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Varejo & Franquias Postado em segunda-feira, 05 de março de 2018 às 21:30
Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mos tra que, após três anos de queda, a geração de empregos no Brasil pode voltar a apresentar resultados positivos este ano, mesmo com um histórico de resultados, incluindo 2017, que revele uma base comparativa ruim e um ritmo lento, mas gradual.

No ano passado, o saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais ficou negativo em 19,3 mil unidades. Apesar da sequência negativa, o encerramento de estabelecimentos comerciais foi 82% menor do que em 2016, quando o setor eliminou 105,3 mil pontos de venda. O saldo negativo no número de lojas em 2017 foi 82% menor do que em 2016, segundo dados apurados pela Confederação.

Ainda longe de reverter as 226,5 mil lojas eliminadas durante a crise, CNC projeta abertura líquida de 20,7 mil novos estabelecimentos comerciais ao fim de 2018, considerando a defasagem entre o crescimento contínuo das vendas e a natural contrapartida na abertura de novos pontos de vendas do varejo nacional. A entidade projeta ainda crescimento de 5,1% no volume de vendas do varejo.

Contexto

Ao longo de 2017, o comparativo com igual mês do ano anterior mostrou que as vendas começaram a reagir positivamente em abril (+0,5% ante abril de 2016) e aceleraram principalmente na segunda metade do ano. De julho a dezembro, por exemplo, o volume de vendas avançou 7,5% ante o mesmo período de 2016, contra um avanço médio de 0,3% na primeira metade do ano.

Com avanço de 4,0% no volume de vendas, o ano de 2017 pode ter marcado o início da recuperação do comércio, não apenas sob esse ponto de vista, mas também quanto ao nível de ocupação. Ao longo do ano passado, 26,5 mil vagas formais foram criadas, resultado que contrasta com os saldos negativos do auge da crise do setor: -175,2 mil em 2015 e -176,0 mil em 2016. “A defasagem entre o comportamento das vendas e os investimentos em novos estabelecimentos comerciais não permitiu que o setor fechasse o ano no azul do ponto de vista do aumento do número de lojas”, afirma Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação.

Segmentos

Dentre os segmentos, em 2017, os hiper e supermercados se destacaram negativamente em números absolutos (-5.692), seguidos pelas lojas de material de construção (-3.714) e lojas de utilidades domésticas e artigos de uso pessoal (-2.221). Vale salientar que a redução do ritmo de fechamentos de lojas ocorreu em todos os segmentos que acusaram saldos negativos em 2017. Por outro lado, estabelecimentos especializados em itens de informática e comunicação (+21) e farmácias, perfumarias e cosméticos voltaram a registrar aberturas líquidas após quatro anos.

Regiões

Regionalmente, a reação do setor difundiu-se por todo o País, uma vez que, nas 26 unidades da Federação onde foram registrados fechamentos líquidos de lojas no ano passado, os saldos foram menores do que em 2016. Apenas em Santa Catarina – estado a computar o maior aumento de vendas no ano passado (+14,6%) –, houve registro de expansão no número de lojas (+207) em 2017.

Por outro lado, o Rio de Janeiro – responsável por 9% das vendas do varejo nacional e 33% dos fechamentos – destacou-se negativamente. Ainda assim, essa unidade da Federação registrou menos fechamentos em 2017 (6.814) do que no ano anterior (10.839). São Paulo, estado que concentra 29% do faturamento do varejo nacional, perdeu 4.653 lojas em todo o ano passado (24% do total nacional).

Fonte: CNC
Economia & Atualidade Postado em segunda-feira, 05 de março de 2018 às 21:27
Elaborado em parceria entre o instituto alemão IFO – Institute for Economic Research – e a FGV – Fundação Getúlio Vargas, o indicador agora representa o saldo entre a proporção de avaliações positivas e negativas sobre o estado das eco-nomias consideradas. 

No grupo dos 11 países selecionados para a análise da América Latina, sete países estão com saldo positivo, sendo que quatro destes registraram avanço no indicador entre outubro de 2017 e janeiro de 2018: Brasil, Chile, Colômbia e Paraguai. 

Em janeiro de 2018, o Indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE) registrou um resultado favorável pela primeira vez em 18 trimestres, enquanto que o ICE mundial está em trajetória de ascensão desde janeiro de 2016. O saldo de 1,5 ponto percentual (p.p.) de janeiro foi o maior desde abril de 2013 (1,6 p.p.). A melho-ra foi determinada pela evolução favorável do Índice da Situação Atual (ISA) que continua ilustrando um ambiente econômico fragilizado, mas saltou 12 pontos, ao passar de -43,8 pontos em outubro de 2017, para -31,8 pontos em janeiro de 2018. No mesmo período, o Indicador das Expectativas (IE) recuou 16,6 pontos.

O Brasil partiu de -8,3 em outubro de 2017, para 4,3 pontos em janeiro de 2018. A melhora no caso brasileiro se deve a uma redução na percepção negativa da situação atual (-73,9 para -53,6 pontos). O saldo das expectativas, embora ex-tremamente positivo, recuou de 91,3 para 85,2 pontos.

Paraguai, Uruguai, Argentina, Peru e Colômbia mantiveram o ICE nas posições iniciais do ranqueamento latino-americano. O Brasil subiu da sétima para a sexta posição, e o Chile da nona para a sétima.

O saldo do grupo BRICS passou de 7,0 pontos para 16,6 pontos, com desta-que para o desempenho da Índia: o ICE indiano passou de 13,8 pontos para 43,9 pontos, um ganho de 30,1 pontos. O segundo melhor resultado é o da China, com um saldo de 7,7 pontos.

A comparação entre o ICE latino-americano com outros grupos de países mostra que a região ainda está distante do clima observado no ciclo expansivo da economia mundial. O saldo dos países da OCDE é de 33,8 pontos e das economias em desenvolvimento da Ásia é de 23,6 pontos, sendo que no grupo ASEAN-5 (Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã) o ICE médio é de 44,0 pontos.

Fonte: FGV