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Economia & Atualidade Postado em quinta-feira, 12 de outubro de 2017 às 18:36
Com a recessão tecnicamente superada, após dois trimestres seguidos de crescimento, a economia brasileira apresenta sinais mais consistentes de recuperação. Assim, impulsionado pela alta no consumo e pela forte queda na inflação, o Produto Interno Bruto (PIB) do país encerrará 2017 com crescimento de 0,7%. A indústria, por sua vez, crescerá 0,8%, o primeiro resultado positivo desde 2013, segundo projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI).


As estimativas foram revisadas para cima, diante do conjunto mais robusto de dados positivos na economia e de avanços na agenda de reformas – como a atualização das leis do trabalho e o anúncio de nova rodada de privatizações e concessões. Além disso, a forte queda na taxa de inflação amplia a renda disponível e ajuda a recuperar o consumo, efeito já sentido no comércio. “Na indústria, a gradual recuperação do consumo das famílias criará condições para o aumento da produção de forma mais disseminada”, diz o relatório da CNI.

No entanto, a expansão da atividade econômica ainda não será sentida por toda indústria. A alta de 0,8% no PIB industrial será liderada pelo crescimento de 7,2% na indústria extrativa e de 1,4% na indústria de transformação. A indústria de construção, por sua vez, deve cair 2,3% em 2017.

CONDIÇÃO ESSENCIAL – Apesar de a crise ter ficado para trás, ainda permanecem dúvidas quanto à intensidade e à duração da retomada do crescimento. A principal fonte de incertezas permanece a questão fiscal e a agenda de reequilíbrio das contas públicas. "O processo de ajuste fiscal caminha em ritmo lento e a revisão recente das metas fiscais para este ano e o próximo é um sinal de alerta", aponta o Informe Conjuntural. "A reforma da Previdência, principal item da agenda fiscal, é essencial e urgente."

OUTRAS PREVISÕES DA CNI PARA 2017

Inflação: A queda na taxa de inflação tem surpreendido por sua duração e intensidade e o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2017 em 3,1%. Assim, o indicador chegará ao fim do ano 1,4 p.p. abaixo do centro da meta de 4,5% estabelecida para este ano. O processo de desinflação tem ocorrido, sobretudo, pelo comportamento dos preços de alimentos, que subiram abaixo do usual devido à safra recorde.

Juros: A taxa básica de juros deve fechar o ano em 7% ao ano.

Balança comercial: O saldo comercial ficará em US$ 64 bilhões, em 2017, resultado do crescimento de 16,1% nas exportações (US$ 215 bilhões) e de 9,8% nas importações (US$ 151 bilhões). A taxa de câmbio deve encerrar o ano em torno de R$ 3,20/dólar.

Contas públicas: O déficit primário do governo federal e de suas estatais será de R$ 159 bilhões, equivalente a 2,4% do PIB, e dentro do novo limite de R$ 162 bilhões fixado para 2017 (R$ 159 bilhões para o governo federal e R$ 3 bilhões para as estatais), revisto em agosto pelo governo federal.

Emprego: A taxa de desemprego para o fim de 2017 foi revisada de 13,5% para 12,9%.

Fonte: CNI
Varejo & Franquias Postado em quinta-feira, 12 de outubro de 2017 às 18:34
De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, em agosto, o volume de vendas nos dez segmentos que integram o comércio varejista no conceito ampliado avançou 7,6% em relação ao mesmo mês de 2016. Esse foi o melhor resultado no comparativo entre os meses de agosto desde 2012, quando, na média, as dez atividades pesquisadas avançaram 15,6%. Apesar da melhora recente, o setor ainda levará um tempo considerável para retomar o nível de vendas observado antes da última crise econômica. Dos dez segmentos pesquisados, apenas dois registraram retrações nessa base comparativa: Livrarias e papelarias (-4,4%) e combustíveis e lubrificantes (-2,9%). Dentre os demais segmentos se destacaram móveis e eletrodomésticos (+16,5%) e o comércio automotivo (+13,8%).

O maior fôlego nas vendas em relação ao ano anterior levou a Confederação nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a revisar de +2,2% para +2,8% sua projeção para o desempenho do varejo ampliado ao final deste ano, reforçando, assim, a percepção de que o primeiro crescimento anual das vendas do setor desde 2013 (+4,3%) já está contratado para este ano. Para a Divisão Econômica da entidade, esse cenário se baseia na percepção de que a inflação permanecerá livre de pressões maiores, pelo menos até o final de 2017, permitindo que as taxas de juros mantenham a atual trajetória de queda. Além disso, os sinais mais claros de regeneração do mercado de trabalho deverão contribuir para elevar o grau de confiança dos consumidores nos próximos meses, dando sustentabilidade ao ritmo de crescimento atual das vendas.

Fonte: CNC