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Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 30 de setembro de 2024 às 10:59


Além da já representarem 25% da população mundial, a previsão é que a Geração Z seja responsável por US$ 12 trilhões dos gastos com consumo até 2030 na mesma escala. Os números altos assustam, mas também revelam a necessidade de “agradar” um consumidor cada vez mais cauteloso no digital e envolvido emocionalmente com marcas em sua jornada.

Em conversa na 4ª edição do webinar “Papo de Mercado ABIHPEC”, os pontos principais sobre a Geração Z e seu comportamento foram elucidados por André Khouri, diretor comercial da NielsenIQ, e Priscilla Seripieri, líder de Negócios e Operações Mindset da WGSN na América Latina.

O executivo começou trazendo informações sobre o consumidor latino-americano mais jovem, especificamente no Brasil. Segundo ele, há uma contradição no sentimento deste usuário em termos tecnológicos.

Ao mesmo tempo que 45% deles aceitam direcionamentos de assistentes empoderados por Inteligência Artificial (IA), só 9% são adeptos da compra por redes sociais. Por outro lado, 35% dos brasileiros da Geração Z já compraram um produto online após vê-lo online em algum jogo. De acordo com o especialista, isso reforça a tendência da gamificação como interface ideal para influenciar no consumo digital dos nascidos entre 1997 e 2012. O índice é superior à média internacional em 25%.


ESG e dilemas morais na Geração Z

Questões ligadas ao papel social e ações de sustentabilidade das empresas também são fatores importantes para a Geração Z hora de consumir. Ainda com dados da NielsenIQ, Khouri fala em 43% dos brasileiros deixando de comprar em certo lugar pela falta de movimentação em relação ao meio ambiente. Já do lado da WGSN, Seripieri mostra que marcas de cosméticos sustentáveis registraram alta de 65% na receita.

Além disso, a executiva também mostra como o comportamento deste consumidor é atravessado por cinco sentimentos principais: angústia moral, anseio, otimismo racional, pico de pessimismo e síndrome do mundo cruel.

Todos estes influenciam na vida de quatro perfis emergentes ligados à Geração Z. São eles:

Imparciais
Combatentes à desinformação;
Compromisso com a verdade e os fatos.

Autônomos
Desafiam a norma;
Fundam as próprias regras de vida e consumo;
Rejeitam o tradicional e linear.

Esperançosos
Firmam relacionamentos não-convencionais com as marcas;
Ideias tradicionais de produtividade não estão em seu escopo.

Sinérgicos
Buscam utilizar a tecnologia para ajudar humanidade e planeta;
Imaginam um mundo mais igualitário e acessível.

Fonte: Ecommerce Brasil
Gestão & Liderança Postado em segunda-feira, 09 de setembro de 2024 às 15:55


Assaí Atacadista se destaca como a marca mais lembrada entre os consumidores brasileiros, que buscam cada vez mais conveniência, personalização e preços justos – principal fator de decisão de compra.

As marcas varejistas que mais marcam presença na memória dos consumidores brasileiros foram reveladas em um estudo abrangente, que também explorou a relação do público com diversas categorias do segmento. Essas marcas não apenas se destacam por sua lembrança espontânea, mas também pela forma como moldam as preferências e comportamentos de compra em um cenário de varejo cada vez mais dinâmico e competitivo. A pesquisa “Branding Brasil“, conduzida pela agência anacouto em parceria com a Painel Tap, detalhou a relação dos consumidores com diferentes categorias do setor.

O Assaí Atacadista lidera o ranking, citado por 22% dos entrevistados. Na sequência, Americanas, Magazine Luiza e Carrefour ocupam a segunda posição, cada uma com 15% de menções. Casas Bahia, C&A, Riachuelo, Renner, Extra e Pão de Açúcar completam a lista das dez marcas mais lembradas.

Marcas mais lembradas pelo consumidor brasileiro:
1.Assaí Atacadista;
2.Lojas Americanas, Magazine Luiza e Carrefour;
3.Casas Bahia;
4.C&A;
5.Riachuelo;
6.Renner;
7.Extra;
8.Pão de Açúcar;
9.Amazon;
10.Mercado Livre;
11.Shopee;
12.Havan;
13.Marisa;
14.Ponto Frio;
15.Walmart;
16.Pernambucanas;
17.Mix Mateus;
18.Supermercados BH.

O estudo, realizado em duas etapas entre julho e agosto de 2024, coletou respostas de 2.520 participantes. A primeira fase identificou as 20 marcas mais citadas pelos brasileiros, enquanto a segunda avaliou o poder e a relevância de cada uma. A pesquisa utilizou o Valometry, ferramenta da consultoria anacouto para gestão de valor, que integra e mede métricas de marca, negócio e comunicação.

Classificação em categorias

As 20 marcas mais lembradas pelos brasileiros foram classificadas em quatro categorias: supermercados, magazines, magazines de moda e e-commerce. Na categoria e-commerce, foram incluídas apenas as varejistas que operam exclusivamente online, sem lojas físicas. O domínio dos supermercados e magazines na mente dos consumidores é explicado pelo levantamento, que indica que produtos de consumo imediato são preferencialmente comprados em lojas físicas, enquanto itens de maior valor são adquiridos por meio de diferentes canais, como os sites das marcas.

“Varejistas que vendem produtos do dia a dia continuam sendo as marcas mais presentes na mente do consumidor. A Americanas, apesar dos problemas enfrentados nos últimos tempos, continua no imaginário dos brasileiros”, pontua Ana Couto, CEO da agência anacouto e da plataforma de conteúdo e aprendizagem LAJE.

Amazon, Mercado Livre e Shopee ocupam as 11ª, 12ª e 13ª posições, respectivamente, no ranking das marcas mais lembradas. Esses marketplaces digitais refletem uma mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros e se destacam em termos de satisfação do cliente. Aproximadamente 90% dos entrevistados expressaram satisfação com os marketplaces, enquanto os índices para supermercados, magazines e varejistas de moda ficaram em torno de 80%.

“E-commerces, por oferecerem pacote de serviços e proximidade com os usuários, garantem alta fidelização e satisfação. Os marketplaces conseguem oferecer preços mais atrativos com alta conveniência, proporcionando compras através de um clique e entregas expressas no mesmo dia. Gamificação, personalização através de algoritmos e criação de comunidade também contribuem para esse resultado”, explica Ana.

O que influencia a decisão de compra?

Na segunda fase da pesquisa, que analisou em maior profundidade o comportamento do consumidor, ficou claro que o preço é o principal fator nas decisões de compra, seguido pela marca dos produtos. Embora existam semelhanças, as diferentes classes sociais atribuem pesos variados a esses fatores. Enquanto a classe A valoriza mais a marca, as classes C, D e E priorizam o preço.

“As condições de pagamento são menos importantes, provavelmente pelas principais opções estarem disponíveis em praticamente todos os comércios”, pontua a especialista.

Varejistas internacionais têm conquistado espaço no mercado brasileiro, com plataformas de e-commerce alcançando altos níveis de satisfação entre os consumidores. A Shopee se destaca por seu investimento em rituais de compra e comunicação estratégica, estabelecendo uma conexão diferenciada com o público brasileiro. Essa abordagem aumenta sua popularidade, inclusive entre as classes sociais mais altas, com 88% dos clientes expressando alta satisfação com a plataforma. A Shopee é bem avaliada por todas as faixas de renda. Já a Amazon, consolidada no Brasil, registra um índice de satisfação ainda maior, em torno de 91%.

Confiança no varejo e suas marcas

A pesquisa mostra ainda que a confiança do brasileiro nas marcas de varejo permanece forte. Cerca de 78% dos entrevistados acreditam que o setor varejista impulsiona o desenvolvimento econômico do Brasil, e 70% veem o setor como um motivo de orgulho para o país. No entanto, essa percepção é mais acentuada entre as classes sociais mais altas, indicando a necessidade de uma comunicação mais eficaz e maior engajamento com as classes mais baixas. Apesar do impacto regional positivo e da sólida conexão com o público, ainda há espaço para fortalecer a comunicação e aumentar o sentimento de orgulho nas classes D e E.

De modo geral, as marcas com lojas físicas são as mais lembradas espontaneamente pelos brasileiros, enquanto os e-commerces criam uma conexão emocional mais forte. Os supermercados têm alto reconhecimento, mas não alcançam o mesmo nível de recomendação que as plataformas exclusivamente virtuais, como a Shopee.

“Vivemos um período de transição, onde os consumidores buscam por praticidade, conexão com a marca e clareza de propósito. É um dos maiores insights do estudo”, finaliza Ana Couto.

Fonte: Consumidor Moderno