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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 22 de março de 2022 às 09:40


Empresários apostam na volta dos presentes, com a melhora da pandemia, e no comércio virtual para impulsionar as vendas.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que as vendas de Páscoa devem movimentar R$ 2,160 bilhões no varejo. As informações foram confirmadas pelo economista da entidade, Fabio Bentes.

Já em relação à geração de empregos, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) divulgou que a data motivou a criação de cerca de nove mil postos de trabalho temporários, tanto em fábricas quanto em pontos de venda. As contratações tiveram início ainda no segundo semestre de 2021.

O setor vem se recuperando dos efeitos causados pela pandemia. Segundo a Abicab, a produção de chocolates cresceu 44% nos três primeiros trimestres de 2021, no comparativo com o mesmo período de 2020. Mas em um cenário marcado pela inflação, queda na renda dos brasileiros e impactos econômicos da guerra na Ucrânia, o valor dos ovos de Páscoa pesa no bolso do consumidor.

O presidente da Abicab, Ubiracy Fonseca, pontuou que o preço é influenciado por vários fatores. “O cacau, o açúcar e o leite, por exemplo, assim como a variação do dólar, contratações, distribuição e impostos, também influenciam na formação do preço. No caso dos ovos de Páscoa, há de se considerar um processo de produção de alta complexidade, custos de embalagem, armazenagem e logística”.

Impulsionado pela pandemia, comércio online deve seguir em altaPara estimular as vendas, os empresários apostam no comércio virtual, que cresceu durante a pandemia de Covid-19. A crise sanitária impulsionou o e-commerce, sendo preferência de 71% dos brasileiros, segundo a ConQuist Consultoria.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas, os associados investiram em plataformas digitais próprias e em parcerias com empresas especializadas em delivery para atender a demanda do consumidor.  Para este ano, com as medidas de flexibilização, a Abicab espera que as vendas cresçam, com a volta dos presentes.

Um levantamento que começou ainda no ano passado, feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pela Associação de Produtores Artesanais Bean to Bar Brasil, indica que metade dos empreendedores conta com plataformas próprias para vendas em ambiente virtual.

Os empresários e pequenos empreendedores do segmento de doces e chocolates estão mais otimistas com as vendas na Páscoa deste ano, segundo a percepção apurada pelo Sebrae. Para atrair os clientes, a analista do Sebrae Mayra Viana diz que, tanto para o empresário quanto para o pequeno empreendedor, é importante ter uma comunicação clara nas redes sociais, disponibilizando o cardápio, mostrando as novidades, bastidores e encomendas.

“O que a gente mais vê nas pesquisas é que o ‘boca a boca’ é muito relevante. Por isso, a gente fala que não adianta só fazer uma venda. É importante encantar o cliente no atendimento, na transparência e no cumprimento de prazos para que ele realmente fique encantado e indique a loja para os seus amigos e familiares”.

Mayra Viana explica que, para equilibrar o orçamento neste momento de inflação e o aumento dos custos com matéria-prima e outros insumos, os empreendedores precisam rever os produtos, uma vez que os consumidores buscam a melhor relação custo-benefício.

“Talvez não seja um ano de investir em produtos muito sofisticados, por exemplo. A dica é apostar em alimentos simples, mas que tenham qualidade. Por isso, vale a pena apostar em opções que cabem no bolso do consumidor, no formato de doces menores e mais simples para que o preço final fique competitivo”.

Fonte: CNN
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 22 de março de 2022 às 09:37


Pioneira no setor de streaming audiovisual, a empresa foi precursora de fenômenos interessantes.

Reforçando o compromisso em colocar Mais Brasil Na Tela, a Netflix investirá no desenvolvimento de 40 novas ideias para 2022, fomentando a produção de mais histórias brasileiras no audiovisual para audiências ao redor do Brasil.

O anúncio foi feito em evento homônimo realizado em novembro de 2021, com a participação de mais de 25 atores, criadores, executivos da Netflix e agentes do setor, que debateram desafios e oportunidades para uma indústria local mais robusta e plural. O encontro marcou os cinco anos da Netflix produzindo conteúdo local original e levando histórias brasileiras para o mundo todo.

“Estamos dobrando nossos esforços no Brasil com um time local com os melhores executivos de criação, produção e pós-produção do mercado para apoiar o extraordinário ecossistema audiovisual brasileiro com o propósito de trazer mais histórias brasileiras para suas telas. Queremos oferecer uma plataforma para histórias contadas por diversos talentos, tanto atrás como na frente das câmeras”, disse Francisco Ramos, vice-presidente de conteúdo da Netflix para a América Latina.

Novas vozes e perspectivas sobre o Brasil foram temas levantados em declarações de executivos do setor, que abordaram as oportunidades trazidas pelo momento de maior crescimento e demanda por conteúdo brasileiro no setor audiovisual.

Rodrigo Antonio (APAN), Mauro Garcia (BRAVI), Leonardo Edde (SICAV), Belise Mofeoli (escritora e roteirista, Paulo Rogério Nunes (AFRO.TV) e Ana Luiza Azevedo (Casa de Cinema de Porto Alegre) refletiram sobre a necessidade da desregionalização na criação e produção de histórias, o papel do streaming para fomentar novos gêneros e formatos e a importância da representatividade para refletir o país em sua totalidade.

“Os brasileiros querem mais histórias contadas por diferentes vozes, que reflitam suas vidas, suas raízes e sua ancestralidade. Encontrar personagens e tramas com as quais consigam se identificar e ver a pluralidade do Brasil na tela. Por isso, nossa ambição será fazer cada vez mais histórias da gente para a gente, cujo sucesso estará em produzir a melhor versão, de forma que se conectem com mais audiências ao redor do Brasil”, afirmou Elisabetta Zenatti, vice-presidente de conteúdo da Netflix para o Brasil.

A executiva, na ocasião, também celebrou a renovação de Sintonia, Casamento às Cegas Brasil e Brincando com Fogo Brasil; as animações O Menino Maluquinho e Acorda, Carlo!, que inauguram oferta de conteúdo original brasileiro para toda a família; Biônicos, filme de ação e ficção científica de Afonso Poyart; e um novo filme de Natal brasileiro, estrelando GKAY, Sérgio Malheiros e Vera Fischer.

Também Carga Máxima, novo filme de ação que ganhou as primeiras imagens de bastidores, além de detalhes da nova minissérie dramática Todo Dia a Mesma Noite, inspirada no livro homônimo que conta a história real do incêndio na Boate Kiss, que começou a ser gravada em fevereiro. Leandro Hassum, Whindersson Nunes e Rodrigo Sant’Anna também anunciaram, em primeira mão, novos projetos de comédia durante o evento. Alguns, inclusive, já foram lançados.

“O desafio pra mim é sempre ser verdadeiro, humano e sincero – é ser simples. Às vezes a gente fica buscando firulas para uma história, sendo que o principal é ser verdadeiro. Eu acho que essa potência da Netflix de falar com muitos países faz com que cada vez mais eu olhe pra dentro. Eu sei que nossas histórias são tão lindas e potentes, que temos que mostrar para o mundo. Essa individualidade é que torna a gente plural e esse é meu grande desafio aqui na Netflix”, revela o ator, roteirista e produtor Rodrigo Sant’Anna.

Além dos novos anúncios, Elisabetta Zenatti falou sobre o caminho que a Netflix precisará percorrer para atender à demanda por uma variedade cada vez maior de histórias brasileiras. O primeiro passo será o foco no desenvolvimento, um estágio anterior à produção, que permite que os criadores desenvolvam ainda mais suas histórias antes da decisão do sinal verde.

Em 2022, a Netflix desenvolverá 40 novas ideias, entre filmes, séries, realities e documentários. O segundo passo é o investimento na próxima geração de criadores, por meio de programas como o Colaboratório Criativo, uma colaboração entre a AFAR Ventures e a WIP, com financiamento da Netflix.


Os reflexos causados pela Netflix

Diante de todas essas novidades, seria errôneo não admitir que a Netflix estabeleceu padrões e inovações que as companhias se espelham. Exemplo ressaltado por Luciana Ogata, head de atendimento da ZapMusic, streaming de música da produtora de conteúdo Prime Arte, é que a empresa renovou a indústria cinematográfica ao oferecer filmes e séries em uma plataforma multicanal, permitindo o consumo conforme a necessidade do assinante com variedade e qualidade.

“Baseados em uma estratégia data-driven, quebraram o padrão unilateral da amostragem de audiência por estratégias guiadas por dados. Nós da ZapMusic, primeira plataforma de conteúdo voltado para violonistas, utilizamos esses padrões desde o nosso primeiro código fonte”.

“Investimos anos em pesquisa identificando um mercado carente de iniciativas, o dos profissionais da música. A partir dessas necessidades, criamos uma plataforma com tecnologia e inteligência de dados proprietária. Assim continuamos alimentando nossa base, criando conteúdos inovadores, com produção própria e específica que o músico deseja”, comenta a profissional.

Com o que a Netflix trouxe, Luciana Ogata acredita que, atualmente, embora se adote uma estratégia em escala global, é primordial oferecer uma experiência do cliente local e quase pessoal. Por isso, durante a produção dos conteúdos, a ZapMusic faz seletivas com músicos assinantes, que participam dos conteúdos e trazem ainda mais engajamento e proximidade nas produções.

“Quantidade ou variedade de cardápio virou commodity. As pessoas já amadureceram usando essas plataformas e preferem os serviços oferecidos com critérios como qualidade, experiência, além do preço”.


É possível adaptar o conhecimento

A despeito de a Netflix atuar no ramo audiovisual, torna-se viável tentar compreender os fenômenos provocados pela empresa e aplicar no próprio negócio. No caso da ZapMusic, as estratégias do atendimento ao cliente são guiadas por dados e através de análises Cohort.

“Nesse ponto, identificamos grupos de personas, seus comportamentos e mapeamos a jornada do cliente. Nosso desafio é entender tudo isso e oferecer tratativas mais individualizadas, mas ainda em escala. Usando os dados a nosso favor, criaremos experiência com conteúdo de qualidade e engajamento. Este é o futuro do streaming”, finaliza Luciana Ogata.

Fonte: Novarejo