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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 16 de agosto de 2022 às 10:29


Uma das formas mais seguras de se iniciar um negócio próprio é no franchising, e vai ajudar bastante fazer muitas perguntas antes de comprar uma franquia.

Antes de atingir o estágio atual de sucesso, a franquia passou por um longo período experimental onde foram feitos diversos testes operacionais e de processos que, entre outras coisas, ajudaram a dar solidez e rentabilidade ao negócio.

É como se o empreendedor desenvolvesse uma fórmula de sucesso e, depois, decidisse replicar esse modelo em outros lugares e com outras pessoas.
Apesar disso, só o CTRL C e CTRL V dessa receita não farão com que esse “bolo” cresça naturalmente. Tudo vai depender da forma como o franqueado aplicará esses métodos.

Se você está pensando em comprar uma franquia e está pesquisando como executar os processos da marca da melhor forma possível, algumas dúvidas terão de ser sanadas junto à rede.


Pesquise e pergunte antes de comprar uma franquia

Aliás, consultores especialistas em franchising aconselham que antes de abrir sua unidade todo investidor questione o franqueador com o máximo de perguntas possível, a fim de obter clareza e transparência quanto à operação.

Principalmente, sobre as necessidades do negócio que dependerão diretamente da gestão do franqueado.

Além disso, eles também recomendam que o investidor trace um perfil próprio para entender se ele está realmente preparado para seguir uma série de regras e pontos que não foram criados por ele. Como explica abaixo o sócio-diretor da consultoria especializada em varejo e franquias GoAkira, José Carlos Fugice Jr.

“Primeiro de tudo, ele deve se perguntar: até onde eu, como franqueado, posso desenvolver maneiras próprias de tocar o negócio?
A partir daí ele verá se esse tipo de operação se encaixa com o perfil que ele busca como empreendedor.


As vezes uma pessoa muito criativa prefere seguir um padrão de processos que ela criou mas, como a gente sabe, as franquias possuem um padrão específico e testado, que deverá ser seguido à risca.

O consultor orienta, ainda, ao possível franqueado que ele venha a sanar todas as dúvidas possíveis em relação à franquia, principalmente as relativas ao apoio e suporte oferecidos pela rede franqueadora.

“Geralmente, tanto o comprador de uma franquia quanto o vendedor acabam generalizando as dúvidas sobre os processos de apoio e suporte, mas no dia a dia isso pode gerar conflitos, pois o entendimento não ficará claro entre as partes.

Se você já definiu o negócio ou a franquia com a qual quer trabalhar, mas ainda não sabe que questionamentos deve fazer para o entrevistador, separamos uma lista com 19 perguntas indispensáveis para você tirar com o franqueador antes de finalizar o processo de abertura da franquia.

O índice foi elaborado com a ajuda de consultores especializados em franchising, em especial a diretora da área de inteligência de mercado do Grupo Bittencourt, Caroline Bittencourt, e o sócio-diretor da consultoria GoAkira, José Carlos Fugice Jr.

Questionamentos antes de abrir uma franquia

1. Como será a remuneração da franqueadora? Quais os percentuais oferecidos e sobre qual índice do franqueado é aplicada a remuneração?

2. Como será a divisão de território para atuação da franquia? Onde o franqueado poderá atuar e onde ele não poderá. Isso inclui também os canais como delivery e e-commerce, por exemplo.

3. Como funcionará o abastecimento da unidade? Se o franqueador for também o fornecedor como se dará a realização dos pedidos e do prazo de entrega? Se o franqueador não for o principal fornecedor, como é a relação de compras? Há uma central de compras ou o franqueado negocia diretamente com o fornecedor?

4. Há fornecedores homologados ou o franqueado terá que desenvolver sua própria rede de fornecedores?

5. Quais são as regras de sucessão e repasse de franquias?

6. O que é esperado do franqueado e o que o franqueador vai oferecer como contrapartida? Ter muito claro o papel de cada uma das partes é ponto chave para uma relação madura e transparente.

7. Quais são os suportes que a franqueadora vai oferecer? Treinamentos, manuais, visitas de consultores, enfim, qual a estrutura que a franqueadora tem para atender as demandas da rede?

8. Qual é o plano de expansão da franqueadora, quanto tempo ela tem de mercado e quanto ela já conquistou de espaço no setor? É interessante investir em uma franquia que tenha efetivamente potencial de crescimento.

9. Como os franqueados atuais estão em relação ao resultado do negócio? Eles já tiveram retorno do investimento e em qual prazo isso ocorreu? Há franqueados com mais de uma unidade?

10. Qual é a situação da marca atualmente, está devidamente registrada? E como funciona o uso da marca pelo franqueado?

11. Como será a integração do franqueado na rede? Ou seja, quanto tempo de treinamento, se este será presencial ou virtual, se será prático ou apenas teórico, se contempla também a equipe, e os custos envolvidos com esse treino serão de responsabilidade de quem?

12. A franqueadora tem estabelecido um fundo de propaganda? Como tem sido a utilização desse fundo em prol da rede? Quais as ações são feitas e se elas tem efetivamente trazido benefícios para a rede?

13. Quais são as condições do contrato? Inclui-se: prazo de contrato, condições de renovação e rescisão, tanto por parte do franqueado quanto franqueador.

14. Qual o resultado que ele pode esperar do negócio e o quanto ele é factível de acontecer? Pedir números de unidades em operação é uma boa referência. Analise a lucratividade, rentabilidade e tempo de retorno do investimento.

15. A rede já teve unidades fechadas ou franqueados desligados da rede? Se sim, por quais motivos?

16. Quais são os maiores desafios do negócio? É comum o franqueador focar no que ele tem de melhor para oferecer, mas é bom saber que não existe negócio perfeito e entender os pontos que o franqueado precisa ficar atento é extremamente importante.

17. Como está a saúde financeira da franqueadora? Ela possui dívidas no mercado? E como é a relação entre os sócios da franqueadora (se houver)?

18. De uma forma geral, qual é o histórico da franqueadora e sua experiência como operador do negócio e depois como franqueador? Qual a experiência que ela tem no sistema de franquias e se foi assessorada por alguma empresa para fazer o projeto e se estruturar como franqueadora.

19. Quais são os diferenciais da marca em relação à concorrência já existente no mercado e como ele pretende se manter relevante ao longo do tempo? Existe uma cultura de inovação e renovação do negócio? É importante estudar o mercado e como a marca reage com os concorrentes.

Fonte: ABF Expo
Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 08 de agosto de 2022 às 16:07


A importância da transformação digital de um negócio de moda, independentemente do seu tamanho, só tem crescido, e contar com as redes sociais para essa jornada é praticamente obrigatório. As plataformas estão cheias de ferramentas para fazer seu negócio aparecer para milhões de clientes através da criação de conteúdo.

Números:
No Brasil, segundo o relatório da Hootsuite e WeAreSocial, do final de 2021, a distribuição de usuários em cada plataforma é a seguinte:
1. Facebook (130 milhões)
2. YouTube (127 milhões)
3. WhatsApp (120 milhões)
4. Instagram (110 milhões)
5. Facebook Messenger (77 milhões)
6. LinkedIn (51 milhões)
7. Pinterest (46 milhões)
8. Twitter (17 milhões
9. TikTok (16 milhões)
10. Snapchat (8,8 milhões)

O relatório também divulgou o tempo gasto em cada plataforma: o WhatsApp segue na liderança, com uma média de 30 horas por mês gastas em conversas no aplicativo. O Facebook fica em segunda posição, com 15 horas por mês, e o Instagram e o TikTok empatam em terceiro lugar, com 14 horas por mês.

Moda on-line
É preciso levar em consideração as particularidades do consumo do produto de moda, diretamente ligadas ao processo de escolha das peças, da montagem das vitrines, do toque e do encantamento em experimentar cada item antes de comprar. O desafio é usar as ferramentas disponíveis para que o consumidor tenha entendimento do produto, crie desejo e sinta-se seguro no processo.

Você não precisa investir tempo e recurso para estruturar uma loja virtual, especialmente se estiver começando! Existem algumas opções que podem te dar velocidade, garantir sua presença digital e alavancar suas vendas.

Assim, adequar o seu negócio, com rapidez e agilidade, acompanhando de perto cada mudança e cuidando do relacionamento com seus clientes, é sua tarefa para a transformação digital da sua empresa, mesmo sem um site personalizado.

O conteúdo sobre vendas on-line é tão amplo que foi dividido em duas partes pra você! Acompanhe as ideias abaixo e transforme as vendas digitais na grande oportunidade dessa crise! E não deixe de conferir a Parte 2: Como vender on-line sem ter um e-commerce: marketplace.


Redes sociais: Instagram, WhatsApp e Telegram

A venda por meio das redes sociais não é novidade: mesmo antes da crise, elas já eram o principal canal de vendas para muitas marcas. É possível utilizar várias delas de forma comercial, mas, para negócios de moda, a mais indicada hoje é o Instagram. Além de ser uma rede social com forte apelo visual, tem grande audiência, conteúdos e consumidores de moda. Combinada com o WhatsApp, é uma ferramenta poderosa de presença, relacionamento e vendas para marcas e empresários.  

Se você é uma marca e já está no mercado, provavelmente já possui uma conta no Instagram. Se ainda não, crie a sua já! Com a sua conta criada, considere que ela é sua loja e que seu perfil é sua marca. Parabéns: você acaba de criar um canal de vendas on-line! Para começar a movimentar sua marca via Instagram, siga as dicas abaixo:

Instagram

Dica 1: transforme seu perfil em “perfil comercial”
Muita gente não sabe, mas em 2016 a rede social permitiu a criação de contas comerciais com a finalidade de diferenciar um perfil pessoal do perfil de uma empresa, oferecendo também outras funcionalidades que podem te ajudar na gestão do seu negócio. Além disso, um perfil comercial já mostra para o público que sua empresa tem uma postura profissional e busca oferecer o melhor tipo de atendimento, com todos os recursos disponíveis na ferramenta. Se você ainda não tem um perfil comercial, pode criá-lo agora! Estes sites dão o passo a passo de como fazer isso:

Dica 2: tenha uma bio inteligente
A bio é aquele espacinho no topo do aplicativo que traz informações sobre o seu perfil e a sua marca, comunicando ao visitante qual é o seu negócio e quais são os seus diferenciais. Ela deve ser interessante a ponto de convertê-los em seguidores e em futuros clientes. Como a bio é o primeiro ponto de contato do seu visitante antes do seu feed, é super importante você dizer claramente quem você é. Quer saber como construir uma bio de sucesso? Veja esse vídeo da Camila Renaux, que fala sobre esse assunto.

Dica 3: seu feed é sua vitrine!
No mundo da moda, a vitrine é uma das principais ferramentas de atração de clientes para dentro das lojas. No Instagram não é diferente. Se sua conta é sua loja e seu perfil é sua marca, o seu feed é sua vitrine. É importante que os negócios de moda que desejam investir no Instagram mantenham seu feed com fotos de qualidade dos seus produtos, além de outros conteúdos que possam apoiar as vendas.

Dicas quentes:
1. Exiba fotos das araras e do seu espaço físico, para que o/a cliente perceba que o seu negócio é estabelecido além das redes sociais. E, se ele desejar, ofereça o atendimento presencial também.

2. Mostre fotos de looks completos, mostrando que sua loja tem uma curadoria de estilo, e busque alavancar o ticket médio, ou seja, o número de peças vendidas por cliente. Faça parcerias com consultoras de imagem que possam te ajudar a montar os looks e ofereça conteúdo no seu perfil em troca da divulgação do seu trabalho.

Use modelos reais nas suas fotos e evite pegar fotos de modelos na internet usando as mesmas roupas. Por mais que seus fornecedores possam ter fotos super elaboradas com roupas que você também vende, em geral, elas não representam a identidade da sua marca. Utilizar fotos de fornecedores pode deixar o seu feed sem identidade e desconectado do que você oferece.

Não é necessário contratar modelos, mas é interessante que suas clientes conheçam a modelagem, o caimento e o comprimento das peças. Lembrem-se: elas não estão tocando nas roupas, por isso é ideal passar o máximo de informações por meio da foto. Esse é o momento de você entrar na frente das câmeras ou convidar uma amiga, tia ou sobrinha para ser sua garota propaganda!

Dica 4: produza conteúdo
Essa é a dica do milhão! A finalidade das redes sociais é a conversa, o bate-papo, a troca de informações e a interação entre as pessoas. Por isso, só a venda de produtos não é suficiente para manter seu canal interessante e acessado. A criação de bons conteúdos se tornou algo muito importante e, hoje, é uma estratégia indispensável para ter sucesso na internet.

Trazer dicas úteis para seus clientes é uma boa forma de produzir conteúdo complementar no seu canal. Seu perfil está disponível para os seus seguidores 24 horas por dia, 7 dias na semana, então nem sempre eles vão acessar o seu espaço para comprar. Ter informações interessantes e de qualidade é fundamental para manter um cliente que se lembrará da sua marca no momento da compra.

Que tipo de conteúdo você pode oferecer no seu canal de moda?
1. Tendências, cores e modelos da temporada.
2. Dicas sobre organização de guarda-roupas e closets.
3. Dicas sobre lavagem e armazenagem de peças delicadas.
4. Dicas de montagem de looks para diversas ocasiões.
5. Notícias do mundo da moda.
6. Dicas sobre o universo feminino, infantil, praia, fitness, masculino, de acordo com os produtos que você oferece. 

Um ponto importante é que nem sempre você será o gerador de todo esse conteúdo, até porque alguns deles exigem a presença de um profissional qualificado para entregar informação de qualidade. Por isso, faça parcerias! Personal stylists, maquiadores, produtores de moda, personal organizers e muitos outros podem ser parceiros na construção dos temas. Enquanto eles ganham visibilidade e autoridade no Instagram, você tem um conteúdo de qualidade e ganha mais seguidores.

Também é válido saber que o modelo de textos no Instagram são textos curtos. Se você gosta e quer escrever mais, direcione seus seguidores para outros canais, como blog, site, LinkedIn ou outros.

Dica 5: abuse dos Stories, vídeos, lives e destaques para apresentar os seus produtos 
Uma das grandes ferramentas de engajamento no Instagram são os Stories, então a produção de conteúdo não deve ser explorada só no feed. Por ser de rápido consumo e ter um apelo visual incrível, os Stories te ajudam a captar rapidamente a atenção do público e a opinião dele sobre determinado assunto.  Além disso, disseminar conteúdos por meio de vídeos faz muito sentido no Instagram. Você pode utilizá-los tanto no feed, com no máximo um minuto, nos Stories ou no Reels. Hoje, os vídeos são a maneira mais eficiente de trazer engajamento e atenção para a sua marca. Como seus clientes se identificam primeiro com o que você fala e depois com o que você vende, não deixe de explorar essa ferramenta!  

WhatsApp ou Telegram

Dica 6: melhor que e-mail
Além de utilizar seu Instagram como vitrine para os seus produtos e como ponto de contato com os seus clientes, outra forma de potencializar esse canal de vendas é utilizar o WhatsApp ou o Telegram para estreitar ainda mais esse relacionamento. Você pode distribuir seus conteúdos por meio de listas de transmissão e grupos no WhatsApp ou criar um grupo da sua marca no Telegram.

A vantagem do Telegram em relação ao WhatsApp é que ele permite grupos para um número maior de pessoas. Enquanto um grupo de WhatsApp tem o limite de 256 membros, no Telegram são permitidos até 200 mil integrantes. Via Telegram é possível que você utilize as famosas enquetes, também presentes no Instagram. A venda por esses canais deve ser a mais direta e facilitada possível, por isso é importante que suas peças mantenham os valores e as formas de pagamento. Promoções devem ser anunciadas logo de início, para chamar a atenção de seus clientes para explorar o seu conteúdo.

Fonte: SEBRAE