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Tecnologia & Inovação Postado em terça-feira, 04 de maio de 2021 às 11:13
Quais são as expectativas do varejo para o Dia das Mães? Especialista em varejo eletrônico destaca que consumidores devem investir em vestuário e calçados.

A chegada do Dia das Mães em 2021 traz ao varejo uma perspectiva de esperança: a data é uma das mais promissoras ao comércio e, com a reabertura gradativa das lojas físicas e os recordes no e-commerce, a expectativa é que as compras desse ano sejam melhores que em 2020.

Neste Dia das Mães, um melhor desempenho das vendas é esperado porque ano passado foi ruim, ao passo que este é o momento de reaberturas no comércio e há uma oferta de produtos generosa em relação à demanda.


Fatores da retomada

Wagner Pereira, líder de varejo da consultoria internacional BIP, reforça que o número esperado para o Dia das Mães deste ano tem muito a ver com o gap do ano passado. “A tendência esperada é que ocorra um crescimento das vendas no Dia das Mães agora em 2021, quando comparado às vendas em 2020. Isso deve ocorrer, principalmente, devido à queda agressiva das vendas do ano passado, na ordem de 33%, deixando uma base de comparação baixa para este ano.”

Ele destaca também que a reabertura do comércio terá um papel importante, mas não grande o suficiente para atingir um volume de vendas igual ou superior ao de 2019, no período pré-pandemia.

“A abertura do comércio nas principais capitais nas últimas semanas de abril de 2021 apresenta um cenário mais positivo que o ocorrido no mesmo período no ano passado. Um dado que reforça essa tendência de crescimento é o interesse das pessoas em pesquisas de presentes na internet. Dados do Google Trends mostram crescimento no interesse por presentes quando comparamos ao mesmo período do ano passado.”

Entre os destaques da data, Wagner também aponta que o gasto médio nos presentes terá uma diminuição considerável.

“Houve uma deterioração dos indicadores econômicos relacionados à renda da população. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios acabou de mostrar que mais de 2,1 milhões de pessoas perderam o emprego nos últimos 12 meses, levando a uma taxa de desemprego recorde de 14,4 milhões de pessoas. A mesma pesquisa mostra uma queda na massa de rendimentos de trabalhadores de 7,4% em relação ao ano passado.”

Wagner ainda destaca que um segundo motivo para a queda do gasto médio está na oferta do varejo.  “Vemos uma queda nos preços ao consumidor em categorias relevantes para o consumo na data, como vestuário e sapatos, que recuaram 2,3% e 1,3%, respectivamente, segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo)”, ressalta o especialista.


Quem puxa a alta

Ainda que com recuo, os segmentos de vestuário e sapatos são quem têm guiado as vendas no varejo – e quem deve puxar as vendas no Dia das Mães. De acordo com o relatório recém-divulgado pela empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo Hibou com o braço de pesquisa da especialista de varejo e experiência do consumidor B&Partners.co, a Score Group, as principais opções de presente no varejo têm sido vestuário (61,6%) e calçados (44%), perfumes (40,3%), bolsas e acessórios (37,6%), beleza e maquiagem (26,5%) e joalheria (26%).

“O comércio tem a expectativa de aumentar vendas e movimentar estoques que ficaram represados nos últimos meses pelo baixo desempenho das vendas gerais e lojas fechadas em capitais importantes”, completa Wagner.


Comemoração à distância

Para a maior parte dos cidadãos, a comemoração será sem a presença dos familiares. O estudo Score Group/Hibou mostra também que quase 40% ficarão em casa, sem receber visitas, ao contrário de cerca de 20% que visitarão a mãe ou a sogra. Enquanto isso, outros 20%, aproximadamente, ainda não se decidiram, o que mostra que uma parte das pessoas tem feito a escolha de acordo com a fase da pandemia e da vacinação.

É o e-commerce que deve preencher a ausência física. “Acreditamos novamente na força do comércio digital para o crescimento das vendas no Dia das Mães. No ano passado, o e-commerce cresceu 68% em relação às vendas de 2019, alcançando 3,7 bilhões de faturamento. Considerando a evolução das vendas online no primeiro trimestre, estimamos um crescimento acima de 40% novamente durante os dias que antecedem a data. Novamente, os varejistas que têm estruturado suas operações digitais devem se beneficiar desse canal para aumentar o faturamento e escoar estoques represados”, destaca Wagner.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 04 de maio de 2021 às 10:58


Conheça a receita de sucesso da Adidas para operar no e-commerce global.

Passados 14 meses do início da pandemia, como seu negócio e estratégia online estão em comparação com o final de 2019? Você realmente compreende quais as expectativas do consumidor digital antes da tomada de decisão? Sua empresa já criou um mapa do que funciona para gerar vendas e resultados no e-commerce diante de um consumidor mais digital?

Essas são as perguntas que a maior parte dos executivos de varejo procuram nesse momento de intensa transformação digital e que serviram de base para Parag Parekh, VP de Vendas Digitais Globais Adidas em uma apresentação para o Retail Connected, evento on-line do varejo global, promovido pelo World Retail Congress esta semana.

Parag conta que a Adidas sempre acreditou nos canais digitais como forma de trazer experiências notáveis para a vida. Contudo, no início de 2020, o surgimento do vírus na China, fez os negócios serem paralisados de um momento para outro. E logo depois, com a doença se alastrando mundo afora, as lojas foram fechadas nos EUA e na Europa. O digital passou a ser a única forma de interação e venda da Adidas em praticamente todos os mercados em que atua.

“O desafio da empresa foi testar novas abordagens até então inéditas, embarcando e realocando talentos de outros canais para os canais digitais. Aliás, o e-commerce não era apenas mais um canal, era O canal”, comentou o executivo. A Adidas acelerou a prática da centralidade do consumidor, buscando melhorar a experiência em cada ponto de contato existente no universo digital, incluindo até mesmo a presença nos marketplaces como o TMall, na China.

Segundo Parag, a Adidas realmente começou a “liderar uma abordagem centrada no digital”, para criar oportunidades continuamente. Rapidamente, por exemplo, a empresa adaptou o sortimento para ampliar a oferta de chinelos – com os consumidores ficando e trabalhando em suas casas, roupas e calçados confortáveis se tornaram produtos indispensáveis. Essa não era uma tendência mapeada meses antes, evidentemente. Era necessário rever toda a estrutura de oferta, fornecedores e logística de entrega para uma nova tendência que se consolidava rapidamente.

Este foi um exemplo de como 2020 foi um ano de acelerar o futuro e trazê-lo para o presente, de constante aprendizado e que não terá ponto de retorno.


O que os consumidores querem de agora em diante?

“Pensem que nós mapeamos entre 65 e 300 pontos de contato distintos nas jornadas de clientes por nossos ambientes digitais. Ou seja, a jornada do cliente não é previsível na totalidade, os negócios precisam evoluir para acompanhar essas variações e devem estar atentos para defender a qualidade da experiência, oferecendo a melhor e experiência em cada ponto de contato”, defende Parag.

Ele acredita que as expectativas do cliente variam conforme o canal. Na loja da Adidas.com é necessário, por exemplo, motivar ou informar o consumidor sobre como ele praticar esportes da melhor forma possível, mostrando histórias de atletas, combinadas com ideias que os ajude a atingir seus objetivos. Talvez o cliente seja fã de um Messi ou de um Federer, e queira aprimorar algum ponto na sua performance esportiva pessoal. O que a marca pode oferecer nesses casos? Indicar o que é o correto para o cliente, fornecer recomendações qualificadas, uma interação simples, que não demanda esforço, criando diálogos para gerar o máximo de confiança antes de uma compra.

Percebam que a compra é consequência de uma sequência de etapas nas quais o cliente é progressivamente envolvido e impactado com informação relevante, ajustada para suas expectativas, criando motivação para uma transação. Parag Parekh faz uma provocação: “Seu negócio tem agilidade suficiente para acompanhar o ritmo das mudanças no comportamento do consumidor?”


TENDENCIAS 
O executivo afirma que há 3 tendências cruciais que moldam o comportamento do consumidor atualmente. São elas:

1. A relação entre o negócio e a marca deve permitir a entrega de real valor ao cliente

Quais são os valores que a marca defende? Eles são genuínos e atestam autenticidade, opiniões e políticas que criem conexões reais com os clientes, particularmente os millennials? Não importa qual a causa, defesa da sustentabilidade, do meio-ambiente, dos oceanos, ela precisa dialogar com as expectativas do público.

2. Marcas devem ser capazes de criar pontes, de se conectar com os clientes para reforçar a lealdade no longo prazo

Para isso, o executivo recomenda a criação de programas de fidelidade ou assinaturas com uma curadoria cuidadosa de histórias e conteúdos tanto para o consumidor individualmente quanto para a comunidade na qual ele se insere. Assim, é possível criar personalização da experiência e até mesmo de produtos.

3. Experiência fluida

“No fim do dia, é tudo sobre isso”, observa Parag. Toda empresa precisa se esmerar em entregar a promessa de uma experiência digital fluida, sem atritos ou fricções, para assegurar uma presença digital perene. O trabalho da Adidas e das melhores marcas procura criar ambientes digitais nos quais a compra seja consequência de uma jornada exaustivamente desenhada e constantemente aprimorada, para que tudo aconteça naturalmente.

Fonte: Novarejo