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Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 03 de junho de 2024 às 14:46


A pesquisa “The Empowered Consumer”, realizada pela Accenture, revela um cenário preocupante para as marcas: a publicidade excessiva está afastando os consumidores e gerando um efeito oposto ao desejado.

75% dos entrevistados em 12 países, incluindo o Brasil, reclamam do excesso de anúncios nas telas. Demasia de anúncios leva à desistência de compras em 74% dos casos, com um impacto ainda maior entre millennials (79%) e geração Z (89%).
Silvio Barboza, diretor da área de produtos da Accenture Brasil, explica: “é natural que as gerações mais recentes sejam mais digitais, assim, o grau de acesso a outras experiências é maior e portanto, o nível de paciência e resiliência para não desistir de uma compra é menor para os mais jovens”.

O estudo indica que as marcas falham em comunicar seus propósitos e produtos de forma eficaz. 73% dos consumidores se sentem inundados por opções de compra, sem clareza sobre o valor real dos produtos, e 71% ainda afirmam que não veem ganhos para tomar uma decisão de compra. 

Por conta da proliferação dos canais de comunicação – redes sociais, aplicativos e streaming – a sensação de bombardeio publicitário é cada vez mais intensa. As marcas perdem a atenção dos consumidores com abordagens genéricas e sem personalização.

Cecília Russo, da Troiano Branding, detalha que é preciso ir além do “jorrar conteúdo” e mostrar como os produtos impactam positivamente a vida dos consumidores, de forma autêntica e engajadora. “Essa multiplicidade de canais e de oferta de produtos faz com que o consumidor fique confuso”, complementa o executivo da Accenture Brasil. 

A busca por equilíbrio na relação entre marcas e consumidores é fundamental. A presidente do IAB Brasil, Cristiane Camargo, ainda destaca a importância de calcular e otimizar o retorno sobre investimento em publicidade, buscando um equilíbrio entre volume de investimento e resultados.

“Esse tem que ser um cálculo perseguido e polido por quem compra e vende mídia incessantemente”, afirma. 

O futuro da publicidade exige uma abordagem mais humana e personalizada. As marcas que souberem se conectar com os consumidores de forma autêntica e relevante terão um diferencial frente a um mercado recheado de anúncios.

Fonte: Ecommerce Brasil

Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 03 de junho de 2024 às 14:44


Os novos computadores terão uma unidade de processamento neural para realizar tarefas de IA e aprendizado de máquina.

Há quem diga que a Inteligência Artificial (IA) generativa é um passo tão importante para a tecnologia quanto o PC e a internet. Com o mundo da tecnologia dando uma guinada brusca à IA, era esperado que os hardwares de nossos smartphones e computadores começassem a acompanhar essa tendência. E isso já está acontecendo, com PCs e celulares de última geração equipados com chips capazes de otimizar esse tipo de processamento.

Um PC com IA possui não apenas a CPU (unidade de processamento central) e GPU (unidade de processamento gráfico) mas também uma NPU ou unidade de processamento neural. Trata-se de um acelerador otimizado para realizar tarefas de IA e aprendizado de máquina diretamente no computador.

Atualmente, a maior parte desse processamento acontece em data centers localizados fora do Brasil, em transferência de dados via nuvem, uma vez que os dispositivos atuais ainda não estão preparados para esse tipo de tarefa.


Maior eficiência e novos recursos

Com as NPUs, os PCs poderão realizar tarefas de IA de forma mais eficiente e com menor consumo de energia. Isso significa que notebooks poderão passar mais tempo realizando tarefas até a próxima carga de bateria, por exemplo.
Um PC preparado para IA promete transformar a maneira como usamos nossos computadores no dia a dia. Imagine assistentes pessoais que entendem suas necessidades, softwares que organizam sua vida digital e ferramentas que melhoram suas fotos e vídeos automaticamente. Tudo isso se torna possível com a IA local, que utiliza seus próprios dados para personalizar e melhorar sua experiência.
Mais do que apenas permitir o uso de um ChatGPT, Gemini ou Copilot sem internet, os PCs com IA terão cada vez mais softwares e recursos dedicados a fazer uso desse tipo de processador, como já vem acontecendo com os programas da Adobe e os aplicativos de videoconferência, tipo o Zoom.

A Microsoft foi uma das que anunciou sua linha de PCs com IA recentemente, no dia 20 de maio, chamada Copilot+ PC. Os notebooks, que possuirão um processador neural integrado, rodarão novas ferramentas, como o Recall, que usa IA para criar uma “memória fotográfica” pesquisável de tudo o que foi feito, visto ou dito no PC.

Capaz de registrar tudo o que o usuário faz, o Recall permite recuperar informações passadas, criando um histórico detalhado de uso de sites, aplicativos, documentos, reuniões, mensagens trocadas e outros, organizando esse registro em uma linha do tempo. O usuário é capaz de navegar visualmente pelas atividades, apresentadas por meio de screenshots, e buscar por informações específicas.

Mais de 40 modelos de IA serão executados como parte do Windows 11 para alimentar esses novos recursos. O assistente de IA integrado da Microsoft, Copilot, também receberá suporte para o modelo GPT-4o, da OpenAI, lançado recentemente.


Já é possível comprar um PC com IA?

Os primeiros Copilot+ PCs serão lançados com processadores Qualcomm no dia 18 de junho, a preços iniciais de US$ 999 (cerca de R$ 5,1 mil, em conversão direta). Modelos com processadores Intel e AMD chegarão em uma data posterior. A Dell também já anunciou IA PCs com processadores Snapdragon, da Qualcomm, como novos modelos XPS.

Embora os preços de um IA PC num primeiro momento ainda sejam elevados (um XPS 16, da Dell, pode custar R$ 31.999), a tendência é que, conforme eles sejam amplamente introduzidos no mercado, se tornem mais acessíveis.

O diretor de Operações da Dell, Jeff Clarke, acredita que 2 bilhões de PCs com IA terão sido vendidos em todo o mundo até 2030. Só no próximo ano, a Microsoft espera vender 50 milhões de laptops de sua linha Copilot+ PC.

As empresas acreditam ainda que computadores sem NPU se tornarão obsoletos dentro de alguns anos. Portanto, se você tem intenção de comprar um novo PC nos próximos anos, seja notebook, seja desktop, não deixe de considerar os que estejam preparados para a nova onda de IA.

Fonte: Mercado & Consumo