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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 01 de junho de 2021 às 10:41


O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no 1º trimestre de 2021, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo divulgou nesta terça-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,048 trilhões.

Os números do IBGE confirmaram que a economia brasileira iniciou o ano em expansão, mas com desaceleração no ritmo de recuperação, após avanço de 3,2% no 4º trimestre de 2020.

Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou crescimento de 1% – a primeira alta após uma sequência de quatro quedas.


O resultado veio acima do esperado. A mediana das projeções de 55 instituições financeiras e consultorias procuradas pelo Valor Data era de alta de 0,7% na comparação com o 4º trimestre, e de 0,5% em relação ao 1º trimestre de 2020.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia."Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014", destacou o IBGE.

De acordo com a gerente de Contas Nacionais, Rebeca de La Roque Pallis, o patamar 3,1% abaixo do pico equivale ao ritmo da economia no final de 2012 e o começo de 2013.

PIB cresce 1,2% no 1º trimestre de 2021, segundo o IBGE. Em 12 meses, economia ainda tem queda.

Mesmo com três trimestres seguidos de recuperação, a economia ainda não eliminou, porém, o tombo recorde de 9,2% registrado no 2º trimestre de 2020. No acumulado em 12 meses, o PIB ainda registrou queda de 3,8%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.



Principais destaques do PIB no 1º trimestre

Serviços: 0,4%
Indústria: 0,7%
Agropecuária: 5,7%
Consumo das famílias: -0,1%
Consumo do governo: -0,8%
Investimentos: 4,6%
Exportação: 3,7%
Importação: 11,6%
Construção civil: 2,1%

Agropecuária foi destaque entre os setores

Os 3 grandes setores da economia avançaram nos 3 primeiros meses do ano, contra o quarto trimestre de 2020. O maior crescimento foi da agropecuária (5,7%), seguida pela indústria (0,7%) e serviços (0,4%).

Entre as atividades industriais, o avanço foi puxado pelas Indústrias Extrativas (3,2%). Também registraram taxas positivas a Construção (2,1%) e a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%). Somente a indústria de transformação teve retração (-0,5%).

Nos serviços, houve resultados positivos em Transporte, armazenagem e correio (3,6%), Intermediação financeira e seguros (1,7%), Informação e comunicação (1,4%), Comércio (1,2%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Outros serviços (0,1%). A única queda foi na Administração, saúde e educação pública (-0,6%).


Investimento cresce e consumo das famílias recua

Pela ótica da despesa, os investimentos tiveram alta de 4,6%, enquanto o consumo das famílias (-0,1%) e o consumo do governo (-0,8%) tiveram queda em relação ao trimestre imediatamente anterior.

"A gente tem visto o governo com problemas orçamentários, não tem tido concursos e tem tido muita aposentadoria, e isso tudo afeta o consumo do governo", destacou a pesquisadora do IBGE.

O recuo no consumo das famílias – principal motor do PIB nos últimos anos – refletiu a redução do Auxílio Emergencial, o recrudescimento da pandemia, o aumento da inflação e o desemprego em patamar recorde. Na comparação com o 1º trimestre do ano passado, queda foi de 1,7%.

No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram crescimento de 3,7%, enquanto as importações cresceram 11,6% em relação ao quarto trimestre. Entre as exportações de bens, os setores que mais contribuíram para a alta foram: extração de minerais metálicos; produtos alimentícios; veículos automotores; e produtos de fumo.

A taxa de investimento avançou para 19,4% do PIB no 1º trimestre, contra 15,9% no mesmo período de 2020 e de 16,4% no consolidado de 2020.

Segundo a gerente da pesquisa, as principais influências para a alta da taxa de investimento foram "o Repetro, a alta da produção interna de bens de capital, aumento de desenvolvimento de softwares, que vem ganhando peso, além do melhor desempenho da construção civil em relação ao 4º trimestre". A taxa de poupança também aumentou, atingindo 20,6%, ante 13,4% no 1º trimestre do ano passado.


Perspectivas para o ano

Apesar da incerteza ainda elevada e das preocupações relacionadas à pandemia e ao ritmo da vacinação no país, indicadores econômicos têm surpreendido positivamente nos últimos meses, levando à revisões para cima na projeção de crescimento do PIB em 2021.

Na última semana, o mercado financeiro subiu a estimativa para o avanço da economia no consolidado no ano para 3,96%, com diversos analistas prevendo agora uma alta acima de 4%. A estimativa oficial do Ministério da Economia aponta para expansão de 3,5% do PIB em 2021, mas o ministro Paulo Guedes diz que o Brasil pode crescer em torno de 4,5% a 5%.

Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve nesta segunda-feira a previsão de crescimento de 3,7% para o Brasil, mas apontou que o pais deverá crescer menos que média mundial.

Em 2020, no primeiro ano da pandemia, a economia brasileira tombou 4,1%, registrando a maior contração desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996, o que tirou o Brasil da lista das 10 maiores economias do mundo.

Fonte: G1
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 01 de junho de 2021 às 10:34


Especialistas do Senac RJ elencam cinco tendências para profissionais e empresários do mercado da moda. E-book gratuito apresenta panorama sobre consumo, desafios, inovação e competências profissionais. As mudanças no comportamento do consumidor têm influência direta na moda, e isso provoca alterações relevantes em toda a cadeia e na forma como iremos nos adaptar ao novo cenário imposto pela pandemia.

Pensando nestes novos tempos, o núcleo de Moda do Senac RJ desenvolveu o e-book Desafios e oportunidades para a moda na pandemia. O conteúdo foi elaborado com o auxílio de profissionais de diversas áreas do setor, que apontaram as tendências e possibilidades de adequação necessárias para a manutenção do segmento. Confira uma prévia do conteúdo do e-book, com cinco sugestões do Senac RJ sobre o futuro dos profissionais e do mercado da Moda.

Competências profissionais no novo mercado

Além do conhecimento técnico necessário para a produção de itens de moda, o profissional precisa estar atento às suas competências comportamentais (soft skills). Destaque para a criatividade, não apenas pelo lado engenhoso das criações, mas também para inovar e buscar melhorias e soluções em todos os âmbitos do negócio. A resiliência, capacidade de adaptação às mudanças; a empatia, saber se colocar no lugar do outro; e o pensamento crítico, fundamental para quem precisa pensar em novas alternativas para alcançar resultados positivos, também são soft skills importantes.

“As novas competências profissionais estão relacionadas a soft skills, conhecimento digital, um olhar para a inovação e também para o lifelong learning (educação continuada).”, explica Wilma Freitas, diretora de Educação Profissional do Senac RJ.



Varejo digital

Há uma máxima que afirma que toda crise traz consigo uma oportunidade. Muitas empresas varejistas, antes restritas às lojas físicas, tiveram que adaptar seus negócios ao mundo digital em plena pandemia. Seja investindo em sistemas de e-commerce, em ferramentas omnichannel para integrar a experiência de compra ou gerando conteúdo relevante nas redes sociais, os processos internos tiveram seu planejamento agilizado para garantir a sobrevivência dos negócios.

“Acredito como futuro em um único canal, se físico ou digital, se a marca atende em casa levando a coleção na casa do cliente, você é um atendimento só, uma experiência. A pessoa pode comprar em um ponto físico, mas receber em casa porque não quer sair com sacola, ou comprar on-line e retirar na loja porque não quer esperar o frete. Quem souber gerir da melhor maneira esse fluxo de vendas vai sair na frente.”, comenta Lucas Arcoverde, diretor criativo da Mescla.


Moda colaborativa

O fortalecimento do mercado também passará por uma moda mais colaborativa, com as marcas criando parcerias e redes de aliados com seus consumidores, fornecedores e colaboradores. Olhar pra dentro também é fundamental. O senso de comunidade nunca fez tanto sentido como neste período de pandemia. Será, também, um tempo de colaboração no setor, até mesmo entre marcas concorrentes.

“Além de parcerias, você pode ser uma marca apoiadora de marcas menores, porque sabe que você tem mais estrutura e essa marca menor não precisa passar por certas coisas que você passou. Enxergar que você está em uma condição e é tão simples ajudar e dar suporte a uma marca. Fazer parcerias com marcas não concorrentes, mas com produtos que conversem. Mas isso vai  depender muito dos parceiros enxergarem essa visão de oportunidade.”, explica Rosilane Jardim, diretora criativa da Karamello.


Comportamento do consumidor

Muito em voga mesmo antes da pandemia, a sustentabilidade ganhou contornos mais específicos além da questão ambiental, com um olhar mais atento do consumidor aos vieses social e econômico e de valorização da produção local. Uma nova consciência social traz à tona o valor intangível das marcas e comprova que o consumidor busca cada vez mais por aquelas que investem em uma sociedade melhor e mais inclusiva.

“O momento é de reinvenção para o mercado de forma geral e, principalmente, para a moda. O fim do consumo exacerbado, os consumidores mais conscientes, a valorização do comércio local e o mindset digital são comportamentos que geram impactos no mercado.“, esclarece Leana Braga, gerente de Moda do Senac RJ.


Comunicação e Valor na Moda

Mais do que em qualquer outro tempo, as marcas precisam se posicionar a partir de uma comunicação que seja relevante, que faça sentido e que tenha conexão com o momento. A gente acredita em narrativas de sensibilidade, coerentes com esses tempos difíceis. A verdade de uma marca deve estar na imagem que ela mostra. A atitude e o discurso sempre devem andar juntos para criar uma conexão verdadeira.

“Nunca descartamos os retalhos de produção nas fábricas. Mapeamos para entender o volume de resíduo que estamos gerando e saber se tem alguma proposta de inovação para diminuir o descarte. Começamos a produzir máscaras para vender e doar para manter os empregos da base da cadeia. Foi uma decisão por impulso que foi muito positiva pra gente. Quando as pessoas enxergam esse propósito de ajuda em rede, no meio de uma pandemia, você tem uma oportunidade de crescer fazendo o bem.”, finaliza Lucas Arcoverde, diretor criativo da Mescla.

Confira estas e outras dicas no e-book do Senac RJ Desafios e oportunidades para a moda na pandemia, disponível gratuitamente para download no seguinte link:  http://relacionamento.rj.senac.br/forms/index.asp?id=3850

Fonte: Assistencal e Stylo Urbano