Notícias


Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 07 de dezembro de 2021 às 09:57


Gabriel Kessler, especialista em comunicação corporativa interna, alerta sobre algumas falhas que podem comprometer o bom andamento dos negócios.

Tão importante quanto garantir a venda de um produto ou serviço no varejo e a tão falada centralidade no cliente, está um passo que normalmente é deixado de lado: a comunicação interna com os colaboradores. Afinal, é verdade que existem negócios de todos os tipos e tamanhos, mas para que eles possam ocorrer da melhor forma possível, é preciso estar atento na forma como as informações são repassadas.

Em geral, as empresas tendem a pecar no relacionamento com o colaborador, o que gera uma série de dúvidas e desapontamentos, entre outros conflitos. A comunicação, entretanto, é um dos maiores deles: 46% das corporações não têm um canal direto de contato entre a matriz e os funcionários da linha de frente, mostra o estudo da WorkJam.

Em paralelo a esse espantoso dado, 40% das empresas têm dificuldade em compartilhar informações corporativas com colaboradores que não trabalham no escritório — algo importante, sobretudo no contexto da pandemia.

“Investir na área da comunicação interna é algo que faz todo o sentido para as empresas desse setor. Estamos em um momento em que as empresas devem absorver a inovação como parte da cultura organizacional, além de ser algo que não deve ser uma barreira, já que a inovação é algo que corre na veia dos varejistas”, explica Gabriel Kessler, CGO da startup Dialog.ci.


Erros na comunicação interna que poderiam ser evitados

De acordo com o especialista, há uma série de erros que as empresas varejistas cometem na hora de trabalhar a comunicação com seus funcionários, e isso, por consequência, estabelece uma relação de insegurança entre os colaboradores, além de atrasar algumas das tarefas do dia a dia.

“Essa é uma área que conta com vários desafios como colaboradores da parte operacional sem acesso a e-mail corporativo, ambientes de trabalho diferentes, turnos variados e um desengajamento com a cultura corporativa que acelera a rotatividade”, salienta Kessler. “É necessário que as empresas comecem a se perguntar como informar e engajar o colaborador que está na ponta do negócio, para que seja possível oferecer uma experiência cada vez mais completa a eles dentro da companhia”.

Partindo desse princípio, o especialista elencou cinco dos mais comuns erros que o varejo comete na comunicação interna (CI) com seus colaboradores. Confira:


Falta de integração entre canais acessíveis

Um dos grandes entraves da estruturação do varejo é a falta de comunicação entre a empresa e o funcionário que atua na linha de frente, por vezes o próprio vendedor. E esse problema normalmente está relacionado ao canal. “É preciso usar canais que cheguem até o colaborador, seja ele do time administrativo ou não. Hoje, é praticamente impossível pensar em uma estratégia de comunicação interna que não envolva canais online, mas é preciso utilizar as ferramentas certas”, explica o especialista.

Ele acrescenta que a rede social corporativa é a melhor opção, “já que tem a facilidade de ser acessada pelo celular, ocupando pouca memória, aproxima times em um ambiente exclusivo e focado, leva as informações de comunicação interna e RH para todos os colaboradores, além de promover o engajamento dos profissionais com a empresa e seus valores.”


Falta de transparência entre a empresa e os colaboradores

Ainda que esse não seja um problema específico do varejo, é de consenso geral que a falta de honestidade sobre os processos pode atrapalhar os negócios. “Esse é um alerta para qualquer setor, pois indica falha na estratégia da CI”, alerta Kessler.

No entanto, para o varejo, essa falha é mais grave do que se pensa, posto que o ritmo da comunicação costuma ser mais intenso. “Por isso, a área precisa ser ainda mais rápida que a comunicação externa, já que os colaboradores devem saber sobre o que acontece na empresa por veículos internos, não por fora”, complementa o CGO.


Comunicação assíncrona feita de forma incorreta

Outro ponto que Kessler chama atenção é para a forma como a comunicação precisa ser feita no varejo, posto que é consultada com frequência, mas em diferentes momentos.

“A CI no varejo ou em qualquer empresa que conte com times operacionais precisa ser assíncrona. Isso porque colaboradores acessam a mesma informação em diferentes momentos e, para garantir que isso não afete a empresa, a Comunicação Interna deve contar com uma estratégia especial”.


Falta de investimento em comunicação segmentada

É sempre importante lembrar que, no caso de grandes varejistas, a comunicação precisa ser ainda mais trabalhada, uma vez que uma informação percorre um longo caminho de pessoas para chegar ao local em que foi destinada. E isso também significa investir em um certo grau de segmentação.

“Empresas de varejo que contam com colaboradores espalhados em diferentes endereços precisam trabalhar com canais que possibilitem a segmentação. E por que isso é importante? Citamos vários motivos: regionalização, informações que devem ser direcionadas para determinado público e até mesmo o engajamento”.


Falta de empatia com colaboradores operacionais

A falha da comunicação, diferente do que se pensa, não necessariamente está ligada apenas a maneira como a informação é repassada. Na verdade, ela também está inserida no contexto por onde ocorre.

“As empresas que não entendem a rotina e necessidade dos times operacionais estão fadadas a fazer uma Comunicação Interna ruim. Para oferecer a mesma experiência vivenciada pelos profissionais que trabalham na parte administrativa, a área de CI deve ouvir os colaboradores e construir sua estratégia a partir disso”, conclui Kessler.

Fonte: Consumidor Moderno
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 07 de dezembro de 2021 às 09:52


Definir o ponto comercial é uma das coisas mais importantes na hora de abrir um negócio.
É preciso muito estudo para entender se aquele local é realmente o melhor para o seu segmento de atuação.
Se antes da pandemia já era preciso um estudo minucioso, no período pós-pandemia os cuidados devem crescer ainda mais!

A aceleração da vacinação tende a aumentar o número de circulação de pessoas.
Durante a pandemia, o que estava perto de casa era o mais vantajoso.
No pós-pandemia, as pessoas podem voltar a comprar produtos e serviços mais próximos do trabalho ou do local de estudo.

Enfim, tudo isso deve ser analisado com cautela e com a ajuda de especialistas. Por isso, nada de definir com pressa, ok?
Pense de forma estratégica: olhe o local como um todo, se ele tem a estrutura necessária para o tipo de negócio, se o seu público-alvo está presente por ali nos horários que o seu negócio irá abrir e como funciona a concorrência por ali.

Ponto comercial no pós-pandemia: qual o primeiro passo para definir o local ideal?

Em uma franquia, há o apoio da franqueadora na hora de definir qual o melhor ponto comercial.
Muitas vezes, as redes investem em tecnologias que permitem definir de forma mais adequada o melhor local para instalação de ponto comercial.

É por isso que Mércia Vergilli, sócia-diretora do Grupo Soares Pereira & Papera (GSPP), explica que o empreendedor precisa primeiro definir em qual franquia ele deseja investir para poder identificar mais fácil se aquele ponto comercial é o ideal para o seu negócio.

“O franqueado deve primeiro escolher a franquia que deseja ter, ser aprovado no processo para daí receber as orientações do franqueador sobre quais as características do ponto, como tamanho de loja e fluxo de pessoas passantes, qual a região que poderá atuar e qual o valor ideal para esta franquia em questão.

Com estas informações, o franqueado dá início a busca pelo ponto”, explica a especialista.

Para ajudar a definir, uma dica é visitar outras lojas da mesma franquia para entender melhor a localização delas.

Vale também conversar com franqueados para saber como eles definiram o ponto comercial.

“Um estudo de geomarketing também auxilia no entendimento de perfil de moradores e público flutuante, de valores de consumo daquela região, de transporte e vias de acesso e outras informações que podem ser pertinentes para aquele negócio específico. O franqueado deve ouvir bem as orientações do franqueador para buscar o ponto com potencial de vendas”.

A especialista explica que erros que geralmente ocorrem é a pressa na hora de pesquisar, de forma que o franqueado opta por um local que não é o ponto comercial ideal.

Outro erro também é levar em consideração somente o preço e optar pelo mais barato.

“Algumas vezes esta diferença de preço pode gerar um faturamento muito menor que o outro ponto traria”.

Ponto comercial no pós-pandemia: como estão os imóveis no pós-pandemia?

A pandemia em 2020 fez com que muitos comércios fechassem as portas e, consequentemente, os preços dos pontos comerciais caíram. Assim, muitos franqueados conseguiram fazer boas negociações.

Mércia explica que o processo atual é outro. “Estamos percebendo uma forte retomada dos negócios e os bons pontos estão sendo alugados por valores acima do que se praticava antes da pandemia.

Ainda existem muitos imóveis vagos, porém os proprietários atualizaram os valores e esperam ter seus imóveis locados em breve.
Este movimento de retomada dos negócios pode variar de cidade para cidade, dependendo do impacto da pandemia naquele município específico”, destaca a especialista.

No pós-pandemia, também é muito importante entender a retomada no local em que você quer investir.

Os escritórios estão voltando ou vão continuar em home office? As aulas presenciais irão voltar? Tudo isso precisa ser analisado.

“É necessário entender como está a retomada dos negócios na sua cidade e bairro, pois alguns lugares onde existem muitas lojas vizinhas vagas, alugar uma destas lojas e ficar sozinho, essas lojas podem demorar muito para ter plena ocupação e não gerar o fluxo de pessoas que o negócio exige.

Observar se houve a abertura de bons novos negócios em outro ponto da rua, mudando as características daquele centro comercial”.

Fonte: ABF Expo