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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 31 de agosto de 2021 às 11:01


O site de origem chinesa oferece serviços de logística em parceria com os Correios e opção de frete grátis em compras a partir de R$ 50.

O AliExpress, serviço de vendas internacionais do grupo Alibaba, anunciou neste mês de agosto a abertura de seu e-commerce para todos os vendedores brasileiros. Considerado o maior marketplace do mundo, a plataforma chinesa oferece vantagens para vender seus produtos, incluindo frete grátis para todo o Brasil. O site trabalha com comissões mais baixas e mais competitivas que a média do mercado nacional e também o repasse diário de pagamentos, que são vantagens para os lojistas, que também vão se beneficiar do tráfego de milhões de usuários do site.

Neste caso, os vendedores pagarão valores entre 5% e 8% (os percentuais variam conforme a categoria dos produtos vendidos) de seu faturamento à plataforma, que irá assegurar, além de sua tecnologia e base de usuários, um serviço integrado de logística. O envio de produtos dentro do território nacional será coordenado pela Cainiao, empresa de logística do grupo Alibaba, que já possui operação no Brasil.

Os técnicos da Cainiao ficarão com a responsabilidade de adicionar tecnologias avançadas do grupo Alibaba no Brasil e coordenar os serviços prestados pelos parceiros locais.  A empresa informou que compras partir de 50 reais, sem pesos excessivos no produto, já são elegíveis para frete grátis. A Cainiao trabalhará em parceria com os Correios para entregas e em breve a empresa anunciará mais parceiros.

Quanto aos repasses financeiros, o serviço de vendas locais no e-commerce AliExpress assegurará aos lojistas brasileiros que o fluxo seja mais rápido que a média do mercado e a possibilidade de realizarem saques, sem custos, diariamente.


Ferramentas inovadoras

Em nota, a AliExpress destacou também que disponibilizará para os lojistas do Brasil ferramentas de marketing inovadoras criadas pelo grupo Alibaba para melhorar a conversão e performance de suas vendas. Por exemplo, o canal Universidade AliExpress oferece, em português, cursos técnicos de marketing digital. Há também um serviço de suporte via call center disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, em que todos podem tirar dúvidas a respeito dos novos vendedores que ingressam na plataforma.

A empresa estudou o mercado e vai oferecer mais recursos para garantir resultados. “A missão do Alibaba é tornar mais simples e fácil o jeito de fazer negócios em qualquer parte do mundo. Agora, poderemos não apenas atender os consumidores brasileiros, mas também colaborar com nossa tecnologia para o crescimento de pequenos e médios negócios no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento e a digitalização da economia brasileira”, afirma Yaman Alpata, Head do Marketplace da AliExpress no Brasil.


Quem pode fazer parte?

Foram definidas algumas condições para poder fazer parte da plataforma de vendas. Ainda em nota, a empresa disse que  tudo foi pensado com a ideia de poder controlar melhor a qualidade dos serviços oferecidos no e-commerce da AliExpress. Inicialmente, só serão autorizadas as entradas de vendedores que possuam um cadastro CNPJ. O ingresso de quaisquer lojistas na plataforma está sujeito à aprovação do AliExpress. Assim que o cadastro é liberado, o vendedor pode registrar produtos em sua loja e iniciar as vendas online imediatamente. A empresa foi fundada em 2010 e está no Brasil desde 2019.

Fonte: Novarejo
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 24 de agosto de 2021 às 11:25


Em um papo enriquecedor, Vélez conta sobre a cultura do Nubank, pilar fundamental para que a empresa, fundada em 2013, já tenha sido avaliada em US$ 30 bilhões.

E a 2ª Temporada do nosso podcast Papo de Gestão chegou mesmo com tudo! No primeiro episódio dessa temporada, Tallis Gomes recebeu David Vélez, CEO e Fundador do Nubank, em um papo sobre como o Nubank se tornou uma das 10 maiores startups do mundo, avaliado em US$ 30 bilhões. Segundo Vélez, a grande responsável por esse resultado foi a cultura empresarial.

Por isso, revelamos 5 valiosas lições sobre cultura que David falou no podcast e você pode aplicar no seu negócio!


Lição 1 – Não venda produto, venda cultura

Quando a sua empresa tem uma cultura forte, este se torna o seu maior diferencial competitivo.

Provavelmente você tem concorrentes que vendem a mesma coisa ou algo muito parecido que seu produto ou serviço. Ainda que você esteja em um “oceano azul”, se sua empresa começar a dar certo, mais cedo ou mais tarde alguém vai copiar você.

Mas a cultura empresarial é uma coisa única, impossível de ser 100% copiada.

No caso do Nubank, por exemplo, vimos dezenas de outros bancos digitais surgindo, com todo o tipo de feature possível.

Ainda assim, nenhum deles conseguiu reproduzir o “efeito Nubank”, porque os clientes do roxinho são completamente apaixonados pela cultura da marca.


Lição 2 – A cultura é criada pelas 10 primeiras pessoas da empresa

Segundo Vélez, a cultura de uma empresa é criada logo no seu início, nos primeiros 6 meses e pelos 10 primeiros colaboradores.

Essas pessoas serão o exemplo dos próximos que virão. Elas serão responsáveis por passar, direta ou indiretamente, os valores da empresa para os novatos, quando estiverem contratando gente nova toda semana.

Lembre-se: a palavra convence, mas só o exemplo arrasta.

A grande prova disso é que Vélez comentou que, mesmo sendo o CEO de uma empresa gigante, responde individualmente todos os e-mails de reclamações que chegam na sua caixa de entrada.

Por mais que isso não seja escalável, é um grande exemplo do maior valor do Nubank: o foco fanático na satisfação de seus clientes.


Lição 3 – Faça um documento com a sua cultura

Lá no início do Nubank, quando eles ainda eram aquela pequena empresa de 10 pessoas, Vélez, seus sócios e colaboradores dedicaram um dia inteiro para a construção da cultura empresarial.

Para isso, eles fizeram um offsite, isso é, saíram do ambiente de trabalho, e foram conversar de forma descontraída, enquanto tomavam uma caipirinha ou uma cerveja, para debater com calma como seria a cultura da empresa.

Desde então, esse documento é apresentado para todos que ingressam na empresa e serve de guia para a forma como as coisas devem ser feitas. Dá uma olhada no que eles escreveram como os pilares de valor do Nubank:

* We want customers to love us fanatically: queremos que os clientes nos amem fanaticamente;

* We are hungry and challenge the status quo: somos famintos e desafiamos o “sistema”, o status quo;

* We think and act like owners: temos mentalidade de dono;

* We build strong diverse teams: construímos times fortes e diversos;

* We pursue smart efficiency: buscamos a eficiência inteligente.


Lição 4 – Capriche no Onboarding

Há 8 anos, todos os meses, David apresenta a cultura Nubank para todos os novos colaboradores que entram na companhia.

Por mais corrida que seja a agenda de um CEO de uma empresa bilionária, Vélez vê a sua presença nesse processo de onboarding como indispensável. É uma oportunidade para todos que entram de ouvir diretamente do fundador da empresa quais os valores e o que se espera deles por lá.

Mas não para por aí, o onboarding do Nubank pode durar até 4 semanas.

Na primeira semana, a ideia é entregar para os novos colaboradores uma visão geral da empresa, onde, além de Vélez, os gestores de cada área também apresentam um pouco do que eles fazem e de como veem a empresa.

Depois de finalizado esse onboarding geral, as semanas seguintes são de um onboarding mais específico na área do colaborador, onde são apresentadas suas funções, as ferramentas e como eles trabalham.

Nessa segunda etapa, que dura em média 3 semanas, o novo membro do time já está trabalhando normalmente, mas parte do seu tempo é dedicada para que ele aprenda com calma tudo o que precisa para se tornar um profissional de excelência.


Lição 5 – Só a cultura sobrevive ao longo prazo

No podcast, Vélez conta que um dos grandes motivos de ele valorizar tanto a cultura é porque antes de trabalhar no Nubank, ele esteve na Sequoia Capital, um grande fundo de venture capital que tem uma cultura muito forte.

Lá, ele percebeu que a Sequoia tinha uma grande diferença em relação a outros fundos: eles já estão na 3ª geração e só crescem.

Segundo David, isso é raríssimo no mundo de investimentos de risco e só foi possível graças a uma boa cultura empresarial.

É exatamente por isso que David garante que a cultura é o grande pilar do crescimento do Nubank até aqui, e por mais que a empresa já esteja avaliada em 30 bilhões de dólares, ainda é o começo.

A expectativa é que a cultura do Nubank leve a empresa muito além nos próximos anos.

Fonte: Gestão 4.0