Notícias


Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 19 de abril de 2022 às 11:03


Jack Dorsey, confundador e ex-CEO do Twitter, se uniu a Elon Musk ao fazer críticas públicas ao conselho da empresa.

Depois que o conselho do Twitter se mexeu na sexta-feira (15) para reforçar as defesas contra a tentativa de aquisição hostil de Elon Musk, Musk usou a própria plataforma contra isso, lançando uma série de tuítes críticos ao conselho neste fim de semana. As mensagens procuravam caracterizar os diretores como irresponsáveis por recusarem as propostas de compra.

O mais estranho é quem também fez críticas: Jack Dorsey, o cofundador do Twitter que deixou o cargo de CEO em novembro e permanece integrante do conselho até o próximo mês.

Dorsey classificou o conselho como “consistentemente o problema da empresa” e disse que concorda com a declaração do capitalista de risco Gary Tan de que um conselho mal administrado “pode literalmente fazer um US$ 1 bilhão em valor desaparecer”. Quando outro usuário do Twitter perguntou a Dorsey se ele tinha permissão para falar publicamente assim, Dorsey deu uma resposta clara. “Não”, disse ele.

Pelo Twitter, Dorsey classificou o conselho como “consistentemente o problema da empresa”

Musk trabalhou para pintar o conselho como por fora dos melhores interesses da empresa, observando suas pequenas participações nas ações do Twitter. “Com a saída de Jack, o conselho do Twitter coletivamente quase não possui ações!” escreveu Musk. “Objetivamente, seus interesses econômicos simplesmente não estão alinhados com os acionistas.” (Na mente de Musk, se fossem grandes acionistas, não seriam capazes de confundir a grande oferta que ele fez pelo negócio.)

Ao fornecer seu e-mail, você concorda com a Política de Privacidade da Forbes Brasil.

Musk, o CEO da Tesla, ofereceu comprar o Twitter por US$ 54,20 por ação, uma avaliação de aproximadamente US$ 43 bilhões pela empresa. Na sexta-feira, o conselho anunciou que adotou uma “medida de pílula de veneno”, que permitiria vender ações e diluir a propriedade de Musk. É um sinal de que o conselho tem pouco interesse em aceitar a proposta dele. Musk disse que não fará outra, embora seja inteiramente possível que o bilionário imprevisível do carro elétrico mude de ideia. Quanto ao Twitter, ele pode optar por encontrar um comprador que considere mais adequado, a chamada estratégia de defesa do cavaleiro branco.

Vale a pena notar: não há evidências para sugerir algum conluio formalmente organizado por Musk e Dorsey nos tweets do fim de semana. Mas mesmo uma campanha não intencional ou informal de dois dos jogadores mais importantes nessa batalha – que atingem um total de 90 milhões de pessoas no Twitter – pode desempenhar um papel importante em colocar a opinião pública contra o conselho.

A treta de Dorsey com o conselho do Twitter remonta ao início do Twitter. Em 2008, eles ficaram do lado do cofundador Ev Williams, demitindo Dorsey e instalando Williams como CEO. (Durante outro golpe na diretoria, em 2010, Williams foi substituído pelo então diretor de operações Dick Costolo. Cinco anos depois, com a queda das ações do Twitter, Costolo saiu e Dorsey voltou.)

Mais recentemente, Dorsey tem sido um forte defensor da descentralização das mídias sociais, embora não esteja claro exatamente o que esses objetivos implicam. Dorsey está financiando um projeto baseado no Twitter chamado Bluesky para estudar a ideia.

Fonte: Forbes
Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 19 de abril de 2022 às 10:59


Inovações e mudanças de comportamento que já estão guiando a forma como produzimos e consumimos.

Rohit Bhargava é um publicitário famoso por antecipar e apontar as principais tendências do mundo dos negócios. Conhecido como guru das “megatendências”, aquelas que vêm para causar mudanças expressivas no comportamento, e não só surgir e desaparecer logo em seguida, o especialista é fundador da agência Non-Obvious, cujo objetivo é ajudar líderes, organizações e mentes curiosas a conquistarem o futuro. Rohit Bhargava é também autor de oito livros, palestrante sobre disrupção e marketing e professor adjunto na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.

Se você é líder, empreendedor ou apenas uma mente curiosa, vale ter atenção ao que o especialista diz. As palestras dele podem render insights sobre novos hábitos de consumo e sobre como as organizações em geral podem agir já e também se preparar para um futuro breve.

No festival de inovação South by Southwest (SXSW), realizado em março de 2022, o publicitário apresentou as “10 tendências não-óbvias” que podem guiar a forma de lidar com negócios. Apesar de a tecnologia se destacar nessas tendências, o ensinamento do palestrante é manter o foco nas pessoas, refletindo sobre como usar as ferramentas da melhor forma. Confira, a seguir, as 10 tendências não-óbvias de Rohit Bhargava.

1. Amplified identity


“À medida que o individualismo aumenta globalmente, as pessoas estão cultivando cuidadosamente como são percebidas online e offline, perseguindo o estrelato e tornando-se vulneráveis a críticas no processo”, explica Rohit Barghava em seu livro Non-Obvious Mega Trends.

Fazendo uma retrospectiva, em 2019 o publicitário mencionava a tendência “Side Quirks”, ou “Particularidades Laterais”, em que explicava a busca de pessoas de todas as idades por algo que as tornasse únicas. O objetivo era ser autêntico, seguir uma paixão e apreciar as diferenças peculiares de cada um.

Assim, pelo lado positivo, o foco maior em si mesmo pode fazer com que pessoas que não tinham voz ganhem mais espaço, seja no ambiente online ou offline. Do lado negativo está o narcisismo ou a mudança na forma como as pessoas nos veem — da maneira como criamos nossas personalidades, especialmente nas diferentes redes sociais.

2. Ungendering

Estamos no tempo de pôr fim aos preconceitos: “os rótulos tradicionais de gênero estão sendo substituídos por uma compreensão mais fluida da identidade de gênero”, diz o publicitário. A ampliação do debate sobre diversidade promove uma reavaliação sobre como vemos os funcionários, clientes e uns aos outros.

Coisas sem gênero passam a não ter gênero na prática, como marcas. Já em relação aos hábitos de consumo, já é possível encontrar roupas, sapatos, acessórios, brinquedos e outros objetos sem gênero.

3. Instant knowledge

Conhecimento instantâneo é a tendência de consumirmos pílulas de conhecimento em vídeos, tutoriais e sites de textos dos mais diversos autores: de pesquisadores renomados a amadores sem embasamento. “Mas corremos o risco de esquecer o valor da maestria e da sabedoria”, alerta Rohit Bhargava. Assim, é fundamental atentar-se à qualidade do conteúdo, sem deixar de ser rápido, divertido e inovador.

4. Revivalism

O avanço da tecnologia trouxe muitos benefícios, mas também vem provocando a busca por experiências mais simples. Este é o “Revivalismo”: as pessoas estão sendo oprimidas pela tecnologia e com a sensação de que a vida, hoje, é superficial e complexa e com saudade de um tempo em que tudo era mais confiável. Produtos que despertem essa sensação são uma boa aposta.

5. Human mode

Mais uma vez, é o excesso de tecnologia que ativa o “Modo Humano” e faz com que as pessoas “busquem e valorizem mais experiências físicas, autênticas e ‘imperfeitas’, projetadas com empatia e entregues por humanos”, destaca Rohit Bhargava.

É papel das marcas criar sempre pensando na experiência do consumidor. Já em 2019, o publicitário apontava a empatia como tendência. “Ela se torna um motor de inovação e receita e um ponto de diferenciação de produtos, serviços, contratações e experiências”, afirma o palestrante.

6. Attention wealth

“Na economia da informação, nossa atenção é nosso recurso mais valioso, levando-nos a ser mais céticos em relação àqueles que nos manipulam para obtê-la e, em vez disso, buscar e confiar naqueles que se comunicam de maneira mais autêntica”, escreve o publicitário em seu livro.

Como consumidores, a saída é consumir conteúdo e serviços que realmente agreguem algum benefício. Já para as marcas, o jeito é fazer valer a atenção do público. Não é possível ignorar, no entanto, que a espetacularização atrai mais olhares.

7. Purposeful profit

Nada de evitar se posicionar para não entrar em polêmicas. Consumidores e funcionários querem e exigem práticas mais sustentáveis e éticas das empresas: esse é o “Propósito Lucrativo”. “As empresas respondem adaptando produtos, assumindo posições sobre questões e colocando o propósito em primeiro lugar”, pontua Rohit Bhargava. As empresas precisam mostrar seus valores — e praticá-los.

8. Data abundance

A coleta de informações hoje é tão intensa que acaba gerando uma poluição de dados. É possível obter inúmeros deles de diversas maneiras, mas o mais importante é saber o que fazer com essas informações. As questões levantadas pelo publicitário são: quem possui os dados, como torná-los realmente úteis e quem deve lucrar com eles?

O rumo é: separar o que é proveitoso daquilo que é simplesmente ruído. E, para isso, é preciso fazer as perguntas certas na hora de coletar esses dados, para assim obter os melhores insights.

9. Protective tech

Tecnologia de proteção é aquela que prevê situações e protege as pessoas, tornando a vida mais conveniente. As pessoas contam com isso para se sentirem mais seguras no mundo, mas precisam ceder um pouco da privacidade para isso. Exemplos de uso da tecnologia protetiva são os avisos de limite excedido do cartão de crédito, possíveis fraudes, prevenção de acidentes, rastreamento de bens etc.

10. Flux commerce

A décima tendência apresentada por Rohit Barghava é o comércio de fluxo. Nela, a linha que separa os setores se desgasta, levando à mudança dos modelos de negócios, canais de distribuição, expectativas dos consumidores e até mesmo da própria inovação. As empresas estão expandindo seus negócios e explorando novos mercados, em que não costumavam atuar, e obtendo novas receitas.

Fonte: Consumidor Moderno