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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 10 de maio de 2022 às 10:59


Conheça os aplicativos mais usados pelos brasileiros na hora da compra via mobile e entenda como novos comportamentos de consumo estão influenciando estratégias no varejo.

O m-commerce (mobile commerce), comércio realizado por meio de dispositivos móveis está mais do que inserido na vida do consumidor brasileiro. Preferências distintas por aplicativos de compra faz com que esses canais disputem a atenção do consumidor por conveniência, agilidade, segurança e, claro, boas ofertas.

A pesquisa, Panorama Mobile Time/Opinion Box, ofertada pela Twilio comparou recentemente as preferências do consumidor quando o assunto é apps para compras. Os três aplicativos de compras mais populares hoje no Brasil são: Shoppe, iFood e Mercado Livre.

O preferido entre mulheres e jovens

O destaque da pesquisa (que ouviu cerca de 2.000 brasileiros que fizeram compra via smartphone), foi a Shopee, plataforma de comércio eletrônico, que é usada por 21% dos consumidores móveis brasileiros. Em seguida vêm iFood (15%), Mercado Livre (14%) e na quarta posição Americanas (9%).

Propaganda em TV, promoções constantes e frete grátis estão entre as estratégias da Shopee para conquistar o seu público, que na grande maioria é composto por mulheres e jovens.

Já a preferência pela Shopee cai no grupo entre consumidores de 30 e 49 anos (19%) e cai ainda mais entre os consumidores móveis com 50 anos ou mais (13%).

Classe social e idade determinam preferências em m-commerce

Há também uma diferença significativa de acordo com a idade e classe social dos pesquisados. Dos quatro apps mais bem posicionados na preferência dos consumidores das classes A e B (24% desse grupo) está o iFood.
Já no recorte por faixa etária, entre os mais velhos (50 ou mais) o Mercado Livre é o mais usado (18% desse grupo). Americanas também registra forte penetração nesse público (14%). Já com os consumidores de 16 a 29 anos, a Shopee é a mais usada (30%).

Digitalização do consumo redefiniu a pesquisa

Há sete anos, quando foi elaborada a primeira edição dessa pesquisa, o m-commerce estava no seu início no Brasil.
Hoje, a maturidade digital das empresas e, sobretudo, o comportamento de consumo dos brasileiros via smartphones fez com que a pesquisa criasse uma nova abordagem. A pergunta principal passou a ser: informe um único aplicativo de m-commerce que você mais usa para fazer compras?

O fator pandemia influenciando o comportamento de consumo

Ainda sobre comportamento de consumo, outro relatório recente, da Kantar, denominado “Winning Omnichannel”, revela mudanças e grandes oportunidades para as marcas atenderem às novas necessidades dos consumidores.

De janeiro a setembro de 2021, o crescimento dos chamados FMCGs (sigla em inglês para Fast Moving Consumers Good, em tradução livre “produtos de giro rápido”) desacelerou apenas 0,8%. Ou seja, consumo de giro rápido se encaixa bem no comportamento de compra online.

Outro fator é que as compras de supermercados permanecem 8,4% maiores do que eram antes do COVID-19. Ou seja, o hábito de abastecer a dispensa de casa via apps de compras se inseriu totalmente no comportamento do consumidor.

Enquanto isso, o comércio eletrônico continua crescendo, embora em um ritmo mais lento (crescimento de 17% de janeiro a setembro de 2021, em comparação com um aumento de 42% no mesmo período do ano anterior). Ou seja, um reflexo da fase mais aguda da pandemia que exigiu do consumidor o hábito da compra online.

Vale ressaltar que o estudo da Kantar é baseado no comportamento de compras de sete grandes mercados (Reino Unido, França, Espanha, China continental, Indonésia, Brasil e México), que representa 29% da população global.

Ou seja, apesar do e-commerce ter desfrutado um crescimento substancial no período mais agudo da Covid-19, as marcas devem agora se equilibrar entre atender preferências comportamentais de consumo, adquiridas nessa fase, com o desafio crescente de conquistar novos públicos frente as incertezas econômicas.

Por outro lado, o estudo Mastercard SpendingPulse, aponta que as vendas no varejo brasileiro cresceram 24,1% em março deste ano, comparado com o mesmo período de 2021 – quando os consumidores já haviam retomado suas atividades de compras nas lojas físicas. Vale ressaltar que Mastercard SpendingPulse mede as vendas de varejo na loja física e on-line em todas as formas de pagamento.

São reflexos de que há uma possível volta à tendências pré-pandemia, porém,  com todo cuidado que as marcas devem ter aos novos comportamentos e preferências do consumidor (sobretudo Gen Z), e ao fato que em tempos de instabilidade econômica escolhas se tornaram muito importantes na hora de consumir.

Fonte: Novarejo
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 10 de maio de 2022 às 10:52


CTO da Robbyson recomenda a gestores a descentralização do manuseio dos dados e a adoção de culturas que deem protagonismo a colaboradores.

Em um mundo cada vez mais tecnológico, os dados se tornaram componentes definitivos para organizações dos mais variados portes e segmentos. Mas coletá-los – tarefa que já requer empenho das organizações – é só um começo. Isso porque os dados trazem desafios maiores quando o objetivo é transformá-los em inteligência: essa tarefa que requer estratégia e engajamento de todas as áreas.

“O passo a passo para uma empresa que deseja captar dados vai além de estabelecer metas claras e balanceadas (ou seja, que não sejam impossíveis ou fáceis demais de serem alcançadas). Líderes precisam de ferramentas que possibilitem a governança do time, pessoa por pessoa, em tempo real”, diz Gustavo Andrade, CTO da Robbyson – plataforma gamificada de gestão que busca a motivação de colaboradores a fim de que empresas acelerem o alcance de seus objetivos comerciais.

Colaboradores no centro

Na avaliação do executivo, o processo para transformar dados em inteligência passa pelo mapeamento das tendências e desvios dos resultados esperados “o quanto antes”. Mas também requer que gestores descentralizem esta tarefa de apenas um núcleo para que possam, inclusive, focar nas oportunidades, alocando, de forma mais assertiva, o tempo e os recursos.

“Antever estes desvios com métodos preditivos possibilita à liderança ajustar a rota, determinar prioridades de ação e agir antes. Mas é um equívoco não dar protagonismo aos colaboradores e colaboradoras, que precisam de ferramentas que possibilitem sua autogestão, além de caminhos para melhorarem suas performances, incluindo a colaboração entre equipes e pessoas”.

Defensor das empresas que cultuam boas práticas, antes de tudo, “dentro de casa”, no tratamento com seus próprios funcionários, o executivo considera que o sucesso de uma marca está diretamente ligado à capacidade de engajar seus próprios colaboradores.

“Por melhores que sejam os processos, ferramentas e sistemas de uma companhia, sem um time engajado, ou seja, motivado e determinado a realizar suas atividades da melhor forma, ela não consegue sustentar melhorias contínuas em seus objetivos. Ao final das contas, são os colaboradores e colaboradoras que fazem a empresa”.

Ele avalia ainda que a garantia do comprometimento das equipes passa pelo processo de mensuração frequente do empenho do time para que performe cada vez melhor.

“O alinhamento de valores entre empresa e times, metas claras e meritocracia são cruciais para mantê-los altamente engajados: sou reconhecida/o pelas minhas conquistas, evoluo em minha carreira na empresa de acordo com regras claras e baseadas nos meus resultados”.

KPIs, resultados e consumidores

No Brasil, empresas reconhecem que a gestão estratégica passa pelo manuseio e interpretação dos KPIs (Key Performance Indicator, ou Indicadores-Chave de Performance) mas ainda falta à maioria o entendimento de como identificar gargalos em suas operações por meio de seus resultados – cenário que, segundo o executivo, deve conectar o acompanhamento dos indicadores com a melhoria da experiência do consumidor, na ponta.

“Escutar consumidoras e consumidores constantemente, determinar como a empresa entrega valor e quais as oportunidades de melhoria, são pedras fundamentais de qualquer empresa moderna”.

Personalização em foco

No auge dos tempos em que o cliente dita tendências e tem o poder de avaliar com uma ou cinco estrelas toda organização com que escolhe se relacionar, o CTO considera que pessoas precisam ser tratadas como são: “de forma única”. Daí a necessidade de oferecer aos consumidores tratamento personalizado.

“Experiências personalizadas passaram a ser muito importantes. Um produto/serviço que se molda de acordo com cada pessoa tem mais chances de ser bem sucedido. As metas corporativas e pessoais devem refletir esta quase obsessão da empresa por escutar e se adaptar aos anseios das consumidoras: alcançar as metas deve significar sempre melhorar a experiência”.

Fonte: Consumidor Moderno