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Tecnologia & Inovação Postado em segunda-feira, 23 de junho de 2025 às 14:46


As redes sociais estão se tornando cada vez mais protagonistas da nossa atualidade. E, com a chegada da IA, essa realidade só tende a crescer. Das relações de consumo às interações sociais, a forma como nos conectamos aos conteúdos está mudando o comportamento humano, as expectativas de trabalho e as relações amorosas. Para crianças e adolescentes, essas mudanças são ainda mais drásticas. E, ainda é um desafio entender os limites e reflexos dessas transformações.

A série Adolescência é um retrato trágico das possibilidades que a vida digital pode levar aos mais jovens. Já o documentário Estudos Sociais: Crescendo na Era Digital revela os efeitos das novas tecnologias em um grupo de estudantes no pós-pandemia. O documentário está disponível no streaming Disney+.

Real x Virtual

Ao longo de um ano letivo, a produção acompanhou os personagens – todos nascidos digitais, em Los Angeles – na volta à escola. Filmada ao longo de 2021 e 2022, trata-se de um período em que as redes sociais já ocupam um papel intrínseco na vida desses jovens. Os adolescentes abrem suas vidas e smartphones – e, claro, aplicativos como TikTok, Snapchat e Instagram – para mostrar como lidam com diferentes questões da idade: bullying, amizades, sexualidade e decisões para o futuro.

Com sensibilidade e perspicácia, o documentário revela as tensões entre a realidade e a vida digital desses jovens, que adotaram as redes sociais como principal meio de interação – seja para fazer amigos, se relacionar amorosamente ou expressar suas identidades no mundo. Mas, diferentemente do Instagram ou do TikTok, a série não possui filtros.

Nexus: informação e IA

O livro Nexus, de Yuval Noah Harari, traça uma linha do tempo das redes de informação. Em um percurso instigante, a obra explora a forma como a humanidade se comunica e adquire conhecimento desde a Idade da Pedra até os tempos atuais, com a chegada da Inteligência Artificial. São essas redes de informação que ajudaram a moldar governos, reinos e diferentes formas de poder ao longo da nossa história.

Em tempos nos quais diferentes países disputam a soberania da IA, o livro de Harari é leitura essencial para compreender como a informação se relaciona com o poder político, os sistemas de governo e, claro, as transformações da sociedade.

Harari mostra como cada revolução informacional redefiniu estruturas sociais, acelerou mudanças políticas e abriu caminho para novas formas de controle e colaboração. Uma leitura obrigatória para profissionais e lideranças que estão na jornada da evolução da IA!

Como os brasileiros usam a IA?

Falando em Inteligência Artificial, você sabia que 97% dos brasileiros sabem o que é a tecnologia? Mas, apenas 54% usa a IA apenas para pesquisar sobre interesses pessoais. Ou seja, ainda há muita margem para que a população utilize as ferramentas de IA para revolucionar suas vidas.

Além disso, o dado da mais recente pesquisa da Opinion Box em parceria com a CX Brain demonstra que aquela ideia de que a IA só serve para quem é especialista no assunto está longe da realidade!

A pesquisa também mostra que 69% das empresas já utilizam a IA em suas operações de atendimento e relacionamento com o cliente. Mas, o foco da maioria ainda está concentrado em resolver tarefas puramente operacionais. Assim, 41% usam a IA para reduzir o tempo de espera, 36% para agilizar respostas e 32% priorizam a integração entre canais.

Fonte: Consumidor Moderno
Estratégia & Marketing Postado em segunda-feira, 23 de junho de 2025 às 14:44


A consolidação do retail media como um vetor de crescimento estratégico para e-commerce multimarcas é um fato, impulsionado pela sua capacidade de monetizar audiência qualificada no exato ponto de decisão de compra. Longe de ser uma mera tática publicitária, o retail media vem otimizando o ROI para as marcas anunciantes e, potencialmente, personalizando a jornada do consumidor através de recomendações contextualmente relevantes.

O mercado brasileiro já demonstra uma adesão significativa ao retail media, com players de diferentes portes implementando soluções customizadas. Empresas como Magazine Luiza, Fujioka, Lojas Solar, AAZ Perfumes e Máquinas e Café adotaram a estratégia através dos resultados de busca patrocinados, com granularidade de segmentação baseada em dados proprietários de compra e comportamento de navegação.

A sofisticação reside na capacidade de oferecer segmentação de audiência precisa e métricas de performance detalhadas (impressões, cliques, CTR, conversões, ROAS), permitindo otimizações contínuas e a comprovação tangível do impacto das campanhas.

Investimento crescente e impacto no mercado brasileiro

Atualmente o investimento de retail media na América Latina atinge US$ 1,7 bilhão, sendo R$ 3,5 bilhões no Brasil. Segundo o relatório da Skai, 77% dos e-commerces reportaram resultados positivos com retail media. A estratégia transcendeu o status de tendência para se consolidar como um componente fundamental da arquitetura de monetização e crescimento para e-commerce multimarcas.

A capacidade de transformar tráfego qualificado em receita publicitária de alta margem, aliada à otimização do marketing de performance para as marcas, redefine as dinâmicas do varejo digital.

Entre os segmentos em destaque na aquisição do retail media estão no ranking:
1. Alimentos e bebidas
2. Perfumaria e saúde
3. Casa e decoração

Em análises de tendências de publicidade digital, a eMarketer prevê um crescimento significativo no investimento em retail media, com projeções que estima-se que os gastos triplicarão até 2028, passando de US$ 1,84 bilhão para US$ 5,45 bilhões.

Transformação dos varejistas em publishers

A evolução do retail media não se limita apenas à sua adoção, mas também à sua complexidade e aos benefícios multifacetados que oferece. Longe de ser apenas uma nova forma de publicidade, ele representa uma revolução na monetização de dados de primeira parte (first-party data).

Varejistas, que antes focavam exclusivamente na venda de produtos, agora se posicionam como publishers, oferecendo um inventário de mídia altamente qualificado para marcas. Essa mudança de paradigma é impulsionada pela riqueza de dados de consumo que os varejistas possuem – informações valiosas sobre o comportamento de compra, preferências e histórico de clientes, que são inatingíveis para plataformas de mídia tradicionais. Estudos indicam que o uso eficaz de first-party data pode aumentar o ROAS (Retorno sobre o Investimento em Anúncios) em até 2x.

A capacidade de segmentar audiências com precisão é um dos pilares do sucesso do retail media. Em vez de anúncios genéricos, as marcas podem direcionar suas campanhas para consumidores que já demonstraram interesse em categorias específicas de produtos, que estão no processo de compra ou que possuem um histórico de aquisição relevante. Essa granularidade aumenta exponencialmente a relevância do anúncio para o consumidor, resultando em taxas de clique (CTR) e conversão significativamente mais altas em comparação com outros canais de publicidade digital. Plataformas que utilizam retail media observam, em média, um CTR 3x maior do que em anúncios tradicionais.

Mensuração e otimização contínua das campanhas

Além disso, o retail media oferece transparência e capacidade de mensuração. As marcas podem acompanhar em tempo real o desempenho de suas campanhas, monitorando métricas como impressões, cliques, vendas atribuídas e, mais importante, o Retorno sobre o Investimento em Anúncios (ROAS).

Essa visibilidade permite otimizações contínuas, em que as campanhas podem ser ajustadas para maximizar o impacto, eliminando gastos ineficientes e direcionando o orçamento para as estratégias que geram os melhores resultados.

A comprovação tangível dos resultados é um diferencial que atrai marcas e investidores para o retail media. Segundo relatórios, campanhas nesse ambiente podem gerar um ROAS médio de 8:1.

Para os e-commerces multimarcas, o retail media não é apenas uma fonte de receita adicional, mas uma ferramenta estratégica para otimizar o desempenho geral da plataforma. Ao vender espaço publicitário para as marcas que já comercializam seus produtos em suas plataformas, os varejistas criam um novo ciclo.

As marcas investem em publicidade para aumentar suas vendas dentro daquele e-commerce, o que, por sua vez, impulsiona o tráfego e as vendas para o varejista. Essa sinergia fortalece o ecossistema e beneficia todas as partes envolvidas. Estima-se que os varejistas podem aumentar suas margens de lucro em até 20% através da implementação de retail media.

A experiência do cliente como diferencial competitivo

A experiência do cliente também é aprimorada pelo retail media, quando implementado de forma inteligente. Anúncios relevantes, que aparecem no momento certo da jornada de compra do consumidor, podem ser vistos como uma ajuda para a decisão de compra, em vez de uma interrupção. Por exemplo, se um cliente está pesquisando por um tipo específico de eletrônico, um anúncio patrocinado de um modelo com boa avaliação ou em promoção pode ser percebido como uma sugestão útil, e não como um anúncio invasivo. A personalização, impulsionada pelos dados de primeira parte, é fundamental para garantir essa relevância. Empresas que personalizam a experiência do cliente através de retail media notam um aumento de até 15% na satisfação do cliente.

Projeções e posicionamento estratégico para o Brasil

O crescimento projetado no investimento em retail media, que triplicará entre 2024 e 2028, conforme a eMarketer, solidifica a posição dessa estratégia como um pilar central da publicidade digital no futuro. Varejistas que conseguirem capitalizar seus dados de cliente e construir plataformas robustas de retail media estarão à frente na corrida por monetização e crescimento no ambiente competitivo do e-commerce.

A capacidade de transformar tráfego qualificado em receita publicitária de alta margem, aliada à otimização do marketing de performance para as marcas, redefine as dinâmicas do varejo digital, criando um novo panorama de oportunidades para todos os envolvidos. O Brasil, com seu mercado digital em expansão e a crescente sofisticação dos varejistas, está bem posicionado para ser um líder nessa transformação, com mais de 60% dos grandes varejistas brasileiros já explorando alguma forma de retail media.

Fonte: Ecommerce Brasil