Notícias


Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 03 de maio de 2022 às 16:03


“O futuro da mobilidade urbana aponta para os veículos elétricos”, diz James Bellini, CEO da maior fabricante de carrocerias de ônibus do Brasil.

Ele já deu a volta ao mundo a bordo de um veleiro e já se aventurou em diferentes empreitadas, da exportação de sapatos à fabricação de barcos. Trinta anos atrás, montou uma empresa na Argentina para surfar na onda do então recém-criado Mercosul. Em 2017, uniu essas experiências para assumir o comando do negócio da família: a Marcopolo, maior fabricante de carrocerias de ônibus do Brasil. James Bellini, 62 anos, conta como assumiu o compromisso de dar continuidade ao legado do pai, Paulo Bellini, que transformou uma oficina de pintura em Caxias do Sul (RS) em uma indústria de alcance internacional.

No início dos anos 1990, depois de passar a década anterior exportando sapatos, o mais velho dos três filhos do fundador decidiu aproveitar as oportunidades do incipiente Mercosul para, ao lado de sócios argentinos, promover um intercâmbio entre os dois países – principalmente de produtos ligados ao setor calçadista. Logo teve a ideia de sugerir ao pai – que concordou – e aos sócios incluir os ônibus no portfólio da trading. “Assim, dos meus 32 aos 37 anos, fui representante comercial na Argentina. No fim desse período, depois de vender mil ônibus, fui convidado pelos executivos da Marcopolo a voltar ao Brasil para cuidar das exportações".

Dez anos depois, em 2006, achou que era hora de navegar por outros mares. “Montei um estaleiro em São José dos Pinhais, perto de Curitiba, e durante seis anos fizemos embarcações artesanais de alta qualidade. Até hoje nossos barcos são procurados”, diz ele. Mas, apesar de prazerosa, a nova atividade ainda não era a realização de seu maior sonho. “Tinha uma coisa que eu não podia morrer sem fazer: dar a volta ao mundo velejando.”

Um dia, quando o casco de um protótipo de 44 pés ficou pronto, ele percebeu que estava diante da grande oportunidade. Finalizou o barco e, entre julho de 2014 e dezembro de 2016, fez a experiência “mais rica” de sua vida ao lado de um único tripulante. Voltou com lições na bagagem. “Aprendi que planejamento é fundamental, mas é preciso saber que haverá imprevistos e que é vital saber lidar com eles. Aprendi também que na hora da verdadeira necessidade não é de dinheiro, não é de cargo que você precisa. É das pessoas que estão ao seu lado, prontas para ajudar.”

Pouco tempo depois, em junho de 2017, Paulo Bellini morreu, aos 90 anos. Emocionado, James diz: “Me dei conta de que eu precisava voltar à empresa para minha outra missão na Terra: dar sequência ao legado do meu pai”. Tornou-se presidente do conselho e CEO interino. “Aí veio a pandemia. O mercado rodoviário, nosso forte, desapareceu.” Coube a ele conduzir a Marcopolo durante a tempestade. Nos últimos dois anos, a empresa reorganizou suas operações no Brasil e no exterior, reduziu o custo fixo em 30% e manteve resultados positivos mesmo depois da queda de quase 50% no volume de carrocerias produzidas no país. Pagou bons dividendos em 2020 e 2021 e viu seu market share chegar a 57% em 2021.

A Marcopolo concluiu o processo de homologação do Attivi, seu ônibus 100% elétrico. “Isso é um marco em nossa história: é o primeiro ônibus elétrico integral homologado no Brasil”, comemora o empresário, acrescentando que devem ser produzidas 30 unidades até o fim do ano. Ainda durante a pandemia, entre outras iniciativas, lançou a divisão Marcopolo Rail, focada em veículos leves sobre trilhos, e a nova geração de rodoviários, reconhecida com o prêmio internacional de design iF Design Award 2022, além do Attivi. A companhia anunciou o reaproveitamento de 1 milhão de garrafas PETs usadas na produção de componentes de alguns modelos. Esses projetos receberam investimentos de R$ 238 milhões e renderam ao próprio James prêmios como o AutoData 2021 (foi o vencedor da categoria Liderança Empresarial/Fornecedores) e o de Personalidade de Marketing da ADVB/RS.

“O futuro da mobilidade urbana aponta para os veículos elétricos”, avalia James, citando também os VLTs, capazes de levar mais passageiros a um custo de fabricação menor que o do metrô. E comemora um passo real rumo a esse futuro: “O aeromóvel do aeroporto de Guarulhos terá carroceria Marcopolo”.

Fonte: Forbes
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 03 de maio de 2022 às 16:00


Segundo o Google, 72% dos brasileiros pesquisaram online antes de realizar uma compra (online ou offline) em 2021.

O consumidor está cada vez mais preocupado em comprar produtos e serviços sustentáveis. Mas, com um ambiente macroeconômico desafiador, preço ainda importa. E muito. Essa é a visão de Fabio Coelho, presidente do Google Brasil.

Uma pesquisa feita pelo Google no país revela que, para 74% dos consumidores entrevistados, é “muito importante” a compra de produtos e serviços que não agridam o meio ambiente.

“Valorizar a sustentabilidade durante as compras é um processo em desenvolvimento, é algo que está sendo levado cada vez mais em conta. Agora, em um ambiente de inflação em alta, preço importa. As pessoas estão buscando mais informações, pesquisam mais na internet antes de comprar. As compras online são cada vez mais complexas”, disse Coelho nesta quinta-feira (28) em entrevista ao Do Zero ao Topo durante o evento Think with Google 2022.

Segundo o Google, 72% dos brasileiros pesquisaram online antes de realizar uma compra (online ou offline) em 2021. Cerca de 42% dos entrevistados pelo Google afirmaram que suas decisões de compra dependem dos resultados que encontram na web; 37% responderam que o resultado da web abre um mundo de novas possibilidades e 21% disseram que já sabem o que procuram ao fazer uma pesquisa na web.

Diante desse cenário, Coelho afirma que as empresas estão buscando cada vez mais estratégias de publicidade automatizadas na web. “Elas querem mais automação, soluções duráveis e que permitam que o marketing seja mais eficiente”.

Com relação à queda dos investimentos das empresas em publicidade online, Coelho afirma que se trata de um pequeno rebalanceamento. “As empresas investiram extraordinariamente no digital nos últimos dois anos. No momento em que você começa a abrir [o presencial], é natural que tenha um pequeno rebalanceamento, mas ele é pequeno”.


Publicidade sem cookies

Sobre o fim do uso de cookies de terceiros, previsto para o fim de 2023, a empresa afirma que está discutindo e testando soluções alternativas. No ano passado, o Google anunciou que deixará de usar cookies de terceiros para identificação dos usuários do Google Chrome e outros serviços da casa.

“Uma das nossas iniciativas é estimular que a indústria crie conexões diretas com o cliente final, por meio de aplicativos, por exemplo, para que tenha acesso aos dados”, ressaltou o CEO.


Elon Musk no Twitter

Coelho acredita que a aquisição do Twitter pelo empresário Elon Musk pode trazer mais novação para a rede social. Em relação às discussões sobre a liberdade de expressão, o presidente do Google disse que essas discussões precisam ser contínuas e que as pessoas têm o direito de se expressar contanto que respeitem a lei, a sociedade e as regras de cada plataforma.

Fonte: Infomoney