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Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 03 de junho de 2024 às 14:44


Os novos computadores terão uma unidade de processamento neural para realizar tarefas de IA e aprendizado de máquina.

Há quem diga que a Inteligência Artificial (IA) generativa é um passo tão importante para a tecnologia quanto o PC e a internet. Com o mundo da tecnologia dando uma guinada brusca à IA, era esperado que os hardwares de nossos smartphones e computadores começassem a acompanhar essa tendência. E isso já está acontecendo, com PCs e celulares de última geração equipados com chips capazes de otimizar esse tipo de processamento.

Um PC com IA possui não apenas a CPU (unidade de processamento central) e GPU (unidade de processamento gráfico) mas também uma NPU ou unidade de processamento neural. Trata-se de um acelerador otimizado para realizar tarefas de IA e aprendizado de máquina diretamente no computador.

Atualmente, a maior parte desse processamento acontece em data centers localizados fora do Brasil, em transferência de dados via nuvem, uma vez que os dispositivos atuais ainda não estão preparados para esse tipo de tarefa.


Maior eficiência e novos recursos

Com as NPUs, os PCs poderão realizar tarefas de IA de forma mais eficiente e com menor consumo de energia. Isso significa que notebooks poderão passar mais tempo realizando tarefas até a próxima carga de bateria, por exemplo.
Um PC preparado para IA promete transformar a maneira como usamos nossos computadores no dia a dia. Imagine assistentes pessoais que entendem suas necessidades, softwares que organizam sua vida digital e ferramentas que melhoram suas fotos e vídeos automaticamente. Tudo isso se torna possível com a IA local, que utiliza seus próprios dados para personalizar e melhorar sua experiência.
Mais do que apenas permitir o uso de um ChatGPT, Gemini ou Copilot sem internet, os PCs com IA terão cada vez mais softwares e recursos dedicados a fazer uso desse tipo de processador, como já vem acontecendo com os programas da Adobe e os aplicativos de videoconferência, tipo o Zoom.

A Microsoft foi uma das que anunciou sua linha de PCs com IA recentemente, no dia 20 de maio, chamada Copilot+ PC. Os notebooks, que possuirão um processador neural integrado, rodarão novas ferramentas, como o Recall, que usa IA para criar uma “memória fotográfica” pesquisável de tudo o que foi feito, visto ou dito no PC.

Capaz de registrar tudo o que o usuário faz, o Recall permite recuperar informações passadas, criando um histórico detalhado de uso de sites, aplicativos, documentos, reuniões, mensagens trocadas e outros, organizando esse registro em uma linha do tempo. O usuário é capaz de navegar visualmente pelas atividades, apresentadas por meio de screenshots, e buscar por informações específicas.

Mais de 40 modelos de IA serão executados como parte do Windows 11 para alimentar esses novos recursos. O assistente de IA integrado da Microsoft, Copilot, também receberá suporte para o modelo GPT-4o, da OpenAI, lançado recentemente.


Já é possível comprar um PC com IA?

Os primeiros Copilot+ PCs serão lançados com processadores Qualcomm no dia 18 de junho, a preços iniciais de US$ 999 (cerca de R$ 5,1 mil, em conversão direta). Modelos com processadores Intel e AMD chegarão em uma data posterior. A Dell também já anunciou IA PCs com processadores Snapdragon, da Qualcomm, como novos modelos XPS.

Embora os preços de um IA PC num primeiro momento ainda sejam elevados (um XPS 16, da Dell, pode custar R$ 31.999), a tendência é que, conforme eles sejam amplamente introduzidos no mercado, se tornem mais acessíveis.

O diretor de Operações da Dell, Jeff Clarke, acredita que 2 bilhões de PCs com IA terão sido vendidos em todo o mundo até 2030. Só no próximo ano, a Microsoft espera vender 50 milhões de laptops de sua linha Copilot+ PC.

As empresas acreditam ainda que computadores sem NPU se tornarão obsoletos dentro de alguns anos. Portanto, se você tem intenção de comprar um novo PC nos próximos anos, seja notebook, seja desktop, não deixe de considerar os que estejam preparados para a nova onda de IA.

Fonte: Mercado & Consumo
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 03 de junho de 2024 às 14:42


"É muito triste ver a destruição de um patrimônio que levou uma vida inteira para ser erguido", lamenta Delamor Sader D'Ávila Filho, diretor das Livrarias Cameron. A rede tem dez lojas instaladas em Porto Alegre (RS), três delas no Aeroporto Salgado Filho, além de um centro de distribuição e dois depósitos. Agora, a tragédia que devastou o Rio Grande do Sul é mais uma página as ser rasgada no setor que atravessa por inúmeros problemas nos últimos anos. A previsão de retomada da rede à normalidade é apenas em setembro.

Nunca, nem no planejamento mais distante, poderíamos levar em conta que precisaria elevar os produtos acima de 1 metro. A água subiu a 1,5 metro. Funcionário nenhum está treinado para elevar as mercadorias a essa altura.

O retorno das atividades só deve ocorrer após setembro. Para lojas situadas no aeroporto, a reabertura vai depender da volta de pousos e decolagens no local. Com as pistas ainda alagadas, diferentes motivações são vistas como determinantes.

Tenho muito medo de que o aeroporto demore muito para voltar ao normal, porque o Executivo vai fechar menos negócios e o turista de fora que vem para Gramado vai pensar um pouco mais, porque a cidade virou zona de deslizamento.

Segmento de livros e papelaria é de extrema sensibilidade às enchentes. Diante da tragédia, o setor não consegue estimar o tamanho do prejuízo. A atividade amarga também com a perda de móveis, veículos e equipamentos eletrônicos.

Qualquer livro afetado pela água é muito difícil recuperar, tem relatos de que livros só por estarem no ambiente alagado por 10 ou mais dias ficam afetados com a grande umidade.

Mesmo sem a invasão da água, os shoppings sofrem com o problema da acessibilidade. D'Ávila Filho relata que as enchentes ainda dificultam o acesso aos centros de comércio e resulta em um impacto direto no faturamento.

Comércio

O drama vivido por D'Ávila Filho é o mesmo enfrentado pelo comércio gaúcho. A Federação Varejista do Rio Grande do Sul estima que os prejuízos do setor até o momento giram em torno de R$ 10 bilhões. O valor leva em conta as perdas de materiais e estoques devido à devastação.

Fonte: Economia.Uol