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Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 12:25
O surgimento dos colchões de amortecimento, no final da década de 1960, revolucionou de forma definitiva o salto em altura. Da mesma maneira, a internet criou uma nova realidade na relação entre marcas/empresas e o consumidor. Usando esta analogia, a consultora e professora Clara Bianchini iniciou sua palestra “Customer Centricity - Deslocando o cliente de fora para dentro e para o centro do negócio, antes e depois da venda. Por onde começar?”.

Fundadora e sócia da CO-VIVA, empresa especializada em cocriação e criatividade, Clara assegura que vivemos – com cada vez maior intensidade – uma nova era nas relações. “Estamos nos despedindo do tempo em que os produtos eram feitos ‘para’ o consumidor. Agora, ele é feito ‘com’ o consumidor”, detalha. “A internet mudou a regra do jogo dos negócios. Antes, os produtos tinham somente um valor monetário e satisfaziam uma necessidade. Hoje, eles têm um valor social e de experiência”, complementa.

A era industrial influenciou diversas gerações e tinha como características um conhecimento apresentado como definitivo e único , no qual o ideal de fabricação era a produção padronizada e em alta escala. Já a nova era prega a valorização da diversidade e da peculiaridade de cada nicho de segmento.

Ela usou exemplos de case de sucesso, como o Airbnb, plataforma digital para hospedagem; e o Bla Bla Car, aplicativo de caronas, iniciativas que abalaram os conceitos tradicionais em seus segmentos. “São construções que atendem as demandas dos clientes sem usar o padrão tradicional”, revela.

A especialista apontou cinco aspectos relevantes para colocar em prática o denominado “Customer Centricity”, ou seja, posicionar o cliente no centro do processo. “Reveja seu papel como empresa, encontre novas formas de categorizar seu consumidor, abrace novas ferramentas de gestão, inove sua cultura organizacional e descubra seu modelo de negócio do futuro”, concluiu.

Fonte: Couromda
Economia & Atualidade Postado em terça-feira, 23 de janeiro de 2018 às 12:23
A participação da indústria na produção de riquezas do Brasil vem caindo, de forma consistente, na última década. Entre 2006 e 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a fatia da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) encolheu de 27,7% para 21,2%. Um efeito colateral dessa estatística é a perda de espaço do Brasil no cenário mundial, como mostrou a primeira edição da pesquisa Desempenho da Indústria no Mundo, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No mesmo período, a participação do país na produção mundial de manufaturados caiu de 2,74% para 1,84% do total.

Essa trajetória é observada desde a década de 1990, mas se acentuou nos últimos dois anos, quando o país atravessou a mais longa recessão de sua história moderna. O período de 2014 a 2016 respondeu por 61% da perda de 0,9 pontos percentuais de participação brasileira acumulada na última década. O dado, quando visto num horizonte de 20 anos, reforça a profundidade da crise econômica.

DESEQUILÍBRIO - De 2014 a 2016, o Brasil foi o país cuja participação no valor adicionado da produção mais caiu entre seus principais parceiros comerciais: 0,55 ponto, mais que Japão (0,46) e Estados Unidos (0,3), terceiro e segundo maiores produtores mundiais de manufaturados, respectivamente. “A indústria brasileira tem um tamanho menor do que deveria ter. É menor que do que foi há duas décadas”, observou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, durante seminário na Câmara dos Deputados, em 7 de novembro, no qual se analisava as causas da desindustrialização brasileira.

A queda nas exportações dos últimos anos também teve reflexos no desempenho brasileiro no comércio mundial. No período entre 2005 e 2015 – dado mais recente disponível no comparativo –, os embarques de manufaturados a partir do Brasil perderam 0,24 ponto de participação, caindo de 0,82% para 0,58% do total exportado no mundo, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). No mesmo período, o maior exportador do mundo, a China, ampliou sua fatia no mercado global, de 9,31% para 18,14%.

Dentre os países analisados, China e Coreia do Sul foram os países que registraram crescimento na participação tanto na produção quanto na exportação de bens manufaturados. O México, concorrente do Brasil em importantes setores industriais – como o automotivo e o químico – vem diminuindo o terreno nas exportações. A diferença de 0,18 ponto na fatia do comércio mundial é a menor desde o início da década de 1990.

DEMISSÕES NA INDÚSTRIA PODEM ESTAR PERTO DO FIM - O fim do ciclo de demissões na indústria está próximo de se encerrar. Segundo a Sondagem Industrial de setembro, o indicador ficou em 49 pontos, pouco abaixo dos 49,1 pontos de agosto, mantendo-se próximo da linha divisória de 50 pontos. Além disso, a habitual queda na produção, típica do mês, foi menos intensa que em anos anteriores, e o número de empregados se manteve estável. Em relação aos problemas enfrentados pela indústria no terceiro trimestre, a carga tributária permanece em primeiro lugar, mas a baixa demanda perdeu força em relação ao trimestre anterior.



Fonte: CNI