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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 19 de abril de 2022 às 10:59


Inovações e mudanças de comportamento que já estão guiando a forma como produzimos e consumimos.

Rohit Bhargava é um publicitário famoso por antecipar e apontar as principais tendências do mundo dos negócios. Conhecido como guru das “megatendências”, aquelas que vêm para causar mudanças expressivas no comportamento, e não só surgir e desaparecer logo em seguida, o especialista é fundador da agência Non-Obvious, cujo objetivo é ajudar líderes, organizações e mentes curiosas a conquistarem o futuro. Rohit Bhargava é também autor de oito livros, palestrante sobre disrupção e marketing e professor adjunto na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.

Se você é líder, empreendedor ou apenas uma mente curiosa, vale ter atenção ao que o especialista diz. As palestras dele podem render insights sobre novos hábitos de consumo e sobre como as organizações em geral podem agir já e também se preparar para um futuro breve.

No festival de inovação South by Southwest (SXSW), realizado em março de 2022, o publicitário apresentou as “10 tendências não-óbvias” que podem guiar a forma de lidar com negócios. Apesar de a tecnologia se destacar nessas tendências, o ensinamento do palestrante é manter o foco nas pessoas, refletindo sobre como usar as ferramentas da melhor forma. Confira, a seguir, as 10 tendências não-óbvias de Rohit Bhargava.

1. Amplified identity


“À medida que o individualismo aumenta globalmente, as pessoas estão cultivando cuidadosamente como são percebidas online e offline, perseguindo o estrelato e tornando-se vulneráveis a críticas no processo”, explica Rohit Barghava em seu livro Non-Obvious Mega Trends.

Fazendo uma retrospectiva, em 2019 o publicitário mencionava a tendência “Side Quirks”, ou “Particularidades Laterais”, em que explicava a busca de pessoas de todas as idades por algo que as tornasse únicas. O objetivo era ser autêntico, seguir uma paixão e apreciar as diferenças peculiares de cada um.

Assim, pelo lado positivo, o foco maior em si mesmo pode fazer com que pessoas que não tinham voz ganhem mais espaço, seja no ambiente online ou offline. Do lado negativo está o narcisismo ou a mudança na forma como as pessoas nos veem — da maneira como criamos nossas personalidades, especialmente nas diferentes redes sociais.

2. Ungendering

Estamos no tempo de pôr fim aos preconceitos: “os rótulos tradicionais de gênero estão sendo substituídos por uma compreensão mais fluida da identidade de gênero”, diz o publicitário. A ampliação do debate sobre diversidade promove uma reavaliação sobre como vemos os funcionários, clientes e uns aos outros.

Coisas sem gênero passam a não ter gênero na prática, como marcas. Já em relação aos hábitos de consumo, já é possível encontrar roupas, sapatos, acessórios, brinquedos e outros objetos sem gênero.

3. Instant knowledge

Conhecimento instantâneo é a tendência de consumirmos pílulas de conhecimento em vídeos, tutoriais e sites de textos dos mais diversos autores: de pesquisadores renomados a amadores sem embasamento. “Mas corremos o risco de esquecer o valor da maestria e da sabedoria”, alerta Rohit Bhargava. Assim, é fundamental atentar-se à qualidade do conteúdo, sem deixar de ser rápido, divertido e inovador.

4. Revivalism

O avanço da tecnologia trouxe muitos benefícios, mas também vem provocando a busca por experiências mais simples. Este é o “Revivalismo”: as pessoas estão sendo oprimidas pela tecnologia e com a sensação de que a vida, hoje, é superficial e complexa e com saudade de um tempo em que tudo era mais confiável. Produtos que despertem essa sensação são uma boa aposta.

5. Human mode

Mais uma vez, é o excesso de tecnologia que ativa o “Modo Humano” e faz com que as pessoas “busquem e valorizem mais experiências físicas, autênticas e ‘imperfeitas’, projetadas com empatia e entregues por humanos”, destaca Rohit Bhargava.

É papel das marcas criar sempre pensando na experiência do consumidor. Já em 2019, o publicitário apontava a empatia como tendência. “Ela se torna um motor de inovação e receita e um ponto de diferenciação de produtos, serviços, contratações e experiências”, afirma o palestrante.

6. Attention wealth

“Na economia da informação, nossa atenção é nosso recurso mais valioso, levando-nos a ser mais céticos em relação àqueles que nos manipulam para obtê-la e, em vez disso, buscar e confiar naqueles que se comunicam de maneira mais autêntica”, escreve o publicitário em seu livro.

Como consumidores, a saída é consumir conteúdo e serviços que realmente agreguem algum benefício. Já para as marcas, o jeito é fazer valer a atenção do público. Não é possível ignorar, no entanto, que a espetacularização atrai mais olhares.

7. Purposeful profit

Nada de evitar se posicionar para não entrar em polêmicas. Consumidores e funcionários querem e exigem práticas mais sustentáveis e éticas das empresas: esse é o “Propósito Lucrativo”. “As empresas respondem adaptando produtos, assumindo posições sobre questões e colocando o propósito em primeiro lugar”, pontua Rohit Bhargava. As empresas precisam mostrar seus valores — e praticá-los.

8. Data abundance

A coleta de informações hoje é tão intensa que acaba gerando uma poluição de dados. É possível obter inúmeros deles de diversas maneiras, mas o mais importante é saber o que fazer com essas informações. As questões levantadas pelo publicitário são: quem possui os dados, como torná-los realmente úteis e quem deve lucrar com eles?

O rumo é: separar o que é proveitoso daquilo que é simplesmente ruído. E, para isso, é preciso fazer as perguntas certas na hora de coletar esses dados, para assim obter os melhores insights.

9. Protective tech

Tecnologia de proteção é aquela que prevê situações e protege as pessoas, tornando a vida mais conveniente. As pessoas contam com isso para se sentirem mais seguras no mundo, mas precisam ceder um pouco da privacidade para isso. Exemplos de uso da tecnologia protetiva são os avisos de limite excedido do cartão de crédito, possíveis fraudes, prevenção de acidentes, rastreamento de bens etc.

10. Flux commerce

A décima tendência apresentada por Rohit Barghava é o comércio de fluxo. Nela, a linha que separa os setores se desgasta, levando à mudança dos modelos de negócios, canais de distribuição, expectativas dos consumidores e até mesmo da própria inovação. As empresas estão expandindo seus negócios e explorando novos mercados, em que não costumavam atuar, e obtendo novas receitas.

Fonte: Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 19 de abril de 2022 às 10:53


Estudo revela as marcas mais mencionadas na internet na Páscoa: veja também outras curiosidades quando o assunto é chocolate nessa data.

Na Páscoa, cresce a disputa das marcas pela atenção do consumidor. Guloseimas de chocolate também ganham a atenção nas gôndolas de supermercados e também na redes sociais.

Interessados nesse momento, um estudo da Buzzmonitor e da SA365 revelou as marcas mais desejadas dos brasileiros para essa época e outras curiosdidades.

Por exemplo, no período avaliado pelo estudo (11/03 a 11/04), foram feitas 62.195 menções a “ovo” e “páscoa” no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube, sendo elas originárias de 40.997 usuários distintos.

Volume de menções pelos players mais populares do mercado

Já quando falamos de marcas e tipos de ovos, surgem as menções a ovos “colher”, com “recheio” e também a marca Cacau Show como a mais desejada.

Páscoa remete ao momento em família: O estudo avalia que a Páscoa remete ao momento em família. Na análise das menções nas redes se percebe o quanto os usuários estão desejando receber ou ganhar ovos dos “pais” ou “pai”.

Preço assusta o consumidor: O preço dos ovos também foi uma discussão presente entre as postagens avaliadas. Tanto que, no Twitter, viralizou o meme que cita que a saúde mental deveria vir de brinde para compensar o valor do ovo de Páscoa.

“100 reais um ovo de Páscoa, vem o que dentro, saúde mental???”

Tipos de produtos mais mencionados e outras ações

O estudo também revela que dentre os produtos da marca mais mencionada, Cacau Show, os usuários têm preferência pelo ovo “dreams 7 chocolates”. A marca Kopenhagen, apesar de não mencionada diretamente sobre tipos de produtos, está presente com o seu ovo “repleto de 4 clássicos”.

Interessante notar que a ação da Burguer King com a Lacta também gerou bastante buzz nas redes sociais, segundo o estudo.

Apresença inusitada de “veggie burguer” e “whopperjr” está entre os destaques. A ação, realizada em 09/04, consistiu em um combo especial de hambúrgueres vegetarianos, refrigerante, batatinha frita e um ovo da Lacta no sabor Sonho de Valsa pelo valor fixo de R$54,90.

Diversificação dos pontos de venda

Outro aspecto interessante do estudo é a diversificação dos pontos de venda para a Páscoa. Além do tradicional “supermercado” , as pessoas estão falando do “ifood”, vendas via “whatsapp” e também das compras com “cashback”.

No volume total de menções do período, o iFood é citado em 0.75% dos posts sobre ovos de Páscoa, o WhatsApp em 4.5% e o supermercado em 0.34%.

Já o cashback aparece em 0.03% das menções. Os números revelam a importância dos canais digitais para o varejo, sejam eles como a principal plataforma de venda ou como um meio de incrementar as operações físicas.

Isso nos mostra como é importante integrar a jornada de compra online e offline do cliente, de forma a trazer uma experiência positiva para o consumidor independente do canal escolhido para realizar a compra.

Barras de chocolate: opção para quem busca investir menos: Nas postagens que citam “ovo” e “páscoa”, 4.26% delas também mencionam a “barra” de chocolate. Na abertura de termos, o estudo mostra como a barra é uma opção para quem deseja investir menos, em algo mais “barato” e em “promoção”. O item também se mostra como uma solução para presentear. Quando falamos em local preferido para a compra das barras de chocolate, as “lojas” “americanas” aparecem em destaque.

Ovo na mídia: Segundo o estudo, na imprensa e entre influenciadores, menções a ovos são 10 vezes maiores do que as menções à barras de chocolate, por exemplo. Quando falamos em volume de menções, os ovos são os mais citados entre noticiosos e influenciadores.

Esse resultado foi extraído a partir da análise da Buzzmonitor Trends. No período de 11/03 a 11/04, foram detectados 67.836 posts citando “ovo” e “páscoa” e apenas 6.848 posts citando “barra” e “chocolate”. Somando o volume das duas buscas, o ovo de Páscoa domina o buzz com 90,83% das menções no período.

Sentimento e gênero dos usuários

Sobre sentimento e gênero dos usuários que falam de ovos de Páscoa e barras de chocolate, o estudo mostra que  os ovos são mais citados por mulheres, enquanto as barras são mais comentadas por homens. Já na percepção dos usuários sobre os temas a barra de chocolate está mais associada a menções positivas, o que pode estar associado à diferença de preços.

Enquanto 40,25% dos post sobre ovos de Páscoa são positivos e 32,54% negativos, nas menções à barra de chocolate o sentimento é 61,34% positivo e apenas 14,57% negativo.

Prioridades de Páscoa

Em última análise, a racionalização do consumo pode ser considerada reflexo da carteira mais curta no comportamento do consumidor.

Ou seja, o novo consumidor passou a priorizar o essencial na hora de realizar as compras, o que redefine as compras por impulso e de indulgência, que ganham um caráter especial em momentos de crise.

Evidente que as pessoas querem se presentear e ter momentos de prazer, mas isso passará por um filtro de racionalização, e a ideia de custo-benefício terá mais peso nessa equação.

Fonte: Novarejo