bombardeio publicitário é cada vez mais intensa. As marcas perdem a atenção dos consumidores com abordagens genéricas e sem personalização.

Cecília Russo, da Troiano Branding, detalha que é preciso ir além do “jorrar conteúdo” e mostrar como os produtos impactam positivamente a vida dos consumidores, de forma autêntica e engajadora. “Essa multiplicidade de canais e de oferta de produtos faz com que o consumidor fique confuso”, complementa o executivo da Accenture Brasil. 

A busca por equilíbrio na relação entre marcas e consumidores é fundamental. A presidente do IAB Brasil, Cristiane Camargo, ainda destaca a importância de calcular e otimizar o retorno sobre investimento em publicidade, buscando um equilíbrio entre volume de investimento e resultados.

“Esse tem que ser um cálculo perseguido e polido por quem compra e vende mídia incessantemente”, afirma. 

O futuro da publicidade exige uma abordagem mais humana e personalizada. As marcas que souberem se conectar com os consumidores de forma autêntica e relevante terão um diferencial frente a um mercado recheado de anúncios.

Fonte: Ecommerce Brasil