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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 14 de junho de 2022 às 10:40


De baby boomers à geração Z, marcas se atentam às necessidades de todas as faixas etárias; e buscam formas de se comunicar com cada uma delas.

O aumento da expectativa de vida da população e os novos hábitos da geração Z criaram um desafio a mais para as empresas conquistarem os consumidores. Ao mesmo tempo em que precisam atender o público com maior poder aquisitivo, representados pelos baby boomers e X, também são pressionados pelo comportamento moderado e consciente da geração Z, o consumidor do futuro.

Cada uma dessas gerações tem particularidades, pois todas cresceram em contextos socioculturais e econômicos distintos, o que influencia a forma de consumir. Para a geração Y e Z, não basta ter preço e produto bom. É preciso ter propósito e uma história por trás daquilo que estão comprando.

Para os baby boomers e parte da X, valem qualidade e, lógico, preço adequado. Esses grupos gostam de ostentar bens mais do que os jovens, que buscam praticidade e comodidade.

“As marcas têm dificuldade para encantar essa nova geração, que praticamente não vê TV aberta. Eles estudaram mais, têm mais acesso à saúde e são mais plurais”, diz o sócio da GS&Consulting, Jean Paul Rebetz.

Ele explica que esses consumidores nasceram numa época de oferta abundante de produtos, diferentemente de gerações passadas, que viveram a escassez no mercado devido à economia mais fechada. “Agora é mais fácil falar em sustentabilidade e storytelling.”

ESPELHO

Na outra ponta, a vida das empresas também não tem sido fácil. Pesquisa da Nielsen mostra que só 23% das pessoas com mais de 55 anos se sentem representados nas propagandas.

“O envelhecimento no Brasil é algo novo. As empresas ainda não sabem como atender esse público”, diz Clea Klouri, sócia-fundadora da Data8, especializada no mercado da longevidade.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 32,5 milhões de pessoas com 60 anos ou mais – quase 12 milhões a mais do que há dez anos. Apesar de ser um mercado de elevado potencial de consumo, diz Clea, as marcas não conversam com esse público.
É uma geração invisível que reclama da falta de produtos adequados em quase todos os setores, como beleza, moda e até alimentos.

Segundo ela, apesar de as empresas ainda terem receio de se comunicar com esse público e parecer uma marca velha, há um movimento – ainda tímido – para romper essa barreira. A Natura (NTCO3) é uma das que buscam se aproximar dos consumidores maduros, com mais dinheiro para gastar.

“Temos uma diversidade e amplitude de marcas para cada personalidade. A linha Chronos é para mulheres acima de 40 anos”, diz Maria Paula Fonseca, diretora global da marca Natura.

Segundo ela, para a Natura, é mais fácil chegar a esse público do que à geração Z. “Esse público, exige uma mensagem diferente, que envolve uma causa. Nessa linha, apostamos na sustentabilidade.”

A iniciativa ocorreu na linha mais popular, o Kayak, em que as tampas da embalagem passaram a ser feitas com plástico retirado do oceano. “Com isso, desenvolvemos uma cadeia de reciclagem. E isso responde em parte à pergunta dessa geração sobre o que a empresa faz.”

CONDIÇÕES

As causas sociais e ambientais têm ganhado relevância na vida das pessoas, o que influencia o consumo. Apoiar essas iniciativas passou a ser exigência dos clientes na hora de escolher uma marca. A jovem Bianca Sales, por exemplo, exige produtos orgânicos, enquanto a mãe, Maria Eliete, leva mais em conta o preço.

“A preparação para o futuro está ocorrendo em ritmo acelerado e queremos ser uma empresa de tecnologia de mobilidade”, diz Frederico Battaglia, diretor de marketing da Stellantis, empresa que detém 14 marcas, entre elas a Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram. Para garantir a pegada de carbono zero, a empresa tem um plano ambicioso que envolve eletrificação e veículos híbridos (etanol e elétrico).

Hoje, diz ele, os consumidores pedem uma história interessante sobre o produto, que precisa ser real. “Com o acesso à informação, não basta dizer que é legal, tem de mostrar que é legal.”

Segundo o executivo, a lição de casa das empresas nesses tempos tão conectados é entender o perfil dos clientes e tentar entregar o melhor produto possível. Por isso, em 2021, a empresa criou a Flua, uma empresa de assinatura de carros que oferece planos de locação de 1 a 3 anos.

Para alcançar consumidores tão diversos, as empresas têm explorado inúmeros canais de comunicação. O desafio com essa multiplicidade de meios é usar a linguagem adequada para cada um deles.

“Além disso, tem um criador específico para cada plataforma, um nativo ‘expert’ daquele ambiente”, diz a diretora de marketing Corporativo da Lojas Renner, Maria Cristina Merçon.

A Renner (LREN3) está presente em todas as redes sociais. No TikTok, na qual tem mais de 1,1 milhão de seguidores, a estratégia é fazer lives e levar mensagem de encantamento para os usuários. “Antes era mais simples. Usávamos uma mesma mensagem num discurso menos direto. Hoje temos de entender como o cliente se relaciona com a marca e ver como falar com ele.”

Na C&A (CEAB3), a estratégia também está focada na sustentabilidade. A empresa tem feito coleções baseadas no meio ambiente. São coleções com algodão mais sustentável e peças recicláveis – segundo a empresa, 55% das matérias-primas são de origem mais sustentável.

Fonte: Infomoney
Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 14 de junho de 2022 às 10:37


Conceitos devem ficar em alta no pós-pandemia. Eric Brenner, CEO da DHL Global Forwarding no Brasil, comenta tendências. A DHL identificou quatro tendências de varejo eletrônico importantes por meio do estudo E-tailers’ Almanac 2022, que tem como objetivo ajudar os lojistas online a planejarem as suas vendas.

Elas são baseadas no feedback dos clientes da DHL eCommerce Solutions nos Estados Unidos e também nos desenvolvimentos da indústria de encomendas leves no ano de 2021. Conheça:

Transporte com vários fornecedores
Desde o início da pandemia, os comerciantes online estão utilizando diversas transportadoras para embarque de seus produtos e essa tendência parece ter chegado para ficar. O objetivo é garantir que tenham flexibilidade para enviar seus produtos e mais opções para enfrentar as restrições de capacidade no mercado.

Flexibilidade nas compras e agrupamento de itens
No final de 2021, alguns gestores viram os clientes se tornando mais flexíveis na seleção de itens. Com o medo de possíveis atrasos relatados na cadeia de suprimentos, os varejistas descobriram que alguns consumidores acabavam escolhendo outras cores ou estilos quando as primeiras opções estavam em falta. Além disso, mais consumidores estão agrupando as suas compras, para que cheguem em uma mesma caixa ou pacote.

A previsibilidade em tempo real
Para os varejistas eletrônicos, ter a capacidade de prever e conectar sua cadeia de suprimentos e otimizar dados para ajudá-los na tomada de decisões em tempo real está se tornando uma necessidade.

Eles não estão apenas exigindo tempos de envio rápidos, mas a capacidade de identificar gargalos e simular cenários hipotéticos para ajudar a mitigar quaisquer problemas com sua solução de envio.

Como resultado, muitos operadores de logística estão aumentando e investindo em suas análises preditivas e recursos de notificação em tempo real para melhorar a qualidade da experiência do cliente.

“Aqui vale dizer que a previsibilidade faz muita diferença na qualidade de quem presta o serviço. E esta pode ser considerada uma das principais tendências para o setor, pois, para o varejo, é extremamente importante saber quando a sua carga vai embarcar e quando ela vai chegar no seu destino”, comenta Eric Brenner, CEO da DHL Global Forwarding no Brasil.

“Neste caso, a DHL Global Forwarding sai na frente de suas concorrentes no Brasil e no mundo, já que possui uma rede global, completamente conectada e estruturada. Isso faz com que nossos clientes saibam tudo o que pode ocorrer com a sua carga antes, durante o embarque – praticamente em tempo real – e depois, até chegar em seu destino. A DHL Global Forwarding também faz um estudo personalizado, para cada cliente, para que se possa prever possíveis intercorrências ao longo do transporte de determinada carga, seja por via rodoviária, aérea ou marítima”, explica o CEO.

Além disso, cerca de 19% do comércio internacional é executado por meios eletrônicos atualmente e há estimativas de que o comércio internacional B2C movimente USD 4.8 trilhões em vendas anuais em 2026.

Por isso, Eric Brenner percebe, cada vez mais – e a pesquisa comprova isso – que os consumidores querem velocidade, confiabilidade e flexibilidade dos operadores logísticos. Essas tendências já vinham se delineando antes da pandemia e, agora, estão cada vez mais fortes.

Segundo dados consolidados do Deutsche Post DHL Group, a DHL continuou sua trajetória de crescimento bem-sucedida no primeiro trimestre de 2022, apesar de todos os desafios globais. A receita melhorou em 19,8%, para 22,6 bilhões de euros.

Após o salto significativo nos resultados no ano financeiro de 2021, o grupo também registrou um excelente trimestre de abertura de 2022 com resultado operacional (EBIT) de 2,2 bilhões de euros (1º trimestre de 2021: 1,9 bilhão de euros). Isso foi possível, pois o grupo conseguiu equilibrar com sucesso os preços mais elevados da energia e os custos de transporte.

“Os negócios B2B foram o principal motor de crescimento no primeiro trimestre de 2022. Global forwarding, fretamento e supply chain em particular, mas também express, se beneficiaram de um desenvolvimento sólido no comércio global e negócios B2B mais fortes. O resultado da DHL Global quase triplicou graças a um desempenho excepcionalmente positivo no negócio de frete aéreo e marítimo”, salienta o CEO.

Nos negócios de encomendas domésticas e internacionais, como esperado, os volumes de remessas B2C normalizaram no início de 2022 após um nível excepcionalmente alto no ano anterior, devido às restrições relacionadas à covid-19.

Previsão gera exatidão nas tendências de varejo eletrônico
No terceiro ano da pandemia, já existem aprendizados consolidados sobre como o comportamento do consumidor mudou. Para alguns comerciantes, suas previsões de volume de vendas para 2021 provaram ser uma ciência inexata.

Isso torna-se um problema para os operadores logísticos, que planejam as capacidades de seus centros de distribuição, quantidade de pessoal, capacidade de transporte aéreo e terrestre com base nas previsões de seus clientes. Portanto, a precisão é fundamental. Essa questão ainda pode ser um desafio em 2022, devido a todas as incertezas econômicas e à escassez de mão de obra.

Para que os varejistas eletrônicos prosperem, eles devem analisar seu histórico e volumes de remessa, além de garantir que todos os documentos e arquivos de dados eletrônicos sejam preparados com precisão, as etiquetas sejam colocadas corretamente nos pacotes para minimizar os atrasos no envio e todos os principais feriados e fechamentos sejam previstos com antecedência.

Os dados para o futuro são animadores

Apesar de o estudo da DHL sobre tendências de varejo eletrônico ter sido feito nos Estados Unidos, os conceitos se aplicam ao Brasil, e um dos mais importantes diz respeito ao planejamento.

“O varejo como um todo percebeu que é preciso ter planejamento em momentos adversos como os que tivemos em 2020 e 2021. E, por isso, cada vez mais o planejamento logístico também deve ser customizado para cada empresa, levando em consideração as características do negócio e o comportamento de consumo do cliente”.

Segundo dados da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o comércio eletrônico continua crescendo, mesmo após a flexibilização das restrições em diversos países.

Ainda de acordo com a Unctad, a parcela de internautas que fazia compras on-line antes da pandemia era de 53% e, durante as restrições, chegou a 60%. Isso deve continuar já que houve um boom de digitalização e transformações digitais nas empresas e marcas que possuem e-commerce ao redor do mundo. E esse boom deve auxiliar também na recuperação econômica global.

Por fim, o executivo ressalta duas tendências de logística para todos os setores da economia: a logística verde e a digitalização.

“Cada vez mais, é necessário investir na descarbonização das operações logísticas e a DHL Global Forwarding tem a solução Go Green para fretes aéreo e marítimo. O serviço, oferece a possibilidade de neutralização das emissões de CO2 para seus clientes, em todas as rotas comerciais, por meio da substituição de combustível fóssil nas aeronaves por uma fonte de energia sustentável”.

“Outra tendência forte é a digitalização e, para isso, a DHL oferece o portal myDHLi, que visa facilitar o acesso a informações sobre as cargas, como consultas de operações, detalhes sobre rotas, informações sobre exportadores e importadores, documentação de carga, cotação e agendamento de serviços, tudo em uma mesma plataforma de maneira integralmente digital”.

Além do monitoramento em tempo real, o portal disponibiliza análises sobre gastos e volumes de cargas mês a mês, o que contribui para um gerenciamento eficaz por parte dos clientes.

Isso significa que o myDHLi permite a visibilidade necessária do que está acontecendo com cada embarque enquanto a remessa ainda está em transporte. Outra solução que também auxilia os clientes da companhia com os serviços é a possibilidade de integrar APIs desenvolvidas pela DHL com o próprio sistema de gestão já utilizado pelas outras empresas.

“Dessa forma, é possível fazer o agendamento de remessas e o monitoramento da carga diretamente no sistema de operações em uso, através das informações coletadas pela inteligência da DHL”, finaliza Eric Brenner.

Fonte: Novarejo