Notícias


Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 09 de março de 2021 às 10:54


Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira anular todas as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas às investigações conduzidas pela Operação Lava-Jato.

O ministro remeteu os processos que estavam na 13ª Vara Federal em Curitiba para a Justiça Federal, em Brasília, sem expressar julgamento sobre o mérito ou não das condenações.

Com a anulação, o ex-presidente recupera seus direitos políticos e pode disputar as próximas eleições presidenciais (2022). O InfoMoney realizou uma transmissão ao vivo sobre os impactos do posicionamento de Fachin no mercado financeiro, e também respondeu se a decisão tomada pelo ministro do STF pode ser revertida.
Veja a discussão completa no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=QbBx5TGPRkc&t=1s

PGR pode recorrer e ministros do STF podem colocar recursos

A decisão atendeu a um pedido de habeas corpus pedido pela defesa de Lula. Para que o posicionamento de Fachin seja analisado pelos pares, é preciso que a Procuradoria-Geral da República recorra da decisão. A PGR já sinalizou que vai recorrer. Caso esse movimento aconteça, a decisão de Fachin poderá ser analisada pelo Plenário ou pela Segunda Turma do STF.

Mas também existe outro caminho (considerado mais heterodoxo): a decisão ser reformada por um dos demais ministros, como o próprio presidente do Tribunal, Luiz Fux. O movimento não costuma ser bem aceito pelos magistrados e provoca atritos internos, mas já foi adotado em outras situações.

“Não está claro com quem o ministro Edson Fachin compartilhou esse posicionamento. É possível que alguém entre com um recurso, pedindo para que o presidente do tribunal, Luiz Fux, derrube tal decisão. Ainda que não haja previsão legal, não seria a primeira vez que o presidente do STF tomaria uma decisão como essa para evitar que o Lula tivesse um benefício político grande”, Rubens Glezer, professor de Direito Constitucional na FGV-SP e coordenador do Supremo em Pauta.

“Imagino que a Procuradoria-Geral da República vai tentar recorrer e colocar para análise do Plenário do STF. Mas a 2ª turma tem todo o interesse de se reunir, por exemplo, amanhã e já dar a decisão. Assim, bloqueia o caminho para análise pelo Plenário”, completou Glezer.

A Segunda Turma reúne os ministros Carmem Lúcia, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques e Ricardo Lewandowski. “Na maioria dos ministros [deste colegiado], existe uma propensão contrária à Lava-Jato”, diz o docente.

Para Glezer, a incerteza é “brutal” neste momento e o tempo será crucial para saber como os próximos passos se darão. “Os ministros vão se mobilizar para jogar para um espaço ou para outro, dependendo das suas alas”.


Próximos passos com a decisão de Fachin

Trabalhando com a hipótese de que a decisão de Fachin seja mantida, há muitas dúvidas sobre como os processos envolvendo o ex-presidente Lula serão retomados pela Justiça Federal.

“Imagino que a 2ª turma do STF se reúna possivelmente amanhã e ratifique a decisão do Fachin. Assim, haverá estabilidade para anular as condenações e o recebimento das denúncias como havia sido feito [pela 13ª Vara Federal de Curitiba]. Então, Lula se torna elegível de novo”, analisou Glezer.

O Ministério Público deverá então reapresentar suas denúncias contra o ex-presidente. Haverá então um novo debate: se o andamento dos processos que ocorreram em Curitiba é aproveitável ou não. Haverá uma tese de acusação dizendo que sim, e a tese da defesa dizendo que não. Caberá ao juiz dessas denúncias proferir uma decisão.

Caso os processos sejam considerados completamente anulado, a análise dos casos voltará para a estaca zero. “A partir daí, é totalmente imprevisível”, disse Glezer.


O futuro de Sergio Moro

Ao mesmo tempo, a decisão de Fachin também declara “perda de objeto” para habeas corpus relacionados às suspeitas de que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial na condução dos processos envolvendo o líder petista. Caso aceitos os pedidos, todos os processos conduzidos por Moro e que envolvessem Lula seriam anulados.

“Fachin vinha buscando há semanas uma forma de retomar o controle sobre os processos (relatoria dos casos da Lava-Jato). Outra consequência esperada dessa decisão é a redução da pressão sobre Moro e sobre os procuradores da Lava Jato”, analisa a XP Política.

A decisão tomada pelo ministro do STF é “uma estratégia para tentar preservar os demais casos da Lava-Jato, evitando que fosse decretada a suspeição do ex-juiz Sergio Moro”, dizem os especialistas.

Glezer comparou a situação de Sergio Moro à do promotor italiano Antonio di Pietro, da Operação Mãos Limpas. “Ele fez esse salto para a política e caiu em desgraça. Saiu do âmbito de conforto dele e foi para um ambiente instável, cheio de lógicas próprias”, analisou.

“Sergio Moro assumiu esse mesmo risco ao virar ministro. Quem está com Moro são os lava-jatistas, tanto os bolsonaristas quanto os petistas não gostam dele. Ele está fora do debate público faz certo tempo e virou alvo fácil, sujeito a retaliação”, completa.

Fonte: Infomoney
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 09 de março de 2021 às 10:46


WhatsApp Business, criado em 2018, já é utilizado por 72% dos empreendedores brasileiros que possuem lojas e empresas de pequeno porte.

Gratuito e disponível para celulares Android e iOS, o WhatsApp possui mais de dois bilhões de usuários no mundo. No Brasil, o número de pessoas que usa o aplicativo diariamente está em torno de 120 milhões, segundo dados de 2019 divulgados pelo próprio app. Recentemente, a ferramenta também se tornou protagonista nos negócios. 

A popularidade do aplicativo fez com que ele se transformasse em oportunidade comercial para as empresas, que começaram a utilizá-lo para vender ou dar assistência aos clientes. Dados Sebrae apontam que o WhatsApp Business, criado em 2018, já é utilizado por 72% dos empreendedores brasileiros que possuem lojas e empresas de pequeno porte.

Segundo a Abevd (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas), a cada dez vendedores ou revendedores de produtos, seis utilizam o WhatsApp como ferramenta de negócios. A plataforma enquanto canal de vendas cresceu 84,7% em 2020. Mas, como usar essa plataforma de forma a ter os melhores resultados possíveis – seja no engajamento dos clientes como na conversão de vendas?

Diferentemente do app comum, na versão para empresas é possível automatizar algumas mensagens, como ausência de atendentes, incluir informações da marca no perfil, além de incluir um catálogo de produtos direto na ferramenta.

O objetivo principal da versão é facilitar a rotina de trabalho de pequenos e médios empreendedores, já que conta com recursos exclusivos como relatórios criados automaticamente, que apresentam informações precisas sobre a quantidade de mensagens que foram enviadas, entregues e lidas pelos clientes.

Para Maurecy Moura, especialista em vendas e marketing digital e fundador da Augusta Com, os pequenos e médios empreendedores que não querem ficar estagnados, vendo suas vendas caírem, com certeza estão se adequando a essa nova realidade e utilizando o WhatsApp.

“Falo isso muito pela nossa experiência com mais de 30 mil alunos. Costumamos receber muitos feedbacks de alunos que estão vendendo de verdade, chegando a triplicar ou quadruplicar as suas vendas depois de terem iniciado ou migrado o processo de finalização da sua venda para o WhatsApp”. 

Moura explica que, pelo WhatsApp, a venda, mesmo que “digital ou online”, acaba sendo humanizada, o que facilita na hora de extrair informações de necessidade do cliente ou ainda entender quais são as possíveis objeções de venda para poder ajustar o processo como um todo.

“Se esse negócio não funcionasse, grandes varejistas não estariam adotando também essa estratégia. Afinal, o e-commerce no Brasil está em grande curva de ascensão por conta da pandemia, mas sabemos que grande parcela da população, por desinformação ou receio, ainda prefere falar com um vendedor”, disse o especialista, que ainda afirmou que o Whatsapp chegou para ficar no mundo dos negócios. “Com certeza! Considerando que o WhatsApp está presente em 99% dos celulares dos brasileiros, não utilizar esse canal é deixar milhares de oportunidades para trás.”

Com pessoas perdendo seus empregos, o empreendedorismo digital se tornou uma oportunidade para se reinventar, e sair do zero, ainda mais quando se tem à disposição, gratuitamente, ferramentas como Instagram, Facebook e WhatsApp.

Segundo Mahara Scholz, especialista em marketing e responsável por suporte e vendas na Octadesk, empresa que ajuda empresas a venderem e atenderem via canais digitais, o que determina se um meio ou ferramenta é um fator importante é o seu público, o consumidor. O empreendedor existe para servir uma necessidade do mercado, seja resolvendo um problema ou desejo, através de produtos ou serviços.

“Hoje, o consumidor é imediatista e se comunica através de mensagens, é o novo comportamento do mercado. É indispensável você estar onde seu consumidor está e o WhatsApp é um desses locais, visto que está presente em 99% dos smartphones no Brasil”. 

Para Rodrigo Volponi, especialista em marketing digital e CEO da Web Mentoring, empresa que auxilia especialistas na construção, gerenciamento e venda de cursos por meio de lançamentos digitais, o Whatsapp é uma ferramenta necessária em algum tipo de estratégia de vendas. 

“Ele não vem para substituir as demais, é complementar. Por exemplo: como uma pessoa chega ao WhatsApp da empresa? Por meio do seu canal do Youtube, Facebook ou Instagram. Estas ferramentas devem trabalhar em conjunto para que de maneira homogênea produzam resultados positivos. Quem possuir essa visão integrativa certamente estará à frente da concorrência”, afirma Volponi.


Veja 5 dicas para potencializar o uso do WhatsApp para os negócios:

Disponibilize um catálogo de produtos ou serviços
Informações práticas a respeito dos preços e detalhes dos produtos ou serviços é tudo o que o cliente quer. E, quanto mais prático, melhor para agilizar a decisão de compra do consumidor.

Não demore em responder
Organize-se para nunca deixar o cliente esperando. Instantaneidade é a palavra da vez quando o assunto é mídia social. Usar o WhatsApp na versão para computadores ajuda a responder com mais rapidez. Quando estiver offline, aproveite o recurso de resposta de ausência para que, pelo menos, o cliente saiba que a mensagem foi recebida corretamente e será respondida na primeira oportunidade.

Configure o perfil corretamente
Informações básicas, quando reunidas em um só lugar, podem ser muito úteis ao cliente. Localização, e-mail, site e horário de atendimento são importantes para uma consulta rápida quando o cliente não se lembra o endereço do estabelecimento ou do horário de funcionamento. Com apenas um toque, ele tem todas as informações facilmente.

Aposte nas listas de transmissão
Além de manter a confidencialidade dos dados de cada pessoa que está nela, o cliente recebe uma mensagem individual, o que dá um tom próximo e atencioso.

Mantenha os clientes atualizados
Enviar mensagens esporádicas, com informações relevantes aos clientes, ajuda a permanecer no radar do cliente e pode ser útil no atendimento, fornecendo dados como mudança no horário de expediente ou esquema de funcionamento em feriados.

Fonte: Forbes