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Estratégia & Marketing Postado em terça-feira, 08 de dezembro de 2020 às 10:13


Especialista lista principais erros e uma estratégia prática do que fazer para seu resultado do marketing ser rápido e eficaz.

Nos últimos anos, investir em diversas estratégias de marketing digital se tornou essencial para muitas empresas, afinal, já é sabido que o digital invadiu o mundo dos negócios. Com o isolamento social e a necessidade de migrar as vendas de produtos e serviços, os empreendedores enxergaram as redes sociais como uma oportunidade para se manter estável. Para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 70% dos brasileiros têm acesso a internet e, desse número, 97% acessa por meio dos dispositivos móveis. Isso comprova a necessidade das corporações entenderem o papel do marketing digital.

Porém, de acordo com Alex Vargas, especialista em marketing digital e empreendedor digital com 800 mil inscritos em seu canal no YouTube, mesmo funcionado como uma solução para muitos empreendedores, existem algumas estratégias realizadas de maneira inadequada que podem gerar um efeito contrário do desejado. “São detalhes simples mas que podem passar despercebidos e estragar totalmente sua estratégia de vendas. Por isso, construir uma boa vitrine virtual é essencial”.

Abaixo, o especialista lista os principais erros e uma estratégia prática do que fazer para seu resultado do marketing ser rápido e eficaz. Confira:


1. Falta de paciência

Tome cuidado com o imediatismo, ansiedade e desespero. “Não é correto pensar que uma coisa que você nunca fez vai funcionar perfeitamente logo na primeira vez. Não podemos comparar nossa primeira semana com os três ou quatro anos de uma outra pessoa. Normalmente, os processos no marketing digital não são rápidos. Gosto de indicar a estratégia do 100 - 100 coisas, 100 dias, quando nos damos esse período cria-se um espaço de tempo para os resultados aparecerem. Pensa: quanto tempo que leva uma faculdade? Quanto tempo é um contrato de trabalho? Então, se livre desse imediatismo, dessa ansiedade, desse desespero, saiba que as coisas não vão acontecer logo de primeira, e que tudo leva o seu tempo”, alerta Alex Vargas.


2. Falta de planejamento

É necessário entender que todos os empreendedores de sucesso tem um ponto em comum: disciplina. “Ela é fundamental em um negócio, principalmente no início, e você precisa entender como é sua disciplina do dia a dia, seguindo horário, alimentação, exercícios, trabalhando a mente, para manter o foco. Não se compare com quem já está no mercado há muito tempo, ou com perfis de ostentação, siga a sua estratégia e tenha paciência e compreensão com seu processo”.


3. Não fazer uma análise de concorrência

Para a estratégia ser completa logo de início, também é preciso fazer uma análise de quem são os concorrentes e o que estão falando. “O intuito aqui é entender o que está falando na estratégia do outro para aplicar em seu negócio. Por exemplo: um arquiteto percebe que seus concorrentes não estão falando sobre design biofílico, você pode levar essa novidade para os seu público. Então, faça esse diagnóstico desde início”, complementa.


4. Ter um site não seguro

Esse é um erro bem comum e que os empreendedores, muitas vezes, desconhecem. “Caso você queira aplicar algumas estratégias no seu site, na hora da criação, é preciso se certificar se o mesmo está habilitado para receber as ações de marketing digital. Isso porque, é preciso que as suas visitas se tornem em algum tipo de conversão (leads ou vendas). Apenas os anúncios em si não vendem e nem geram contatos”, salienta.


5. 80% Prática e 20% Teoria


O “Princípio de Pareto” também pode ser aplicado ao marketing digital. A partir dele é possível saber uma propensão dos resultados dentro dos negócios. “Só estudar e não partir para a ação não vai funcionar. Não fique esperando o momento, cenário ou equipamentos ideais, apenas comece. No início, demorei para colocar em prático tudo o que aprendi, pensava na câmera ideal para gravar o vídeo, edição e outras pontos, mas o mais importante é o conteúdo e ir aprendendo na prática. É fundamental se atualizar, mas também tudo que foi visto deve ser colocado em prática. Estude em 20% do seu tempo e aplique 80% o que aprendeu. Essa teoria também vale em outros sentidos, como 80% dos resultados estão relacionados a 20% dos investimentos”.


6. Não identificar o nicho, produto e estratégia

Saiba qual caminho você quer seguir e persiga nele. “Se você está trabalhando com Dropshipping, por exemplo, um segmento que cresce a cada dia e que o empreendedor é responsável por precificar a venda e o marketing da loja, é necessário focar em um produto e estratégia: se está vendendo uma câmera específica, faça campanhas recorrentes e se torne um especialista nessa área, assim os seus clientes vão chegar até você. Além disso, saiba focar em um produto e na estratégia: se vai fazer vídeo para o Youtube fique neste canal até dar certo, faça roteiro e conclua”.

É importante deixar claro que o mundo do marketing digital é bem amplo e que existem diversas formas de fazer o seu negócio aparecer, seja vídeos, campanhas no Google e nas redes sociais ou até por meio de conteúdos. “Veja qual delas se encaixa melhor para o seu negócio e siga as dicas que o resultado será positivo”, finaliza o especialista.

Fonte: Administradores.com
Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 08 de dezembro de 2020 às 10:07

Se você ocupa um cargo de liderança, provavelmente nem todos que trabalham com você concordam com as decisões que toma, e isso não é um problema. A liderança envolve tomar decisões impopulares ao transitar por relações complexas com colegas, parceiros e clientes. Porém, muitas vezes, você precisa do comprometimento dessas pessoas e consequentemente, terá de convencê-las a mudar de ideia.

Sempre há alguma animosidade quando se trata de convencer seus apoiadores. Mas tentar mudar a opinião de um dissidente ou detrator já é outra história. O que fazer para convencer alguém que, por alguma razão, não concorda com você? Alguém que lhe diz “não’’ sem hesitar?

Em um pesquisa recente que acabamos de fazer para o livro da Laura, “Edge: turning adversity into advantage”, observamos e, em seguida, entrevistamos mais de 60 líderes que estavam tentando convencer seus colegas de trabalho e demais parceiros de negócios a mudar de ideia sobre uma linha de atuação com a qual inicialmente discordaram. Os líderes que tiveram mais êxito em superar o ceticismo alheio foram os que diagnosticaram a origem da discordância, antes de iniciarem a tentativa de convencimento. Em primeiro lugar se perguntaram: “O que está causando a resistência de meus detratores?”. Muitas vezes, eles identificaram quais elementos em seus argumentos geravam mais resistência e reações mais emocionais. Então, dependendo da resposta, abordaram a situação usando uma das três estratégias relacionadas a seguir.


COMUNICAÇÃO COGNITIVA

Quando usá-la: o detrator pode ter uma justificativa racional para se opor ao seu argumento. Caso tenha enumerado uma série de objeções lógicas e não pareça estar escondendo ou dissimulando algum motivo, aborde-o usando uma estratégia de comunicação cognitiva. Isto é especialmente útil quando o detrator é conhecido por suas atitudes objetivas e consegue, com facilidade, deixar as emoções de lado no processo de tomada de decisão.

Como funciona: duas coisas são necessárias para que a comunicação cognitiva seja bem-sucedida: argumentos sólidos e uma boa apresentação. Considere, por exemplo, uma situação em que você está fazendo pressão para a troca de fornecedor e descobre um que oferece materiais e produtos melhores do que os do fornecedor atual, os quais têm causado diversos problemas subsequentes. Seu colega, porém, prefere ficar com o atual, com quem mantém um relacionamento de longa data. Ele manifesta resistência à sua proposta, chamando a atenção para o fato de o novo fornecedor cobrar preços mais altos. Você precisa reunir argumentos sólidos para refutar as objeções de seu detrator. Neste caso, mostre que o preço do novo fornecedor é, na verdade, mais baixo em longo prazo, ao se levar em consideração os custos adicionais de produção gerados pelo fornecedor atual. Você também pode usar uma linha de raciocínio lógica e uma narrativa objetiva para fazer com que ele reavalie seu ponto de vista. Por exemplo, você pode enfatizar que a decisão será baseada em custo, qualidade e serviço, mas acima de tudo, custo e qualidade.

Tenha cuidado para não deixar que emoções façam parte da conversa, pois poderiam dar a impressão de que você e seu detrator não têm os mesmos objetivos. Exemplificando, você não quer dar a impressão de que acha que o relacionamento de seu colega com o fornecedor atual seja irrelevante. O objetivo é mostrar para o detrator que, com base em fatos objetivos e reais, a postura inicial dele, não é tão razoável quanto o seu argumento. Tenha em mente que os detratores não são facilmente influenciados por generalizações. Esteja preparado para confrontá-los mentalmente e para isso, reúna fatos que corroborem cada um dos pontos de seu argumento.

A contrapartida: não suponha que receber um “sim’’ desde tipo de detrator significa sua conversão em eterno apoiador. Você pode ter conseguido persuadi-lo nesse assunto específico, mas ele poderá discordar de você novamente no futuro. Se isso acontecer, prepare-se para uma nova abordagem cognitiva neste novo tópico.


A CONVERSÃO DO DEFENSOR

Quando usá-la: quando o detrator não pode ser facilmente dissuadido com argumentos cognitivos ou nutre mágoa de você, envolver-se em discussões pode ser improdutivo. Considere por exemplo, uma decisão administrativa em que você gostaria de promover uma pessoa que obteve um desempenho fenomenal sob a sua supervisão, e sua colega diz que seus subordinados sempre são promovidos e os dela, não. Mesmo que seu candidato à promoção seja objetivamente mais merecedor, as pessoas podem ficar ressentidas e se recusarem a apoiá-lo.

Como funciona: não se apresse na tentativa de convencer a pessoa. Em vez disso, invista tempo para aprender mais sobre ela e assim, construir um relacionamento. Aqui, não estamos falando de argumentos ou apresentação, pelo menos não inicialmente, e sim, sobre entender o ponto de vista alheio e por que se sente pessoalmente afrontada. Se for o caso, você pode questioná-la sobre sua equipe e quais dos seus integrantes ela acredita terem mais potencial. Aos poucos, converta esta detratora em partidária ou defensora, talvez enfatizando mais as qualidades que valoriza nos integrantes de sua equipe e também na de sua colega, ou demonstrando o quanto aprecia seu estilo de liderança. Na hora em que a decisão tiver de ser tomada, certifique-se de que vocês dois pensam da mesma forma com relação às qualidades que são importantes para definir a promoção e que você deixou claro que seu candidato possui tais qualidades.

A contrapartida: independentemente de a pessoa ter se tornado sua defensora, não espere que concorde com uma decisão que não seja essencialmente racional. Você não pode confiar apenas no relacionamento; seu ponto de vista deve ser fundamentado em uma lógica irrefutável. Além disso, estes tipos de detratores podem facilmente perceber que você está tentando manipular a situação para que fiquem a seu favor. A autenticidade é crucial, pois permite que o outro perceba quem você é e então, entenda o seu ponto de vista.


A ABORDAGEM DO COLEGA COM CREDIBILIDADE

Quando usá-la: há momentos em que as crenças profundamente arraigadas do detrator fazem com que ele seja substancialmente contrário à sua proposta. Vamos tomar como exemplo um colega que pode discordar de você sobre a necessidade de um teste clínico para um novo produto. Por acreditar que o teste clínico possa, de alguma forma, ser prejudicial ou ir contra seus valores, ele se opõe à ideia, mesmo que as evidências mostrem que os benefícios vão além dos danos. Muitas vezes é difícil localizar de onde vêm essas crenças pessoais, mas alguma combinação entre a formação, a história da pessoa e preconceitos velados, por vezes, faz com que para ele, seja praticamente impossível acatar uma decisão, não importando se o argumento apresentado é lógico ou emocional. Nestas situações, não há muito a dizer ou fazer para que ele mude de ideia.

Como funciona: em vez de tentar argumentar com alguém que parece resistir às suas ideias, traga um colega com credibilidade para o debate. Um defensor de seus pontos de vista, de outro departamento da empresa, seja ele um colega ou um superior, que possa ser mais adequado para convencer o detrator. Isto o força a separar quem você é de seu argumento e a avaliar a ideia, considerando seus méritos mais objetivos. Se você e o opositor estão em um impasse, o colega com credibilidade pode pender a balança a seu favor.

A contrapartida: chamar um defensor externo pode ser uma faca de dois gumes. Embora possa ajudá-lo a alcançar o resultado desejado, pode também exacerbar a oposição de seu detrator, principalmente se ele acredita que este colega o forçou a ficar do seu lado. É fundamental encontrar o colega certo que possa defender sua posição com muito tato e, ao mesmo tempo, manter um relacionamento cordial.

Não é fácil ter detratores, e é mais difícil ainda fazê-los mudar de ideia. É imprescindível entender a fonte de suas resistências e usar uma estratégia específica que funcione melhor com o seu detrator em especial. Você terá uma chance muito maior de ouvir um “sim”.

Fonte: Harvard Business Review