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Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 02 de fevereiro de 2021 às 11:34

Segundo consenso dos economistas compilada pela Refinitiv, expectativa era de alta de 0,3% na comparação mensal.

Em dezembro de 2020, a produção industrial cresceu 0,9% frente a novembro, na série com ajuste sazonal, divulgou o IBGE nesta terça-feira (02/02). Apesar da desaceleração após a alta de 1,10% em novembro, o dado veio acima da média da Refinitiv que indicava alta de 0,3% na base mensal.

Após oito meses de alta, o setor acumulou crescimento de 41,8%, eliminando a perda de 27,1% registrada entre março e abril, que havia levado a produção ao nível mais baixo da série.

Contudo, o setor acumulou queda de 4,5% em 2020, o segundo resultado negativo seguido após a perda registrada em 2019 (-1,1%). No último trimestre do ano, o setor avançou 3,4%.

O IBGE destacou que, mesmo com o desempenho positivo nos últimos meses, a indústria ainda se encontra 13,2% abaixo do seu nível recorde, alcançado em maio de 2011. Em relação a dezembro de 2019, na série sem ajuste sazonal, a indústria avançou 8,2%.

A atividade industrial nacional teve oito meses seguidos de crescimento, acumulando uma alta de 41,8% até dezembro. Assim, eliminou a perda de 27,1% registrada em março e abril, momento de agravamento do isolamento social por conta da pandemia de Covid-19. Com esses resultados, o setor industrial se encontra 3,4% acima do patamar de fevereiro de 2020.

O avanço de 0,9% da atividade industrial na passagem de novembro para dezembro alcançou três das quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados.

Entre as atividades, as influências positivas mais relevantes, na comparação com novembro (série com ajuste sazonal), foram da Metalurgia (19,0%), de Veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%) e das Indústrias extrativas (3,7%). Metalurgia avançou 58,6% entre julho e dezembro. Veículos automotores, reboques e carrocerias acumula expansão de 1.308,1% em oito meses consecutivos de crescimento na produção, eliminando, dessa forma, a perda de 92,3% registrada no período de março a abril. Já a Indústria extrativa interrompeu três meses de resultados negativos consecutivos, que acumularam redução de 12,3%.

Outras contribuições positivas importantes para a indústria vieram de Máquinas e equipamentos (6,0%), Produtos têxteis (15,4%), Confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,5%), Produtos de borracha e de material plástico (4,8%), Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,4%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,7%) e Produtos de metal (2,9%).

Por outro lado, entre as nove atividades que tiveram queda na comparação com novembro, os principais impactos negativos vieram de Produtos alimentícios (-4,4%), que acumula redução de 11,0% em três meses de queda; Bebidas (-8,1%), que reverteu o crescimento de 1,7% registrado em novembro; e Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%), que acumula perda de 3,2% em três meses consecutivos de queda na produção, o que eliminou parte do avanço de 10,1% acumulado de julho a setembro.

Entre as grandes categorias econômicas, em relação a novembro de 2020, os Bens de capital (2,4%) e os Bens de consumo duráveis (2,4%) tiveram as maiores taxas positivas, com ambas marcando o oitavo mês seguido de expansão e acumulando, nesse período, avanços de 134,9% e 565,7%, respectivamente. Bens de capital e Bens de Consumo duráveis estão 14,9% e 5,1% acima do patamar de fevereiro.

O setor produtor de Bens intermediários (1,6%) também registrou crescimento em dezembro e acima da média da indústria (0,9%), revertendo os resultados negativos de outubro (-0,1%) e novembro (-0,2%). Por outro lado, o segmento de Bens de consumo semi e não-duráveis, com o recuo de 0,5%, apontou a única taxa negativa do mês e eliminou parte do avanço de 1,2% em novembro.

Fonte: Infomoney
Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 02 de fevereiro de 2021 às 11:33


Times multidisciplinares podem ajudar a entender dores do consumidor e a construir soluções com foco no cliente.


A pandemia do novo coronavírus transformou o papel e a importância das experiências digitais na vida dos clientes. Hoje, mais do que nunca, o consumidor espera ter à sua disposição ferramentas intuitivas e fáceis de usar para realizar suas compras, e as marcas que já são capazes de oferecer essa conveniência saem à frente na disputa pela clientela. Mas como tornar essa jornada de experiência mais fluida e se destacar nesse segmento?


Pilares básicos para construir uma boa jornada

Construir fluidez na jornada de consumo só é possível com uma mentalidade de inovação contínua e entrega rápida. Antes de tudo, as marcas precisam ter claro que proporcionar uma visão integrada e em tempo real de todos os momentos de interação entre consumidor e empresa é fundamental para melhorar a experiência do usuário na ponta.

“Tendo acesso a essas informações, as empresas conseguem endereçar as principais dores que seu público encontra nessa jornada, resultando em uma maior satisfação e engajamento do cliente com seus canais digitais e, consequentemente, melhorando sua eficiência operacional”, diz Hilton Ramos, Business Director da CI&T.

Segundo Ramos, para proporcionar uma experiência fluida para o usuário, é preciso ainda que as empresas tenham agilidade para entregar uma experiência digital de impacto. Isso pode ser feito por meio da construção de times multidisciplinares e autônomos, também conhecidos como squads. “Isso permitirá a criação de valor, com um ambiente aberto ao compartilhamento no processo de ideação.”

Hilton explica que a cocriação serve para apoiar a sustentação das ideias. “Com informação dos clientes, a partir de dados precisos e suas dores, inicia-se o processo de validar ideias e hipóteses de forma constante, com total abertura para erros, acertos e aprendizados rápidos. Com isso, diferentes soluções que apareceram são testadas por meio de ciclos curtos de entrega.”


Importância dos líderes

Ramos destaca ainda que a alta liderança precisa estar presente nos momentos de reforçar os direcionadores estratégicos e garantir a autonomia das squads, sendo tolerante às falhas e focando nos aprendizados que levam a melhoria contínua.

Foi o que aconteceu com a ConectCar. A empresa de meio de pagamento automático de mobilidade trabalhou para reformular toda a jornada de experiência de seu consumidor dentro do aplicativo. Foram revisitados todos os momentos de interação entre cliente e marca via app, e, a partir disso, foram aperfeiçoados os principais pontos de ganhos para o usuário dentro da sua jornada de mobilidade.

“Revisitamos a jornada do cliente – desde o processo inicial de cadastro até o momento de uso do produto. Identificamos oportunidades de melhoria que contemplaram upgrades sistêmicos, simplificação de jornada e implementação de uma interface mais amigável, intuitiva e explicativa”, conta o CIO e CPO da ConectCar, Eduardo Vasconcelos.

No processo, 12 squads passaram a trabalhar simultaneamente em melhorias contínuas para os clientes, como o lançamento de novas funcionalidades e benefícios. Baseadas na transparência e na simplicidade, as mudanças geraram mais autonomia e economia de tempo para o consumidor, como redução de 62% de chamadas na central de atendimento; redução de mais de 100% no CAC (custo de aquisição de cliente); e aumento de mais de 200% na taxa de ativação do serviço de pagamento digital de pedágios e estacionamentos.

Para Ramos, os benefícios de se investir em melhorias na jornada do consumidor são imediatos. “A partir do momento que se promove uma experiência de impacto para o cliente, será ele o principal norteador das estratégias da companhia. Tendo a capacidade de transformar de forma profunda e sustentável o negócio, o cliente passa a estar no centro das decisões, trazendo resultados de impacto para ambas as partes”, diz. “Agir a partir da voz do cliente é crucial. Precisamos sentir sua ‘dor’, acompanhar e entender suas necessidades para alcançar um processo evolutivo contínuo na entrega de uma experiência impecável”, complementa Vasconcelos.

Fonte: Novarejo