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Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 08 de setembro de 2021 às 15:12


Nova opção permite que usuário paguem R$ 13,9 por mês para ter acesso à Disney+, Star+ e descontos exclusivos

O Mercado Livre (MELI34) anunciou um plano de assinatura em sua plataforma, incluindo mais um serviço para os seus usuários. Na prática, os clientes poderão adquirir o nível mais alto do Mercado Pontos, programa de fidelidade da empresa, que dá acesso a benefícios nas entregas e em assinaturas em streaming.

O Nível 6 normalmente é alcançado pelos usuários que fazem compras de forma mais frequentes e que utilizam a conta ou efetuam pagamentos via Mercado Pago. Mas, a partir de agora, será possível pagar um valor fixo de R$ 13,9 por mês para ter acesso aos benefícios.

Segundo a empresa, a oferta exclusiva do Nível 6 hoje inclui assinatura gratuita da plataforma do Disney+, que incluem os conteúdos da Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic, e também do Star+, que inclui o entretenimento em geral, como séries, filmes, documentários e todo o conteúdo de esportes da ESPN.

A vantagem para quem já é cliente do Nível 6 do Mercado Pontos é ter acesso aos serviços de streaming do Star+ e do Disney+ sem custos adicionais, além de frete grátis em produtos que custam mais de R$ 79 e um desconto de 45% no frete de produtos abaixo de R$ 79.

“Com o lançamento, buscamos oferecer aos nossos usuários uma proposta de valor diferenciada, com benefícios exclusivos e o melhor conteúdo, com um preço único. Para nós, é essencial que os usuários não só tenham acesso a novas alternativas de compra e venda online, mas também a um ecossistema abrangente com benefícios exclusivos”, disse Fernando Yunes, vice-presidente sênior e líder do Mercado Livre no Brasil.

Ainda, os clientes do Mercado Livre podem ter acesso a descontos exclusivos nas assinaturas de HBO Max, Deezer e Paramount+, devido às parcerias fechadas com as respectivas empresas.


Concorrência no varejo online

O Mercado Livre, que já anunciou investimento de R$ 5 bilhões em 2021 no Brasil, quer se consolidar em um segmento bastante competitivo no país. Com varejistas como Magazine Luiza, Americanas, Via e a Amazon também buscando aumento de market share, a aposta do Mercado Livre mostra que a empresa que oferecer uma plataforma de entretenimento em que o cliente pode comprar produtos, adquirir serviços e ter acesso a experiências exclusivas.

E a estratégia parece estar dando resultados. O varejo online explodiu em 2020 diante das restrições geradas pela pandemia, e as varejistas listadas na Bolsa estão lidando com um 2021 de volume alto nas vendas, mas mais fraco do que o observado no ano passado – especialmente considerando os resultados do segundo trimestre, divulgados recentemente.

As ações da Americanas (AMER3) registram baixa de 45,6% na B3 no acumulado do ano até o pregão da última quinta-feira (2). Via (VIIA3) tem queda de cerca de 40%, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) tem perdas menores, mas ainda acumula baixa de 26,6% no período, ante uma baixa de cerca de 1,6% do Ibovespa. Em agosto, a baixa para AMER3 ainda é de 13,60%, Via tem queda de 10,5%, e Magalu tem baixa de 5,10%.

Apesar do cenário, o arrefecimento deste ano não parece ter impactado o Mercado Livre (MELI34): no acumulado de 2021, as ações da empresa têm alta de 11,9%.

Ainda, a empresa vai contratar 8.500 pessoas nos próximos quatro meses para fazer frente à forte demanda, conforme revelou Fernando Yunes, vice-presidente sênior (SVP) do Mercado Livre no Brasil, durante a live do Por Dentro dos Resultados (PDR), série de entrevistas com CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior, feita pelo InfoMoney.

Ainda, a empresa pretende fechar 2021 com pelo menos oito centros de distribuição, além do investimento alto em logística (91% das entregas da companhia atualmente são feitas por transporte próprio).

Fonte: Infomoney
Varejo & Franquias Postado em quarta-feira, 08 de setembro de 2021 às 15:04


O que as varejistas ainda precisam aprender sobre o uso de dados e a aplicação da informação para gerar inteligência e resultados.
Há negócios que ostentam seu caráter essencial sem pensar que o comportamento dos consumidores muda o tempo todo. Esse é o caso de muitas redes de supermercados.

Nesse sentido, quem busca crescer em escala para ganhar autoridade no mundo dos negócios entende que, essencial mesmo é o ativo mais importante de qualquer empresa: os próprios clientes.

“O que assistimos ao longo de nossa jornada de atuação é a maturidade ainda muito crua do setor do varejo em relação ao tratamento de dados no processo de criação de experiências com o cliente”, observa Christian Vincent, Diretor Comercial da IZIO, responsável pelo engajamento de consumidores de gigantes varejistas das 5 regiões do país.


Fora da curva

O especialista é pragmático: defende que, exceto pelas gigantes que atuam em escala nacional, ainda há muita oportunidade entre as empresas varejistas quando o assunto é Gestão de Relacionamento com o Cliente. Por isso, analisa o comportamento dos outliers, ou organizações completamente “fora da curva” e menciona, como exemplo, a atuação de uma gigante que atua de maneira physical atualmente.

Ele lembra que, há mais de 20 anos, os vendedores da rede – na época, sem tamanha popularidade – faziam o cadastro manual de todos os clientes que compravam com carnê. A cada retorno mensal para efetivar o pagamento do crediário, a estratégia era somar novas vendas a esses consumidores, ou, acompanhar o término do financiamento para investir em novas abordagens de vendas.

“Ou seja, esses vendedores tinham acesso às informações estruturadas de cada cliente, e isso virou cultura dentro da organização. O que acontecia há mais de duas décadas se traduz no desempenho dessa empresa e no app da varejista, onde além do consumidor ter o cartão de crédito da marca, tem o cashback que consome dentro da própria loja e a possibilidade de fazer parte de um clube”, ressalta.


Sobre entender o que é um ativo

O executivo reforça que os resultados atuais dessa empresa fizeram parte de um processo evolutivo. Mesma jornada pela qual passaram outras gigantes nos últimos anos.

“São players que passaram por um processo de aprendizado e entenderam o que para nós, da IZIO, é o que distingue pouquíssimos varejos de milhares de outros: o ativo não é a sua loja, o seu site, ou estoque. São seus clientes. É transformar de fato o cliente, o CPF, em um ativo”.


Regionais imbatíveis

Christian faz um balanço da atuação de gigantes do setor de supermercados com forte penetração regional, a exemplo do Mateus e do Nordestão, redes que mantêm liderança há décadas no Maranhão e no Rio Grande do Norte, respectivamente.

“No Maranhão, ninguém trabalha tão bem quanto o Mateus. No RN, absolutamente ninguém faz melhor que o Nordeste. Isso acontece porque ambas dominaram a cultura e a própria base de seus consumidores, e agora, dominam todas as consequências disso”.

Com a IZIO, a marca potiguar lançou o cashback que possibilitou o desenvolvimento de uma carteira digital em função de todas as compras de seus clientes que, ao terem parte do dinheiro de volta, aproveitam a validade do benefício e devolvem para as lojas com novas compras, dentro da validade estipulada.

“A iniciativa da IZIO foi desenvolver um círculo virtuoso nas relações de compras do Nordestão. Ele compra, ganha, e volta a comprar. Um mecanismo que cria um processo recorrente de relacionamento porque, caso ele não retorne, ele perde o benefício. É trabalhar um dos principais gatilhos mentais dos seres humanos: temos mais medo de perder, do que vontade de ganhar”, assinala o especialista.


Cashback como mero bastidor

O recurso – que faz brilhar os olhos de consumidores desde sua aparição no mercado nacional – deve ser considerado, na verdade, um meio – e não a reta final da estratégia das organizações.

Esse é um dos mecanismos que faz funcionar a engrenagem, por exemplo, do app ELOS, do Grupo Barcelos. A ferramenta trabalha sobre a base de CPFs obtidos com aproveitamento do que há de mais valioso, além do próprio ativo: os dados do ativo, ou seja, dos consumidores.

“Se eu ofereço um benefício a cada produto comprado quando ele fizer a compra identificada, passo a entender tudo o que ele coloca na sacola deste supermercado e passo a conhecer o perfil de consumo desse shopper. A partir daí, posso sugerir produtos de acordo com seu perfil e, aí sim, a organização evolui seu nível de maturidade. Não adianta fazer investimento sem criar a cultura da importância do trabalho sobre a base de CPFs. A variável ‘faturamento’ ficou lá atrás. Hoje, ela é essa base de CPFs”, ressalta Christian.


Sobre tecnologia aliada à metodologia

O executivo compartilha ainda os motivos pelos quais a IZIO há muito tempo detém o protagonismo no setor de soluções para o varejo, em especial na atuação com gigantes regionais de supermercados.

Ele é enfático ao afirmar que inovações como a omnicanalidade, o aprendizado de máquina e a Inteligência Artificial são de fundamental importância mas jamais devem se isolar das práticas metodológicas – erro muito comum no ápice da Revolução 4.0.

“Tecnologia funciona muito bem mas, sem métodos, não serve para nada. E essa máxima diz respeito à experiência que adquirimos ao longo de tantos anos no mercado. Por isso, aqui na IZIO trabalhamos para que você construa uma organização que em períodos de 3, 6, 9 e 12 meses, seguindo passos, permita a você ter 85% do seu faturamento identificado profundamente”.

Fonte: Novarejo