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Gestão & Liderança Postado em terça-feira, 16 de janeiro de 2018 às 20:44
Sou apaixonado pela magia do encantamento e, após intensa pesquisa literária, diversas visitas aos parques temáticos, curso sobre gestão de excelência junto ao Instituto Disney de Orlando-EUA, me encantei ainda mais.

Resolvi me aprofundar no assunto e fiz no mês passado um tour muito especial chamado “Keys to the Kingdom” pelos bastidores da Disney, estudando, desta vez, o túnel secreto e subterrâneo que quase ninguém sabe ou vê quando se diverte pelos parques.

Vou destacar a seguir cinco segredos que mais me chamaram a atenção, e que ainda não foram relatados nos meus textos anteriores, pois são como lições de ouro que podemos implementar em nossas organizações e equipes. Confira:

1 – Utilidors

São os corredores por debaixo do parque, locais onde transitam os funcionários, ou melhor, cast member (membros do elenco) como são chamados lá. Quase tudo é preparado neste local para que, quando subir ao local da apresentação, a experiência do cliente possa ser realmente especial. Sabia que até banco existe lá para facilitar a vida dos funcionários? Saiba mais: A ContaAzul apresenta as melhores técnicas de venda com foco no cliente (e como aplicar) Patrocinado

Em vários locais do túnel há mapas para informar aos colaboradores onde estão, afinal, eles imaginam que não seria bacana ver um robô que é para estar na tomorrowland aparecer andando na frontierland, área destinada ao velho oeste.

2 - Uma empresa que você não vê

Os frequentadores da Disney estão acostumados a ver toda a magia, mas nem imaginam que esses colaboradores precisam estar motivados 365 dias do ano, pois é mais fácil um funcionário feliz tornar um cliente feliz.

Já parou para pensar quantos pessoas, que ficam nos bastidores, não aparecem, mas cuidam e motivam toda essa gente que encontramos lá em cima na Main Street (Avenida principal do parque) e nas atrações? Me lembro que, em uma das portas do túnel que dá acesso ao parque, pude ver várias mensagens reflexivas e motivacionais, como:

- Hoje você poderá fazer a diferença na vida de muitos visitantes.

- Você está preparado para criar o melhor final de ano de todos os tempos?

Repare, alguém precisa motivar o cliente interno para que estes motivem, encantem e surpreendam o cliente externo. O resultado financeiro é consequência.

3 – Atenção aos detalhes

Você sabia que os parques da Disney nunca fecham, abrem 365 dias do ano? E que todas as noites, assim que o Magic Kingdom fecha, todos os postes da entrada da Main Street são pintados, para que realmente pareçam novinhos quando o parque reabrir na manhã seguinte? Sabia que a tinta dourada que é pintado o Carrossel no Magic Kingdom é feita com pó de ouro de 23 quilates? É bem provável que a maioria dos clientes não perceba, mas o importante para a Disney é que os colaboradores saibam como é fundamental ter tanta atenção aos detalhes.

4 - Chaves da excelência

A liderança sabe que precisa empoderar a equipe, conferem certa autonomia para que eles mesmos tomem as decisões. Desta forma, as pessoas se baseiam nas 4 chaves de prioridades, ou seja, na hora de tomar uma decisão, observam a seguinte ordem:

- Segurança: prioridade absoluta, todos precisam se sentir seguros e, aonde alguém se machuca, o show não acontece.

- Cortesia: o convidado deve ser tratado como uma estrela principal, com toda cordialidade e excelência.

- Show: não pode ser mais um espetáculo, precisa surpreender, fazer mais do que o cliente espera e, assim, conquistar do cliente o UAU!.

- Eficiência: tudo precisa funcionar perfeitamente, portanto, o lema é: faça certo da primeira vez.

5 - Espelho e relógio

Uma cena fixou na minha mente. Fomos conhecer onde são construídos e cuidados os carros alegóricos, aqueles que aparecem na famosa parada, onde desfilam os personagens, as princesas. Na saída deste local, que separa os bastidores do show, há um espelho bem grande e um relógio. Os dois objetos conferem uma autorreflexão a cada cast member antes de passar pela porta e que cada funcionário deve responder antes de começar a trabalhar:

- Ao olhar para o relógio responde à pergunta: “Estou no horário certo?”.

- Ao olhar para o espelho responde para si à seguinte pergunta: “Estou pronto para dar um verdadeiro show?”.

Dá para implementar tudo isso com nossa equipe? Sim, é possível. Mas será fácil?

Ai, eu deixo a resposta do próprio Walt Disney: "Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor".

Fonte: Administradores
Varejo & Franquias Postado em terça-feira, 09 de janeiro de 2018 às 21:30
Por que uma montadora criada há poucos anos, como a Tesla, vendendo poucas dezenas de milhares de unidades/ano, supera o valor de mercado da centenária General Motors, que fabrica 10 milhões de veículos anualmente e fatura muitas vezes mais? O fato é que, nesses tempos regidos pela digitalização, aceleração, mudança frequente e erosão da fidelidade dos consumidores, os parâmetros para avaliar a qualidade de uma empresa – e de sua gestão – extrapolam os resultados financeiros.

Todo esse novo cenário e esses novos parâmetros influenciam o valor percebido de uma empresa. Vai além de um valuation tradicional. “O valuation tenta precificar quanto alguém deveria olhar para a empresa, para as condições de preço. É uma questão de transação. É um parâmetro de valor. É a capacidade da empresa de gerar valor financeiro, em determinado período, com base no custo de oportunidade e no risco que o acionista está disposto a assumir”, explicou Luis Motta, sócio da KPMG.


Em linhas gerais, explica Motta, o valor que a empresa gera leva em conta o mercado de atuação, os competidores e a capacidade dessa empresa de competir nesse mercado. “Tudo isso vai ser precificado, e dentro desse mercado serão traçados a projeção e o risco dela”, explica. Em tempos em que surgem disruptores de mercado a todo o momento, essa precificação pode mudar. “Quando aparece um novo competidor que traz uma solução que ameaça ou divide aquele mercado, ela divide aquele mercado que estava sendo projetado para determinada empresa”, afirma.

Nessa conta, diz Motta, entram sim fatores intangíveis. No varejo, por exemplo, a capacidade de uma empresa fidelizar os consumidores é levada em conta. “Existem questões que não são intangíveis, mas são direcionadores de valor”, considera. Para traçar uma régua de gestão e entender o que faz as empresas gerarem valor para além do lucro, a DOM Strategy Partners realizou o estudo “Mais Valor Produzido (MVP)”.  O estudo tem como base uma matriz que destaca alguns direcionadores de valor: causas e bandeiras, share of heart, conhecimento, tecnologia, inovação e centralidade no cliente.

“Gerar valor significa produzir riqueza econômica e isso se traduz a partir do valor da empresa”, explica Daniel Domeneghetti, CEO da DOM Strategy Partners. “Em geral, o valor é fruto da percepção tangível e intangível dos stakeholders”. Para chegar aos resultados, o estudo parte de uma amostra das mil maiores empresas do País (excluindo-se holdings), somada a um recorte de cerca de 200 empresas chamadas “transformadoras”, identificadas pela própria consultoria.

Fonte: Novarejo