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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 31 de maio de 2022 às 11:22


O dia 25 de maio já representa o Dia do Orgulho Nerd para consumidores, assim como para as marcas.

Cativar o público geek se tornou um dos objetivos da maior parte das varejistas mundo afora. Por muito tempo “esquecidos”, esse tipo de consumidor vem se provando, na verdade, muito disposto a estabelecer um relacionamento com as marcas, e dedica, quando bem atendido em suas necessidades, esforços para manter uma fidelidade.

Esse perfil em específico de pessoas bastante ligadas à cultura pop tem sido alvo de desejo por parte de big techs e gigantes varejistas, como a Amazon, Apple, Magazine Luiza, Mercado Livre, Submarino, entre outras. Isso porque esse público, além de muito bem informado, também é caracterizado como consumista — e não mede esforços na hora de adquirir um produto com o qual se identificam de alguma forma.

Enxergando essa tendência, as marcas têm alinhado datas sazonais para atrair ainda mais esse perfil de consumidores. No dia 25 de maio, por exemplo, comemora-se o Dia do Orgulho Nerd (ou “Dia da Toalha”), data criada em comemoração à première do primeiro filme da saga Star Wars, lançado em 1977, e também para homenagear Douglas Adam, criador da “trilogia de cinco” do Guia do Mochileiro das Galáxias. A comemoração é expressada, ainda, para se ter “orgulho de ser nerd”, e comemora grandes obras da cultura pop.

E o resultado desse “alinhamento” entre os nerds/geeks e as marcas vêm gerando bons resultados não apenas de vendas, mas também de negócio. Veja como a atuação das grandes varejistas tem impactado o mercado geek nos últimos anos:

Um clique na Amazon e poucos dias para a felicidade do nerd

Não é de hoje que a Amazon alinha seu calendário de ofertas para atender as demandas o público gamer e geek — que compõe uma parte considerável de sua base de clientes mundo afora, sobretudo na assinatura da Amazon Prime.

Esse ano, além de disponibilizar novos lançamentos na plataforma Amazon Prime Video, a varejista também anunciou a “Geek Week”, com inúmeros descontos em itens “pop”, incluindo produtos eletrônicos, livros, quadrinhos, figuras de ação, jogos físicos e digitais, CDs e até vinis.

A Amazon está entre as gigantes varejistas que desempenham um papel importante para essa comunidade, que tende a ser, além de mais jovem e imediatista, também mais antenada às tendências do momento — um core de negócios que a Amazon procura, a todo custo, oferecer.

Magazine Luiza e o domínio da mídia geek

Após comprar o tão famoso portal de notícias geeks Jovem Nerd, em abril de 2021, a Magazine Luiza tem investido forte nas ações com o objetivo de engajar o público pop. A companhia já anunciou que pretende criar estratégias mais sórdidas para conquistar a comunidade gamer e, este ano, começou a colocar essa intenção na prática.

Além das ações próprias do Jovem Nerd, a gigante do varejo eletrônico, desde o início da semana, ofereceu uma série de descontos em itens de informática, computadores, cadeiras, mousepads, mouses, teclados e headsets gamers, smartphones e outros produtos eletrônicos.

Vale destacar que a Magalu também comprou, no segundo semestre do ano passado, o site de venda de produtos eletrônicos Kabum!, com o objetivo de aproximar ainda mais o público geek e gamer da marca.

Mercado Livre e o envolvimento com a CCXP2022

Ainda falando nos especialistas em comércio eletrônico, o Mercado Livre é um dos grandes varejistas brasileiros que tem dado sinais em direção aos nerds ano após ano. A corporação já será o e-commerce oficial da Comic Con Experience 2022 (CCXP), maior evento de cultura pop do país, mas não tem parado por aí.

Recentemente, o Mercado Livre também anunciou que os usuários de nível seis ou superior em sua plataforma terão acessos específicos para esse público, como desconto em streamings — entre eles a Disney+, Paramont+ e HBO Max.

Para esta semana, em específico para o dia 25 de maio, a varejista ainda anunciou inúmeros descontos em produtos eletrônicos, fantasias, itens para cosplay, camisetas, videogames, boardgames, figuras de ação, consoles de videogame, quadrinhos e outros itens.

É difícil afirmar que o público geek é majoritário, mas uma boa parte dos consumidores brasileiros se aproxima, dia após dia, da cultura pop de alguma forma. Desenvolver ações que tenham esse perfil como alvo, por conseguinte, é uma maneira aproximar ainda mais um consumidor bem consumista e imediatista das marcas. E o saldo, a ver pelos lucros das grandes varejistas e o sucesso de plataformas geeks, como o próprio Jovem Nerd, Omelete e outros, tem sido muito positivo.

Fonte: Novarejo
Gestão & Liderança Postado em segunda-feira, 23 de maio de 2022 às 16:19


Há quem ame, há quem tenha reservas, mas é quase consenso que a cultura organizacional do Google é conhecida e apreciada por grande parte do público. Eleita como uma das empresas com melhor cultura corporativa, um dos segredos para o sucesso pode ser a  paixão atrelada à missão: organizar toda a informação do mundo.

A Edtech nasceu oficialmente em 1998, com uma missão ambiciosa: organizar as informações do mundo para que sejam universalmente acessíveis e úteis para todos.Fundada por Sergey Brin e Larry Page, consolidou-se como uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, e não é um eufemismo. 

Atualmente, possui um número expressivo de mais de 60 mil colaboradores em 50 países diferentes, enquanto em 2021, a Alphabet, sua “empresa-mãe”, concentrava cerca de 150 mil.

Além da pesquisa online, possui mais de 50 serviços, entre eles o Gmail, o Youtube e o Android. Apesar da quantidade de produtos, a sua ideia original ainda é o core do sucesso. Em 2016, por exemplo, a maior receita da Alphabet veio através do Google Ads, que opera baseado nas pesquisas dos usuários.

Mas afinal, como cultura organizacional e inovação se unem? No caso do Google, a informação é uma constante importante no desenvolvimento da empresa e da sua proposta de valor, e o ambiente preza pela busca de soluções inovadoras com foco na excelência, permitindo que a criatividade se una a performance. 

Neste artigo, explicaremos por que a cultura organizacional deve ser uma prioridade desde o começo do seu negócio, impactando no desempenho e na abordagem na resolução de eventuais problemas, de modo que a inovação seja inerente. 


Qual é a missão do Google?

Comece pelo porquêSeja para gerar conhecimento para a tomada de decisão ou para oferecer soluções personalizadas através de anúncios, a pesquisa possui papel central na estratégia e diferencial competitivo do Google. 

Porém, a pesquisa é uma parte do trabalho. Para que faça sentido, é preciso que gere informações úteis, informações de valor. Afinal, uma das maiores prioridades da empresa é o foco no usuário. Mas como isso se mostra na prática?

Para além do uso de tecnologias cada vez mais precisas, como é o caso do algoritmo, que garante resultados de pesquisas relevantes para os usuários, há uma constante tentativa de estender a missão externamente, para além das pesquisas online.

Na página dedicada à missão, a empresa deixa claro os desdobramentos práticos baseados em seu propósito, fazendo referência aos compromissos que focam em melhorar a vida das pessoas, abrindo espaço para assuntos como práticas responsáveis de IA e maior equilíbrio entre o uso da tecnologia e hábitos mais saudáveis, por exemplo. Além disso, logo após deixar claro seus valores, compartilha exemplos reais, ocasionados sobretudo, pela tecnologia desenvolvida pela empresa.

Diante dessa abordagem, podemos aprender algumas estratégias fundamentais para empresas que desejam gerar valor e impacto, principalmente em um mundo pós-pandemia, em que muitos consumidores estão interessados em um consumo cada vez mais alinhado aos seus valores e estilo de vida. 

Por exemplo, no caso do Google, o foco é o usuário, mas o usuário é uma pessoa, que vive e experimenta a tecnologia desenvolvida em um mundo em constante transformação, e sobretudo, cheio de desafios. 

Nesta perspectiva, o Google não é uma empresa de tecnologia que se importa com a experiência do usuário, e sim o contrário, se importa com o usuário e por isso desenvolve tecnologias. Tecnologia que faz sentido e que transforma o mundo para melhor. O propósito precede o como, assim como na teoria “Golden Circle”, desenvolvido por Simon Sinek.

Por isso, o ideal é que a missão, visão e valores, sejam o cerne de qualquer negócio desde o começo, não uma justificativa determinada posteriormente. 

Desse modo, a cultura já nasce forte, pois torna-se uma consequência do que todos acreditam e trabalham todos os dias. Um dos insights do livro “Como o Google Funciona”, defende que “o caráter de uma empresa é a soma dos caráteres de sua gente”, e questiona de maneira instigante:
“Que valores você gostaria que aquele funcionário de olhos cansados considerasse?”


Como o Google funciona

A cultura organizacional pode ser considerada como uma potência invisível que impulsiona os colaboradores a agirem sem que lhe peçam, ou sem que seja sua função, simplesmente porque estão tão alinhados com o propósito que não atuar dessa maneira não é uma opção.

Um exemplo simbólico, apresentado no livro “Como Funciona o Google”, deixa esse “espírito” organizacional em evidência, o que resulta no sucesso do ambiente laboral Google.

Ao se deparar com anúncios na página de pesquisa do Google, Larry Page não gostou do que viu. Apesar de suas considerações, não convocou uma reunião, nem enviou e-mails aos responsáveis. 

Engenheiros que não eram oficialmente responsáveis pela tarefa viram o aviso em uma sexta-feira, e trabalharam em uma solução durante o final de semana,  que foi apresentada na segunda-feira.

Quando priorizamos a cultura, viabilizamos um ambiente mais propício à inovação tanto incremental quanto disruptiva, pois desenvolvemos um senso de unicidade em que as os colaboradores se sentem responsáveis de uma maneira que os move para a ação.Mas afinal, o que é inovação no Google? 

Como já deixamos claro, a inovação precisa de um contexto adequado, propício para seu desenvolvimento. No Google, isso é extremamente importante, já que trabalha em um setor de constante inovação. Em linhas gerais, segundo a empresa, inovação implica em ideias surpreendentes e úteis. 

Levando em consideração o ambiente e uma cultura voltada para a inovação, há uma tendência a não acreditar em setores voltados à inovação ou até cargos “disruptivos”, e preza pela oportunidade de inovação para todos. 

“É importante dar a todo mundo a oportunidade de inovar, em vez de transformá-la no reino reservado às poucas pessoas naquele prédio afastado no campus cujo trabalho é inovar. Tornar esse espírito abrangente dá a quase todo mundo a chance de criar aquelas novidades de fatos sensacionais.”

Isso porque é muito fácil instrumentalizar até que perca o sentido. Inovação não é uma disciplina que combine com abordagens tradicionais do mundo corporativo, geralmente centralizadoras e burocráticas.
“Pessoas inovadoras não precisam de ordens para inovar, elas precisam de permissão.”


Filosofia Google: 10 coisas que sabemos ser verdade

Nesse sentido, existem alguns princípios que regem o Google desde os primeiros anos de fundação, intitulado “10 coisas que sabemos ser verdade.”, em tradução livre. São eles:

* Foco no usuário e o resto seguirá
* É melhor fazer uma coisa muito, muito bem
* Rápido é melhor que lento
* Democracia na wbe funciona
* Você não precisa estar na sua mesa para precisar de uma resposta
* Você pode fazer dinheiro sem fazer o “mal”
* Há sempre mais informações por aí

* A necessidade de informação ultrapassa todas as fronteiras

* Você pode ser sério sem um terno
* Ótimo não é bom o bastante

Para fins didáticos, escolhemos não nos aprofundar em cada um dos pontos, mas já é possível notar como a cultura organizacional, a inovação e a missão da empresa são manifestadas no dia a dia, em todas as decisões, por todos. 

Estabelecer uma filosofia é estabelecer diretrizes que são conhecidas por todos, e mais que isso, que são praticadas por todos. Ou seja, ela apoia a missão central da empresa.
“A diferença entre as empresas bem-sucedidas e as fracassadas é se os funcionários acreditam ou não nas palavras”


Por que a cultura organizacional do Google funciona?

“O otimismo é um ingrediente essencial para a inovação. De que outra maneira o indivíduo escolhe a mudança em vez da segurança, a aventura em vez de permanecer em um lugar confortável?”

Os princípios organizacionais que regem o Google são simples, e evocam praticidade, além de serem fáceis de lembrar no dia a dia. Mas de maneira geral, sua abordagem “simplista” de como seus colaboradores devem agir, não existe como regras, existe como filosofia.

Isso significa que de maneira geral, a cultura da empresa funciona porque as pessoas que trabalham lá não seguem regras como dever, mas simplesmente, que a cultura é tão consolidada que é como se não houvesse outra opção. 

Em suma, uma cultura forte cria uma corrente de pensamento única, de modo que ao se deparar com algum desafio, os colaboradores sabem naturalmente como agir, e principalmente, o que não fazer.
A cultura organizacional do Google tem muito a nos ensinar:Provavelmente você encontrou esse artigo através de uma pesquisa no Google, acessando conhecimento e informações relevantes para o desafio de inovar. No filme “Piratas do Vale do Silício” de 1999, o personagem de Steve Jobs diz: informação é poder, e no mundo dos negócios, essa premissa parece fazer ainda mais sentido em 2022.

Com a emergência de tecnologias cada vez mais refinadas, focar em personalizar experiências, mesmo com as empresas tornando-se cada vez mais globais e escaláveis parece ser a regra, não a exceção.  

Mas se adequar a esse novo mundo requer novas habilidades, estar aberto à inovação e construir um time de colaboradores com o mesmo propósito, só desse modo, é possível estabelecer uma inovação que vá além de documentos institucionais.

“Todas as empresas querem ser inovadoras e precisam começar criando um ambiente no qual os diferentes componentes da criação tenham liberdade para colidir de maneiras novas e interessantes, e dar a essas novas criações tempo e liberdade para evoluir e viver ou estagnar e morrer – o que é muito mais comum.”

Com um mindset consolidado, é possível desenvolver uma espécie de confiança competitiva. O que isso significa? O Google acredita que ao focar no consumidor, conhecendo suas necessidades atuais e futuras, é possível adquirir um conhecimento considerável sobre seu público, ao ponto de começar a pensar como o seu cliente. 

Como consequência, cria-se tanta intimidade com o propósito e o público, a empresa se baseia nas próprias habilidades para descobrir o que os consumidores querem. Nesse sentido, o Google deixa mais que claro: “acreditamos na nossa visão”.

Fonte: Gestão 4.0