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Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 29 de junho de 2021 às 10:10


A maneira certa de começar é parar de falar e começar a fazer.

Uma de suas frases, que se faz tão pertinente, é a que está logo acima. Buscamos mostrar neste artigo como alguns pioneiros emblemáticos conseguiram atingir o tão sonhado sucesso.

Produtor cinematográfico, roteirista, dublador, cineasta e animador, ele veio de família pobre e na adolescência descobriu que não tinha certidão de nascimento, algo que o fez acreditar que era filho adotivo. Ao final, tornou-se o maior ganhador do prêmio Oscar da história: com 59 indicações, conquistou a estatueta 22 vezes.

Ousado, visionário, sonhador e persistente. Essa é a maneira mais simples de descrever Walter Elias Disney, para o mundo Walt Disney. Carrasco, cruel, artista medíocre e alcoólatra: o lado obscuro de uma carreira de sucesso também é comentado nos bastidores. Até mesmo sua sexualidade já foi questionada, apesar do casamento de 41 anos com Lillian Bounds Disney.

O curioso é que a fantástica e até fantasiosa história de sucesso de Walter envolve muitos fracassos. Muitas quedas vividas antes da glória e diversos pesadelos antes e até durante o sonho realizado. Uma história digna de um filme, que foi lançado nos Estados Unidos em 2015 com o mesmo nome e cuja inspiração vêm dos livros que retratam sua biografia: Walt before Mickey.

Se existe alguém que entende de sonhos, essa pessoa é Walt Disney, pioneiro em transformá-los em realidade. Ele criou a possibilidade de entrarmos em um mundo de faz de conta e de experimentarmos; na vida real, as infinitas possibilidades existentes nos contos de fada. Tente, por exemplo, explicar a alguém como uma atração da Disney pode terminar com a frase: “Você precisa viver isso para entender”.

Ele nasceu em 5 de dezembro de 1901 e foi criado na fazenda da família em Marceline, no Missouri. Aos 7 anos de idade, começou a esboçar seus primeiros desenhos, inspirados nos animais que viviam na fazenda, em especial os cavalos. Seu pai sempre o recriminava por este comportamento e pela sensibilidade que ele demonstrava para com estes seres.

Em 1910, quando seu pai adoeceu, a família vendeu a fazenda e se mudou para o Kansas City, cidade na qual seu pai adquiriu os direitos de distribuição de um jornal local. Ele era um homem muito severo. Com apenas 9 anos de idade o pequeno Walter acordava todos os dias, inclusive aos finais de semana, as 3h30 da manhã para entregar jornais pelo período de duas horas, junto com seu irmão mais velho Roy, antes de ir para a escola. Nas manhãs de sábado, fazia um curso de desenho no Instituto de Arte de Kansas City. Como não recebia nada pelas entregas dos jornais, nas horas vagas conseguia um pequeno ganho financeiro trabalhando numa loja de doces, numa farmácia que ficava próxima à escola em que estudava ou, eventualmente, vendendo seus desenhos para os vizinhos. Aliás, ser um bom vendedor sempre foi um de seus pontos fortes e uma característica que lhe ajudou muito ao longo da carreira.

Certo dia, Walter entrou no cinema da cidade e assistiu ao filme (ainda mudo na época) Branca de Neve. Aquela experiência mudaria para sempre o seu destino. Ele ficou encantado ao ver as imagens na tela e não percebeu o tempo passar. Seu pai notou sua ausência, descobriu onde ele estava e, furioso, invadiu o local e retirou o garoto de lá. Como se não bastasse, lhe deu uma surra no meio da rua. Mal sabia que esse trauma ajudaria seu filho no futuro: o filme assistido por Walter naquele dia nunca saiu de sua memória, devido ao desentendimento com o pai.

Seu pai vendeu os direitos de distribuição do jornal e se mudou para Chicago, cidade na qual abriu uma fábrica de geleias. Walter trabalhava como entregador dos correios e vigia noturno do negócio da família.

Seus irmãos, aos poucos, foram saindo de casa para fugir de seu pai e ele pensava numa maneira de fazer o mesmo, já que era o quarto dentre cinco filhos. Em 1918, se alistou no Exército e não foi aceito por ser menor de idade, mas conseguiu entrar para a Cruz Vermelha na França, sendo o responsável por dirigir as ambulâncias.

No ano de 1919, retornou da Cruz Vermelha e foi morar no Kansas, onde conseguiu um emprego como cartunista e conheceu Ub Iwerks, amigo que o acompanharia por muitos anos em sua trajetória. Ele não durou muito tempo neste novo emprego: foi demitido sob a acusação de ser preguiçoso e ter pouca criatividade. Acredito que não fui a única que deu uma pequena risada ao redigir e ler este trecho, que se torna bastante irônico quando observamos como termina essa história.

Em 1920, aos 19 anos de idade e após Ub também ser demitido de seu emprego, montou com ele a Iwerks Disney, cuja sede foi instalada em um celeiro. No local havia apenas uma mesa na qual ambos criavam seus desenhos e compartilhavam seus sonhos. A empresa durou apenas um mês e ambos tiveram de voltar ao mercado de trabalho em busca de emprego. Essa foi a primeira frustração como empreendedor na vida de Walt Disney, que estava longe de desistir dos seus sonhos. Ele conseguiu um trabalho como animador de desenhos que eram exibidos no cinema local antes dos filmes de longa duração. Um aprendizado e tanto, que serviu para dar andamento aos seus objetivos e deixá-lo mais confiante em suas habilidades.

No ano de 1922, ele pediu demissão e juntou suas economias (algo em torno de 250 dólares) para fundar a sua segunda empresa, a Laugh-O-Gram. Sua grande ideia para alavancar o negócio era a de fazer uma espécie de charge animada sobre as notícias locais. O primeiro tema foi sobre piolhos, algo que atormentava a população norte-americana na época. Ele conseguiu convencer o dono do cinema local a comprar suas animações, mas, em um ato falho administrativo, se esqueceu de acrescentar o lucro correspondente ao valor pretendido e acabou vendendo suas produções pelo preço de custo. Um péssimo negócio…

Algum tempo depois, ele conseguiu um contrato para a venda de seis produções, mas a distribuidora só pagaria por elas se fossem entregues. Walter fez um empréstimo e bancou as produções; no entanto, antes de ficarem prontas, a distribuidora em questão declarou falência e ele ficou com o prejuízo. Perdeu sua equipe, que já era de alta qualidade, preocupação que ele sempre teve, e sua casa, por não conseguir pagar o aluguel. Aos 22 anos de idade, experimentou pela primeira vez a falência.

Completamente endividado, se mudou para Hollywood e começou a trabalhar como fotógrafo freelancer. Nesse período, frequentou alguns estúdios e pensava se tornar um diretor de filmes, inspirado no seu ídolo Charles Chaplin. Seu tio, que o hospedava, lhe exercia muita pressão para que conseguisse um emprego, mas Walt estava em um momento de busca e autoconhecimento.

No período em que se dedicava a Laugh-O-Gram, desenvolveu com sua equipe uma animação inovadora para a época, na qual uma menina de verdade interagia com os desenhos, chamada Alice comedies. Ele não teve tempo de vender essa produção quando ainda cuidava de sua empresa, mas ao se mudar para Los Angeles e enquanto procurava emprego, enviou cartas a diversas distribuidoras oferecendo o trabalho. Uma delas demonstrou interesse, a Winkler Pictures, sediada em Nova York e dirigida por Margaret Winkler e seu noivo Charles Mintz. Walter conseguiu um contrato para 12 episódios de curta-metragem de Alice comedies. Seu sonho começava a parecer real outra vez.

Uma das lições aprendidas por Walter em sua experiência anterior e nas suas andanças pelos estúdios de Hollywood foi que cada um dos envolvidos nos negócios deve ter a sua função bem definida. Ele sabia que não era um bom administrador e que seu melhor papel era trabalhando na produção dos filmes. Consciente deste fator, decidiu convidar seu irmão Roy para ocupar o cargo de gerente financeiro de sua nova empresa. No ano de 1924, com um empréstimo em mãos, eles fundaram a Disney Brothers Cartoon Studio. Como sempre gostou de trabalhar com os melhores, sobretudo quando eram mais capacitados que ele, conseguiu sua antiga equipe de volta e se viu pronto e entusiasmado para ver todos os seus planos finalmente se concretizarem.

Os dois anos seguintes foram realmente incríveis para ele. Foi neste período que conheceu sua esposa, Lillian Bounds, que entrou na equipe de Walt para ajudar nas animações. Eles se apaixonaram rapidamente e, no ano de 1925, se casaram.

Em 1926, sua equipe bateu recordes de entrega: um curta-metragem a cada 15 dias, volume de produção incrível para a época. Walt começou a se preocupar com imagem da marca, e mudou o nome da empresa para Walt Disney Studios. Queria deixar claro para todos que ele era o coração da empresa. O reconhecimento por tudo que fazia sempre foi importante para ele, não queria deixar dúvidas de que ele era o dono do show. Ele tinha o receio que o sobrenome dos irmãos colocasse Roy, mais velho, como o responsável pelo êxito obtido.

No ano de 1927, Walt ganhou a oportunidade de trabalhar com a Universal, através da distribuidora de Winkler, e criou sua primeira personagem de destaque da carreira, o coelho Oswald. O projeto foi de fato um grande sucesso e ele vivia seus melhores anos até aquele momento. Conseguiu montar uma equipe de 20 integrantes e estava exultante a popularidade da personagem. No entanto, Roy, fazendo o seu papel de gestor do dinheiro, o alertou sobre os altos custos de produção dos episódios de Oswald e disse que precisavam renegociar o contrato para lucrar valores mais altos. O próximo tombo estava mais próximo do que ele poderia imaginar.

Walt viajou para Nova York com a intenção de conseguir um pagamento melhor pelos episódios de Oswald. Ele também estava disposto a negociar com outros distribuidores caso Charles Mintz não aceitasse a sua proposta. Ele levou consigo dois filmes da série e estava confiante que voltaria para Hollywood com excelentes condições para a Walt Disney Studios.

Na reunião com Charles, Disney descobriu que não possuía direito algum sobre a personagem: no contrato assinado, os repassava para a distribuidora de Mintz. A maioria de sua equipe também aceitava trabalhar para Mintz, sem que Disney sequer desconfiasse das negociações feitas por seus profissionais pelas costas. Charles Mintz planejou tudo para obter os direitos do coelho criado por Walt e para continuar a produzir os episódios sem depender dele, contratando sua própria equipe com ofertas irrecusáveis. Walt experimentava mais uma derrota, desta vez acrescida de um grande sentimento de traição, tanto pelo seu distribuidor quanto por seus funcionários.

Quais seriam os motivos suficientes para fazer a maioria dos empreendedores desistir, sem dinheiro, sem os direitos de uma obra de sucesso criada por ele e, agora, sem sua equipe? Como enxergar um futuro positivo? Como acreditar novamente nas pessoas? Como prosseguir?

Walt enviou um telegrama para Roy, dizendo apenas que tudo havia corrido bem em Nova York e que ao chegar daria mais detalhes. Nesta longa viagem de trem para Hollywood, ele não se lamentou: usou o tempo para pensar em como resolver toda aquela situação. Não queria chegar até o seu irmão apenas com más notícias. Não iria aceitar uma nova falência. Se sentia humilhado por ter sido passado para trás daquela forma. Se sentia ingênuo e manipulado, mas não cederia aqueles títulos tão facilmente.

Foi então que surgiu a criação que mudaria o mundo do entretenimento para sempre. Walt Disney chegou em seu estúdio com a ideia de um rato, educado e honesto. Mortimer Mouse era o seu nome e ele mostrou para Ub o rascunho do que seria sua nova personagem. Ele sempre analisava minuciosamente os seus concorrentes e percebia que os desenhos que concorriam com o coelho Oswald, com a Betty Boop e com o gato Félix, por exemplo, eram rudimentares, brutos e traziam conteúdos violentos. Ele queria algo diferente disso. Após experimentar a desonestidade alheia de várias formas, decidiu que a personalidade de seu pequeno rato seria exatamente o que ele almejava para sua empresa e sua marca: um rato cuja postura era totalmente ética e que se preocupava muito com as outras pessoas. Reunido com o que sobrou de sua equipe, eles definiram, então, o produto que seria apresentado ao mundo. Ub aprimorou os rabiscos de Walt e a esposa Lillian escolheu um nome melhor que Mortimer. Nascia ali o Mickey Mouse.

Walt precisou fazer quatro filmes até conseguir exibir satisfatoriamente seu novo ratinho ao mundo. Os três primeiros não despertaram o interesse de nenhuma distribuidora. No entanto, graças à sua persistência, ele continuou bancando as produções de Mickey.

Observando a indústria de filmes, que agora já trabalhava com sons, ele decidiu fazer uma animação nestes parâmetros. Seus funcionários, como sempre, acharam que ele estava louco, mas assim fizeram e, no ano de 1928, Mickey Mouse foi apresentado ao público antes de um filme em cartaz. O diferencial dessa produção foram os sons sincronizados ao desenho, algo nunca feito antes. Foi um sucesso absoluto.

Mickey Mouse se tornou um verdadeiro fenômeno norte-americano: todos queriam comprar um de seus bonecos e foi dessa forma que Walt Disney se tornou a primeira celebridade vinda do mundo da animação.

Sua empresa ia tão bem que não sentiu os efeitos da Grande Depressão de 1929. Ele tinha em sua equipe os melhores animadores do mercado.

Na vida de Walt as coisas não podiam acontecer de forma linear, e em 1930 ele sofreu outra decepção: ele descobriu que o distribuidor do Mickey estava roubando a sua empresa, além de ter feito uma oferta para Ub abandoná-lo e abrir seu próprio estúdio. o que este acabou fazendo. Mesmo assim, Disney seguiu com seu estúdio e Mickey Mouse continuou sendo um sucesso.

Walt, inquieto por natureza, sempre teve a necessidade de se superar, de criar, de fazer e de superar desafios. Ele decidiu ousar mais uma vez e elevar o patamar: certo dia pediu para que toda sua equipe fosse almoçar mais cedo e voltasse em seguida. Quando eles retornaram, Disney subiu até o palco e apresentou a todos a estória completa de A Branca de Neve e os sete anões, fazendo sozinho a voz das personagens e a sonoplastia.

Ele estava propondo algo que não havia sido feito e nem pensado antes: uma animação cujo tempo de duração era o mesmo de um filme. Alguns funcionários acreditaram de verdade que ele tinha enlouquecido, pois se tratava de uma ideia ousada demais para a época, mas era normal as pessoas se assustarem com algo tão desafiador. Com desenhos de curta duração você consegue fazer as pessoas sorrirem, mas a pergunta de Walt era outra: “Você é capaz fazer as pessoas chorarem com um filme feito com desenhos?”.


Ele e sua equipe passaram meses produzindo o longa-metragem, sempre buscando o máximo de realismo possível. Walt chegou a trazer cavalos para a equipe analisar seus movimentos e contratou atrizes para fazerem os movimentos da Branca de Neve e da rainha. Foram dias de trabalho duro e com a participação intensa de Walt Disney em cada detalhe. O gasto inicial previsto era de 500 mil dólares, mas devido ao grande nível de exigência de seu criador, o filme teve o custo final de 1,5 milhões de dólares. No dia de estreia da obra, 10 de janeiro de 1938, ele não sabia se futuramente ganharia um Oscar ou se perderia tudo mais uma vez.

O filme foi um sucesso e o gasto três vezes maior que o previsto acabou valendo a pena, já que a produção arrecadou um total de 8 milhões de dólares. A película revolucionou a indústria de animação e Walt Disney não só ganhou um Oscar, mas um prêmio exclusivo, criado para ele, que consistia na estatueta convencional acompanhada de outras sete menores, que representavam os sete anões. Até hoje ele é o artista que mais conquistou prêmios da famosa Academia de Hollywood.

Mesmo nos momentos mais difíceis, Walt teve a capacidade de ser criativo e de executar as suas ideias. Depois de todo o sucesso no mundo das animações, outra vez disseram que ele estava maluco: ele expôs para a equipe sua nova ideia de negócio, um parque de diversões no qual toda a família pudesse ir para se divertir juntos e experimentar momentos mágicos. Ele fazia frequentemente este programa com suas duas filhas e sempre voltava para casa reclamando da limpeza e da organização dos locais. Disney decidiu que construiria o seu “mundo de faz de conta”, chamado Disneyland.

Para conseguir o dinheiro que lhe permitiria construir o empreendimento, ele fechou parceria com uma emissora de TV, trocando um empréstimo de 5 milhões de dólares por um programa de TV dominical baseado em temas das personagens da Disney, que ele mesmo apresentaria. A ideia foi tão incrível que Walt só colheu benefícios. Além de promover suas próprias criações, ele podia falar do tão esperado parque que estava em construção na Califórnia.

Quando inaugurou a Disneylândia em 17 de julho de 1955, a procura por ingressos foi tamanha que o lugar recebeu visitantes em excesso, alguns portando bilhetes falsificados. O parque não estava preparado para receber tantas pessoas e a experiência de quem compareceu naquele dia não foi tão mágica quanto Walt esperava. Ele teve que decidir se deixaria em funcionamento banheiros ou bebedouros. Obviamente ele escolheu os banheiros e os visitantes não tinham água disponível para beber, diante do calor de 38 ºC registrados naquele dia. Ele corrigiu os problemas operacionais e refez a estreia no dia seguinte, dessa vez com o sucesso almejado.

O tamanho do parque construído na Califórnia incomodava o seu idealizador, que não parava de pensar em sua expansão e em novos projetos. Quando vislumbrou uma oportunidade na Flórida, não teve dúvidas e iniciou o processo de compra do terreno, cuja área era de 100 km2. Uma de suas ideias para este complexo era o Epcot, inicialmente concebido para ser uma cidade de verdade, experimental, na qual as pessoas poderiam trabalhar e morar ao mesmo tempo em que se divertiam. A ideia dos túneis, hoje utilizados no Magic Kingdom, surgiu como uma forma dos moradores do local evitarem o tráfego. Ele queria uma cidade repleta de tecnologia avançada e que fosse um exemplo perfeito de ambiente à frente de seu tempo.

Walt Disney era um verdadeiro visionário. Não viveu o suficiente para concluir seu objetivo e os engenheiros que trabalharam na construção deste espaço concluíram que não era possível fazer daquele lugar uma cidade. Epcot então acabou se tornando mais um parque do complexo, com atrações sobre ciência e tecnologia. Apesar do posicionamento dos engenheiros, é difícil não acreditar que se ele estivesse vivo, certamente mostraria aos engenheiros uma forma de concretizar sua ideia!

No ano de 1966 ele foi diagnosticado com câncer de pulmão, resultado dos anos de consumo excessivo de cigarros. Em 15 de dezembro de 1966, Walt Disney faleceu em Los Angeles, aos 65 anos de idade. Ele foi cremado e suas cinzas estão enterradas no Forest Lawn Cemetery, em Los Angeles.

A existência de Walt Disney definiu perfeitamente a frase “Não desista dos seus sonhos”. Ele viveu, cresceu e os construiu, baseado nos sonhos alheios. Não tinha medo de correr riscos. Quando surgia uma ideia na qual acreditava, não descansava até torná-la realidade. Quando uma criação tomava sua mente, só tinha uma opção para livrá-la: que ela se concretizasse, exatamente da forma como imaginou. Foi um perfeito executor: sua capacidade de tirar ideias do papel e colocá-las em prática é algo inspirador.

Dentre suas principais características, as que mais se destacam são as que já conhecemos: contratar as pessoas certas, querer sempre os melhores em sua equipe, (sobretudo os que fossem superiores tecnicamente a ele), nunca prestar (ou dar) atenção aos que não acreditavam nas suas ideias e seguir seu instinto, sem que a opinião alheia o influenciasse. Manter-se íntegro ao que se acredita, com todos à volta dizendo que você está louco, ou que a ideia apresentada é um absurdo, não é uma tarefa fácil.

Geralmente nos deixamos abater por críticas e posições contrárias, temendo o erro. Walt não tinha essa característica. É possível acreditar que ele receava mais não se tornar aquela pessoa que vislumbrava ser do que estar errado sobre um tema qualquer.

Ele sempre foi um excelente vendedor, tanto para os distribuidores como para sua equipe. Ele tinha o dom de convencer todos em seu entorno a seguirem seu caminho. Sem esse poder de persuasão talvez não tivesse alcançado o sucesso. Ele liderava por inspiração, conseguia colocar entusiasmo quando dizia aos outros o que pretendia, além de ser muito focado e sempre trabalhar arduamente para concretizar os seus planos.

Walt Disney era um homem atento aos detalhes. O dom de enxergar além do óbvio e o seu apego aos detalhes certamente foram dois de seus maiores diferenciais, já que buscar a perfeição exige paciência e visão. Ele não se contentava em ter uma ideia meramente concebida, ela tinha que estar perfeitamente executada, exatamente como ele imaginou em sua mente.

Estes valores, sem dúvida, foram absorvidos por todos a sua volta. Seu irmão Roy assumiu a empresa após a sua morte, e a convivência com Walt o ensinou bastante sobre como as coisas deveriam funcionar.

Impressiona como a The Walt Disney Company segue em crescimento e estável: 54 anos após o falecimento de seu mentor, ainda podemos experimentar a magia que havia em sua mente. Ele conseguiu implantar seus valores na sua empresa de tal forma que eles perduram até hoje.

Atualmente, os empreendimentos Disney espalhados pelo planeta recebem mais de 150 milhões de pessoas por ano.

No total, existem seis parques da Disney espalhados pelo mundo: Califórnia  (inaugurado em 1955), Florida (inaugurado em 1971), Tóquio (inaugurado em 1983, foi o primeiro empreendimento fora dos EUA e é o único complexo que não pertence de fato a Walt Disney Company), Paris (inaugurado em 1992), Hong Kong (inaugurado em 2005) e Xangai (inaugurado no ano de 2016).

Em dezembro de 2017, após a compra da 21st Century Fox por 71 bilhões de dólares, a empresa se tornou o maior conglomerado de mídia e entretenimento do mundo. Uma ação da Walt Disney Company hoje vale R$ 635,00 (posição em 15 de maio de 2020). Na primeira abertura de capital da empresa, a ação foi negociada por 5 dólares.

Também pertencem à Disney a rede de televisão ABC (adquirida no ano de 1996 por 19 bilhões de dólares), a Disney Channel, a Pixar (adquirida em 2006 por 7 bilhões de dólares), a Marvel Entertainment Inc (adquirida no ano de 2009 por 4 bilhões de dólares), a Lucas Film, a ESPN, A+E Networks e Freeform.

No Best Global Brands de 2019, ranking com as 100 melhores marcas do mundo, divulgado pela consultoria Interbrand e que considera aspectos como o desempenho e impacto de cada empresa entre os consumidores, a Walt Disney Company ocupa atualmente a décima posição, com valor de marca estimado em US$ 44,3 bilhões.

São tantas as conquistas realizadas por Walt Disney e sua companhia que ao retornarmos ao capítulo de sua vida em que foi demitido por ser preguiçoso e pouco criativo, só podemos imaginar quantos(as) iguais a ele existem por aí, que não concretizaram suas ideias porque cederam aos “nãos” recebidos da vida.

“Quando você acredita em algo, acredite nele todo o caminho, de uma maneira implícita e inquestionável”. (Walt Disney)

Fonte: Infomoney
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 29 de junho de 2021 às 10:04


Pesquisa revela que candidatos acompanham redes sociais e páginas de opinião antes de tentar um novo emprego.

A ideia de marca empregadora é cada vez mais importante no mercado de trabalho. Uma pesquisa realizada pela empresa de tecnologia para recrutamentos InfoJobs revelou que 70% dos profissionais do mercado de trabalho levam em conta a reputação da marca empregadora das organizações para aceitar uma proposta de emprego. O levantamento indicou ainda que 76,2% dos entrevistados procuram por páginas de opinião pública e redes sociais sobre a empresa antes de tentar uma vaga.

"Atualmente, no mundo corporativo, muitas empresas disputam por visibilidade. Porém, não basta apenas aparecer, é preciso ser visto positivamente no universo empresarial", afirma Ana Paula Prado, Country Manager do InfoJobs. Para a executiva, o papel do RH é entender como vai ser a jornada do candidato - antes mesmo de estar inserido na empresa - e depois se preocupar em como ele irá atuar ali dentro, caso venha a ser contratado.

Hoje em dia, mais do que oferecer oportunidades de emprego, as empresas precisam se preocupar com o que o candidato quer saber e o que o desperta o seu interesse. Para 43,2% dos entrevistados, plano de carreira é o que mais importa ao se candidatar a uma vaga; em segundo lugar, aparecem salário e benefícios (32,6%). Em contrapartida, os motivos que mais fazem os candidatos desistirem de uma vaga são: divergência de informações (35,7%) e salário incompatível com o mercado de trabalho (31,4%).

Nesse cenário fica evidente a importância de um job description bem feito e transparente, para que o candidato entenda para qual vaga está se candidatando, inclusive a faixa salarial da oportunidade. Não à toa, 87% dos profissionais preferem um anúncio de vaga completo, com todas as informações necessárias, contra 13% que preferem um anúncio mais direto, com outras informações durante o processo.

Outro ponto importante, e já conhecido pela maioria, é a ausência de feedback nas entrevistas. Apesar do comportamento ter mudado, algumas das reclamações continuam as mesmas e nunca é demais enfatizar que o que os profissionais menos gostam em processos seletivos é a falta de feedback durante o recrutamento (43,8%), seguido de um processo com muitas etapas (26,4%).

Por fim, os dados mostram que mais da metade dos profissionais acompanham as empresas que são premiadas e reconhecidas pela marca empregadora, e dentre as pessoas que acompanham, 98,3% dizem que esse tipo de reconhecimento gera desejo de trabalhar nessas empresas.

"A reputação da marca está exatamente nesse contexto. Entenda que a atração vai desde o processo seletivo, benefícios descritos na vaga, plano de carreira e feedback. Isso sem falar nos comentários em páginas de opiniões, postagens nas redes sociais, prêmios de reconhecimento e visão de funcionários e ex-colaboradores. Por isso é imprescindível que as empresas entendam que a todo momento falam com pessoas, que são consumidoras da sua marca", finaliza a executiva.

Fonte: Administradores.com