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Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 13 de maio de 2024 às 10:29


Os dados foram extraídos da pesquisa The Empowered Consumer, realizada pela Accenture.

Basta uma rápida passada pelas redes sociais, aplicativos do celular, ou vídeos em sites de streamings para nos depararmos com algum tipo de publicidade. O que deveria ser um incentivo às compras, no entanto, tem gerado um efeito oposto no público. Dados da pesquisa The Empowered Consumer, realizada pela Accenture, apontam que 75% das pessoas reclamam do excesso de publicidade nas telas, o que teria causado a desistência de 74% das compras nos últimos três meses de 2023.

A Accenture ouviu cerca de 19 mil consumidores de 12 países, incluindo o Brasil, para analisar o impacto dos anúncios no público e oferecer dados sobre as decisões dos consumidores nos setores de varejo, viagens e bens de consumo, entre outros. “Essa é uma pesquisa global que cobre vários países para entender essa relação do público com a publicidade, com foco nos principais mercados”, diz Silvio Barboza, diretor da área de Produtos da Accenture Brasil.

A pesquisa também revelou que 73% dos entrevistados se sentem “inundados” por muitas opções de compra, enquanto 71% deles não veem nenhum ganho para tomar uma decisão de compra. Barboza explica que essa sensação negativa na relação com a propaganda vem crescendo nos últimos anos, haja vista o aumento das opções de canais e pontos de conexão das marcas com o público – novos aplicativos, redes sociais, serviços de streaming e afins.

“É uma tendência crescente, essa proliferação de iniciativas das diferentes indústrias vai no sentido de tentar conexão com o consumidor diretamente, o que tem feito com que a quantidade de abordagens sem um foco adequado, sem a menor personalização, tenha se ampliado no dia a dia do público”, diz. “Essa multiplicidade de canais e de oferta de produtos faz com que o consumidor fique confuso.”

Impacto geracional
Na avaliação de Cecília Russo, da Troiano Branding, o efeito negativo mostrado pela pesquisa da Accenture indica um desconhecimento de marcas e anunciantes da forma mais eficaz de comunicar seu propósito e produtos. “As marcas não podem só jorrar conteúdo. É preciso mostrar para que vieram ao mundo, como tornam a vida do cliente melhor, qual significado carregam, como ajudam a realizar sonhos. Só que de forma efetiva, não vazia”.

De acordo com o relatório, o impacto negativo da publicidade na percepção dos usuários pode ser ainda pior quando se leva em conta os recortes geracionais. A pesquisa mostra que o porcentual de consumidores que abandonaram as compras pelo excesso de publicidade sobe para 79% entre os millennials, e dispara a 89% entre usuários da geração Z.

Barboza diz que o diferencial do impacto entre consumidores mais jovens está associado ao fato dessa geração ser mais conectada e, portanto, mais exposta à propaganda. “É natural que as gerações mais recentes sejam mais digitais, assim, o grau de acesso a outras experiências é maior e portanto, o nível de paciência e resiliência para não desistir de uma compra é menor para os mais jovens.”

Para a presidente do IAB Brasil, Cristiane Camargo, um dos principais trabalhos da entidade, que reúne os anunciantes, hoje é justamente encontrar um equilíbrio na relação entre marcas e consumidores. “O entendimento da eficiência e do equilíbrio entre volume de investimento e o retorno sobre investimento tem de ser um cálculo perseguido e polido por quem compra e vende mídia incessantemente.”

Fonte: Mercado & Consumo
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 13 de maio de 2024 às 10:24


Pesquisa da Serasa aponta que apenas 68% dos clientes com baixa pontuação relatam ter o mesmo cuidado com suas finanças.

O score é o termômetro do comportamento da vida financeira dos consumidores. Com uma variação de 0 a 1.000, é por meio desse indicador que empresas conseguem entender e avaliar o nível de risco da concessão crédito. A pesquisa inédita divulgada pela Serasa, constatou que o controle periódico das próprias finanças é um hábito consolidado entre os consumidores, alcançando a classificação “Excelente”, cuja pontuação de crédito vai de 701 a 1.000 pontos. O estudo foi realizado com 3.025 pessoas, divididas conforme a classificação: Baixa, Regular, Bom e Excelente.


De acordo com os dados, 90% dos consumidores que alcançaram a pontuação “Excelente” no Serasa Score afirmam manter uma vigilância constante sobre suas despesas. Essas pessoas têm o hábito de acompanhar de perto seus gastos, registrando e analisando seus custos regularmente. Além disso, elas levam em consideração sua renda mensal ao fazer compras e respeitam os limites de seu orçamento, evitando assim gastos excessivos que possam comprometer sua situação financeira.

Em contrapartida, entre os consumidores com pontuação baixa no score, apenas 68% relataram ter esse mesmo cuidado com suas finanças. Consumidores que não acompanham regularmente seus gastos e não se atentam aos limites de seu orçamento estão mais suscetíveis a enfrentar dificuldades financeiras e, consequentemente, a ter uma pontuação mais baixa no Serasa Score.

No entanto, a importância desses hábitos vai além de uma simples pontuação. Reflete-se diretamente na inadimplência. Segundo dados do Serasa, pelo menos 9 em cada 10 consumidores com Serasa Score “Baixo” ou “Regular” já se endividaram em algum momento, e muitos ainda enfrentam dificuldades para pagar suas contas. Esse cenário contrasta fortemente com aqueles que possuem uma pontuação “Excelente”. Entre eles, o índice de endividamento cai para 66%, com apenas 15% enfrentando dificuldades para quitar suas dívidas atualmente.

Como o consumidor controla suas contas?

O modo como as pessoas organizam suas finanças pode revelar muito sobre seus hábitos e, consequentemente, sobre sua saúde financeira. Entre os consumidores com pontuação “Baixa” ou “Regular” no Serasa Score, a preferência pelo uso de métodos tradicionais, como o papel, é evidente. De acordo com os dados levantados, 47% dos indivíduos com pontuação “Baixa” e 49% daqueles com pontuação “Regular” afirmam utilizar o papel como principal ferramenta de organização financeira.

Por outro lado, entre os consumidores com pontuação “Excelente” no Serasa Score, a uma forte inclinação para o uso de recursos digitais no controle das finanças. O acompanhamento online de extrato bancário foi citado por 47% dos entrevistados, enquanto 46% mencionaram verificar regularmente a fatura do cartão de crédito através de aplicativos ou sites bancários. Além disso, 43% dos consumidores com pontuação “Excelente” relataram utilizar planilhas eletrônicas para organizar suas finanças de forma mais detalhada e eficiente.

Contratempos no último ano

Para aqueles com um Serasa Score “Baixo”, as despesas inesperadas surgiram para 80% das pessoas. E 46% delas alegam ter vivido problemas ao emprestar o nome para despesas de terceiros. Entre consumidores com Serasa Score “Excelente”, 89% pagaram todas as contas em dia, mesmo 57% deles alegando ter lidado com despesas inesperadas.
Enquanto mais da metade dos que têm a pontuação “Baixa” ficaram desempregados (55%), apenas 16% dos que com o Serasa Score “Excelente” ficaram sem renda.

Fonte: Consumidor Moderno