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Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 25 de maio de 2021 às 10:31


Presente com força econômica em dez estados brasileiros, o setor calçadista nacional emprega, diretamente, mais de 260 mil pessoas, tendo impacto direto no desenvolvimento econômico e social. Em cidades menores, a importância se torna ainda maior, transformando realidades e, consequentemente, incrementando os índices de desenvolvimento humano.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que muitas cidades brasileiras passaram a existir no mapa econômico a partir do setor calçadista. “Os ganhos sociais não são somente no setor calçadista, que como todos sabem é intensivo em mão de obra. Quando uma fábrica se instala em uma cidade, vão atrás pousadas, restaurantes, supermercados, farmácias e o comércio em geral. Movimenta toda a economia”, avalia o executivo. 

A movimentação econômica gerada a partir da instalação de uma indústria calçadista é sentida não só com o surgimento de novos negócios, como também a partir de indicadores de desenvolvimento. Um deles é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para aferir o desenvolvimento de sociedades em quesitos como educação, saúde, renda. Dessa forma, reflete a importância da indústria calçadista para as cidades onde está inserida. Em algumas, o IDH dobrou após a instalação das fábricas, que além de empregos, geraram desenvolvimento por meio de incremento em infraestrutura e investimentos.


Vulcabras: desenvolvimento social e econômico no Nordeste

Com fábricas presentes em Itapetinga, na Bahia, e Horizonte, no Ceará, o grupo Vulcabras é um dos mais representativos do Brasil, empregando, diretamente, mais de 16 mil pessoas. O CEO da empresa, Pedro Bartelle, destaca que o impacto econômico e social em comunidades do entorno das fábricas é significativo. “O IDH dessas regiões chega a ser até quatro vezes superior à média nacional. Nestas cidades, a indústria calçadista é propulsora não apenas do desenvolvimento econômico de toda uma região, mas também do desenvolvimento pessoal e educacional das pessoas da comunidade”, avalia o empresário. Os números corroboram. Em 1996, quando a Vulcabras chegou à Horizonte, o IDH da cidade era 0,311 - considerado baixo pela ONU -, registro que saltou para 0,658 - considerado médio/alto - em 2010 (último dado disponibilizado pelo IBGE). Já em Itapetinga, o salto foi de 0,529 - considerado baixo -, quando a empresa chegou em meados dos anos 2000,  para 0,667 - considerado médio-alto em 2010 (último dado disponível).  Bartelle conta que, quando a empresa migrou para o Nordeste, os estados ofereciam incentivos às indústrias para migração das suas plantas fabris para a região, em contrapartida do desenvolvimento social e impacto econômico que essas unidades trariam. Anos depois, a iniciativa se mostrou acertada. 

Além do desenvolvimento econômico, com geração de tributos, e social, com os postos gerados, a Vulcabras investe na educação junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para a capacitação de jovens para o mercado de trabalho. Ainda no campo social, em 2016 o grupo criou a “Escola da Qualidade”, com o objetivo de formar auditores 5S e embaixadores ambientais para as fábricas da companhia.  “No projeto, os funcionários participantes são capacitados pela área de engenharia ambiental da Vulcabras e conscientizados para ajudar em projetos sustentáveis e também de cidadania, levando esse conhecimento para as comunidades do entorno”. 


Sugar Shoes: melhoria da qualidade de vida no Ceará

O Grupo Sugar Shoes/Neorubber, que começou a produzir calçados em 1998 com 70 funcionários em Picada Café, no Rio Grande do Sul, expandiu sua produção em 2000 para a cidade de Senador Pompeu, no Ceará. Em 2010 se junta ao grupo a empresa Neorubber, que hoje já possui unidades fabris em Capela de Santana/RS, Solonópole e Crateús, no Ceará.  Ao todo, as fábricas do grupo empregam cerca de 2,9 mil pessoas. Destas, mais de 2 mil trabalham na unidade de Senador Pompeu. Quando a empresa chegou na cidade cearense, o IDH era 0,487 - baixo - , índice que pulou para 0,619 - médio/alto - em 2010 (último dado disponível). Um dos diretores do grupo, José Paulo Boelter, conta que a fábrica da empresa é a única da cidade. “Senador Pompeu é uma cidade antes e outra depois, a instalação da fábrica mudou a vida das pessoas. E esse é o papel da indústria, melhorar a qualidade de vida por meio do emprego e da renda”, fala Boelter, ao citar que o comércio da cidade se desenvolveu a partir da chegada da empresa. 

Outro fato que orgulha o empresário é que a fábrica já emprega os filhos dos primeiros colaboradores. “Isso é maravilhoso na sucessão dos sócios e, muito mais, quando nos vemos na equipe de trabalho. Preservando a história que é da empresa, mas também de toda a comunidade de todos os colaboradores que passaram e continuam aqui. Podemos ter prédios e máquinas, mas as pessoas são nosso maior patrimônio”. 


Grendene: divisor de águas para Sobral

Há anos, o Ceará figura como o principal produtor de calçados no Brasil. E a Grendene, que chegou ao Estado em 1990 e atua nas cidades de Fortaleza, Sobral e Crato, teve papel determinante nesse fato.  Com 210 mil habitantes, Sobral é o município que mais emprega pela Grendene. São mais de 11 mil colaboradores dos 17 mil postos de trabalho diretos gerados pela calçadista . “É em Sobral onde conseguimos ver de forma palpável como a implementação da empresa ajudou no desenvolvimento socioeconômico do município”, avalia o diretor de Relações com Investidores da Grendene, Alceu Demartini de Albuquerque, ressaltando que o IDH da cidade passou de 0,406 - baixo - na década de 90 para 0,714 - alto - em 2010 (último dado disponível). Segundo ele, a infraestrutura do município melhorou consideravelmente, assim como a educação, a saúde e o comércio. “Sobral é o segundo município mais desenvolvido do Ceará e isso tudo teve uma contribuição relevante da implantação da Grendene. Até porque alguns dos nossos fornecedores acabaram se instalando no município e na Região, gerando emprego, renda e melhorando a condição do município como um todo”, fala, ressaltando que quem ficou muito tempo sem visitar Sobral não reconhece mais o município devido ao seu desenvolvimento econômico e social. 

A secretária de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Sobral, Sandra Arcanjo, classifica a Grendene como a grande mola propulsora da economia da cidade por gerar milhares de empregos diretos e indiretos. “A Grendene transformou Sobral, o município pode ser dividido em antes e depois da chegada da calçadista. E esse desenvolvimento vai além da geração de empregos pelo fato de que a empresa movimenta toda a economia da cidade. O bairro em que ela está instalada, por exemplo, nem existia, assim como o comércio que foi desenvolvido no entorno”, avalia a secretária, ao dizer que a empresa é a maior empregadora de Sobral. Outro ponto destacado pela titular do Desenvolvimento de Sobral é que o nível de escolaridade melhorou muito. E, segundo Sandra, isso também tem relação com a atuação da Grendene. “A calçadista investe em capacitação interna e isso é muito positivo porque também aumenta a capacidade de empregabilidade destas pessoas fora da empresa, caso elas saiam no futuro”.


Beira Rio: mais empregos em toda cadeia do interior do RS

Outra gigante do setor calçadista nacional é a Beira Rio, com dez fábricas localizadas no Rio Grande do Sul. Uma dessas plantas está em Mato Leitão, município do interior gaúcho com pouco mais de cinco mil habitantes. Tendo a fábrica destruída por um incêndio em 2020, a Beira Rio investiu mais de R$ 43 milhões na reconstrução da planta. O presidente do grupo, Roberto Argenta, destaca que a mão de obra qualificada foi um dos atrativos para insistir na cidade. “Optamos sempre por cidades que fiquem geograficamente próximas da matriz e do cluster de fornecedores do Vale do Sinos, de onde compramos mais de 80% dos nossos insumos”, conta. A estratégia comercial do empresário acaba por gerar desenvolvimento econômico e social para os municípios que sediam as plantas. Em Mato Leitão, por exemplo, são 180 empregos diretos e outros 1.500 indiretos. “Os sapatos irão cortados para a costura de terceiros, o que trará mais agilidade e qualidade aos processos, por isso os empregos indiretos são ainda mais expressivos”, informa Argenta. 

Com IDH de 0,746 - considerado alto - , Mato Leitão deve muito do seu desenvolvimento ao setor calçadista, especialmente à Beira Rio. O prefeito da cidade, Carlos Bohn, afirma que a empresa é responsável por 50% do retorno de ICMS ao município, o que possibilita investimentos públicos em prol da sociedade. “Após o incêndio, como forma de apoiar a reconstrução do projeto, concedemos incentivos fiscais previstos na legislação municipal, auxiliamos em terraplanagem, aterro e transporte de materiais”, conta o prefeito, ressaltando que os benefícios sociais e econômicos que a Beira Rio proporciona são imensos, por meio da geração de empregos e renda para as famílias, pelo movimento do comércio, dos serviços de transporte, alimentação e no fortalecimento da economia do município”. 


Potencial do setor

Apesar das dificuldades dos anos recentes, a indústria calçadista brasileira segue sendo a quarta mais importante do planeta, a maior fora da Ásia, tendo produzido mais de 763 milhões de pares no ano passado. A produtividade por trabalhador, que demonstra que a indústria faz a lição de casa intramuros, é uma das maiores do mundo. Conforme Relatório Setorial da Abicalçados, cada trabalhador brasileiro produz 3.480 pares por ano, mais do que nos países concorrentes do setor, caso da China (3.361 por trabalhador), Indonésia (1.991 por trabalhador) e Vietnã (920 por trabalhador). “Fica muito claro que a indústria precisa de políticas públicas de apoio, especialmente no que diz respeito à diminuição urgente da carga tributária, que nos prejudica na concorrência com os principais players internacionais do mercado. Ao valorizar a indústria nacional, estamos oportunizando a geração de mais postos de trabalho, de uma nova realidade com mais qualidade de vida e, consequentemente, impulsionando não apenas o desenvolvimento regional como também do País”, conclui Ferreira, destacando o potencial da indústria calçadista nacional.

Fonte: Abicalçados
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 25 de maio de 2021 às 10:22


Não é novidade dizer que redes sociais como WhatsApp, Instagram e Facebook foram essenciais para a continuidade das vendas do varejo durante a pandemia. O uso dessas ferramentas se mostra vital para que os negócios possam, mesmo que longe de recuperar as vendas do passado, ao menos minimizar os impactos de permanecer com a loja física fechada.

Se muita gente “improvisou” a venda nessas plataformas durante os primeiros impactos da pandemia, buscando vender de qualquer jeito e com qualquer esforço, a situação atual do varejo (que pode permanecer por todo o ano) está levando as empresas a adotarem soluções cada vez mais adequadas de comunicação e vendas, buscando otimizar seus resultados.

A busca pelo WhatsApp, por exemplo, não é à toa. Mais de 93% dos brasileiros utilizam o aplicativo ao menos uma vez por dia, e ele se encontra instalado em mais de 99% dos celulares, segundo pesquisa da Panorama Mobile Time/Opinion Box. Ou seja, é uma ferramenta de comunicação que já está na mão do cliente, basta apenas encontrar os melhores caminhos para se conectar com ele.

Mas quais são eles?


1. A comunicação não deve ser massificada

A lista de transmissão, embora uma opção prática na hora de enviar mensagens promocionais, já é algo tão ruim em resultados quanto o velho disparo de mensagens spam via e-mail. Em vez de enviar mensagens de maneira massificada, procure orientar seus vendedores a se comunicarem de forma mais personalizada. Quanto mais o cliente entender que está recebendo uma mensagem direcionada exclusivamente a ele, maiores serão as chances de receber uma resposta positiva. Afinal, quantas mensagens de texto ou imagens nos são encaminhadas diariamente e nem sequer são abertas? Acredite, os clientes têm a mesma percepção.


2. Colete e gerencie informações de seus clientes

Para saber quem compra e como compra com você, o CRM ou um sistema que lhe ajude a registrar e gerenciar esses dados é essencial para fornecer insights para a tomada de decisão. E se antes apenas um caderninho de anotações ou um simples Excel dariam conta do recado, hoje o varejista precisa estar atento à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), evitando multas com o mal uso de dados de seus clientes.


3. Catálogos digitais interativos

Ao enviar um catálogo para o seu cliente, evite mandar um PDF com dezenas de páginas, tal como na versão impressa. Além da visualização ser difícil nos telefones móveis, o cliente precisa sair da plataforma, navegar e depois retomar o contato para seguir com a compra. Links que direcionam para catálogos interativos digitais, hotsites ou mesmo uma página exclusiva de seu site podem aumentar consideravelmente a taxa de conversão e os resultados.


4. Links nas redes sociais

Embora boa parte das redes sociais já comece a criar ferramentas próprias que possibilitem a venda de produtos diretamente no Instagram e Facebook, muitas empresas têm utilizado agregadores de links, como o Linktr.ee ou o Biolinky.co para direcionar aos seus catálogos digitais, marketplaces ou páginas especiais de seus sites, realizando a venda diretamente para seus clientes.


5. Links de pagamento


Se no e-commerce já há um gap enorme entre a escolha dos produtos e a finalização da compra – muitos se assustam com questões de frete ou falta de parcelamento, por exemplo -, as vendas no WhatsApp ou redes sociais precisam buscar alternativas que facilitem a jornada do consumidor, evitando atritos. Oferecer pagamentos simplificados, usando links para pagamento ou soluções como o Pix, pode evitar que seu cliente desista da compra neste momento crucial para o varejista.


6. Mais que um canal de vendas, um canal de comunicação

O mais importante é entender que, embora muitas empresas tenham aderido às redes sociais só após o início da pandemia, elas não devem ser observadas somente como uma ferramenta de vendas. Para o consumidor, esses canais também servem para se comunicar com a marca e, portanto, seu atendimento deve estar adequado a essa expectativa. Uma mensagem no WhatsApp, por exemplo, não pode levar horas para ser visualizada e respondida, correndo o risco de perder o cliente.

Ainda estamos passando por um cenário incerto, com as lojas físicas alternando entre abertura e fechamento de acordo com os acontecimentos em cada cidade. Por isso, o varejo não pode apenas sentar e esperar pela normalização e deve procurar mais do que apenas se digitalizar, mas criar o máximo de oportunidades e resultados com as ferramentas disponíveis para vender mais nesse momento.

Fonte: FalandodeVarejo