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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 15 de março de 2022 às 10:57


Carnê digital, sortimento de produtos e outras vantagens; o poder dos marketplaces não dá sinais de cansaço, mas, enfrenta desafios também.

Melhores e maiores ofertas você certamente encontrará em um marketplace. No mundo do comercio eletrônico, o marketplace leva grande vantagem na maioria dos casos pelo seu poder de investimento. Vantagem que, atualmente, acirra a concorrência com outros players deste modelo de negócio.

Veja o exemplo recente das Casas Bahia. A marca começou a oferecer o carnê digital para compras de produtos em marketplaces. A novidade passa a ser comercializada por mais de 170 lojas parceiras com mais de 500 mil produtos em diversas categorias.

O carnê digital dá ao cliente poder de parcelar suas compras em até 24 vezes, sem a necessidade de cartão de crédito, basta apenas ter o crediário aprovado na Casas Bahia. O processo de controle e acompanhamento do carnê digital pode ser feito de modo 100% online, pelo site e aplicativo da rede. Uma alternativa às formas mais comuns praticadas pelo e-commerce (compra com cartão de crédito, boleto e pix).


Compre agora, pague depois

A Casas Bahia então aposta no chamado BNPL (“Buy Now, Pay Later” ou compre agora e pague depois). Com uma base sólida de clientes do sistema de crediário tradicional praticado há décadas pela rede, a novidade do carnê digital atualiza esse modelo por meio de alta tecnologia.

Isso porque a Via, dona da marca, tem feito investimentos robustos no marketplace. Como resultado, saiu de uma carteira de 10 mil sellers para 110 mil no ano passado e um sortimento de mais de 34 milhões de produtos. Em janeiro, a empresa também adquiriu a logtech CNT com a qual começou a implantar os serviços de fulfillment, além de entrar no segmento de fullcommerce e, com isso, avança em seu plano de disputar a liderança do segmento de marketplace no Brasil.


Tendência

Os motivos são diversos para varejistas apostarem no marketplace. Um deles é que os brasileiros preferem marketplaces ao invés do comércio eletrônico tradicional. Além do maior número de avaliações de outros usuários, a pesquisa, a comparação de preços e as ofertas são os principais atrativos para os consumidores.

Um estudo global realizado pela Mirakl, plataforma SaaS de marketplace corporativo, revelou que nove a cada 10 entrevistados brasileiros preferem e-commerces que tenham marketplaces. Um grande reflexo de um mercado gigante no Brasil. Veja o exemplo de outro poderoso player do marketplace, a Magazine Luiza, que somente no terceiro trimestre de 2021, conquistou um lucro de R$ 22,6 milhões, com compras no e-commerce.

A Riachuelo, por sua vez, trouxe para seu marketplace vinhos, brinquedos e itens para pets. Cerca de 100 novas marcas que vão de Ri Happy a Cobasi, TodoVino e Levi´s, além de categorias com opções de compra em eletrônicos e eletrodomésticos, paisagismo etc. Apostando alto na diversidade de produtos para seu ambiente digital.


Nadando com tubarões

Se por um lado vemos crescer o oligopólio em marketplaces, existe hoje diversos exemplos de e-commerces em segmentos muito específicos que seguem vivos. Com qualidade, personalização e ofertas que vão além de sortimento e preço, essas marcas apostam na relação direta com seus clientes e suas necessidades específicas. Colhendo resultados, o maior desafio para este grupo é ter condições de obter maior penetração e construir um bom relacionamento com sua audiência.

Exemplos como a Vibbra! (Florianópolis – SC), que conecta empresas com profissionais de TI para facilitar a contratação de suporte técnico é um deles e a Reduza (Campo Grande – MS), que criou uma plataforma especializada em cupons de desconto e comparação de preços (tremenda sinergia com os anseios dos consumidores online), denotam expertise na corrida contra o poder dos marketplaces. Setores de logística e em serviços de TI estão vivenciando esse interesse do consumidor online à margem de marketplaces.


Conflitos na terra de gigantes

No entanto, a competitividade também faz parte de gigantes do marketplace. A pedra no sapato dos grandes markteplaces brasileiros é justamente outros marketplaces. Grupos estrangeiros, como AliExpress (China), a Shopee, (Singapura), a Wish e Shein (EUA), Mercado Livre (Argentina) e até OLX Brasil (50% sul-africana) são competitivos por aqui.

As brasileiras também comercializam produtos importados de lojistas internacionais, até aí tudo bem. Mas o argumento das brasileiras em relação às estrangeiras é a comercialização de produtos falsificados e sonegação de impostos. Em reportagem recente da Valor Econômico, as empresas estrangeiras alegam que o problema não é tributário ou pirataria, como reclamam as brasileiras, mas comercial. Um representante do mercado de um site chinês explicou que as brasileiras estão atacando as estrangeiras porque estão perdendo venda e não conseguem ser competitivas o bastante.

Disputas de gigantes à parte, o que temos é um momento de forte onda digital que evidencia as oportunidades e concorrência no âmbito do comércio eletrônico. No meio desse fogo cruzado, está um consumidor atento não só aos preços, mas à postura das marcas e, claro, a qualidade de seus serviços e produtos. Tudo dependerá de sinergia entre bons negócios, transparência, qualidade e fôlego para atender uma audiência mais exigente a cada dia.

Fonte: Novarejo
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 15 de março de 2022 às 10:53


Em cenário pós-pandemia, varejistas investem em canais de atendimento omnichannel e apostam em atendimento personalizado para aumentar as vendas durante a Páscoa.

Se você foi ao mercado nas últimas semanas, provavelmente deve ter se deparado com centenas de ovos de Páscoa expostos nas parreiras pelos corredores da loja, em seus mais diversos formatos, tamanhos e sabores. Não é verdade?

As indústrias de chocolate já estão a todo vapor na produção das guloseimas da Páscoa e os setores varejista e atacadista também têm investido na comercialização dos ovos ainda no início do ano. Mas qual será o motivo dessa venda “precipitada”? E com relação ao varejo, como este segmento vem se preparando para a data que tradicionalmente movimenta o primeiro semestre?


Com a retomada da economia, vendas tendem a crescer durante a Páscoa

Essas e outras dúvidas foram apresentadas a um dos fundadores da empresa do segmento Plant Based, Vida Veg, Anderson Rodrigues, que deu um breve panorama sobre as expectativas e desafios do varejo neste período do ano. “Com a retomada da economia no pós-pandemia, esperamos ter um crescimento nas vendas de dois dígitos e para isso, nós – da Vida Veg – estamos buscando empresas para fazer um ovo de páscoa vegano com nosso leite”, inicia o administrador, que complementa: “os varejistas estão abrindo mais espaço para ovos saudáveis e veganos buscando atender a esse novo consumidor preocupado com saúde e sustentabilidade”.

Com o fechamento das lojas físicas em 2020 e o agravamento da pandemia nos últimos dois anos, o setor gastronômico precisou se reinventar e, assim como diversos segmentos brasileiros, sofreu com a crise econômica e com a queda no número de vendas.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2021 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, houve uma expectativa de que cerca de 102,7 milhões de brasileiros fariam as compras para a Páscoa, o que representou uma queda de 10,5 milhões de consumidores se comparado ao ano de 2019.

A queda no consumo durante a data cristã, além de estar associada à pandemia e ao endurecimento das regras sanitárias, também pode ser explicada pelo aumento do valor do dólar e pela crise financeira, agravada pelo crescimento no número de desempregados no país.

Apesar dos desafios e problemas enfrentados pelos brasileiros, a vacinação em massa e a retomada gradual da economia parecem dar um fôlego para os negócios e, consequentemente, para a retomada das vendas de doces durante as comemorações religiosas.


Novos sabores, novas estratégias e muitas expectativas…

O coelhinho da Páscoa vem aí! Justamente por conta disso, muitos varejistas e produtores de ovos de Páscoa vêm investindo não só em novos formatos e sabores dos doces, como também em diferentes opções de venda, que vão desde os pontos físicos, como mercados, feiras e lojas especializadas, até os negócios virtuais, como sites e redes sociais, e o sistema delivery, onde o produto é entregue na casa do cliente.

Isso sem contar com o já tradicional investimento em brindes dos mais diferentes tipos para atrair a atenção das crianças, que continua sendo uma tática de sucesso. Os destaques são sempre os personagens licenciados. Nos últimos anos esses itens têm ganhado tanta importância, e volume, a ponto de deixar o chocolate em segundo plano.

Segundo o estudo feito pela CNDL em 2021, e que também deve ser válido para este ano, 58% das pessoas pretendem comprar os ovos de Páscoa em supermercados, enquanto que 45% optaram pelas lojas especializadas e 42% pelas lojas de grandes varejistas. Além disso, 70% afirmam que pretendem comprar os itens alimentícios em lojas físicas, enquanto que 65% pretendem comprar através da internet, sendo que 22% apontaram os sites como os favoritos para as compras e 20%, o WhatsApp.

O mercado virtual, inclusive, desponta como um dos principais meios encontrados pelos comerciantes para alavancar seus negócios nos últimos anos. Conforme uma análise feita pela Neotrust, empresa de inteligência de mercado, o comércio digital permitiu a venda de 340 mil ovos e conquistou R$ 45 milhões somente em 2021, o que representa um aumento de 79% quando comparado ao ano que marca o início da pandemia.

Além do consumidor omnichannel, a Páscoa em 2022 promete consolidar novas mudanças trazidas pela pandemia, como a criação de locais que não geram aglomeração em pontos físicos, tais como as gôndolas e as barracas ao ar livre.

O atendimento ao cliente e as melhorias na experiência do consumidor (CX) também chegaram para ficar no setor varejista e devem fazer parte das estratégias de marketing durante as vendas na Páscoa, assim como as ações promocionais e os cashbacks, que foram muito utilizados em 2021 por empresas como a Nestlé e a Garoto.

Por fim, a logística também deve ser priorizada pelo segmento alimentício durante esta data, já que o espaço para o armazenamento dos ovos de Páscoa deve ser relativamente maior do que o reservado para as mercadorias comuns, tendo em vista que tais alimentos são mais frágeis e suscetíveis a danos. Ademais, os armazéns precisam ser bem higienizados – principalmente por conta da pandemia – e climatizados, assim como os veículos para o transporte.

Fonte: Novarejo