Notícias


Gestão & Liderança Postado em segunda-feira, 15 de abril de 2024 às 09:57


Modelo enfrenta desafios financeiros e índice de sinistalidade ultrapassa histórico. 

Nos últimos anos, o mercado B2B (Business-to-Business) no Brasil tem experimentado um crescimento notável e contínuo. Esse setor, que engloba transações comerciais entre empresas, tem se destacado como um dos pilares fundamentais da economia brasileira, impulsionando a inovação, a produtividade e o desenvolvimento empresarial em diversas áreas. Desde a adoção de tecnologias disruptivas até a implementação de estratégias de marketing e vendas cada vez mais sofisticadas, o mercado B2B tem se adaptado e evoluído para atender às demandas de um ambiente empresarial em constante transformação.

Para ajudar empresas a compreender as principais tendências no mercado de serviços B2B no Brasil, o Google encomendou um estudo baseado em entrevistas com tomadores de decisão de companhias que atuam no Brasil. Os dados foram apresentados durante o B2B Summit 2024 – A jornada de decisão B2B, realizado pelo Google.

“Nós vimos que dentro do processo de digitalização, muito acelerado desde a pandemia, não só os consumidores se digitalizaram, mas também as empresas e as pequenas e médias empresas (PMEs). Até pouco tempo atrás, a digitalização era algo para grandes empresas. Com o processo de digitalização, vimos que ela se democratizou também para as PMEs, e hoje abrange empresas grandes, médias e pequenas. Com isso, abriu frente para todo um processo de transformação digital dentro das PMEs e de aceleração do marketing digital”, comenta Fernanda Doria, diretora de Negócios para Pequenas e Médias Empresas no Google Brasil.

Nesse cenário, o estudo, que teve participação da Liga Pesquisas e da Quantas, mostrou que para grande parte das empresas (90%) é preferível contratar soluções de tecnologia prontas, ao invés de desenvolvê-las internamente. Em média, são contratadas de três a quatro soluções para diferentes áreas do negócio. Dentro desse setor, as pequenas e médias empresas são as principais responsáveis pelo crescimento do setor. Segundo o levantamento, nove em cada 10 companhias com até 49 funcionários contratam softwares, plataformas de serviços ou tecnologias. Entre elas, os Microempreendedores Individuais (MEIs) são os maiores contratantes (73%). Em seguida, aparecem as PMEs ou Empresas de Pequeno Porte (EPPs), com 23%.

Já entre as empresas que têm até 50 funcionários, o comércio tem se destacado na contratação de tecnologia. 79% das PMEs e 76% dos MEIs buscam ferramentas para otimizar seu negócio. Já nas empresas com mais de 250 funcionários, a indústria assume a liderança com 44% das empresas entre 250 e 999 funcionários, enquanto 60% das empresas com mais de 1000 funcionários contratam soluções tecnológicas.

O levantamento do Google mostrou ainda que as soluções Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) se destacam dentro do volume de contratações. Esse recurso é escolhido por nove em cada 10 companhias (87%). Em seguida, aparecem compras (55%), logística (49%), marketing/CRM (46%), e-commerce (44%), educação (25%) e benefícios (24%).

Além disso, segundo a pesquisa, os últimos dois anos trouxeram destaque para as plataformas de e-commerce. Esse tipo de solução foi contratada por 62% das empresas pela primeira vez, sendo que 70% das contratações aconteceram nos últimos seis meses. Enquanto isso, soluções de benefícios e educação são as que mais variam em volume de contratação entre portes de empresas. Essas duas últimas citadas são priorizadas por companhias de grande porte. Quanto às plataformas de benefícios, são contratadas por 20% das MEIs, enquanto 80% das companhias com mais de mil colaboradores optam por ter esse recurso. Em software de educação, os números variam. Essa tecnologia é escolhida por 19% das MEIs e por 63% das empresas com mais de mil funcionários.

“É nítido que as pequenas e médias empresas no Brasil buscam cada vez mais contratar soluções de tecnologia para facilitar o dia a dia e ganhar eficiência operacional. O mercado de serviços para empresas no Brasil está em franca expansão, impulsionado principalmente pelas pequenas e médias empresas, que têm o desafio de construir negócios de sucesso no Brasil. Ao investir em tecnologia, as PMEs otimizam seus processos, aumentam a produtividade e se tornam mais competitivas, abrindo um leque de oportunidades para o crescimento do setor de serviços como um todo”, pontua Fernanda Doria.


Fatores na tomada de decisão do setor B2B no Brasil

O estudo mostrou também que a busca por essas soluções é motivada por duas principais questões: facilitar o dia a dia e ter mais eficiência; e a insatisfação com plataformas anteriores, por motivos como aumento de preço, atendimento ruim, falta de inovação e dificuldade de uso. No primeiro caso, a pesquisa mostra que, quanto maior o porte da empresa, mais relevante a busca para reduzir custos nessa equação. Isso acontece em 97% das companhias com mais de mil funcionários, contra 93% das MEIs. Na segunda situação, a falta de inovação é a principal queixa para 64% das MEI, 72% das PMEs e 71% das médias empresas. Além disso, a dificuldade de uso e atendimento ruim afetam mais as grandes empresas, representando, respectivamente, 77% e 72%.

Quanto às principais fontes de informação para empresas que buscam soluções tecnologia, 76% dos negócios usam indicação de fornecedores. Já 66% das companhias contratam fornecedores que já conhecem ou ouviram falar. Outras 65% buscam informações com profissionais da área, enquanto 63% pesquisam no Google.  Nesse último cenário, MEIs e PMEs são as que mais encontram no Google uma fonte de informação para mapear fornecedores, com 64% e 60% respectivamente. Vale lembrar que entre as empresas com mais de 250 funcionários, são mais utilizadas as indicações.

“Para se destacar nesse momento da jornada, é importante que empresas que buscam crescer no mercado de serviços B2B invista no fortalecimento de suas marcas. Dados internos do Google mostram que o volume de buscas por marcas mais que dobrou nos últimos quatro anos. Isso significa que ao buscar por uma solução B2B, as empresas tendem a procurar uma marca que já conhecem. Então, para aparecer para este mercado, é preciso um investimento para que a sua solução se torne conhecida”.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 15 de abril de 2024 às 09:56
 
Para a Geração Z, as músicas representam um retorno a tempos mais simples, e a nostalgia pode impactar a curadoria de grandes festivais. 

Você já parou para pensar quanto tempo passa escutando música por dia? É provável que não. A relação da nossa sociedade com a música evoluiu bastante com o tempo. Antigamente, o acesso era limitado e, para ouvir uma canção, as pessoas se reuniam na casa de alguém, geralmente em volta de uma vitrola e depois de um rádio, para que pudessem desfrutar daquele momento juntos. A música era elitizada, principalmente pelo alto investimento em equipamentos de áudio ou nos próprios discos.

Hoje em dia, ouvir música é muito mais simples e rápido, não sendo necessário ter o CD físico e muito menos o álbum de vinil para colocar para tocar em algum aparelho de som. A música está a apenas um click no seu celular e até mesmo no computador. Com os streamings musicais, a vida de quem gosta de ouvir música diariamente tornou-se bem mais prática.

Streamings como Spotify serviram como grandes democratizadores da música, sem contar a potencialização de artistas fora do radar das grandes gravadoras que puderam ter seus trabalhos descobertos, mesmo sem que milhares de reais fossem investidos para isso. Esse processo ajuda a descentralizar o poder da indústria fonográfica e consequentemente seu monopólio.

A música move culturas e podemos perceber a sua grande influência na Geração Z, que são as pessoas entre 13 e 27 anos. Também é possível notar a mobilização que gera nas redes sociais com ‘eventos’ como o Spotify Wrapped (retrospectiva do Spotify), por exemplo, que virou uma sazonalidade importante, trazendo as músicas mais ouvidas por cada usuário do streaming do mundo todo.

Essa retrospectiva foi um grande acerto e surgiu diante do fato de que milhares de pessoas não passam um único dia sem ouvir pelo menos uma canção que gostam muito, a favorita do momento ou aquela ‘chiclete’ que não sai da cabeça por nada. Foi uma oportunidade de mostrar o que foi escutado ao longo do ano, o que é positivo. Inclusive, a GenZ é um dos nichos que consome muita música, de variados gêneros.

De acordo com dados do relatórioCulture Next, feito pelo Spotify, serviço de streaming de música mais popular e usado do mundo, a Geração Z foi a que teve um crescimento mais acelerado em número de streamings de músicas e podcasts mundialmente na plataforma. Foi um aumento de 76% no primeiro semestre de 2023 em relação a 2022 e a tendência é que 2024 supere esse número.


Nostalgia

No entanto, engana-se quem acredita que a GenZ ouve apenas os hits do momento, muito pelo contrário. Desde o ano de 2020, a tendência é uma onda de viralização de músicas nostálgicas entre os mais jovens, como por exemplo de artistas como a Madonna e a banda Green Day – ambos ganharam destaque nas principais trends do TikTok por um período. E por que será que isso acontece?

Uma forte característica da GenZ é conseguir resgatar coisas antigas, neste caso as músicas, e fazer com que fiquem em alta de novo. Esse movimento está diretamente ligado ao fenômeno da diferenciação, que funciona quando as pessoas querem a todo custo se diferenciar da comunidade em que estão inseridas e fazem isso por meio do que estão consumindo.

Essa diferenciação pode ser do seu grupo de amigos, da sua cultura local e do espaço que você ocupa. E para fazer isso com maestria é necessário buscar referências em outras épocas, que existiram antes de você. É uma espécie de processo de resgate, para poder dizer frases assim: “Eu não ouço o que está tocando na rádio agora, mas sim o que meus pais escutavam na época deles”.

Isso permite que a Geração Z forneça um novo sentido para a palavra ‘nostalgia’, pois enquanto os Millennials sentem saudade da época em que viveram, o pessoal da GenZ reinventa o sentimento, vendo a época passada sob uma ótica totalmente atual, em busca de inspirações para que possam mesclar o ‘antigo’ com o ‘novo’, assim criando algo diferente do padrão.

Novamente citando um estudo do Spotify, foi confirmado que cerca de 69% da Geração Z no Brasil gosta de ouvir e ver conteúdo de décadas passadas porque lembra o tempo em que as coisas eram mais simples. Ou seja, aliado à vontade de mostrar que são autênticos, a GenZ também busca uma sensação de conforto e pertencimento, diante de tantas incertezas do mundo atual.

Além disso, o consumo dessas novas gerações é capaz de gerar uma grande influência na curadoria de atrações dos festivais de música. E quando algumas marcas conseguem entender isso, colocam a Geração Z em um lugar de protagonismo, possibilitando uma conexão maior com os consumidores. Aliás, a decisão de patrocinar festivais e entrar mais profundamente nesse universo faz com que o laço com a marca se fortaleça.

Diante deste comportamento, fica evidente como a música possui o poder de mover as narrativas e está presente em diferentes momentos da nossa jornada, sejam bons ou ruins. E com o aumento do acesso e também a democratização que foi trazida pelos streamings, esse movimento da Geração Z de se expressar por meio de música que ouve se intensificou ainda mais.

Fonte: Consumidor Moderno