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Estratégia & Marketing Postado em quarta-feira, 03 de novembro de 2021 às 10:29


Pesquisa da Opinion Box e bornlogic aponta pontos de atenção para o varejo eletrônico no próximo ano.

Se os dois anos de pandemia indicaram alguma coisa para o varejo foi que o futuro está, definitivamente, no e-commerce. Somente em 2020, o varejo eletrônico gerou 87 bilhões de reais, conforme mostram os dados da Ebit/Nielsen em conjunto com a Bexs Banco. Esse faturamento foi responsável por um intenso aumento do modelo no ano passado, que elevou o Brasil à quarta posição no ranking eMarketer de crescimento do e-commerce, atrás somente da Espanha, Tailândia e Reino Unido.

Em 2021, os números do varejo eletrônico têm sido promissores. Somente no primeiro semestre, a modalidade apresentou crescimento de 57,4% em relação ao mesmo período no ano anterior, de acordo com os dados da Neotrust. A tendência, nota-se, é que essa progressão continue nos próximos anos e revolucione o mercado digital para o varejo.

O que até então não se sabia e que, em 2022, essa curva de crescimento tende a ficar ainda mais acentuada. O estudo Market Review: Tendências do E-commerce para 2022, resultado da parceria entre a bornlogic e a Opinion Box, ofertado com exclusividade à Consumidor Moderno, mostra que ao menos 49% dos brasileiros pretendem comprar mais pela internet no ano que vem.


2022 promete crescimento e experiência phygital


Que o crescimento é iminente, é certeza. O que surpreende, entretanto, é a forma de acesso a esse varejo eletrônico: a pesquisa aponta que 65% das pessoas têm o hábito de pesquisar produtos nas redes sociais e 69% já compraram um produto após verem seu anúncio em alguma plataforma do gênero.

Outro ponto de destaque do estudo é a aproximação do vendedor, ainda que em ambiente online. 46% dos consumidores brasileiros destacaram na pesquisa que já compraram pelo atendimento via WhatsApp, Facebook ou outras redes.

Para André Fonseca, CEO da bornlogic, o resultado mostra que o atendimento pode ser um tanto quanto decisivo na hora de fechar a compra, especialmente pela maneira como o consumidor é conduzido dentro da plataforma digital usada para comunicação. “O comércio online, que foi ainda mais impulsionado durante a pandemia, vive seu auge e os números comprovam isso. Mas nos chama atenção o protagonismo que o vendedor vem tendo, mesmo no ambiente virtual”, argumenta o executivo. “A tecnologia, sem dúvida alguma, pode encurtar distâncias e agilizar alguns processos, mas os resultados apontam para uma valorização do calor humano, mesmo quando o canal é digital”.

Vale ressaltar que outro destaque para o varejo eletrônico em 2022, mas que já está bem claro e aparente no segundo semestre de 2021, é a valorização da experiência phygital. O estudo evidencia que 74% dos entrevistados já pesquisaram um produto desejado na internet, mas efetuaram a compra final na loja física. O inverso também ocorre, até com maior frequência: 84% dos consumidores afirmam ter experimentado um produto na loja física, mas efetuaram a compra em ambiente digital.

Planejamento para o próximo ano e categorias em destaque

Diante do cenário apresentado, nota-se que cada vez mais as empresas precisam estar preparadas para atender a demanda — e também a expectativa — do consumidor, que tem sede por uma experiência híbrida, integrada e transparente. Para isso, afirma Dani Schermann, Head de Marketing do Opinion Box, é necessário trabalhar em cima de um bom planejamento.

“2020 foi um ano em que se tornou muito difícil prever até o futuro mais próximo. Nenhum de nós sabia o que aconteceria na próxima semana ou no próximo mês – imagine então no próximo ano. Mais do que nunca, olhar para frente, encontrar tendências e se preparar para o futuro se tornou muito importante para as empresas”.

Assim, visando o planejamento, a pesquisa aponta algumas das categorias mais populares no varejo eletrônico, que devem obter bastante destaque para o próximo ano, assim como algumas mudanças e surpresas. Para essa segunda opção, o destaque vai para Alimentos e Bebidas, que antes eram majoritariamente comprados no supermercado e agora já conquistam 38% dos consumidores no e-commerce. Seguido dele, Moda e Assessórios também se ressalta, posto que já é adquirida online por 55% dos brasileiros.

Os setores já tradicionais, como Eletrônicos (59%), Telefonia (57%) e Eletrodomésticos (56%) devem continuar sua curva acentuada de crescimento no e-commerce.


Motivos de desistência do e-commerce

É claro que nem tudo são flores, como já diz o ditado. Ainda que o e-commerce esteja em um expressivo crescimento nos últimos anos, ele ainda tem um longo caminho a percorrer para cativar todos os consumidores e ainda está em uma fase embrionária no Brasil, posto que representa apenas 4% do total de vendas realizadas no País, conforme aponta estudo da PayPal Brasil e BigDataCorp.

A pesquisa da Opinion Box e bornlogic elenca alguns dos motivos para que o varejo eletrônico encontre fricções na hora da venda. A mais evidente está na entrega: 94% dos entrevistados já desistiram da compra pelo valor do frete. Ao mesmo tempo, o fator confiança também se destaca, visto que 89% deixaram de comprar por causa das avaliações negativas de outros clientes.

Um outro foco de atenção é a logística, uma vez que o estudo destaca que 82% dos entrevistados deixaram seus produtos no carrinho por medo do tamanho incorreto do produto e 78% deles fizeram o mesmo quando viram um longo prazo de entrega.

Por fim, mais do que nunca, o e-commerce precisa trabalhar a segurança de seus processos: 84% dos consumidores evitam compras online por medo do anúncio ser uma fraude e portanto, temem ter seus dados e dinheiro roubados.

Fonte: Novarejo
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 26 de outubro de 2021 às 11:14


Thiago Lima, da LinkApi, orienta empreendedores sobre crescimento e venda do negócio.

Somente no primeiro trimestre de 2021, as startups brasileiras receberam US$ 1,9 bilhão em aportes, número que representa 54% do total de 2020. Os dados são do Inside Venture Capital, relatório mensal realizado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da plataforma de inovação aberta Distrito. Além disso, nunca se viram tantos M&As (mergers and acquisitions ou fusões e aquisições) e exits (vendas) - ainda segundo a pesquisa, no mesmo período também ocorreram 56 transações de fusões e aquisições realizadas no ecossistema de inovação brasileiro.

Ante o mercado aquecido, empreendedores se deparam com dúvidas frequentes sobre os melhores caminhos no crescimento do negócio. Buscando auxiliá-los, Thiago Lima, fundador da LinkApi - plataforma global de integração de APIs, adquirida pela Semantix em uma transação de R$ 100 milhões -, lista abaixo alguns aprendizados que podem ser úteis para empreendedores que enxergam o exit como possível próximo passo:

Cresça rápido e torne seu negócio atrativo"Quando as empresas crescem muito rápido, mas não têm solidez no negócio, torna-se muito difícil replicar processos. É importante entender que para tornar um negócio atrativo ao mercado, o crescimento tem que ser estratégico e previsível no longo prazo. Por isso, entender o comportamento detalhado do seu negócio em pleno crescimento vai ajudar nas projeções e assertividade de qualquer negociação."


Tenha paciência com a operação
"Na minha visão um M&A é um jogo de paciência, você tem que ter calma e ser 100% racional. Trata-se de uma operação de risco, e por mais que você consiga mitigar isso, não anula os riscos 100%. Em alguma escala, você deve assumi-los. Mas deve checar todos os detalhes para reduzi-los ao máximo que conseguir."


Se quer ter uma boa oferta, invista em um escritório especializado
"Um escritório especializado custa caro, mas é a melhor solução para que você não transforme a venda da sua empresa em uma cilada. É uma operação que pode mudar sua vida para melhor ou pior. Por isso que eu digo: é mais fácil vender quando você não está à venda; você fica mais racional."


Analise muitas propostas antes de fechar
"Você tem que ouvir outras empresas, até para entender como as pessoas negociam. Senão, fica à mercê das regras de uma pessoa só e entra na negociação vendido. Foi mais fácil escolher a Semantix frente a uma vasta concorrência. Não ficou mais confuso, pelo contrário, ficou mais simples."

Fonte: Administradores.com