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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 08 de junho de 2021 às 13:37


Formatos que mesclam o virtual e o físico ganharão cada vez mais espaço. O mundo físico e o digital estão cada vez mais interligados e a pandemia de coronavírus impulsionou um movimento importante para o crescimento do varejo: a omnicanalidade. A partir disso, consumidores passam a consumir por diferentes canais de venda e relacionamento com as marcas, em um sistema cada vez mais integrado.

Para conseguir realizar isso, é preciso contar com diversas tecnologias. Um relatório da CB Insights, referência em estudos de tecnologia e mercado, publicou o estudo The Technology Driving The Omnichannel Retail Revolution (A tecnologia que impulsiona a revolução do varejo omnichannel, em português), em que aponta as principais formas de trazer o formato para as vendas.


Omnicanalidade: uma obrigação dos varejistas

A omnicanalidade busca oferecer aos clientes uma melhor experiência na hora das compras ao permitir uma unificação entre canais digitais e físicos de uma loja, por exemplo. Assim, o atendimento e o formato de compra são alinhados a todo fluxo de funcionamento da empresa, além da comunicação.

Por isso, não importa se o cliente busca a marca no site, nas redes sociais, no aplicativo ou na loja física, a experiência de consumo será integrada, o que facilita seu consumo e torna a experiência de compra mais facilitada. Isso leva em consideração diversos processos dentro da empresa, desde o carrinho de compras até as informações de entrega – e é o que o consumidor espera das marcas.

Segundo o relatório da CB Insights, é importante deixar claro que não existe apenas uma estratégia de omnicanalidade para crescimento de varejo que funcione para todos, mas que o formato pode trazer inúmeros benefícios, já que se adequa às novas realidades do consumidor, principalmente no momento pós-pandemia.

“A atenção do consumidor está dispersa pelos canais. Os consumidores estão adotando serviços omnicanal. Um estudo descobriu que quase 75% dos compradores usam vários canais para encontrar descontos, comparar preços ou usar tablets na loja para procurar produtos online”, explica o documento.

Além disso, o relatório também afirma que os compradores omnichannel gastam mais do que os que utilizam apenas um canal de compra e comunicação. Além disso, cerca de 85% dos clientes preferem interagir com marcas a partir de canais digitais e físicos, independentemente da idade ou da geração.


Omnicanalidade e Tecnologia: uma união necessária

A omnicanalidade está muito relacionada com a tecnologia já que para a estratégia são utilizados diferentes dispositivos e canais online. Por isso, os avanços tecnológicos influenciam a omnicanalidade para o crescimento do varejo.

De acordo com o relatório da CB Insights, os consumidores usam celulares e outros dispositivos móveis de várias maneiras para se conectar com uma marca, desde pagamentos, compras propriamente ditas, aplicativos, redes sociais e sites.

Por isso, quando se trata de omnicanalidade, sempre se leva em consideração tecnologias voltadas para facilitar o uso nesses dispositivos, pensando na importância desses no dia a dia das pessoas antes de elaborar uma estratégia.

O report aponta algumas tecnologias que se destacam na hora de elaborar esse formato.


Plataformas de vendas completas

Escolher uma boa plataforma para construir o e-commerce de uma loja é essencial para uma boa experiência do usuário. O site da loja é o principal local que muitas pessoas procuram para comprar e, por isso, precisa estar integrado com os outros dispositivos e canais.

A indicação da CB Insights, nesse caso, é optar por uma plataforma que permita essa comunicação entre canais de maneira mais fluida, que interligue os dados do cliente tanto no aplicativo quanto no site, assim como itens do carrinho e outros produtos.

A partir disso, o cliente consegue ter uma experiência mais positiva em um site mais completo, além de poder circular entre os canais, seja para realizar a compra ou tirar alguma dúvida sobre algo da empresa.


Headless Commerce

Em português o nome pode parecer estranho, com a tradução para “comércio sem cabeça”, mas o termo refere-se à programação do sistema de um site. No headless commerce, todo o site é programado com o back-end (o sistema propriamente dito, a organização da página) do front-end (o que o cliente de fato vê).

Sem essa tecnologia, cada vez que algo precisasse ser acrescentado ao site, como uma tabela de medidas para roupas, informações de checkout, entre outros, seria preciso fazer uma mudança no código interno do site (o back-end). Isso, claro, geraria maior custo de manutenção, além das chances de algo aplicado a uma página não se adequar a outra.

Com o headless commerce, é possível que os programadores de front-end implementem novas funcionalidades e ferramentas sem mexer no código back-end, apenas com APIs (programas “prontos” que podem ser colocados no site).

Com essa facilidade, fica muito mais fácil implementar a omnicanalidade dentro do site de uma loja, já que existem APIs específicas para essa estratégia, além das mudanças poderem ser feitas de maneira mais rápida.


Marketing omnichannel

O setor de marketing também precisa estar integrado às estratégias de omnicanalidade, de acordo com o relatório da CB Insights. “Os compradores de hoje não querem apenas receber mensagens estáticas; eles querem mensagens (sejam anúncios ou programas de fidelidade) sob medida para suas necessidades”, afirma o documento.

De acordo com os dados, “o uso de três ou mais canais em campanhas de marketing leva a uma taxa de compra 250% maior em relação às campanhas de canal único”. Ou seja, trabalhar o marketing considerando diferentes canais e criar uma comunicação que mostre a unidade da marca é algo importante para o crescimento do varejo omnichannel.

Para isso, plataformas de marketing que facilitem esse contato com o consumidor precisam estar presentes, afirma o relatório. Com elas, é possível segmentar e elaborar uma comunicação muito mais específica para o cliente, considerando seus gostos e necessidades.


Plataforma de fidelidade e recompensa

Quando se fala em manter a preferência do cliente, a omnicanalidade pode contribuir com a estratégia, já que oferece mais pontos de contato com a marca. Mas os programas de fidelidade, já muito utilizados, também podem estar presentes em uma estratégia mais moderna.

De acordo com o relatório da CB Insights, plataformas com esses objetivos “são ferramentas de software que as empresas usam para envolver os clientes pós-compra e impulsionar as vendas repetidas. Essas ferramentas podem ajudar no envolvimento do cliente, marketing de defesa, programas de fidelidade, gamificação e outras iniciativas”.

Considerando a omnicanalidade, esse tipo de ferramenta pode ajudar no maior contato com o consumidor e explorar de maneira mais diversa os diferentes canais de venda utilizados.

A omnicanalidade pode trazer inúmeros resultados para o crescimento do varejo, principalmente quando atrelada às tecnologias presentes atualmente (e que estão em pleno desenvolvimento). O mais importante é sempre pensar na melhor experiência do cliente possível.

Fonte: Consumidor Moderno
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 01 de junho de 2021 às 10:41


O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no 1º trimestre de 2021, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo divulgou nesta terça-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,048 trilhões.

Os números do IBGE confirmaram que a economia brasileira iniciou o ano em expansão, mas com desaceleração no ritmo de recuperação, após avanço de 3,2% no 4º trimestre de 2020.

Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou crescimento de 1% – a primeira alta após uma sequência de quatro quedas.


O resultado veio acima do esperado. A mediana das projeções de 55 instituições financeiras e consultorias procuradas pelo Valor Data era de alta de 0,7% na comparação com o 4º trimestre, e de 0,5% em relação ao 1º trimestre de 2020.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia."Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014", destacou o IBGE.

De acordo com a gerente de Contas Nacionais, Rebeca de La Roque Pallis, o patamar 3,1% abaixo do pico equivale ao ritmo da economia no final de 2012 e o começo de 2013.

PIB cresce 1,2% no 1º trimestre de 2021, segundo o IBGE. Em 12 meses, economia ainda tem queda.

Mesmo com três trimestres seguidos de recuperação, a economia ainda não eliminou, porém, o tombo recorde de 9,2% registrado no 2º trimestre de 2020. No acumulado em 12 meses, o PIB ainda registrou queda de 3,8%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.



Principais destaques do PIB no 1º trimestre

Serviços: 0,4%
Indústria: 0,7%
Agropecuária: 5,7%
Consumo das famílias: -0,1%
Consumo do governo: -0,8%
Investimentos: 4,6%
Exportação: 3,7%
Importação: 11,6%
Construção civil: 2,1%

Agropecuária foi destaque entre os setores

Os 3 grandes setores da economia avançaram nos 3 primeiros meses do ano, contra o quarto trimestre de 2020. O maior crescimento foi da agropecuária (5,7%), seguida pela indústria (0,7%) e serviços (0,4%).

Entre as atividades industriais, o avanço foi puxado pelas Indústrias Extrativas (3,2%). Também registraram taxas positivas a Construção (2,1%) e a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%). Somente a indústria de transformação teve retração (-0,5%).

Nos serviços, houve resultados positivos em Transporte, armazenagem e correio (3,6%), Intermediação financeira e seguros (1,7%), Informação e comunicação (1,4%), Comércio (1,2%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Outros serviços (0,1%). A única queda foi na Administração, saúde e educação pública (-0,6%).


Investimento cresce e consumo das famílias recua

Pela ótica da despesa, os investimentos tiveram alta de 4,6%, enquanto o consumo das famílias (-0,1%) e o consumo do governo (-0,8%) tiveram queda em relação ao trimestre imediatamente anterior.

"A gente tem visto o governo com problemas orçamentários, não tem tido concursos e tem tido muita aposentadoria, e isso tudo afeta o consumo do governo", destacou a pesquisadora do IBGE.

O recuo no consumo das famílias – principal motor do PIB nos últimos anos – refletiu a redução do Auxílio Emergencial, o recrudescimento da pandemia, o aumento da inflação e o desemprego em patamar recorde. Na comparação com o 1º trimestre do ano passado, queda foi de 1,7%.

No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram crescimento de 3,7%, enquanto as importações cresceram 11,6% em relação ao quarto trimestre. Entre as exportações de bens, os setores que mais contribuíram para a alta foram: extração de minerais metálicos; produtos alimentícios; veículos automotores; e produtos de fumo.

A taxa de investimento avançou para 19,4% do PIB no 1º trimestre, contra 15,9% no mesmo período de 2020 e de 16,4% no consolidado de 2020.

Segundo a gerente da pesquisa, as principais influências para a alta da taxa de investimento foram "o Repetro, a alta da produção interna de bens de capital, aumento de desenvolvimento de softwares, que vem ganhando peso, além do melhor desempenho da construção civil em relação ao 4º trimestre". A taxa de poupança também aumentou, atingindo 20,6%, ante 13,4% no 1º trimestre do ano passado.


Perspectivas para o ano

Apesar da incerteza ainda elevada e das preocupações relacionadas à pandemia e ao ritmo da vacinação no país, indicadores econômicos têm surpreendido positivamente nos últimos meses, levando à revisões para cima na projeção de crescimento do PIB em 2021.

Na última semana, o mercado financeiro subiu a estimativa para o avanço da economia no consolidado no ano para 3,96%, com diversos analistas prevendo agora uma alta acima de 4%. A estimativa oficial do Ministério da Economia aponta para expansão de 3,5% do PIB em 2021, mas o ministro Paulo Guedes diz que o Brasil pode crescer em torno de 4,5% a 5%.

Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve nesta segunda-feira a previsão de crescimento de 3,7% para o Brasil, mas apontou que o pais deverá crescer menos que média mundial.

Em 2020, no primeiro ano da pandemia, a economia brasileira tombou 4,1%, registrando a maior contração desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996, o que tirou o Brasil da lista das 10 maiores economias do mundo.

Fonte: G1