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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 31 de agosto de 2021 às 11:23


Preferências da Grimper e da ASA Investments recaem sobre empresas produtoras e investimentos diretos em commodities agrícolas, cobre e crédito de carbono.

Com o olhar atento ao aumento da demanda por commodities, em um movimento que deve ser impulsionado nos próximos anos por uma agenda mais verde e por políticas públicas de apoio financeiro implementadas na pandemia, gestores estão otimistas com um novo superciclo de commodities, que não seria pontual como o movimento visto neste momento.

De olho nas oportunidades, as preferências de gestores como Sylvio Castro, CIO da Grimper Capital, e Marcio Fontes, da ASA Investments, recaem sobre empresas produtoras e investimentos diretos em commodities agrícolas, cobre e crédito de carbono.

Os dois participaram na quinta-feira (26) de painel da Expert XP sobre commodities juntamente com Tony Volpon, estrategista-chefe da Wealth High Governance (WHG) e ex-diretor do Banco Central.

“As empresas continuam representando uma boa oportunidade para carregar, assim como a própria compra de commodities, como cobre e petróleo”, afirmou Fontes.

O gestor recomendou, contudo, cautela e ressaltou que o investidor não pode ir “com muita fome” ao buscar o setor. “Há miniciclos que podem te jogar pra fora, caso o investidor vá com muita fome […]. Tem que ficar atento ao timing [momento certo] por causa das oscilações.”

Castro contou que estava com posições compradas (que apostam na alta de preços) em crédito de carbono, cobre e em empresas atreladas a commodities agrícolas, sem mencionar nomes. E também fez um alerta a quem deseja entrar no mercado.

“Quando olhamos as empresas produtoras de commodities, temos a impressão que elas negociam a múltiplos baratos, mas é difícil ter certeza se o múltiplo vai mudar, porque a produção envolve poluir e o mundo deve pagar menos prêmio por isso”.

Outro ponto de atenção, segundo o CIO da Grimper Capital, é que essas companhias são conhecidas como cíclicas e podem ter movimentos muito bruscos de acordo com o crescimento ou o recuo das economias. Por isso, ele recomenda ao investidor balancear adequadamente o tamanho da posição para enfrentar eventuais riscos.


Novo ciclo mais duradouro

No evento, os gestores indicaram que um novo superciclo de commodities deve começar em breve impulsionado por políticas fiscais de assistência a famílias mais pobres, assim como uma agenda focada na transição para uma economia mais verde e maior tendência de desglobalização.

“É uma demanda global que vem da sociedade e que vai ser a grande agenda das próximas décadas. É um ciclo que tem maior sustentação. Essa é a grande diferença [do ciclo atual]”, destacou Volpon, da WGH.

Castro, da Grimper Capital, ressaltou que os programas de política fiscal adotados por governos na pandemia têm ajudado famílias desfavorecidas a terem uma renda mais alta, o que deve contribuir para um aumento da demanda por commodities agrícolas.

Além disso, para o CIO, as mudanças climáticas vão exigir um “enorme esforço” em termos de políticas públicas em todo o mundo para diminuir o preço das energias renováveis, o que deve levar a uma expansão da demanda por metais básicos.

Também com uma agenda mais “verde” em mente, Volpon afirmou que a sociedade vai precisar investir em commodities para renovar toda a matriz energética e industrial disponível hoje. E indicou que a conjunção de uma demanda mais alta por commodities agrícolas, com a falta de oferta e uma agenda mais verde devem levar a um período de preços mais altos.

A visão foi compartilhada por Fontes, da ASA Investment, que citou ainda que uma tendência de desglobalização deve atuar juntamente com essa mudança de agenda e de práticas assistencialistas para impulsionar um novo ciclo de alta nos preços das commodities.

Ele afirmou que, diante da crise imposta pela Covid, empresas tiveram que investir para melhorar a infraestrutura das cadeias de produção em função do fechamento das fronteiras, e que esses investimentos podem ficar cada vez mais frequentes no pós-pandemia, com reflexo especialmente sobre commodities metálicas.

“O mundo pós-pandêmico pode ter certa desglobalização. Empresas vão ter que ter mais produção local e flexibilidade de produção”.

Com relação à posição do Brasil nesse cenário de alta de commodities, o estrategista-chefe da WHG disse ver no país uma vantagem comparativa natural em termos de produção de minério, por exemplo, e com capacidade para aumentar a oferta no setor agrícola.

Com isso, Volpon assinala que o país está em uma posição favorável para usufruir de um eventual superciclo de commodities, embora precise fazer sua parte. “O superciclo pode ajudar, mas precisamos fazer o dever de casa para ajudar.”

Fonte: Infomoney
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 31 de agosto de 2021 às 11:21


O que é efeito de rede e sua importância: Em um mundo cada vez mais conectado e com relacionamentos infinitos, os efeitos de rede são um fator importante para a sua empresa. Digo isso porque cerca de 70% de todo o valor criado em tecnologia desde 1994 veio de efeitos de rede.

Primeiro, Network Effects, ou efeitos de rede, caracterizam-se como um fenômeno pelo qual um número maior de pessoas ou participantes aumenta o valor de um bem ou serviço.

Isso acontece, pois à medida que mais usuários conhecem e utilizam a plataforma, mais conteúdos, informações e serviços são produzidos. Esse crescimento atrai pessoas exponencialmente a se conectarem e fazerem negócios utilizando a rede. Certo, mas como funcionam essas redes?

Basicamente, as redes são formadas por links e nós. Os nós são os participantes da rede, como consumidores, clientes, compradores e usuários. Já os links são as conexões entre os nós ou grupos de nós em uma rede.

Esses links variam em termos de força, sendo uma função da durabilidade, proximidade e atividades entre dois nós. Você e o seu melhor amigo possuem uma relação há mais tempo, além disso, são mais próximos e mantém uma troca de informações, tudo isso fortalece o link. Portanto, é natural que o link do Instagram com o seu melhor amigo seja muito mais forte do que o seu link com alguém que você tem pouco contato. Apesar de entender como funcionam os links e sua força ser importante para as redes sociais, todos os links, fortes ou fracos, contam para para a criação de valor da plataforma.


E por que ter mais usuários traz mais valor para a empresa?

Um exemplo perfeito é o Facebook com 2,7 bilhões de usuários, o site iniciou apenas como uma rede social para conexão entre estudantes, mas com o seu crescimento se tornou atrativo para empresas pagarem para ter suas propagandas divulgadas. Aqueles que entenderem a importância dos efeitos de rede, estarão melhor posicionados para construir e desenvolver suas empresas.


Propriedades
As redes possuem propriedades e irei explicar as que eu considero mais importantes usando o exemplo do G4 Club:

- A direção, ou seja, se a troca é unilateral ou recíproca. O G4 Club é uma rede bidirecional, pois temos trocas constantes em encontros, reuniões presenciais, mentorias e discussões online. Essas interações são um dos pontos fortes do nosso clube e trarão diversas possibilidades, como negócios, parcerias, contratações, investimento e até M&A.
 
- A densidade de uma rede é determinada pela proporção de links para nós. Quanto maior a proporção, mais densa é a rede e consequentemente, mais poderosos são os seus efeitos. O G4 Club reúne gestores e líderes para construção de relacionamentos duradouros e com troca de experiências, sendo um grupo seleto de participantes, mas de alto valor agregado. Em junho de 2021, contávamos com 100 membros oficiais.

- A massa crítica. Refere-se ao ponto em que o valor produzido pela rede ultrapassa o valor do próprio produto e dos produtos concorrentes. Nós conseguimos chegar nessa massa crítica pelo network que proporcionamos com uma lista de excelentes profissionais que já se formaram conosco e que podem ser seu futuro fornecedor, parceiro ou cliente. Contudo, digo que estamos longe do ápice.

- O agrupamento. Os nós não são uniformes, ou seja, não estão organizados por natureza, eles precisam de uma ponte para ligá-los e formar assim, grupos ou subgrupos. Esse é o objetivo do G4 Club, criar um ciclo “vicioso” de relacionamento, negócios e desenvolvimento entre seus participantes.


E porque os efeitos de rede são tão importantes para sociedade?

Cada dia que passa o mundo está mais conectado e cada pessoa que conhecemos faz parte de uma teia invisível enorme. Apesar de dificilmente materializada, a nossa rede de conexões é gigantesca.

Quem nunca ouviu sobre a teoria dos seis graus de separação? Tal teoria originou-se a partir de um estudo científico desenvolvido pelo psicólogo Stanley Milgram na década de 1960, que criou a teoria de que, no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. 

O primeiro estudo foi feito nos Estados Unidos através do envio de cartas, com o objetivo de identificar o número de laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer.

Essa teoria, inclusive, baseou o funcionamento do Orkut, pois graças a teoria o engenheiro de software responsável pela rede de relacionamentos, Orkut Buyukkokten, pôde estabelecer uma relação intermediária entre todos os usuários.


Outro estudo, um pouco mais recente, foi feito para analisar se esta teoria está correta. Este estudo foi feito por pesquisadores da Microsoft, eles estudaram os endereços de pessoas que enviaram 30 bilhões de mensagens instantâneas usando o programa MSN Messenger durante um início mês em 2006. 


Logo, eles concluíram que quaisquer duas pessoas estão conectadas em média, por sete ou menos conhecidos. Eric Horvitz, um dos pesquisadores envolvidos no projeto disse: “O que nós estamos vendo indica que talvez exista uma constante conectividade social para a humanidade”.


Apesar das redes sociais terem seus danos à sociedade, a globalização somada ao avanço da tecnologia trouxe oportunidades incalculáveis para a geração atual.


Network é bullshitagem?

“Vou a um happy hour fazer um networking”;
 “Vou àquele evento fazer alguns contatos”;
 “Você possui cartão? Toma aqui o meu”.

Qualquer semelhança não é mera coincidência nesses trechos citados acima. Para muitas pessoas, o que chamamos de networking é algo que não tem valor, é “puxa-saquismo”, apenas uma troca de cartões e um tanto de conversa chata. Nós realmente acreditamos que é exatamente o contrário. As pessoas muito bem sucedidas, apresentam três coisas em comum: motivação, capacidade e oportunidade. Para alcançar o sucesso, precisamos combinar trabalho árduo, talento e sorte.

O processo de conexão (se assim podemos denominá-lo) é algo que leva tempo. No livro “Dar e Receber” de Adam Grant ele menciona: “Ser doador não é ser bom nas corridas de 100 metros, mas é valioso nas maratonas”. No livro ele menciona os termos doadores, tomadores e compensadores. Não seremos exaustivos aqui, mas de forma ampla: dar, receber e trocar são três estilos fundamentais de interação social, mas as linhas entre eles são muito tênues e voláteis.

É como Wayne Baker explica: “Se criarmos redes de relacionamentos com a única intenção de conseguir algo, não seremos bem-sucedidos. Não podemos perseguir os ganhos das redes de relacionamentos; os benefícios são consequências naturais da dedicação a atividades e relacionamentos significativos.”

Um outro termo utilizado no livro de Adam Grant, diz respeito aos laços fortes e aos laços fracos. Basicamente laços fortes são nossos amigos e colegas íntimos, e os laços fracos são os nossos conhecidos. Os laços fortes geram vínculos, mas os fracos atuam como pontes: fornecem um acesso mais eficiente a novas informações.

Certamente precisamos da nossa rede mais próxima, daqueles que contamos para todo e qualquer momento. De toda forma, através de relacionamentos e conexões mais distantes, também conseguimos construir algo relevante.

Outro ponto importante e que já é objeto de estudo, é sobre o que chamamos de “Laços Latentes”. As conexões e o modo como são mantidas, foram evoluindo a cada década. Com o passar dos anos, construímos uma rede realmente forte de contatos, incluindo amigos, amigos de amigos, conhecidos, colegas, etc. É aí que entra então, a figura do “Laços Latentes”: os adultos acumulam milhares de relacionamentos durante a vida. Antes da tecnologia e da internet, algo em torno de 100 e 200 pessoas era algo muito bom e relevante, não existiam apps e redes sociais.

Os “Laços Latentes” fornecem mais informações novas que os laços antigos. Nos últimos anos, embora distantes, os laços latentes foram expostos a ideias e perspectivas distintas, enquanto os contatos ativos, mais provavelmente, compartilhavam os mesmos conhecimentos e pontos de vista.Ao se reconectarem, as pessoas ainda têm o sentimento de confiança. A reconexão é uma experiência, que quando bem aproveitada e vivida, se torna algo extraordinário nos dias atuais.

Uma boa prática já conhecida e que recebeu o nome de “o favor de 5 minutos”, pode ser uma boa estratégia nos momentos de conexão e pós-conexão. 

O que deve ser feito depois do primeiro encontro profissional? A melhor forma é pensar na outra pessoa primeiro e fazer alguma coisa por ela, um pequeno favor, mesmo que não gere nada em troca. Para quem ajuda, isso significa oferecer apenas alguns minutos do seu tempo, já para quem recebe pode ser um grande benefício.

Acreditamos fortemente que o Networking hoje é uma ferramenta imprescindível para qualquer um de nós na sociedade. Certamente temos pessoas com mais e menos habilidades para construir e usufruir disso. De toda forma, isso não deve ser ignorado já que a qualquer instante uma nova oportunidade pode surgir.

Fonte: Gestão 4.0