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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 06 de julho de 2021 às 10:36


Analistas explicaram alguns dos desafios de Andy Jassy como CEO, mas expectativas para nova fase são positivas. Nesta segunda-feira (05/07),  Jeff Bezos oficialmente deixou de ser o CEO da Amazon. A multinacional de comércio eletrônico terá agora a liderança para Andy Jassy, até então CEO do serviço de hospedagem em nuvem Amazon Web Services (AWS).

Aos 57 anos de idade, Bezos é o homem mais rico do mundo. Sua fortuna é estimada em US$ 203 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index. A Amazon, que começou como uma livraria na década de 90, é hoje uma gigante da tecnologia que vale cerca de US$ 1,7 trilhão na Bolsa de Valores americana Nasdaq. A empresa comercializa de eletrônicos e produtos de higiene a alimentos e bebidas, tudo online. Também investe em frentes que vão de computação até entretenimento e saúde. Assim, já ultrapassou a marca de US$ 100 bilhões em receita trimestral em 2020.

Após ir de livraria a uma empresa bilionária, o que esperar da nova fase da Amazon, sem Bezos? O InfoMoney conversou com alguns especialistas para entender. Confira:


Quem é o novo CEO?

Para entender a nova fase da empresa, é necessário entender quem é Andy Jassy. O norte-americano de 53 anos de idade participou da criação e desenvolvimento da plataforma online de armazenamento e processamento de dados AWS a partir de 2003. Em 2016, Jassy passou a ter o título de CEO da AWS. Antes, o executivo era vice-presidente sênior de Serviços Web da Amazon.

Homem de confiança de Bezos, Jassy é descrito como um sujeito simpático, em contraste com a personalidade dura de seu antecessor. No entanto, é bastante exigente: traça grandes expectativas para sua equipe e espera que seus colaboradores estejam à altura. Ao contrário de outros executivos do setor, ele não é formado em engenharia ou computação, é um administrador.

Além disso, é conhecido por se manifestar publicamente sobre questões políticas, sociais e sobre a concorrência. Jassy já fez declarações públicas contra políticas de imigração dos EUA e a favor de direitos LGBTQ+.


Grande fase da Amazon

Os negócios da Amazon (AMZO34) foram muito bem durante a pandemia. No primeiro trimestre deste ano, as vendas aumentaram 44% em relação ao mesmo período do ano anterior, a melhor taxa de crescimento trimestral da empresa desde 2011. O lucro líquido foi de US$ 8,1 bilhões, seu maior lucro trimestral de todos os tempos.

Com o aumento da demanda, a Amazon contratou mais de 500 mil pessoas em 2020, aumentando seu quadro total de funcionários para mais de 1,3 milhão de pessoas ao redor do mundo.

As vendas da AWS cresceram 32% no primeiro trimestre, para US$ 13,5 bilhões. Isso torna a Amazon uma das maiores empresas de computação em nuvem do mundo, maior do que a Oracle, a SAP ou a Salesforce.

O negócio de varejo online da Amazon teve receita de US$ 52,9 bilhões, um aumento de 41%. Os serviços de terceiros, como atendimento e logística, aumentaram 60%, para US$ 23,7 bilhões (aproximadamente o tamanho da FedEx, empresa americana de entrega de produtos que é uma espécie de versão privada dos Correios).

Os serviços de assinatura, que têm como principal representante o Amazon Prime (concorrente da Netflix), tiveram receita de US $ 7,6 bilhões, um aumento de 36%. Ainda, a receita de “outros negócios”, que inclui a área de publicidade, atingiu US$ 6,9 bilhões, aumento de 77%.

O valor de mercado da Amazon é de US$ 1,7 trilhão, atrás apenas da Apple (AAPL34) e da Microsoft (MSFT34) entre as empresas listadas nos EUA.


Mudanças e desafios andam juntos

O consenso entre os especialistas consultados pelo InfoMoney é de que a chegada de Jassy na cadeira de CEO deve trazer algumas mudanças e novos desafios, mas o cenário ainda é positivo.

Para Vinicius Araujo, analista de ações globais da XP, a figura do CEO é muito importante para os investidores. “A perspectiva de que líderes capacitados podem trazer melhores resultados para a empresa é realidade”, diz. Mas, segundo ele, essa transição de Bezos para Jassy não dá a impressão de perda de qualidade para o mercado.

“Não foi uma troca radical. O Jassy já está na empresa há mais de 25 anos, era CEO da AWS e conhece muito bem o negócio”, avalia. “A principal mudança que deve acontecer é um direcionamento ainda mais forte no segmento de Cloud, da AWS. E isso é positivo, porque esse segmento é o principal gerador de lucro operacional hoje e um dos segmentos mais importantes para a empresa. Ao colocar um cara especialista dessa área na liderança geral, a empresa dá um recado de que há uma intenção em expandir ainda mais os negócios nessa direção, que já é muito lucrativa.”

Ainda segundo o analista, a expectativa é de que a empresa comece a agir mais no sentido dos princípios ESG, que representa a busca por melhores práticas ambientais, sociais e de governança. A sigla se tornou conhecida inclusive no mundo dos investimentos. “O que devemos ver são mais ações focadas nos quesitos ESG, a fim de criar um ambiente de trabalho com mais empatia e com cultura mais inclusiva”.

Mas aí também surge o primeiro desafio. Segundo Araujo, a empresa está buscando melhorar a qualidade de vida do funcionário em decorrência de vários processos trabalhistas. “Há a meta, inclusive, de ser o melhor lugar do mundo para trabalhar, com satisfação dos funcionários altíssima. Então, imagino que a chegada de Jassy ajude nessa promoção dos aspectos sociais, de governança e ambientais”.

Durante a pandemia, à medida que sua cadeia de suprimentos se estabiliza, a empresa passou a reverter as políticas de aumento de salário introduzidas no início de 2020 para manter seus funcionários trabalhando durante a crise sanitária. Mas, segundo relatos de funcionários, as medidas adotadas caíram enquanto o vírus avançava pelos armazéns da Amazon na Europa e nos EUA.

Também há preocupações de que o crescimento do comércio eletrônico da Amazon desacelere com a reabertura da economia, e esse é mais um desafio para Jassy, que vai precisar projetar uma retomada sólida e impulsionar o crescimento em outras áreas e compensar qualquer desaceleração do varejo online.

Outra preocupação tem relação com o escrutínio regulatório que continua assombrando a Amazon. “A comissão antitruste e os órgãos reguladores locais olham muito de perto essas gigantes de tecnologia e tentam criar regulações para impedir práticas anticompetitivas. No caso da Amazon, no entanto, não há comprovação de qualquer tipo de monopólio. A empresa tem muitos braços, e até agora nenhum deles parece apresentar características monopolistas, mas todos ficam de olho nos próximos passos”, diz o analista da XP.

Existe um receio de que o maior foco regulatório possa prejudicar a capacidade da Amazon de crescer por meio de aquisições. A empresa está recebendo atenção considerável dos reguladores e legisladores pela aquisição pendente de US$ 8,5 bilhões pelo estúdio cinematográfico MGM.

É verdade que estar no centro dos holofotes nesse contexto não é exatamente bom, mas segundo Fernando Martin, analista da Levante Investimentos, a aquisição foi um negócio caro. “Não animou o mercado, nem é determinante para o sucesso do Prime Video. Então acreditamos que, se não der certo, vida que segue. Não é uma aquisição crucial”.

O resultado da transação MGM pode servir como um teste. Se aprovada, a aquisição deverá levar obras audiovisuais conhecidas do MGM para os consumidores da Amazon. O movimento é um caminho para levar robustez ao catálogo da Amazon e competir com outras empresas de transmissão online de conteúdo, como Disney e Netflix.

De um jeito ou de outro, a expectativa dos analistas consultados é positiva. “Acreditamos que a história deve ser bem-sucedida, devido à mentalidade de Bezos que deve continuar e também à história das big techs que passaram por isso e conseguiram manter uma operação eficiente”, diz Martin.


Efeito nas ações

Apesar dos bons resultados diante da pandemia, as ações da Amazon não acompanham no mesmo ritmo. Nos últimos 12 meses, os papéis subiram 14,85%, enquanto seu benchmark, o S&P500, subiu 36,88% no mesmo período.

Entre os motivos para a cautela do investidor está a rotatividade do CEO. Grandes empresas de tecnologia têm um histórico misto no que diz respeito à substituição de CEOs fundadores. A história de sucesso mencionada pelos entrevistados é de Tim Cook, atual CEO da Apple, que assumiu o cargo de Steve Jobs em 2011. As ações da Apple subiram 1.000% desde que ele assumiu.

A história menos bem-sucedida é da Microsoft, na qual Steve Ballmer sucedeu Bill Gates como CEO em janeiro de 2000 e permaneceu no cargo por 14 anos. As vendas da Microsoft triplicaram com Ballmer no comando, mas as ações não acompanharam. Desde 2014, o CEO da Microsoft é Satya Nadella.

“As ações da Amazon estão de lado desde fevereiro, quando foi anunciada a mudança, e embora não tenham subido de forma super positiva, dá para afirmar que o anúncio não foi visto como negativo pelo mercado. Há investidores que ainda se importam com essa figura de liderança e estão em uma espécie de compasso de espera para entender como vai funcionar”, avalia Araujo, da XP.

No caso da Apple, segundo Araujo, o perfil de Cook foi complementar ao de Jobs. Se Jobs era o gênio do produto, a visão de negócio e mercado de Cook ajudou e alavancou a Apple.

“A Amazon pode surpreender positivamente nesse sentido, uma vez que o Bezos teve genialidade de criar e o Jassy pode trazer um crescimento exponencial. Há uma pressão enorme em ser o sucessor de Bezos, e manter os patamares atuais já é difícil, mas entendemos que Jassy tem experiência”.

Mais que isso, Martin, analista da Levante Investimentos, pontua que nos casos citados a transição foi bem feita, o que no longo prazo deu resultados mesmo sem um boom nas ações.

“Na Microsoft, Bill Gates saiu de CEO para o conselho, como o Bezos agora. Mas nesse contexto, a visão do fundador ainda estará presente na alma da companhia e ele vai participar das grandes decisões que virão. Avaliamos essa transição de maneira positiva. Aparentemente, está sendo bem feita. Bezos está saindo, mas a cultura que criou e ajudou a manter vai ficar na empresa”.

Segundo ele, há uma forte associação entre Amazon e varejo, “mas grande parte do lucro operacional vem da AWS, operação administrada por Jassy por anos”. “Mesmo com as ações performando abaixo do seu principal benchmark, é uma boa oportunidade e um caso interessante para investimentos. Somos compradores do papel”, afirma Martin.

Nesta segunda, às 15h30 do horário de Brasília, os papéis da empresa subiam 2,3%, cotados a US$ 3.510. Enquanto isso, os BDRs (#AMZO34) subiam 0,03%, cotados a R$ 112,99 no mesmo horário.


E os próximos passos de Bezos?

Para Bezos, deixar o cargo de CEO da Amazon não necessariamente significa menos trabalho. Além da varejista, o executivo tem outros projetos em andamento, como a empresa aeroespacial Blue Origin e a Amazon Studios, divisão da empresa que desenvolve e produz programas, filmes e séries.


Blue Origin 

No próximo dia 20, Bezos vai participar de um voo espacial durante a primeira viagem tripulada da Blue Origin – que deve se tornar a segunda empresa privada a realizar o feito depois da Virgin Galactic, do também bilionário Richard Branson, que espera fazer a viagem para o espaço uma semana antes.

No entanto, o fundador da Amazon foi o primeiro a anunciar seus planos para uma viagem espacial na cápsula espacial New Shepard da Blue Origin, junto com seu irmão Mark Bezos.

Os investimentos na empresa foram bilionários com o objetivo de promover o turismo e a infraestrutura no espaço. “Desde os cinco anos de idade, sonhava em viajar para o espaço”, disse Bezos em uma postagem na rede social Instagram. “Vou fazer essa viagem com meu irmão. A maior aventura, com o meu melhor amigo”, acrescentou.

Além da dupla, também estarão presentes no voo convidados como Wally Funk, uma astronauta de 82 anos, e passageiros que compraram assentos em um leilão. Um dos lances chegou a US$ 28 milhões, disse a empresa.


Amazon Studios

Na última semana, Bezos repostou no Instagram uma selfie com o ator Dwayne ‘The Rock’ Johnson, anunciando uma parceria entre a Amazon Studios e a Seven Bucks Productions, produtora do ator, para novos filmes.

“Uma semana emocionante chegando, pois a Amazon Studios e o Seven Bucks Production se reúnem para um grande anúncio que proporcionará diversão às famílias em todo o mundo. Paixões compartilhadas e sempre trabalhando duro com as próprias mãos. Estou ansioso por este. Teremana está a caminho!”, escreveu o ator no post. Teremana pode ser o nome da nova produção em conjunto.


Outros interesses

Bezos também deve se concentrar mais no jornal The Washington Post, que ele comprou por US$ 250 milhões em 2013. Ele é creditado por modernizar o jornal e conduzi-lo para o ambiente digital, depois de um período de declínio por décadas.

Outro interesse do bilionário é a filantropia: no ano passado, anunciou a criação do chamado Bezos Earth Fund (“Fundo Bezos para a Terra”, em tradução livre), de US$ 10 bilhões, que visa “acelerar a transição para 100% de energia limpa e acesso equitativo a ar, água e terra saudáveis.”

No entanto, vale lembrar que ele é uma das cinco pessoas mais ricas do mundo que não se comprometeram com o Giving Pledge, iniciativa filantrópica criada por Bill Gates e Warren Buffett para encorajar bilionários a direcionar pelo menos metade de sua fortuna para caridade.

Fonte: Infomoney
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 06 de julho de 2021 às 10:08


A cultura organizacional é um ponto crítico dentro da gestão de uma empresa, pois não é apenas um conceito, é um pilar que irá definir se a sua organização irá progredir ou não.

Uma pesquisa aplicada pela OnePoll mostra que 77% dos brasileiros têm vontade de empreender, sendo motivados principalmente pela flexibilidade de horários, seguidamente pela possibilidade de ser seu próprio chefe. 

Ainda segundo a pesquisa, 50% dos entrevistados responderam que há a intenção de empreender seguindo uma grande paixão, ao passo que 69% disse que seu maior receio ao abrir o negócio, é a falta de capital inicial.

Portanto, conseguimos entender que se não fosse a falta de recursos, mais da metade dos brasileiros seriam empreendedores. O que não sabem, é que segundo uma pesquisa do IBGE, 60% das empresas abertas declaram falência nos primeiros 5 anos. 

E é nesse ponto que vamos tocar, pois os motivos para isso ocorrer são inúmeros (falta de planejamento, falta de inovação, falta de conhecimento, etc), mas um dos principais motivos para a quebra, é a falta de cultura organizacional.


O que é cultura organizacional?

Cultura organizacional é o conceito usado para estabelecer um conjunto de crenças e valores de uma empresa. Esse conjunto, é o que determina a escolha das pessoas certas, o engajamento dos colaboradores com o negócio, a geração de resultados superiores e a possibilidade de realizar o “sonho”, que é a visão de longo prazo da organização.

Em resumo, cultura é o jeito de ser da empresa, como as coisas funcionam dentro dela e como as pessoas tomam decisões. Ela também demonstra o  modo como sua empresa se posiciona dentro do mercado, pois por meio desta, é possível entender como anda sua cultura (se ela se destaca como um recurso estratégico em busca de competitividade, ou se te prende naquilo que chamamos de “mais do mesmo”).

A cultura organizacional está diretamente ligada à motivação de sua empresa, sendo assim, uma cultura forte ajuda os funcionários a se engajarem e crescerem junto com os negócios (através de seu reforço contínuo e contratando pessoas alinhadas a ela), trazendo maior performance e lucratividade para a empresa.

Portanto, não adianta possuir os profissionais tecnicamente melhores, caso não estejam alinhados com a cultura da empresa, unindo os objetivos e valores da organização. Por exemplo, se a empresa se preocupa com o bem estar do funcionário para além da produtividade, de nada adianta contratar alguém extremamente competitivo, pois este pode afetar a produtividade e engajamento de seus colegas de trabalho.


A importância da cultura organizacional

Para que haja uma boa aplicação e definição da cultura, é preciso que a liderança esteja alinhada a ela, de forma que os gestores decidam o que é esperado dentro da empresa.

A cultura organizacional define os valores e a missão da empresa, portanto ela precisa estar alinhada com outros aspectos da companhia (ações, decisões, planejamento, organização e etc.).

Uma grande cultura empresarial é a chave para desenvolver as características essenciais para o sucesso da companhia. E será possível observar os impactos em seus resultados. As principais razões para investir no desenvolvimento da cultura da empresa são: uma melhor identidade de marca, reputação e retenção de funcionários.

As empresas com culturas saudáveis têm 1,5x mais chances de testemunhar um crescimento de receita de 15% ou mais em 3 anos e têm 2,5x mais chances de ver um crescimento substancial de estoque no mesmo período.

Apesar disso, apenas 31% dos líderes de RH acreditam que têm a cultura organizacional necessária para impulsionar o crescimento potencial. Chegar lá não é fácil, e é por isso que 85% das empresas falham na transformação de sua cultura de trabalho.

Cultura intencional e não-intencionalA verdade é que de uma maneira ou de outra, toda empresa tem uma cultura organizacional, sendo dois tipos:
1. INTENCIONAL: É aquela que se constrói de maneira disciplinada, consistente e consciente.
2. NÃO INTENCIONAL: É aquela que se instala sozinha. Mas nesse caso, pode ser que ela não seja exatamente a que sempre sonhou.

Por exemplo: se em uma empresa é comum que as pessoas cheguem atrasadas nas reuniões, isso torna-se parte da cultura, independente de não ser algo intencional.

Ao compasso que, se em uma empresa é comum realizar happy hours após o trabalho, de modo a fortalecer o companheirismo e amizade entre os colegas, mesmo que não seja intencional, é cultura organizacional da empresa.

A cultura organizacional deve ser intencional, porém ela é dinâmica. Cabe ao gestor avaliar quais os pontos fortes que aparecem no dia a dia, fortalecendo-os e identificar os negativos para corrigi-los. Vale lembrar que a cultura intencional é a mais válida, pois esta impulsiona o engajamento e este aumenta os lucros.

A cultura organizacional é a base para o sucesso a longo prazo e é o que vai fazer a sua empresa se manter atual, sem ficar presa ao passado – pois se a cultura instalada for resistente a mudanças, a empresa se tornara obsoleta, assim como grandes empresas (NOKIA, KODAK e Blockbuster), já que não possui um modelo aberto a mudanças.

Algo que se torna um desafio dentro da corporação, é tirar a cultura do papel e colocá-la em prática. Muitas vezes, os valores e a missão ficam muito presos dentro de planos para a cultura organizacional e não são colocadas em prática no dia-a-dia.


Como definir a cultura organizacional?
Ao definir a cultura, precisa-se saber que existem três formas de estratégias para implementação da cultura organizacional baseadas em fatores externos e internos e nas preocupações e objetivos dos três elementos hierárquicos que compõem uma organização – no nível corporativo, no nível empresarial e no nível funcional.

Mas afinal, como deve ser meu modelo de estratégia corporativa?
O planejamento estratégico corporativo é o nível mais alto de planejamento estratégico dentro de uma empresa ou organização. Como resultado, o processo de planejamento corporativo é o nível mais sofisticado e deve levar em conta um grande número de variáveis:

Definindo uma visão
Reduzir esta complexidade é uma obrigação. O planejamento corporativo começa com a definição de uma visão abstrata ou objetivo abrangente, com base na organização atual e no ambiente em que ela existe. Esta visão fornecerá um ponto de referência contra o qual objetivos e estratégias podem ser medidos.

Descreva os valores de sua empresa
A declaração de visão de sua organização é um destino. Os valores da empresa descrevem a maneira pela qual você chegará a este destino. Os valores que você delineia devem ser claros, concisos e, acima de tudo, reais. O processo de verificação e definição dos valores de sua empresa é delineado aqui.

Escolha as áreas de foco
As áreas de foco podem ser consideradas como os pilares sobre os quais se baseia o planejamento corporativo. As ideias abstratas representadas em sua declaração de visão e valores da empresa são aqui aplicadas para escolher as áreas nas quais sua empresa pode atuar a fim de realizar seus objetivos declarados.

Definição de objetivos

Uma vez definida uma visão clara e selecionadas as áreas de foco, os estrategistas corporativos devem delinear objetivos definíveis que representarão um exemplo mais concreto e específico do que se deseja alcançar, com prazos e objetivos declarados. Observe que você pode ter vários níveis diferentes de objetivos alinhados uns aos outros em seu nível de estratégia corporativa.

Defina os KPIs
O processo de planejamento corporativo termina com a definição dos KPIs que permitirão aos estrategistas corporativos compreender e ajustar a estratégia com base nos resultados.

Como já fizemos uma breve análise do nível da estratégia corporativa, é útil entender os outros níveis estratégicos, pois eles pertencem à estratégia corporativa.

O nível de estratégia empresarial é o nível estratégico que medeia os objetivos estratégicos abstratos que sustentam a estratégia corporativa, com as necessidades e capacidades do nível da unidade de negócios, para organizações com mais de uma unidade de negócios.

O nível de estratégia de negócios toma um objetivo estratégico de nível corporativo, como “aumentar a participação de mercado em uma determinada região ou demografia”, e o transforma em um objetivo estratégico mais fino e prático, baseado no conhecimento e experiência em nível de negócios.

O nível de estratégia funcional é o mais granular da estratégia – o reino das decisões e preocupações práticas que são menos relevantes nos níveis estratégicos empresariais ou corporativos. No nível funcional, as estratégias e metas do nível empresarial e corporativo são transformadas em resultados significativos e funcionais que, em última instância, determinam os resultados para um negócio.

É importante observar que, enquanto em um nível hierárquico, a estratégia corporativa pode ser vista como o nível mais alto do processo de planejamento corporativo, cada nível de tomada de decisão envolve influência nos dois sentidos.

Embora seja bem possível para pequenas ou até mesmo médias empresas sobreviverem sem investir tempo no desenvolvimento da estratégia corporativa. À medida que as necessidades de uma organização crescem e evoluem, torna-se cada vez mais necessário atacar o processo de planejamento estratégico de uma maneira que reflita a complexidade daquela organização.


O engajamento dos colaboradores 

Acreditamos que um bom ambiente de trabalho é o que faz o colaborador estar satisfeito. A empresa pode oferecer diversos benefícios, instalar videogames e mesas de ping pong, criar um ambiente agradável, mas se o funcionário usufrui desses benefícios, há pouca devolutiva e quando acaba o expediente, ele levanta-se e vai embora, então existe um problema.

O problema é que o funcionário pode estar feliz no trabalho, mas isso não significa que ele esteja trabalhando produtivamente a favor da empresa. A diferença básica é que o funcionário satisfeito é aquele que se contenta com o status quo, ele não está realmente engajado.

Esse funcionário faz a parte dele, mas ele não demonstra muito interesse em fazer mais do que o necessário para a empresa.  O importante pra ele é o dinheiro na conta no final do mês. Ou seja, não adianta o ambiente de trabalho ser legal e harmonioso se isso não garante engajamento dos colaboradores.

Segundo estudo da Gallup, engajamento é o comprometimento emocional que o teu funcionário tem com a tua empresa e com os objetivos desta.

O engajamento dos funcionários tornou-se uma das principais prioridades para a maioria das empresas e um grande elemento dentro da cultura organizacional e aqui está o porquê:

· O engajamento dos funcionários aumenta a produtividade no local de trabalho. Os funcionários engajados superam seus pares que não estão engajados. Em geral, as empresas com alto engajamento de funcionários são 21% mais lucrativas.

· O engajamento dos funcionários melhora o moral no local de trabalho.

· O engajamento dos funcionários reduz a ausência física. De fato, um estudo da Gallup mostra que os locais de trabalho altamente engajados tiveram 41% menos faltas.

· Os funcionários engajados oferecem um melhor atendimento ao cliente.

· O baixo engajamento dos funcionários é um problema dispendioso! Custa às empresas US$ 4.129 em média para contratar novos talentos, e cerca de US$ 986 para embarcar na nova contratação. Isso significa que você perde mais de $5.000 cada vez que um funcionário sai pela porta, sem mencionar o custo não quantificável da perda de um funcionário experiente!

· Os funcionários engajados são mais eficientes e produtivos. Mas a maioria dos locais de trabalho ao redor do mundo não está comprometida, e isto tem sérias repercussões para o sucesso empresarial.

Portanto, a compreensão dos números por trás do engajamento dos funcionários é crucial para melhorar as iniciativas e táticas de envolvimento dos colaboradores, pois eles não trabalharão pensando apenas no dinheiro ao final do mês ou nos benefícios que a empresa oferece, mas trabalharão motivados pelo que realmente acreditam e no que a empresa faz. Contribuindo, dessa forma, com os objetivos da organização e compartilhando do mesmo propósito da empresa.

Ainda sobre a pesquisa feita pela Gallup, apenas 15% dos funcionários estão engajados no local de trabalho.

Isto significa que a maioria da força de trabalho ao redor do mundo está vendo seu local de trabalho de forma negativa ou apenas fazendo o mínimo necessário para sobreviver ao dia, com pouco ou nenhum apego emocional.

O estudo também revela diferenças geográficas notáveis – 33% dos funcionários dos EUA estão engajados no trabalho – mais que o dobro da média global.

Por outro lado, na Europa Ocidental, apenas 10% dos funcionários estão engajados no trabalho. A situação parece especialmente alarmante no Reino Unido, onde a quantidade de funcionários engajados é de apenas 8% – e o número tem diminuído constantemente nos últimos anos.

A pesquisa também mostra que as empresas com força de trabalho altamente engajada são 21% mais lucrativas.

O envolvimento dos funcionários não se trata apenas de revisões suaves, intangíveis e baseadas em sentimentos sobre o bem-estar dos funcionários. O engajamento tem um impacto muito real no sucesso da empresa, e este deve ser considerado como parte de uma estratégia de negócios.

As corporações que obtiveram a maior pontuação no engajamento dos funcionários apresentaram níveis de lucratividade 21% maiores do que as demais. As empresas com força de trabalho altamente engajada também tiveram uma pontuação 17% mais alta em produtividade.

Organizações bem sucedidas concentram- se no engajamento dos funcionários, assegurando que todos os funcionários tenham o melhor conhecimento e as melhores ferramentas disponíveis para desempenhar suas funções da melhor forma possível.

Os gerentes de organizações de sucesso também se certificam de que todos os funcionários saibam o que se espera deles e apoiam o desenvolvimento profissional de seus funcionários.

Uma pesquisa da Towers Perrin,  aponta que empresas com funcionários engajados têm margens de lucro líquido 6% mais altas. E de acordo com a Kenexa, empresas engajadas trazem retorno cinco vezes maior ao longo de cinco anos para os acionistas.

Como consequência, a taxa de satisfação dos clientes aumenta, o que gera interesse no produto ou serviço que a empresa oferece. Dessa forma, aumentam-se as vendas, os lucros e consequentemente, aumenta o retorno aos acionistas.

Toda essa dinâmica é bem representada por esse framework desenvolvido pela Bain & Company, consultoria de estratégia com presença global:

Ou seja, o engajamento dos seus funcionários é a chave para ativar uma força de trabalho de alta performance,elevando o patamar de produtividade da empresa e, com isso, mais retorno dos acionistas. Além disso, é componente fundamental da cultura organizacional.

Como colocar a cultura em práticaUm dos principais métodos para aplicar a cultura que falaremos aqui é o TPoV (Teachable Point of View), sugerido pelo livro “O Motor da Liderança”, sendo um método usado pela Tichy Cohen Associates. Esse método basicamente diz que devemos criar nossos valores através de nossos ideais e usá-los como guia para colocar em prática através, principalmente, da comunicação.

Por isso, listaremos algumas atitudes possíveis para que a cultura saia do papel e comece a ser praticada no âmbito de trabalho.

Resolução de problemas: A ironia da solução de problemas é que muitas vezes temos um forte desejo de correr para a solução, enquanto que a melhor solução de problemas começa com a escuta ativa. Precisamos estar preparados para falar sobre eventos atuais no setor e os desafios que nossos colaboradores enfrentam em suas carreiras. Isto é bom porque significa que estamos ajudando-os a resolver seu problema ou aproveitando uma oportunidade que eles conseguem visualizar.

Perspectiva: Sempre que se deparar com uma situação desafiadora ou um problema difícil de resolver, fale com pessoas que lidaram com um desafio semelhante para obter seu ponto de vista. A perspectiva é importante para criar outras habilidades e ajudar seus colaboradores.No entanto, os erros são muitas vezes desaprovados no mundo profissional ao invés de serem vistos como um momento ensinável. Ter a perspectiva de um grande treinador pode realmente ajudar as pessoas que você lidera.

Reconheça mais sua equipe: Um dos maiores anseios do ser humano é sentir-se reconhecido, e o ambiente perfeito para que isso aconteça é o ambiente do trabalho. Porém, o que acaba acontecendo é que o reconhecimento é quase zero. Sem reconhecimento não é possível reforçar qual o comportamento que o colaborador deve repetir. O feedback serve para a pessoa entender onde ela pode melhorar para atingir os resultados da empresa.

Confiança: Em The Speed of Trust, Stephen M.R. Covey, filho de Stephen R. Covey, autor de 7 Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes, diz que quando a confiança diminui, a velocidade diminui e o custo aumenta. Do outro lado, quando a confiança sobe, a velocidade sobe e o custo diminui. Covey faz um trabalho muito bom de quebrar os elementos de confiança – caráter e competência – e dá dicas sobre como melhorá-los.

Desenvolva os pontos fortes dos funcionários: muitas empresas focam em consertar as fraquezas, e isso apenas não gera engajamento como também aumenta o desengajamento. Bons líderes constroem seus planos de desenvolvimento em torno dos pontos fortes de seus funcionários. Quando os colaboradores trabalham com seus pontos fortes, nada os motiva mais para atingir melhores resultados. E trabalhando seus pontos fortes produzem muito mais e conseguem atrair mais clientes para sua empresa.

A ideia, ao final, é criar seu próprio TPoV, de forma que seja capaz de atingi-lo com metas e objetivos mensuráveis. Com estas habilidades, você terá o que é preciso para vencer em seus negócios, assim como para liderar os outros.


Tipos de cultura

Entendemos um pouco como funciona e qual a importância da cultura organizacional, por isso também é preciso conhecer os tipos de cultura existentes, de forma a entender qual a melhor para ser aplicada.


Cultura do poder

Neste tipo de cultura corporativa, os colaboradores são totalmente orientados a conquistar resultados, o que pode acabar gerando um clima de competição, que nem sempre é saudável para a companhia. Empresas que optam por essa cultura, são marcadas pela centralização de decisões nas lideranças. Muito comum em pequenas empresas e tendem a gerar grandes conflitos, pois não permitem o crescimento e desenvolvimento de habilidades de seu capital humano.


Cultura adaptativa e empreendedora

Voltadas para a inovação, são conhecidas por serem flexíveis. Há um equilíbrio entre optar pela mudança e garantir a identidade da organização. A gestão se destaca pela valorização da iniciativa individual dos colaboradores.Os líderes são muito idealistas, com a preocupação em prever o futuro e as tendências, além de terem uma propensão à iniciativa de buscar suporte e imagem externa. Os fatores motivacionais para a corporação empreendedora são a autonomia, diversificação, crescimento, tomadas de risco e dinamismo.


Cultura conservadora

O nome já demonstra uma manutenção de ideais, tradições e valores. Acabam se isolando e não se adaptando ao mercado. A gestão tende a ser hierarquizada, com tomada de decisões centralizada em papéis e responsabilidades muito bem estabelecidas.
Os líderes são fiéis à hierarquia, centralizadores, objetivos e racionais, dando preferência a métodos e soluções tradicionais. Os fatores motivacionais nesse tipo de empresa são a segurança, estabilidade, ordem, regras e processos claros, delimitados e padronizados.


Cultura de papéis

Possui foco nas funções desempenhadas por cada indivíduo. Ou seja, a posição que o colaborador se encontra é determinante para a execução de tarefas, sem flexibilidade. Os procedimentos são muito bem definidos, porém há um engessamento na realização dos processos e isso pode trazer uma lentidão para a realização das funções.
Outra característica muito marcante nesse tipo de cultura, é a acomodação dos funcionários e a falha na comunicação entre os colaboradores, dificultando a resolução de problemas e a criação de novas ideias.


Cultura de pessoas

O colaborador está sempre em primeiro lugar, independente do seu cargo. Há uma maior horizontalidade na corporação, de forma a valorizar muito o trabalho dos funcionários. As empresas que adotam este tipo de cultura valorizam muito o trabalho de seus funcionários, a integração da equipe e o crescimento profissional de cada um dos seus talentos. 
Mesmo que seja muito bom para o colaborador, esse tipo de cultura empresarial, às vezes, peca por focar muito em seus talentos e deixar de prestar atenção em outros fatores importantes: como o relacionamento com os parceiros, cuidados com a infraestrutura, dentre outros.


Empresas de sucesso que investem em cultura organizacional

Grandes e reconhecidas empresas, são hoje a marca e o exemplo de cultura organizacional. A vice-presidente de performance da Movile, Luciana Carvalho, destaca nesse podcast o quanto é importante a cultura organizacional para as empresas em geral, independentemente de seu porte.Ou seja, não é uma estratégia válida apenas para grandes empresas, é muito possível aplicá-las em pequenas e médias também. Portanto, deixaremos exemplos de empresas que começaram pequenas mas que por investir em cultura organizacional, aumentaram seu tamanho de forma considerável.


NUBANK

O Nubank é um grande exemplo de empresa que se iniciou como uma ideia e hoje é uma das maiores organizações que existem. A empresa optou por construir um ambiente descontraído, com uma cultura inclusiva e criativa. Deixam seus colaboradores à vontade.

A cultura e a marca, para eles, são apenas uma coisa.  O Nubank nasceu de uma indignação com os bancos tradicionais e os valores foram baseados em tudo o que podia ser diferente da forma tradicionalista, portanto a cultura é implementada desde o atendimento ao cliente, até o tratamento dos funcionários. Criaram uma conexão com seus clientes para além do atendimento, investindo em CX. Os pontos principais para criar essa cultura forte foram, segundo Cris Junqueira (CEO do Nubank)

- Ser intencional na cultura que quer criar e preferencialmente aplicar uma cultura forte desde o início;
- Ter uma cultura transparente dentro e fora da empresa;
- Na seleção, contratar pessoas que se importam com seus clientes e que estão de acordo com os valores da sua empresa;
- Resolver uma “dor” realmente incômoda para as pessoas;

O Nubank está muito voltado para o atendimento ao cliente e a cultura foca muito na eficiência da própria equipe para entregar um resultado bom, rápido e humano. 

Há um grande investimento em onboarding e treinamentos dos novos contratados, principalmente para os experiencers, de forma a criar processos de renovação e atualizar os colaboradores. Isso tudo, cria uma experiência realmente diferenciada para os clientes da empresa.E é exatamente por esse motivo que a corporação tem o maior NPS do mundo, pois entrega um serviço de alta qualidade e humanizado para os clientes, sendo muito bem reconhecida e uma das empresas que mais crescem no Brasil.


AMBEV

A empresa é conhecida no Brasil todo como a maior produtora de bebidas, com destaque à produção de cervejas, controlando 68% do mercado brasileiro na área. Ela é exemplo de empresa quando o assunto é resultado, e sua missão, visão e valores foram construídos com foco nisso.A cultura da Ambev consegue combinar esses 3 elementos, orientando as ações e o comportamento de todos dentro da companhia. Isso vai além da grande produção em bebidas, mas se preocupam também com a necessidade dos locais onde atuam.

Sendo assim, se preocupam com o meio ambiente e com o consumo consciente das bebidas alcoólicas, causando um impacto positivo onde estão presentes.

 A missão da empresa é “Criar vínculos fortes e duradouros com os consumidores e clientes, fornecendo-lhes as melhores marcas, produtos e serviços” e sua visão é “Unir as pessoas por um mundo melhor”. Seus valores são:

- Nosso sonho nos inspira a trabalhar juntos, unindo as pessoas por um mundo melhor.
- Pessoas excelentes, com liberdade para crescer em velocidades compatíveis ao seu talento e recompensadas adequadamente, são os ativos mais valiosos da nossa Companhia.
- Selecionamos, desenvolvemos e retemos pessoas que podem ser melhores do que nós mesmos. Avaliamos nossos líderes pela qualidade de suas equipes.
- Nunca estamos completamente satisfeitos com os nossos resultados, que são o combustível da nossa Companhia. Foco e tolerância zero garantem uma vantagem competitiva duradoura.
- O consumidor é o patrão. Nos conectamos com nossos consumidores oferecendo experiências que têm um impacto significativo em suas vidas, sempre de forma responsável.
- Somos uma Companhia de donos. Donos assumem resultados pessoalmente.
- Acreditamos que o bom senso e a simplicidade orientam melhor do que sofisticação e complexidade desnecessárias.
- Gerenciamos nossos custos rigorosamente, a fim de liberar mais recursos para suportar nosso crescimento no mercado de maneira sustentável e rentável.
- Liderança pelo exemplo pessoal é o melhor guia para nossa cultura. Fazemos o que falamos.
- Nunca pegamos atalhos. Integridade, trabalho duro, consistência e responsabilidade são essenciais para construirmos nossa Companhia.Através destes valores, é que a empresa consegue criar a essência da cultura organizacional, permitindo ter uma maior consciência do impacto que estão causando e do jeito de fazer as coisas, além de respeitar as culturas locais.

Mesmo focando em resultados, a empresa cresceu aplicando esses componentes dentro da organização.


GOOGLE

A empresa é exemplo em cultura organizacional e de gestão de pessoas, tornando- se o “sonho de consumo” de milhares de profissionais. A atração é dada pelo ambiente divertido e descontraído que a empresa possui.

Sem falar dos benefícios, como viagens, refeições gratuitas, festas, entre outras coisas que tornam a empresa referência na gestão de seus funcionários. Ela acredita que o bem-estar de seus colaboradores é fundamental para o sucesso da empresa e por isso, investe seus recursos em motivação.

A missão do Google é organizar as informações do mundo para que sejam universalmente acessíveis e úteis para todos.

A visão da empresa é ser referência tecnológica na oferta de informações úteis e relevantes e também na disponibilidade de produtos e serviços para os usuários.

E seus valores são definidos pelo foco no usuário, pela especialidade (em cada área), feito é melhor que perfeito, democracia (acesso da tecnologia para todos), bem do mundo, busca contínua pela inovação e melhoria contínua:

-  Concentre-se no usuário e tudo o mais virá: fornecer a melhor experiência possível ao usuário.
- Feito é melhor que perfeito: esse é um lema usado inclusive pelo nosso mentor Tallis Gomes, e a Google acredita na melhoria da pesquisa, e levá-la a áreas não exploradas;
- Rápido é melhor que devagar: respostas rápidas ao navegar pela web e agilidade nos sites.
-  A democracia funciona na Web: cada site e cada link no Google é importante;
- Você não precisa estar na sua escrivaninha para precisar de uma resposta: acesso à informação em qualquer momento e em qualquer lugar;
- É possível fazer dinheiro sem fazer o mal: a publicidade fode ser eficiente sem ser chamativa, não permitem que anúncios sejam mostrados se não tiverem relação com a pesquisa;
- Sempre haverá mais informações: constante inovação na maneira de levar informação a quem busca resposta;
-  A busca por informação cruza todas as fronteiras: facilitar o acesso em qualquer país e qualquer idioma, aprimorando sempre as ferramentas de tradução e distribuindo diversos escritórios pelo mundo;
- É possível ser sério sem usar terno: o trabalho deve ser desafiador e o desafio deve ser divertido, rigorosidade na seleção capta bons e apaixonados funcionários, que estarão dispostos a criar em qualquer lugar e de qualquer forma.
- Excelente ainda não é suficiente: mesmo atingindo as metas, há sempre inovação e sempre novas metas. Para eles, o melhor é o ponto de partida e não o de chegada.

Contudo, conseguimos depreender a tamanha importância da cultura organizacional dentro da empresa, não só como conceito, mas também como estratégia de crescimento.

Além disso, é preciso estabelecer de forma concreta os três pilares da cultura: missão, valor e visão. Com estes três pontos estabelecidos, começa-se então a sair do papel o conceito aqui exemplificado.

A partir desse momento, é interessante saber os posicionamentos da empresa na hora de contratar e de aplicar a cultura aos funcionários. A horizontalidade nos processos é a forma mais atrativa de implementação.

Por fim, é preciso ter em mente que conquistar uma cultura organizacional eficiente exige muita dedicação e paciência, principalmente dos líderes. São esses que irão pautar todas as dificuldades presentes nos funcionários e aplicar de forma pontual os valores da empresa. 

Um bom alinhamento e uma aplicação de uma cultura forte, proporciona um bom ritmo à empresa e torna viável o planejamento de objetivos sustentáveis, e quanto maior a empresa, maiores serão os desafios na manutenção da cultura organizacional.


Fonte: Gestão 4.0