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Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 09 de setembro de 2024 às 15:53


Pesquisa da Sherlock Communications aponta que 98% dos consumidores entrevistados em 6 países latino-americanos utilizam serviços de streaming, e Brasil e México se destacam por mais tempo de consumo de conteúdo.

Não há dúvidas que o streaming, além de se tornar uma fonte de entretenimento e relaxamento, redefiniu o consumo de mídias. De acordo com estudo da Sherlock Communications, os latino-americanos passam um pouco menos de tempo assistindo a conteúdos de streaming em comparação aos consumidores dos Estados Unidos. No entanto, Brasil e México destacam-se por estarem acima da média regional, com 6% e 5% dos entrevistados relatando que passam mais de seis horas por dia assistindo a conteúdos de streaming.

Dos 3 mil consumidores entrevistados em seis países latino-americanos – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru –, 98% afirmaram utilizar serviços de streaming. Esse dado chama a atenção, especialmente considerando a história da TV a cabo, que agora compete diretamente com as plataformas digitais. Filmes e séries lideram as preferências, evidenciando a valorização da personalização e do poder de escolha que o streaming oferece.

Outro aspecto interessante é o consumo de música via streaming, que ocupa a segunda posição entre os conteúdos preferidos na América Latina. Cerca de 15% dos entrevistados afirmaram que passam mais tempo ouvindo músicas do que consumindo outros tipos de conteúdo. A música se destaca especialmente na Argentina, onde 20% dos entrevistados a escolheram como sua principal forma de consumo de streaming, e no Chile, com 19%. No entanto, no Brasil e no México, a preferência pela música é menos acentuada, com apenas 12% dos entrevistados optando por ela em detrimento de outros conteúdos.


YouTube dispara nos streamings

Quando se trata de plataformas, o YouTube desponta como a mais popular no Brasil. A diversidade de conteúdo gratuito e a constante atualização têm impulsionado seu crescimento. Em julho deste ano, o YouTube alcançou um marco significativo ao se tornar a primeira plataforma de streaming a ultrapassar 10% da audiência total da TV, conforme dados da Nielsen.

O streamer mais popular subiu 7% em relação ao mês anterior, representando 10,4% do uso da TV (+0,5 ponto). Isso ocorre depois que o YouTube atingiu 9,9% da TV em junho e garantiu a segunda maior participação de visualização de TV entre todos os distribuidores de mídia.

Comportamento do consumidor
O impacto dos serviços de streaming no comportamento dos consumidores brasileiros é evidente, tanto no que diz respeito ao consumo de conteúdo quanto às finanças pessoais. Em média, os brasileiros já assinam duas plataformas de streaming, com despesas que chegam a R$ 100 por mês. Mesmo com o aumento dos custos e a restrição no compartilhamento de senhas, uma pesquisa da Opinion Box em parceria com a Serasa revelou que 63% dos consumidores estão preocupados com os gastos crescentes. Para contornar essa situação, 51% dos entrevistados admitem compartilhar assinaturas com amigos e familiares, buscando economizar.

Thiago Ramos, especialista em educação financeira da Serasa, alerta sobre a necessidade de planejamento para evitar que os gastos com streaming se tornem um peso no orçamento familiar. “O brasileiro está reduzindo o gasto com TV por assinatura para contratar vários serviços de streaming ao mesmo tempo. Porém, com tantas inovações e reajustes de preços, é essencial traçar estratégias para que esse lazer não se transforme em um problema financeiro”, explica Ramos.

Além de impactar o orçamento das famílias, o crescimento dos serviços de streaming também tem reduzido a frequência dos brasileiros aos cinemas. Segundo a pesquisa da Opinion Box, 7 em cada 10 brasileiros estão reduzindo suas idas ao cinema, substituindo essa despesa pelo conforto e conveniência de assistir a filmes em casa.

A preferência pelo streaming é motivada pela facilidade de acesso (39%) e pelos altos custos envolvidos na experiência de ir ao cinema (37%), que inclui ingressos, deslocamento, alimentação, entre outros.
Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 09 de setembro de 2024 às 15:48


O crescimento do mercado de assinaturas é algo positivo para o e-commerce, mas as lojas não estão explorando todo o potencial das soluções nessa área.

Ainda que os números sejam mais relevantes para os serviços digitais, o que precisamos observar é a mudança de comportamento do consumidor.

Segundo a Pesquisa de Assinaturas 2024, realizada pela Opinion Box para a Vindi, contrariando as expectativas, após a pandemia 39% das pessoas mantiveram o consumo de assinaturas, confirmando a continuidade de hábitos adquiridos durante o período.

E tem mais dados positivos sobre o mercado de assinaturas:

- A maioria dos entrevistados (61%) espera que seus gastos com assinaturas permaneçam inalterados nos próximos 12 meses, o que indica estabilidade financeira ou intenção de manter os padrões de consumo;
- 23% dos entrevistados preveem um aumento nos gastos, possivelmente impulsionada por novas opções de serviços ou interesse em experiências digitais;
- 16% da amostra antecipa redução nos gastos. Para os idealizadores do estudo, isso reflete a expectativa de contenção de despesas, mudanças nos hábitos de consumo ou busca por alternativas econômicas.

Como o e-commerce pode explorar melhor o mercado de assinaturas?

Para abordar a relevância das assinaturas pelo segmento de e-commerce, vamos começar por um lembrete importante: quanto mais clientes na recorrência, maior o crescimento exponencial das receitas.

E há outro fator que considero igualmente importante para quem precisa escalar as vendas, que é o fato de as lojas online obterem mais conhecimento sobre a base de clientes.

A parti daí, várias ações podem ser realizadas, visando aumento do ticket médio, mais facilidade de upselling e mesmo a menor dependência das vendas sazonais.
Num segmento de concorrência acirrada pela atenção do consumidor, essas vantagens são essenciais para qualquer negócio.

E, diante da necessidade de as marcas estabelecerem relacionamentos com seus clientes, essas soluções também devem ser vistas pela oportunidade não apenas de ampliar as vendas recorrentes e, sim, trabalhar melhor as estratégias de retenção.

Assinaturas & estratégias de fidelização?

Refletindo sobre o emprego das assinaturas como estratégias de fidelização, há algumas questões a serem consideradas para garantir o sucesso das iniciativas.
Pelas experiências que tenho visto no mercado, diria que a personalização é um dos pilares fundamentais das ações.

Ao propor a compra recorrente, a empresa não deveria focar apenas nas facilidades e na conveniência, e sim no estabelecimento de uma relação diferenciada com o cliente.
Na prática, isso significa que é preciso investir na exclusividade, em ofertas que reflitam os gostos e as preferências dos consumidores.

Ou seja, o e-commerce deve se organizar para usar essa estratégia como forma de agregar valor à marca, visando a construção de relacionamento.
Vale lembrar que, acima de qualquer coisa, a experiência impacta bastante nesse processo. Seguindo este raciocínio, soluções que facilitem as inscrições e as entregas são essenciais, mas é preciso ir além.

Para alcançar altos níveis de satisfação, é prioritário focar na conveniência do cliente. Ele pode alterar os produtos? Tem flexibilidade para pausar a assinatura? Consegue administrar os meios de pagamento?
É a partir do atendimento especializado que as empresas irão aproveitar os ganhos financeiros da compra recorrente e, ao mesmo tempo, investir num modelo de negócio que permita o crescimento sustentável e a retenção. E isso precisa envolver todas as frentes da operação. Ainda vemos muitas falhas, por exemplo, nas estratégias de marketing.

É importante que as iniciativas dedicadas aos clientes que têm assinatura para compras recorrentes sejam desenvolvidas de forma diferenciada, reforçando a questão da exclusividade.

Temos hoje excelentes canais para trabalhar essa comunicação diferenciada, como as campanhas via WhatsApp, mas muitas empresas deixam de aproveitar essa oportunidade.

O mesmo acontece em relação às mídias sociais. Elas são fundamentais para a formação de comunidades que favoreçam a troca de experiências e feedbacks.

Incentivar as interações entre os assinantes pode ser uma forma de manter a adesão e de atrair novos clientes.

O conceito-chave é trabalhar para criar percepção de valor, buscar não apenas atender, mas encantar esse grupo.

Mercado de assinaturas: crescimento consistent

A Pesquisa de Assinaturas 2024, da Opinion Box, entrevistou mais de duas mil pessoas para entender como os brasileiros consomem produtos e serviços recorrentes. Pela especificidade do assunto, o estudo concentrou-se apenas nas respostas das pessoas que possuem algum tipo de assinatura, seja para produtos ou serviços digitais ou físicos.

Como já era esperado, a maioria (68%) mantém assinaturas com serviços digitais. 23% possuem assinaturas físicas e digitais e apenas 9% do possuem assinaturas somente de produtos ou serviços físicos. Avaliando esses resultados, uma das constatações é que existe um enorme potencial a ser explorado pelo segmento de e-commerce.
Sim, o consumidor aderiu às assinaturas (na pesquisa, 79% assinam ou pagam de forma recorrente entre 1 e 4 produtos/serviços, com gastos entre R$ 51 e R$ 100 mensalmente), mas a maior parte está relacionada aos serviços digitais.

Para entender melhor, os principais serviços são: clubes de lazer, com 34%, seguidos por telefone celular (30%), internet (29%), conta de luz (29%), conta de água (29%), e sócio torcedor (29%).

A propósito dos produtos físicos, apesar dos números expressivos, o modelo ainda permanece em segundo plano em relação às assinaturas de produtos digitais.

Avaliando a situação no Brasil, o estudo conclui que um dos principais desafios para o crescimento desse modelo de negócio para outras categorias continuam sendo os custos e a logística para frete.

No caso desta modalidade, destaca-se o fato de existir distribuição mais equitativa entre diferentes nichos, indicando potencial para desenvolvimentos futuros.

Assinaturas de vinhos e livros têm experimentado crescimento relevante, contudo, nenhum segmento alcança predominância tão marcante quanto os streamings de vídeo no cenário digital (veja o gráfico).


Por que as assinaturas são canceladas?

De maneira geral, a principal razão para as pessoas cancelarem suas assinaturas é porque o consumidor não está satisfeito com o serviço ou produto.
E, segundo a pesquisa, esse motivo é ainda mais forte entre as pessoas da classe AB, chegando a 65%. O que mostra a necessidade de entender o cliente e investir na satisfação do consumidor.

Além das razões de cancelamento, o estudo também investigou as preferências dos consumidores.
A propósito dos meios de pagamento, a maioria mantém o cartão de crédito como favorito – 64% de preferência. Em seguida aparece o Pix (14%), enquanto o débito em conta corrente é escolhido por 10% dos usuários. Detalhe: o boleto bancário ainda mantém certa relevância, sendo utilizado por 7% dos consumidores.

Um aspecto importante para ser analisado é que os consumidores estão cada vez mais habituadas com os pagamentos recorrentes e essa tendência deve se intensificar com o lançamento do Pix Automático.

A novidade tem sido anunciada pelo Banco Central e deve facilitar os pagamentos recorrentes de forma automatizada.
Neste sentido, a expectativa é que isso favoreça as ações das empresas interessadas em intensificar suas iniciativas envolvendo pagamentos periódicos.

Se as pessoas têm encontrado mais facilidade para aderir às assinaturas, é importante que as empresas se organizem para atender essa demanda e, como citamos no início, procurem explorar melhor o potencial das vendas recorrentes.
Ter mais previsibilidade no faturamento pode ser uma vantagem competitiva importante, mas o principal ganho é na conexão estabelecida com o cliente.

Fonte: Ecommerce Brasil